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METODOLOGIA CIENTÍFICA REVISÃO AV I

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METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Breve histórico: a cartografia do conhecimento. 
Conhecimento empírico, conhecimento científico, conhecimento filosófico. 
O seminário.
Unidade 1: 
Introdução à metodologia da pesquisa
Breve histórico: cartografia do conhecimento
Todas as ciências originaram-se da Filosofia e posteriormente se separaram dela. 
Antes que a astronomia existisse, por exemplo, especulava-se a respeito da organização do universo a partir do pressuposto de que Deus havia criado tudo daquele jeito.
A partir do momento em que as pessoas começaram a tentar entender os objetos e fenômenos naturais por meio da observação sistematizada, as coisas começaram a mudar. Nascia então, a ciência!
Algumas diferenças entre o raciocínio filosófico e o científico 
O raciocínio desenvolvido em Filosofia parte de suposições para conclusões. 
A medida que este vai se desenvolvendo, os argumentos vão tomando forma, criando-se então sentenças do tipo 
“se isto fosse assim, então aquilo seria assim”. 
O caminho traçado pela ciência é o caminho oposto. 
O raciocínio científico configura-se a partir de sentenças como “isto foi observado; o que esses fatos estão nos mostrando, e a que outras observações eles podem levar?”
A verdade filosófica é absoluta: 
se estas premissas forem enunciadas explicitamente, estando também correto o raciocínio, as conclusões seguem-se necessariamente. 
A verdade científica, pelo contrário, é sempre relativa e provisória: 
é suscetível de não ser confirmada por novas observações
As suposições filosóficas nos remetem a abstrações além do universo natural, como Deus, harmonia, forma ideal, assim por diante. 
As suposições científicas 
que são usadas na construção de teorias referem-se somente ao universo natural e sua possível forma de organização
Classificação do conhecimento
• mítico
• ordinário
• artístico;
• filosófico
• religioso
• científico
CONHECIMENTO CIENTÍFICO e SENSO COMUM
Aparecem em decorrência da necessidade de interpretar a si mesmo e ao mundo, atribuindo-lhes significações!
CONHECIMENTO DO SENSO COMUM
solução de problemas imediatos
elaborado de forma espontânea e instintiva: impreciso e incoerente;
 caráter utilitarista (é um viver sem conhecer/ subjetividade com leituras pré-determinadas por crenças, convicções pessoais e expectativas) 
objetividade superficial e limitada;
Linguagem vaga (fraca em precisões, em significação de conceitos);
• Baixo poder de crítica (impossibilita o diálogo crítico/ há a ausência de controle racional/ dificulta a localização de falhas);
• dogmático (tem durabilidade e estabilidade muitas vezes superior à ciência);
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Surge da necessidade do homem
1. descobrir os princípios explicativos de 
organização, classificação e ordenação 
da natureza;
2. compreender e controlar a cadeia de 
relações escondidas nas aparências dos 
objetos/fatos/fenômenos;
.
3. utilizar a racionalidade para propor uma forma sistemática, metódica, crítica para desvelar o mundo, compreendê-lo, explicá-lo e dominá-lo
CARACTERÍSTICAS
• Busca de princípios explicativos e visão unitária da realidade 
(olhar mais ordenado, não-esfacelado, não-fragmentado);
• dúvida, investigação e conhecimento 
(uma pergunta sem resposta/conhecimento existente inadequado para respondê-la/ busca de uma nova resposta/ provas seguras e confiáveis); 
ideal de racionalidade 
(sistematização coerente do conhecimento presente em todas as leis e teorias) 
verdade sintática 
(enunciados isentos de ambiguidade e de contradição lógica - comparados com outras teorias 
O SEMINÁRIO
http://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/Gestaoetecnologia/orientacaoseminario.pdf , acesso 17/08/2014.
A técnica do seminário tem sido usualmente entendida como sinônimo de exposição. 
O "seminário", tal como tem sido desenvolvido em sala de aula comete o equívoco de tentar substituir o monólogo do professor pelo monólogo do aluno. 
É importante observar que a implementação da técnica de seminário exige uma mudança na prática pedagógica também do professor: 
ele não deve se limitar a distribuir um tema para cada grupo, para expor e criticar o assunto. 
Do professor espera-se:
o aprofundamento do assunto, 
o estabelecimento de relações,
o incentivo e questionamento do aluno, 
o encaminhamento de conclusões, 
enfim, conduzir o seminário. 
Ao aluno cabe: 
estudar o assunto do seminário com profundidade, 
participar da discussão, 
querer conhecer, questionar o conhecimento que está sendo discutido. 
l. EM QUE CONSISTE?
Técnica de ensino socializado, na qual os alunos reúnem-se em grupos com o objetivo de estudar, investigar, debater, um ou mais temas, sob a direção do professor. 
Os resultados dessa investigação são relatados em uma sessão conjunta da classe, para discussão e crítica. 
2. PARA QUE SERVE (OBJETIVOS)?
• identificar e/ou investigar problemas, examinando-os sob diferentes aspectos; 
• analisar criticamente fenômenos observados, ou as idéias do(s) autor(es) estudado(s); 
• propor alternativas para resolver questões ou problemas; 
• apresentar resultados aos demais membros do grupo (classe); 2
• debater comentários, críticas e sugestões dos colegas de classe e do professor. 
3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO SEMINÁRIO. 
A técnica do seminário inclui três etapas sucessivas: 
preparação, 
desenvolvimento
apreciação final. 
 
3.1 - Preparação 
Esta etapa pode incluir dois momentos distintos: 
o primeiro refere-se a um orientação coletiva, envolvendo todos os alunos da classe; 
o segundo diz respeito ao trabalho de cada grupo.
3.2 - Desenvolvimento 
Esta etapa é caracterizada pela:
 apresentação 
discussão do tema por meio de técnicas de exposição oral, debate em grupos e discussão. 
3.3 - Apreciação final 
O objetivo desta etapa é:
 avaliar o trabalho realizado por todos os envolvidos, 
através de 
comentários gerais, 
sugestão de novos estudos 
atribuição de conceitos
4. O texto acadêmico: 
resumo analítico; expressões latinas; resenha; fichamento; 
esquema; memorial.
5. Paráfrase, citações, referências. Normas da ABNT.
O TEXTO ACADÊMICO 
1. Caracterização 
O que caracteriza um texto acadêmico é, antes de tudo, o seu objeto: ele veicula o fruto de alguma investigação científica, filosófica ou artística. 
Deve, pois, refletir:
 o rigor, 
a perspectiva crítica, 
a preocupação constante com a objetividade e 
a clareza que são parte inerente da pesquisa acadêmica. 
Num texto podemos distinguir 
o conteúdo (ideias, estrutura argumentativa, etc.) 
da forma (linguagem, disposição dos elementos, etc.). 
Embora a qualidade de um texto acadêmico dependa fundamentalmente de seu conteúdo, esse conteúdo não poderá ser devidamente compreendido e examinado se a forma que o reveste for deficiente. 
Como escrever um texto acadêmico?
A) 
Em qualquer texto acadêmico é de primordial importância escrever:
 de maneira clara, 
precisa, 
concisa e 
com bom domínio do idioma culto. 
B) 
O texto deve se desenvolver por meio de:
 encadeamentos lógicos 
ou nexos argumentativos evidentes. 
C) 
Convém que as frases sejam curtas e que cada uma delas contenha uma só ideia. 
D) 
Na construção dos argumentos, é preciso evitar tanto o excesso de parágrafos, em que cada frase é considerada um novo parágrafo, como a ausência de parágrafos. 
No texto, os parágrafos representam a articulação dos raciocínios e por isso a relação entre um parágrafo e o seguinte deve ser evidente e linear. 
E) 
Evite:
 
expressões coloquiais, gírias, 
jargões, excesso de termos técnicos, pedantismo, barbarismos, 
F) 
Um bom texto é gramaticalmente correto. 
Respeite 
as regras de pontuação e acentuação (em especial a crase). 
Atente 
para a concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal. 
Lembre-se que nem os acentos nem a pontuação foram abolidos. 
Resumo 
Resumo 
é a apresentação concisa dos pontos
relevantes de um texto. 
Visa fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir informações de caráter complementar.
O resumo 
é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente seletiva, as informações básicas de um texto pré-existente. 
É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância
Resenha
Resenha crítica 
é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho.
A apreciação necessita ser elaborada:
de maneira impessoal, 
sem demonstração satírica ou cômica. 
Contém:
 posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do conteúdo 
e a possível demonstração de sua importância.
A resenha crítica
consiste na leitura, 
resumo e 
comentário crítico de um livro ou texto
Fichamento
Um fichário de temas específicos possibilita, não só a prática de uma redação eficaz, como também proporciona ao autor enriquecimento cultural.
Fichamento 
é um procedimento utilizado na elaboração de fichas de leitura onde constam informações relevantes sobre um texto lido. 
É um tipo de resumo no qual o leitor tem a liberdade de escrever com as próprias palavras as ideias fundamentais extraídas de um livro, um artigo etc.
TEXTO ACADÊMICO
www.ufjf.br/ppgpmi/files/.../Citações-paráfrases-e-citação-da-citação.do , (acesso 30/08/2014)
Citações,
Paráfrases 
 Citação da citação
Ao se elaborar um texto acadêmico deve-se indicar a fonte em que se extraiu determinada ideia, conceito, dados e informações. 
A fonte que não é citada pode ser considerada como plágio. 
Isso pode ser feito em forma de: 
citação direta, 
paráfrase ou citação indireta e 
citação da citação
1. Citações 
Utiliza-se literalmente no texto a ideia, conceito ou informação, quando é impossível transcrevê-la com suas próprias palavras.
- as citações de até três linhas devem ser apresentadas no corpo do texto, assinaladas por aspas duplas e seguidas da identificação: 
sobrenome do autor, 
data, 
número da página; 
o sobrenome do autor:
quando em parênteses deve ser escrito em caixa alta,
quando citado no texto, só a primeira letra em maiúscula. 
Ex: 	
“Do ponto de vista antropológico, podemos dizer que sempre existiu preocupação do homo sapiens com o conhecimento da realidade”. (MINAYO, 1993, p.1) 
Segundo Minayo (1993, p.1), “do ponto de vista antropológico, podemos dizer que sempre existiu preocupação do homo sapiens com o conhecimento da realidade”. 
as citações com mais de três linhas devem ser: 
apresentadas isoladamente (a uma linha em branco do corpo do texto), 
em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 10 ou 11, com entrelinhamento simples, justificadas, sem parágrafo, com recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, 
seguidas de identificação (sobrenome do autor, data, número da página). 
	Surge, desta maneira, uma nova problemática: que seria de fato um texto, na medida em que este não se limita a transcrever uma palavra anterior, mas inscreve diretamente na letra aquilo que o “discurso” (noção complexa!) quer expressar?
On peut alors se demander si le texte n’est pas véritablement texte, lorsqu’il ne se borne pas a transcrire une parole anterieure mais lorsqu’il inscrit directemente dans la lettre ce que veut dire le discours (RICOEUR, 1970, p.182)[1].
[1] “Pode-se então perguntar se o texto não é na verdade texto, quando não se limita meramente a transcrever uma palavra, mas é inserido diretamente na carta o que significa discurso” 
2. Paráfrase ou citação indireta
Denomina-se Paráfrase ou citação indireta quando se faz uso da ideia de um autor transcrevendo-a com suas próprias palavras, mas mantendo-se a ideia original. 
 
Neste caso, não se utiliza aspas, mas deve-se também citar o sobrenome do autor, ano e número da página, caso a paráfrase seja de uma pagina específica.
Segundo Ricoeur (1970, p. 183) ocorre uma inversão de relações entre a linguagem e o mundo, muito mais do que entre as diversas subjetividades concernentes: aquelas entre autor e leitor: Isto é, assim como a leitura (texto) não é diálogo, da mesma maneira, a relação referencial da linguagem muda, quando o texto toma o lugar da palavra. 
3. Citação de citação
As citações das citações devem ser evitadas. 
As citações devem ser, de preferência, feitas através da fonte principal. 
Quando não é possível deve-se deixar a responsabilidade de sua exatidão ao autor de quem se toma, antepondo-a ao trecho citado a expressão “citado por” ou “apud” (preferível quando entre parênteses).
As citações de sites da internet 
devem seguir os mesmo critérios, 
se tiver autor: 
coloca-se o sobrenome do autor, ano e número da página. 
Caso não tenha autor:
coloque uma nota de rodapé 
e insira o site, precedido da expressão in.
Ex: 
In: www.ibge.gov.br 
notas de rodapé: 
apresentadas em sequencia numérica na parte inferior da página em que foram inseridas, digitadas com entrelinhamento simples, justificado, em tamanho 10; entre as notas deve ser deixado o espaço de uma linha em branco

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