Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica Museu da Inconfidência – Ouro Preto Condicionantes econômicas, políticas e socioculturais • A condição de vila ou cidade era outorgada pela coroa dependendo da prosperidade do lugar. Para vila era permitido á construção da chamada casa de câmara e cadeia e para cidade o erguimento do pelourinho, tronco onde escravos e criminosos eram castigados de forma publica. Assim os arraiais se tornaram duas vilas que disputavam o controle das explorações, paulistas que descobriram as jazidas e portugueses vindos para o local. Influências • Ouro preto a principio era divido em duas vilas que tinham rixas de poder em busca do ouro. Para estabelecer uma ordem e um bom relacionamento entre as vilas, foi criada a praça onde se localizava a casa de câmara e cadeia, sofrendo fortes influências do monte Capitolino (1537) do Michelangelo em Roma, Itália. Em todo prédio é perceptível as referências maneirista do Palácio Senatorial, e além disso, nota-se a presença do conceito estabelecido na Grécia e reproduzido no Capitolino por Michelangelo, da elevação topográfica do edifício para mostrar o poder politico dos administradores da vila. Programa • Diferente de vilas menores o programa da casa de câmara e cadeia de Vila Rica era extenso, contendo dois pavimentos. No primeiro tínhamos a sala do juiz, plenário, gabinetes, arquivos e secretaria, além do arsenal de milícia. Já o térreo destinado á cadeia haviam tipos diferenciados de prisões, celas simples, enxovias, solitárias, enfermaria e até sala de tortura. Princípios Geradores da Forma • A edificação obedece à planta de Luís Cunha Menezes. Fortemente influenciada pelo Pallazzo Senatorio do Michelangelo no monte Capitolino, predomina no edifício a tendência clássica, que pode ser percebida no pórtico de entrada, que se sobrepõem a elementos do barroco e rococó. • O projeto do governador sofreu algumas alterações, verificando-se a substituição na fachada da varanda de balaústres de pedras pela de ferro, como também a estrutura em curvas da torre pela de linhas retas e a da escada em um só lanço pela de dois com patamar. Circulação • A casa de câmara e cadeia de Villa Rica, atualmente sede do Museu da Inconfidência, está localizada na Praça Tiradentes, em Ouro Preto – MG, com cesso principal pela Rua Antônio Pereira. A entrada é feita pelas duas escadarias laterais, que funcionam também para compor a fachada. Princípios de ordem • A fachada principal traz três colunas ao invés de quatro para os dois vãos da porta, em contraposição ao rigor da composição neoclássica. Dois blocos com seis grandes janelas compõem a fachada, que ostenta uma torre e um grande relógio. Pode-se notar a ênfase na geometrização e na simetria. • Sua inspiração era maneirista, dessa forma o edifício pode ser considerado o inicio do barroco no Brasil sendo que, o estilo maneirista era a transição entre o renascimento neoclássico e o barroco. Solução estrutural • Edificação com acabamento, inclusive no tratamento às superfícies e enquadramento dos vãos com arcos abatidos. • A Casa de Câmara e Cadeia, atualmente Museu da Inconfidência é de grandes dimensões e tem caráter monumental. Com dois pavimentos, duas portas principais em arcos. O pórtico central, com dupla ordem de colunas e de pilastras, coroado por frontão clássico e pela sineira de considerável porte. A edificação é encimada por platibanda vazada, com balaústres. Artesanal/industrial • Os sistemas construtivos, empregados na construção das Casas de Câmara e Cadeia, bem como na dos demais monumentos, compreendem as técnicas: -Talpa-de-pilão e Pau-a-pique: rápida construção, resistência e durabilidade; - Materiais abundantes: Barro e madeira; - Frontal: Obra de carpinteiro e de pedreiro, caracteriza- se pela estrutura independente, de e organiza-se com esteios principais, baldrames e frechais. - Tijolo de adobe, pedra-e-barro e pedra-e-cal; Relação com o entorno • A praça central da antiga Vila Rica ainda consegue sintetizar os aspectos simbólicos deste espaço urbano, pois ali se destacavam dois ícones da administração colonial na região, atestando a conciliação dos interesses da Metrópole com os das elites coloniais. O Palácio dos Governadores, misto de fortaleza e paço, projetado por Alpoim, ocupa a área mais alta da praça. Do lado oposto, idealizada pelo goverandor Luiz da Cunha Menezes, a Casa de Câmara e Cadeia. Entre ambos, no coração do espaço público, havia o pelourinho e um chafariz. Relação com objeto preexistente • No local não havia construção Pré-existente, neste momento o Brasil se levantava como colônia e como em todas as cidades a praça caracteriza um ponto de encontro e eixo estruturador de uma cidade. Porem foi criada para substituir a antiga prisão que tinha como elemento construtivo pau-a-pique, a nova construção traz ruptura com relação a este elemento construtivo. Investigação e uso de materiais • Os materiais utilizados foram pedra e cal, a construção foi feita para substituir a antiga prisão de pau-a-pique. O que claramente era uma novidade a época, já que no período da brasil colônia as técnicas mais utilizadas eram taipa de pilão, taipa de mão e pau-a-pique por exemplo. A obra passou por diversos problemas e foi postergada algumas vezes por falta de verba para a sua conclusão. Na platibanda existem elementos feitos em pedra sabão que representam as virtudes dos cardeais, prudência, justiça, temperança e fortaleza. Importância do projeto dentro da trajetória do autor • A Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica tornou-se um símbolo do poder destas construções. Mesmo com as dificuldades financeiras, decorrentes da exaustão das jazidas auríferas, o governador local, Luiz da Cunha Menezes, em 1984, desenvolveu um projeto sofisticado, mas não logrou êxito em sua conclusão. Devido ao seu simbolismo, implantava-se em um dos raros espaços públicos planejados, onde a perspectiva das edificações vizinhas contribuía para exalar sua magnitude. Modificações e usos • As Casas de Câmara faziam parte do centralizador sistema colonial e eram geridas pelo regimento de 1506, que só sofreu alterações após a Independência do Brasil. Passou por reforma em 1907 para abrigar a penitenciária estadual, que funcionou até o ano de 1938. • Em 1940, tem-se o início das obras de restauração e adaptação do prédio. No dia 21 de abril de 1942, inaugurou-se o Panteão. Maquete - Plantas Maquete – Fachada Frontal Maquete – Fachada de Fundo Maquete - Cobertura Maquete - Corte Alunas Kananda Santos R.A.: C6722H-8 Karen Campos R.A.: C64GGB-4 Simone Sanada R.A.: C23EED-0 Taiana Costa R.A.: C665BG-0 Talita Caetano R.A.: C67HHD-0
Compartilhar