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MODO DE AÇÃO DE DROGAS Prof. Dr. Almir G. Wanderley Depto. de Fisiologia e Farmacologia, UFPE RECEPTOR ARIENS (1964) Uma macromolécula ou parte de uma macromolécula que possui a capacidade de reconhecer uma substância química e codificar o sinal gerado pela ligação dessa substância. TIPO DE LIGAÇÃO DROGA-RECEPTOR covalente iônica ponte de hidrogênio dipolo-dipolo força de van der Waals Força da ligação TIPOS DE RECEPTORES Acoplados à proteína G (receptores β-adrenérgicos) Acoplados a canais iônicos (receptores nicotínicos) Enzimas transmembranas (receptores tirosina quinases) Não-enzimas transmembranas (receptores citocinas) Nucleares (receptores de esteroides) Enzimas intracelulares (receptores guanilil ciclases solúveis) TEORIA DOS RECEPTORES CLARK (1933): Teoria da ocupação [D] + [R] [DR] efeito E [D] Emax [D] + KD ● A magnitude do efeito de uma droga é diretamente proporcional a concentração de receptores ocupados. ● O efeito máximo é obtido quando todos os receptores estiverem ocupados. K1 K2 Afinidade: é a tenacidade com que a droga se liga a seu receptor biológico na célula. pD2= -log [DE50] ARIENS (1954) Introduziu a constante de proporcionalidade Atividade intrínseca (). Def: É a propriedade do agonista de produzir o “efeito por unidade de complexo droga- receptor’’ E = . [DR] Agonista total ( = 1) Agonista parcial ou Dualista (0 < < 1) Antagonista ( = 0) STEPHENSON (1956) Eficácia (e) Efeito = (S) S = e . [DR] O efeito de uma droga é uma função desconhecida de um estímulo produzido por uma droga em um tecido, sendo o estímulo (e não mais o efeito como propunha Ariens) relacionado com a quantidade de receptores ocupados e com a eficácia da droga. EFICÁCIA (e) • Expressa o caminho pela qual diferentes agonistas variam na sua habilidade para produzir uma resposta, muitas vezes estes podem ocupar a mesma proporção de receptores. • Droga – tecido relacionado (Isto é, uma dada droga pode ter diferentes eficácias em diferentes tecidos). • A introdução da função () por Stephenson dissocia estímulo do receptor e resposta do tecido como quantidades diretamente proporcionais. Esse expediente elimina a necessidade de assumir que a resposta máxima do tecido requer ocupação máxima do receptor pela droga. • Receptor de Reserva FURCHGOTT (1966) Eficácia intrínseca () = É uma unidade quantal para a capacidade de uma droga em iniciar um estímulo a partir de um único receptor. É a propriedade inerente da droga de comunicar (transferir) o sinal biológico para o receptor da droga (e então para a célula) para resultar na resposta biológica. RESPOSTA DE UMA DROGA EM UM TECIDO 2 parâmetros do tecido: , [RT] 2 parâmetros da droga: Ka , A potência de um agonista depende da afinidade e da eficácia. Resposta = [RT]Ka [D] + 1 MODELO DE DOIS-ESTADOS KL*K L L L + + R R*KR LR LR* Quando L é o agonista : LR LR* Quando L é o agonista inverso : LR LR* R* = Receptor na conformação ativa. Esse estado do receptor pode ativar o efetor sem necessidade de um ligante. KR = Constante de Equilíbrio paradistribuição do receptor entre R e R* KL = Constante de equilíbrio dedissociação para o ligante. • Agonistas total e parcial: alta afinidade por R* e aumenta à proporção de R*. • Agonista inverso: alta afinidade por R e reduz à proporção de R*. • Antagonista competitivo: Tem afinidade similar por R e R* e não deslocam o equilíbrio, mas pode antagonizar competitivamente o efeito de agonistas. RECEPTORES COM ATIVIDADE CONSTITUTIVA Sistemas receptores sensíveis à agonistas inversos - benzodiazepinas - histamina - opióides - canabinóides - dopamina - bradicinina - adenosina EFEITOS COMBINADOS DE DROGAS Sinergismo: Quando duas ou mais drogas interagem em uma mesma direção. Somação: (a) + (b) = (a + b) Ex: aspirina + paracetamol Potenciação: (a) + (b) < (a + b) Ex: captopril + diurético Antagonismo Químico: dimercaprol x chumbo Fisiológico: adrenalina x histamina Farmacocinético: varfarina x fenobarbital Farmacológico: - Competitivo: adrenalina x prazosina - Não-competitivo: adrenalina x nifedipino (antagonista de canal de cálcio) Antagonismo farmacológico competitivo Antagonismo farmacológico não-competitivo TAQUIFILAXIA OU DESSENSIBILIZAÇÃO • Perda rápida do efeito farmacológico após repetidas administrações. • Ex: aminas simpatomiméticas indiretas, imidazolinas, desmopressina. Tolerância Refratariedade Resistência Taquifilaxia ou Dessensibilização MECANISMOS • Mudança na estrutura do receptor • Perda de receptores • Esgotamento dos mediadores • Degradação metabólica aumentada • Adaptação fisiológica Up-regulation: Aumento da expressão do número de receptores em determinada célula. Ex: receptores de bradicinina B1 na inflamação. Down-regulation: Redução da expressão do número de receptores em determinada célula. Ex: infusão de dobutamina a pacientes com ICC e disfunção sistólica pode levar a uma perda da eficácia ao longo do tempo. Necrose por injeção intra-arterial de tiopental Hiperplasia da gengiva por difenilhidantoína Agranulocitose induzida por sulfonamida Lesões da síndrome de Steven Johnson na conjuntiva por sulfonamida Lesões da síndrome de Steven Johnson na conjuntiva por sulfonamida
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