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(TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO) - O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser imputada: ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos danos apurados na viatura estadual. ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da ambulância. ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que enseja a responsabilidade objetiva. tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. Explicação: A relação causal, portanto, estabelece o vínculo entre um determinado comportamento e um evento, permitindo concluir, com base nas leis naturais, se a ação ou omissão do agente foi ou não a causa do dano. Determina se o resultado surge como conseqüência natural da voluntária conduta do agente. Em suma, o nexo causal é um elemento referencial entre a conduta e o resultado. É através dele que poderemos concluir quem foi o causador do dano. Pode-se ainda afirmar que o nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. É liame que une a conduta do agente ao dano. Constitui elemento essencial para a responsabilidade civil. Seja qual for o sistema adotado no caso concreto, subjetivo (da culpa) ou objetivo (do risco), salvo em circunstâncias especialíssimas, não haverá responsabilidade sem nexo causal. No caso narrado não há que se falar da existência do nexo de causalidade em relação a conduta do motorista da ambulência, mas sim a imputação do dever de reparar o dano em relação ao motorista do automóvel de passeio. 2. Aplicada em: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Advogado Júnior Em 2013, ao atravessar o cruzamento com o sinal vermelho, uma moça foi atropelada acidentalmente por um motociclista. Diante da gravidade dos ferimentos, a moça só se recuperou integralmente em 2014. Durante esse período, os dois iniciaram um relacionamento e, em 2015, casaram-se. Em 2017, o casamento chega ao fim. A moça, então, decide ingressar com ação indenizatória para obter a reparação dos danos sofridos no acidente. Com base na situação narrada, de acordo com o Código Civil de 2002, a pretensão da moça prescreverá em 2018, já que o seu casamento interrompeu a contagem do prazo prescricional. pretensão da moça à reparação prescreverá três anos após o divórcio, por força de causa impeditiva. contagem do prazo prescricional ficou suspensa durante a constância da sociedade conjugal e voltará a correr com o divórcio do casal. pretensão da moça à reparação civil frente ao rapaz prescreveu três anos após o acidente. pretensão da moça à reparação civil prescreverá três anos após o divórcio, já que a ocorrência de causa interruptiva faz recomeçar a contagem do prazo prescricional. Explicação: CC Art. 197. Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 3. A história da humanidade foi permeada por conflitos, tendo como ponto de partida a convivência em sociedade. Das relações humanas surgem atos, que podem produzir significativos efeitos no mundo, na sociedade e na vida das pessoas. Quando um fato causa um dano a terceiro, por regra, deve ser reparado. Assim, existem elementos que devem estar presentes e que configure um dano que, de fato, deve ser reparado. Um destes elementos é o que manifesta a conduta necessária para termos o início da responsabilidade jurídica de alguém que comete ato que violente o direito de outrem. A este elemento a legislação descreve como: Nexo Causal. Nexo Causal atípico. Ato ilícito. Dano de forma atípica. Dano de forma típica. Explicação: Ato ilícito É a conduta necessária para termos o início da possibilidade da responsabilização jurídica de alguém que comete ato que violente o direito de outrem de não ter violado o direito à incolumidade. Sua expressa previsão está nos artigos 186 e 187 da Lei 10.406 de 2002: Título III - Dos Atos Ilícitos: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 4. São elementos da Responsabilidade Civil subjetiva, EXCETO: Nexo causal Ato ilícito Fato de terceiro Culpa Dano Explicação: São elementos da responsabiliodade civil: conduta (ação ou omissão), nexo causal e dano. Como estamos diante da responsabilidade civil subjetiva a culpa também deve ser analisada. É importante destacar que a culpa em sentido amplo é aquela que abrange o dolo e a culpa em sentido estrito. O fato de terceiro é uma excludente de nexo causal. 5. Com relação à responsabilidade é possível se afirmar: obrigação e responsabilidade são expressões sinônimas; será ela sempre decorrente da violação de uma obrigação em razão de termos adotado o método alemão; que nem sempre é decorrência de uma violação da obrigação já que é possível se falar em responsabilidade sem obrigação pré existente; a responsabilidade é um antecedente lógico da obrigação; n.d.a. Explicação: Sobre a diferença entre obrigação e responsabilidade. 6. (OAB/VIII Exame Unificado/2012) - João dirigia seu veículo respeitando todas as normas de trânsito, com velocidade inferior à permitida para o local, quando um bêbado atravessou a rua, sem observar as condições de tráfego. João não teve condições de frear o veículo ou desviar‐se dele, atingindo‐o e causando‐lhe graves ferimentos. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. Houve responsabilidade civil, devendo João ser considerado culpado por sua conduta. Inexistiu um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o dano indenizável e, por isso, não deve ser responsabilizado. Faltaram todos os elementos que configuram a responsabilidade civil, como por exemplo, a conduta humana, não ficando configurada a responsabilidade civil. Faltou um dos elementos da responsabilidade civil, qual seja, a conduta humana, não ficando configurada a responsabilidade civil. Houve rompimento do nexo de causalidade, em razão da conduta da vítima, não restando configurada a responsabilidade civil. Explicação: Para a configuração da responsabilidade civil é necessário que estejam presentes alguns pressupostos. Sobre os mencionados pressupostos, Sergio Cavalieri Filho (2015, p. 70) entende que ¿a responsabilidade civil requer a existência de uma conduta culposa, nexo causal e um dano, dispensando o elemento culpa quando se tratar de responsabilidade objetiva¿. O nexo causal entre a conduta do ofensor e o dano sofrido pela vítima demonstra que o ofensor somente será responsabilizado pelo dano causado se a sua conduta realmente for a causa da lesão sofrida. Nesse sentido, Maria Helena Diniz (2012, p. 129) afirma: O vínculo entre o prejuízo e a ação designa-se ¿nexo causal¿, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua consequência previsível. Tal nexo representa, portanto, uma relação necessária entre o evento danoso e a ação que o produziu, de tal sorte que esta é considerada como sua causa. O liame de causalidade pode ser afastado pela ocorrência de caso fortuito, força maior, fato exclusivo da vítima ou de terceiro, os quais afastam a responsabilização. 7. Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava bem. No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do acidente foi falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial para a manutenção do carro. Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta. Ricardo não responde por qualquer dano. Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro, tendo em vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo da tradição. Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi realizada conforme previsto no contrato. Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido por Juliana. Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), tendo em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição. Explicação: O caso em questão trata do instituto do vício redibitório. O veículo pereceu por conta de vício oculto preexistente à tradição que teria sido identificado se Ricardo tivesse realizado a revisão do carro, obrigação por ele assumida e não realizada. Deve, portanto, restituir o que recebeu e ainda indenizar Juliana por perdas e danos, nos ditames do art. 443 do CC. 8. Quanto à Responsabilidade Civil entre os cônjuges, segundo a jurisprudência atual: é possível reconhecê-la nos casos de dever de assistência, tão somente; só poderá ser reconhecida se houver pacto antenupcial; é possível reconhecê-la nos casos de dever de assistência e nos casos de indenização por danos materiais ou morais eventualmente sofridos; na verdade, todas as alternativas estão incorretas; é possível reconhecê-la nos casos de danos materiais ou morais, tão somente; O instituto da Responsabilidade Civil está associado à regra geral de que ninguém poderá lesar, prejudicar a outrem, e, caso que isso ocorra a violação da norma, ou seja, o acontecimento de um ato ilícito, deverá o violador do direito de outrem ser obrigado pelo Estado-juiz a reparar ou indenizar os danos sofridos pela vítima. Essa conduta, o ato ilícito, pode ser caracterizado por ato ilícito gênero e ato ilícito espécie. O ato ilícito gênero também é conhecido como: Ato ilícito puro. Ato ilícito voluntário. Ato ilícito por omissão. Ato ilícito equiparado. Ato ilícito por imprudência. Explicação: Ato ilícito gênero (ou puro) - art. 186 da Lei 10.406 de 2002: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. - Tal fundamento gera a responsabilidade civil. É, em regra, o elencado para qualificar o ato ilícito. Decorre de uma conduta humana (comitiva ou omissiva), eivada de culpa (lato sensu), a qual se faz contrária ao ordenamento jurídico (ilicitude), e que causou dano à outrem. 2. XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu veículo pouco antes da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de Ricardo, também parou, guardando razoável distância entre eles. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu veículo, vindo a colidir com o veículo de Sandro, o qual, em seguida, atingiu o carro de Ricardo. Diante disso, à luz das normas que disciplinam a responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos danos causados deve ser repartida entre todos os envolvidos. Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro e Ricardo Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e este deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ricardo Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua culpa Explicação: Tatiana terá que indenizar porque deu causa ao evento danoso. Ao se distrair na direção não observou que os carros estavam parados por conta do sinal vermelho. 3. (TST/2012/FCC) - Segundo o Código Civil, o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na forma, é anulável. o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente, constitui ilícito. o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Explicação: Francisco Amaral (2003, p. 550) ensina que:"¿O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano¿. 4. (TRT /1ª REGIÃO/ 2013) - O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser imputada: tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos danos apurados na viatura estadual ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da ambulância. ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que enseja a responsabilidade objetiva ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. Explicação: ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 5. (TJ/PE 2013) - O abuso de direito acarreta: consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, independentemente de decisão judicial somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. Explicação: indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 6. Fabíola, na tentativa de evitar um atropelamento realiza uma manobra arriscada e atinge um muro de uma casa causando graves prejuízos. Quanto a situação acima é correto afirmar: Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa; Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade; Praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano; Não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade; Nenhuma das alternativas. Explicação: Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade; 7. (FGV/ VII Exame de Ordem Unificado/2012 - adaptada) - Em relação à responsabilidade civil, assinale a alternativa correta. O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados por animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior. A responsabilidade civil objetiva indireta é aquela decorrente de ato praticado por animais. Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial implica em sucumbência recíproca. Empresa locadora de veículos responde, civil e subsidiariamente, com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro alugado. Na ação de indenização por dano material e moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial implica em sucumbência recíproca. Explicação: Excludentes do dever de indenizar: a culpa exclusiva da vítima, o fato de terceiro e o caso fortuito ou força maior. Culpa exclusiva da vítima - O agente envolvido no dano estará isento do dever de indenizar quando o evento aconteça independentemente de sua contribuição, isto é, se em nada contribuiu para que o dano ocorresse, sendo somente o instrumento de materialização daquele, devendo ser excluído o nexo de causalidade e, por consequente, o dever de indenizar. O Código Civil traz a possibilidade de culpa exclusiva da vítima em caso de possuidor de animal que comprove que não contribuiu para o dano. Há, também, a previsão dessa excludente em leis esparsas como o Código de Defesa do Consumidor e a lei que regula atividades nucleares. Um dos exemplos mais comuns é o caso do pedestre que sai de trás do ônibus para atravessar a rua e é atropelado. Ora, nessas situações não há como responsabilizar o motorista, pois não há que se prever a imprudência do pedestre, motivo pelo qual não há nexo causal entre a conduta do motorista e o dano (atropelamento). Fato de terceiro - Nesse caso tanto a vítima quanto o agente não dão causa ao dano, sendo este, então, causado por um terceiro. Aqui, o fato é imprevisível e inevitável, não sendo correto atrelar o dano ao agente, pois o fato de terceiro rompe o nexo causal e, desse modo, não há o dever de indenizar para aquele. A culpa de terceiro é prevista, também, no Código de Defesa do Consumidor. Caso fortuito ou força maior - Apesar de confundido por muitos, os dois casos apresentam diferença. Todavia, assemelham-se no fato de romperem o liame entre o agente e a lesão advinda de sua conduta. O caso fortuito relaciona-se com eventos que independem das partes envolvidas no dano ou que sejam imprevisíveis, como guerras, greves, rebeliões. Já a força maior está relacionada a eventos naturais que, ainda que previsíveis, são inevitáveis, como enchentes, terremotos. De todo modo, o Código Civil não distinguiu os institutos, sendo, então, somente caracterizado como evento inevitável e irresistível ao agente, não sendo razoável, assim, responsabilizá-lo por ato em que não teve culpa e, tampouco, tenha havido nexo causal com o acontecimento. 8. (TST/2012) - Segundo o Código Civil, o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente, constitui ilícito. o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na forma, é anulável. . O caso fortuito é uma das causas excludentes da responsabilidade civil, previsto no artigo 393, do Código Civil : O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir ¿ Caso fortuito como excludente de responsabilidade ¿ mais especificamente como excludente do nexo causal; - Com a crescente importância da responsabilidade objetiva, a definição em torno do esclarecimento mais preciso do caso fortuito vem alimentando a doutrina. No campo das definições, em relação ao caso fortuito uma trata de fato imprevisível e, por isso, inevitável, que se liga à atividade da entidade; - a este fato denominamos de: Fato de terceiro. Fortuito interno. Força maior. Fato exclusivo da vítima. Fortuito externo. Explicação: Caso fortuito. Tradicionalmente causo forfuito são cláusulas de exoneração devidas a atos humanos (revolução, guerras, greve). - Evento imprevisível. Entende-se a imprevisibilidade específica, relativa a um fato concreto, e não a genérica ou abstrata de que poderão ocorrer assaltos, acidentes, atropelamentos etc., porque se assim não for tudo passará a ser previsível. O caso fortuito se subdivide em fortuito interno e externo. Fortuito interno- não afasta a responsabilidade civil, pois está no risco da atividade. Fortuito externo- afasta a responsabilidade civil, pois imprevisível inclusive para o fornecedor, não estando no risco da atividade. De acordo com o professor Pablo Stolze, a diferença entre caso fortuito interno e externo é aplicável, especialmente, nas relações de consumo. O caso fortuito interno incide durante o processo de elaboração do produto ou execução do serviço, não eximindo a responsabilidade civil do fornecedor. Já o caso fortuito externo é alheio ou estranho ao processo de elaboração do produto ou execução do serviço, excluindo a responsabilidade civil. 2. 2015 - Banca: FGV - Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ - Prova: Fiscal de Tributos - Girvane, completamente embriagado, ao atravessar a Avenida Roberto Silveira, em Niterói, correu na frente de um caminhão pertencente a uma entidade empresária do setor de construção civil, a qual estava prestando serviço para a Municipalidade. Consequentemente, Girvane foi atropelado e morreu. Considerando que o motorista não tinha como desviar de Girvane e que os sinais estavam abertos para os veículos e fechados para os pedestres, no momento do acidente, é correto afirmar que: não há responsabilidade civil, já que houve um caso de fato exclusivo da vítima que excluiu a culpa; há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é objetiva; não há responsabilidade civil, já que houve um caso de fato exclusivo da vítima que excluiu o nexo causal; não há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é objetiva; há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é subjetiva. Explicação: Trata-se de fato exclusivo da vítima que é uma excludentes de nexo causal capaz de afastar o dever de indenizar. 3. (CESPE - 2008 - OAB - Exame da Ordem) No que concerne ao ato ilícito e à responsabilidade civil, assinale a opção CORRETA: A concorrência de culpas do agente causador do dano e da vítima por acidente de trânsito, por exemplo, no caso de colisão de veículos, acarreta a compensação dos danos, devendo cada parte suportar os prejuízos sofridos. A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o dano a pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação jurídica entre o causador do dano e o responsável pela indenização. Quando inúmeras e sucessivas causas contribuem para a produção do evento danoso, todas essas causas são consideradas como adequadas a produzir o acidente e a gerar a responsabilidade solidária para aqueles que o provocaram. Nessa situação, cabe à vítima escolher a quem imputar o dever de reparar. não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo criminal, por insuficiência de prova. Os atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito ou em estado de necessidade, que provoquem danos morais ou materiais a outrem, embora sejam considerados como atos ilícitos, exoneram o causador do dano da responsabilidade pela reparação do prejuízo causado. Explicação: A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o dano a pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação jurídica entre o causador do dano e o responsável pela indenização. 4. Quando a doutrina trata do nexo causal no âmbito do Direito Civil a teoria adotada foi a seguinte: conditio sine qua non do risco equivalência dos antecedentes causalidade adequada Explicação: Teoria da causalidade adequada. 5. O nexo causal é um dos pressupostos da responsabilidade civil, juntamente com a conduta e o dano. O nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. Pode ocorrer responsabilidade sem culpa, mas não pode ocorrer responsabilidade sem nexo causal. Diante disso, foram desenvolvidas inúmeras teorias na tentativa de explicar o nexo causal; uma destas teorias a causa é não apenas o antecedente necessário à causação do evento, mas, também, adequado à produção do resultado. Esta teoria é denominada como: Teoria da causa direta e imediata. Teoria do conditio sine qua non. Teoria da causa próxima. Teoria da equivalência da causa. Teoria da causalidade adequada. Explicação: Teoria da causalidade adequada - Direito Civil Por esta teoria, a causa é não apenas o antecedente necessário à causação do evento, mas, também, adequado à produção do resultado. Nem todas as condições serão causa, mas apenas aquela que for a mais apropriada a produzir o evento. Aquela que colaborou de forma preponderante e mais apropriada para o evento. 6. O nexo de causalidade é a relação necessária entre o evento danoso e a ação que o produziu. Não há como confundir nexo de causalidade e imputabilidade. A imputabilidade diz respeito a elementos subjetivos, e o nexo de causalidade, a elementos objetivos. Dentre os motivos abaixo relacionado, qual não é uma excludente de nexo de causalidade: Força maior ou caso fortuito. Culpa de terceiro. Culpa comum. Culpa não concorrente. Culpa exclusiva da vítima. Explicação: para uma melhor resposta devemos nos socorrer da legislação - art. 927, parágrafo único, do CC/02 trata da responsabilidade objetiva, prevendo que haverá a obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei. - o vínculo entre o prejuízo e a ação designa-se ¿nexo causal¿, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua conseqüência previsível¿ - tal nexo representa, portanto, uma relação necessária entre o evento danoso e a ação que o produziu, de tal sorte que esta é considerada sua causa, e assevera que, todavia não será necessário que o dano resulte apenas e imediatamente do fato que o produziu e bastará que se verifique que o dano não ocorreria se o fato não tivesse acontecido - assim, não que se falar em culpa não concorrente, pois e a culpa for concorrente, o dever de indenizar subsistirá. A culpa concorrente ou o fato concorrente apenas diminui a responsabilização, atenuando o nexo de causalidade. 7. Considere a seguinte proposição: Caminhando pelo calçamento, pedestre é atacado por cão feroz que escapou por buraco no muro da residência de seu dono. O dono do cão será responsabilizado, salvo se provar: Não ter tido condições financeiras para reparar o buraco. Motivo de força maior. Que o pedestre estava próximo ao muro. Desconhecer que o cão era feroz Ser diligente nos cuidados com o cão Explicação: Motivo de força maior. 8. O nexo causal é um elemento indispensável para a caracterização da responsabilidade civil, porém, existem situações excludentes deste nexo causal. Uma destas excludentes se manifesta quando qualquer pessoa e do responsável, alguém que não tem nenhuma ligação com o causador aparente do dano e o lesado. A esta excludente chamamos de: Fato de terceiro. Fortuito externo. Força maior. Fato exclusivo da vítima. Caso Fortuito. A indenização por ato ilícito: Súmula do Superior Tribunal de Justiça adota entendimento de que não é possível a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral será devida, ainda que o dano seja exclusivamente moral. não será devida, se ficar configurado apenas abuso de direito. Em todas as possibilidades de responsabilização, só será devida na hipótese de se apurar dolo ou culpa grave do agente. só será devida quando ficar configurado dano material. Explicação: a letra "a" está errada porque a Constituição, o código civil e o código consumerista consagram a possibilidade jurídica de responsabilização por danos que atingem a esfera extrapatrimonial da vítima, não apenas a material. A letra b" é falsa porque o regramento contido no artigo 187 do código civil autoriza a responsabilização por ato decorrente do excesso, ainda que no exercício de um direito. a letra "c" é a opção correta a letra d" está errada porque apenas a responsabilidade subjetiva prescinde de aferição do dolo e da culpa do agente. e a letra "e" está em dissonância com a súmula 387 do STJ que autoriza de forma expressa a acumulação de dano estético com dano moral. 2. Veja a assertiva e, em seguida, marque a alternativa de acordo com o direcionamento abaixo descrito. A indenização por perda de uma chance, segundo entendimento doutrinário e pretoriano dominante, é devida quando: possa importar na mitigação do nexo de causalidade. a pessoa veja frustrada uma oportunidade, mesmo em tempo distante, que ocorreria se as coisas seguissem normalmente. a pessoa veja frustrada uma vitória judicial ou uma cura médica por qualquer erro do profissional. a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas seguissem normalmente. a pessoa tenha de sofrer um dano imediato e concreto. Explicação: a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas seguissem normalmente. 3. (TJ/PE 2013 - FCC - JUIZ SUBSTITUTO) - O abuso de direito acarreta: indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, independentemente de decisão judicial somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado Explicação: Francisco Amaral (2003, p. 550) preleciona que: “O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano”. Caio Mário da Silva Pereira (2007, p. 673) esclarece que: “Não se pode, na atualidade, admitir que o indivíduo conduza a utilização de seu direito até o ponto de transformá-lo em causa de prejuízo alheio. Não é que o exercício do direito, feito com toda regularidade, não seja razão de um mal a outrem. Às vezes é, e mesmo com freqüência. Não será inócua a ação de cobrança de uma dívida, o protesto de um título cambial, o interdito possessório que desaloja da gleba um ocupante. Em todos esses casos, o exercício do direito, regular, normal, é gerador de um dano, mas nem por isso deixa de ser lícito o comportamento do titular, além de moralmente defensável. Não pode, portanto caracterizar o abuso de direito no fato de seu exercício causar eventualmente um dano ou motivá- lo normalmente, porque o dano pode ser o resultado inevitável do exercício, a tal ponto que este se esvaziaria de conteúdo se a sua utilização tivesse de fazer-se dentro do critério da inocuidade”. É por isso que todas as teorias que tentam explicar e fundamentar a teoria do abuso de direito têm necessidade de desenhar um outro fator, que com qualquer nome que se apresente estará no propósito de causar o dano, sem qualquer outra vantagem. Abusa, pois, de seu direito o titular que dele se utiliza levando um malefício a outrem, inspirado na intenção de fazer mal, e sem proveito próprio. O fundamento ético da teoria pode, pois, assentar em que a lei não deve permitir que alguém se sirva de seu direito exclusivamente para causar dano a outrem. 4. Aplicada em: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária Em 31 de janeiro de 2018, Renato, avisado por amigos, acessou sua rede social e verificou que Felipe, seu desafeto, dirigiu-lhe palavras de baixo calão, desonrando-o, mediante postagem pública ocorrida em 22 de janeiro de 2018. Em 05 de fevereiro do mesmo ano, Felipe recebe notificação de Renato, solicitando que fosse apagada a mensagem desonrosa. Ante a inércia de Felipe, Renato ajuíza, em 09 de março de 2018, ação pleiteando a retirada da mensagem, bem como a condenação de Felipe ao pagamento de indenização pelos danos morais sofridos. A mora da obrigação de indenizar é verificada: quando do trânsito em julgado da sentença; em 09 de março de 2018. em 31 de janeiro de 2018; em 22 de janeiro de 2018; em 05 de fevereiro de 2018; Explicação: CC Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 5. (OAB/XXI Exame de Ordem Unificado - adaptada) - Tomás e Vinícius trabalham em uma empresa de assistência técnica de informática. Após diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os dois funcionários decidem se vingar dele, criando um perfil falso em seu nome, em uma rede social. Tomás cria o referido perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e informações diversas sobre Adilson. Vinícius, a seu turno, alimenta o perfil durante duas semanas com postagens ofensivas, até que os dois são descobertos por um terceiro colega, que os denuncia ao chefe. Ofendido, Adilson ajuíza ação indenizatória por danos morais em face de Tomás e Vinícius. A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius, devendo, portanto, receber duas indenizações autônomas. Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a título de indenização, pois cada um poderá alegar a culpa concorrente do outro para limitar sua responsabilidade. Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem responder solidariamente pelo dever de indenizar. Adilson sofreu danos morais causados por Tomás, portanto, deve receber sua indenização de acordo com a lei civil vigente. Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a obrigação de indenizar, nesse caso, fracionária, diante da pluralidade de causadores do dano. Explicação: Todo aquele que pratica um ato ou incorre numa omissão das quais resulte dano, deverá suportar as consequências do seu procedimento, seja ele culposo ou doloso. ¿Em princípio, toda a atividade que acarreta prejuízo gera responsabilidade ou dever de indenizar.¿ (VENOSA, 2010b, p. 1). O dano passou a ser considerado não mais tão somente como dano à esfera patrimonial, mas também o dano moral em si, sendo garantido por intermédio de leis do ordenamento jurídico. ¿O dano, ou prejuízo, que acarreta a responsabilidade, não é apenas o material. O direito não deve deixar sem proteção as vítimas de ofensas morais.¿ (GONÇALVES, 2012, p. 4). As pretensões sociais foram alcançadas, e o dano moral definitivamente positivado e pacificado entre doutrinadores e órgãos jurisdicionais. Desta feita, o avançar social conferiu ao ordenamento jurídico brasileiro atual a garantia da reparabilidade do dano ainda que exclusivamente moral, já que assim assegura o atual texto constitucional e o código civil. Por fim, percebe-se que numa visão ampla e geral o ordenamento jurídico brasileiro se adaptou às pretensões sociais ao incluir entre seus ditames a tutela indenizatória para as vítimas de danos morais, de maneira a assentar definitivamente esse direito com base no anseio social e a grande repercussão do tema. 6. Sobre dano moral, é correto afirmar: A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de dano. Como indenização por dano moral, não é possível, por exemplo, que uma vítima obtenha direito de resposta em caso de atentado contra honra praticado por veículo de comunicação, sendo possível apenas o recebimento de quantia em dinheiro. A quantificação por danos morais está sujeita a tabelamento e a valores fixos. O descumprimento de um contrato não gera dano moral, ainda que envolvido valor fundamental protegido pela Constituição Federal de 1988. O dano moral indenizável pressupõe necessariamente a verificação de sentimentos humanos desagradáveis, como dor ou sofrimento, por isso não se pode falar em dano moral da pessoa jurídica. Explicação: A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de dano. 7. O Dano é a um interesse jurídico tutelado, material ou moral. Para que o dano seja indenizável alguns requisitos são necessários: violação de um interesse jurídico material ou moral, certeza do dano, mesmo dano moral tem de ser certo e deve ocorrer a substância do Dano. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, quais são os dois grandes grupos de espécie de dano: Dano por negligência, imprudência e imperícia. Dano voluntário e por imperícia. Dano voluntário e por imprudência. Dano voluntário e por negligência. Dano típico e Dano atípico. Explicação: Danos em espécies Optamos por particioná-los em dois grandes grupos. Os danos típicos ou positivados, tem expressa previsão legal, como por exemplo: o dano material ou patrimonial (lucro cessante e dano emergente). E os danos atípicos ou não positivados, se inserem no grupo dos danos criados em especial pelo direito alienígna e pela doutrina e jurisprudência pátria. 8. (FGV/Exame Unificado/OAB/2018 - adaptada) - João, empresário individual, é titular de um estabelecimento comercial que funciona em loja alugada em um shopping-center movimentado. No estabelecimento, trabalham o próprio João, como gerente, sua esposa, como caixa, e Márcia, uma funcionária contratada para atuar como vendedora. Certo dia, Miguel, um fornecedor de produtos da loja, quando da entrega de uma encomenda feita por João, foi recebido por Márcia e sentiu-se ofendido por comentários preconceituosos e discriminatórios realizados pela vendedora. Assim, Miguel ingressou com ação indenizatória por danos morais em face de João. A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. João deve responder pelos danos causados, não lhe assistindo alegar culpa exclusiva de terceiro. João pode responder apenas pelo dano moral, caso reste comprovada sua culpa in vigilando em relação à conduta de Márcia. João não deve responder pelo dano moral, uma vez que não foi causado direta e imediatamente por conduta sua. João deverá responder pela indenização correspondente aos danos emergentes e os lucros cessantes. João pode responder apenas por parte da compensação por danos morais diante da verificação de culpa concorrente de terceiro. J/PE 2013 - FCC - Juiz Substituto) Assinale a alternativa CORRETA quanto ao que o abuso de direito acarreta: indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, independentemente de decisão judicial. 2. (TRT 1ª 2013 ) - O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra- mão de direção de uma avenida quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser imputada: ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da ambulância. ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos danos apurados na viatura estadual. ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que enseja a responsabilidade objetiva. ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. 3. (2015 - Banca: FGV - Órgão: TJ-PI) Helena dirige-se ao Centro Hospitalar K LTDA para realizar uma consulta emergencial. Após ser atendida por um médico plantonista do hospital, ela retorna à casa com as devidas recomendações médicas e prescrições de medicamentos. Seu estado de saúde se agrava e ocorre o óbito. O laudo cadavérico atesta erro médico quanto ao tratamento aplicado a Helena. Sobre o ocorrido: verifica-se uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar, como fornecedor, responderá subjetivamente pelo vício do serviço prestado; não se verifica uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar não responderá pelo erro do seu preposto médico; verifica-se uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar responderá objetivamente pelo fato do serviço; não se verifica uma relação de consumo, mas o Centro Hospitalar responderá subjetivamente pelo dano causado por seu preposto médico. verifica-se uma relação de consumo, e o médico responderá objetivamente como fornecedor do serviço viciado; 4. Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Técnico Judiciário - Área Judiciária e Administrativa. André, motorista não profissional, colidiu seu veículo com o de Isaac, que o acionou judicialmente. A responsabilidade de André é subjetiva, dependendo da comprovação de culpa, além de nexo de causalidade e dano. subjetiva, dependendo apenas da comprovação de nexo de causalidade e dano. objetiva, dependendo apenas da comprovação do dano. objetiva, dependendo da comprovação de culpa, além de nexo de causalidade e dano. objetiva, dependendo apenas da comprovação de nexo de causalidade e dano. Explicação: subjetiva, dependendo da comprovação de culpa, além de nexo de causalidade e dano. 5. Haverá responsabilidade civil objetiva: somente quando a lei expressamente dispensar a comprovação de culpa do causador do dano. sempre que o causador do dano for incapaz. apenas quando o dano tiver sido causado por servidor público no exercício de suas funções. quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. sempre que a lei não exigir expressamente a comprovação de culpa ou o reconhecimento da ilicitude do ato causador do dano. Explicação: A responsabilidade objetiva é a responsabilidade advinda da prática de um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano 6. ( FGV - 2012 - OAB - IX Exame da Ordem Unificado- adaptada) - No dia 23 de junho de 2012, Alfredo, produtor rural, contratou a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda., com a finalidade de pulverizar, por via aérea, sua plantação de soja. Ocorre que a pulverização se deu de forma incorreta, ocasionando a perda integral da safra de abóbora pertencente a Nilson, vizinho lindeiro de Alfredo. Considerando a situação hipotética e as regras de responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. Trata-se de responsabilidade civil objetiva, em que a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. é o responsável principal pela reparação dos danos, enquanto Alfredo é responsável subsidiário. Alfredo e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. responderão objetiva e solidariamente pelos danos causados a Nilson. Com base no direito brasileiro, Alfredo responderá objetivamente e criminalmente pelos danos causados a Nilson e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. será responsabilizada de forma subsidiária. Não há lugar para a responsabilidade civil solidária entre Alfredo e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. pelos danos causados a Nilson, dada a inexistência da relação de preposição. Com base no direito brasileiro, Alfredo responderá subjetivamente pelos danos causados a Nilson e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. será responsabilizada de forma subsidiária. 7. O que diz respeito à Culpa Contratual e a Culpa Extracontratual: na contratual a culpa é presumida, enquanto que na culpa extracontratual deve ela ser demonstrada; a culpa deve ser provada tanto nas relações contratuais como extracontratuais; todas as alternativas estão corretas; a culpa será sempre subjetiva, quer a relação seja contratual, que seja extracontratual; na extracontratual a culpa é presumida, enquanto que na culpa contratual deve ela ser demonstrada; Explicação: Diferença entre culpa contratual e extracontratual 8. Analise as proposições a seguir que dizem respeito à licitude do ato e à responsabilidade objetiva: I ¿ Segundo o entendimento do STJ a pessoa jurídica pode sofrer dano moral. II - A ilicitude dos atos jurídicos surge com a violação de direito alheio e a consequente configuração de dano a terceiro, não havendo possibilidade jurídica para responsabilização por ato ilícito no exercício de um direito por seu titular, ainda que excedendo os fins sociais propostos por este direito. III - a gravidade da culpa da vítima é irrelevante na fixação da indenização, importando apenas a extensão do dano. IV - Nos termos do Código Civil, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. E Marque a alternativa que contempla a(s) assertiva(s) corretas: I e IV; I e II todas estão erradas. I, II e III No caso de dano provocado por objeto caído de prédio habitado, é correto afirmar: a responsabilidade será daquele que ocupa o aposento ou dos ocupantes dos aposentos de onde poderia, em tese, ter caído tal objeto, na forma solidária, portanto; haverá necessidade de se descobrir de qual aposento caiu o objeto para responsabilizá-lo embora tal responsabilidade seja objetiva; c) ( ) a responsabilidade será da construtora, tão somente; a responsabilidade será da administradora, tão somente; a responsabilidade será do ocupante do aposento, tão somente, na forma subjetiva; Explicação: Hipótese de responsabilidade por coisa caída de prédio 2. ¿X¿ é empregado de ¿Y¿ e, exercendo a função de motorista, provocou culposamente um acidente de que decorreram danos de grande monta para o proprietário de outro veículo. Neste caso, o patrão: Se provar que não há culpa de sua parte, só responderá subsidiariamente pela indenização. Responderá somente pela metade da indenização se provar que não há culpa de sua parte. Responderá pela indenização, ainda que não haja culpa de sua parte. Só responderá pela indenização se o empregado tiver sido condenado em ação penal. Não responderá pela indenização se provar que escolheu bem e vigiou convenientemente seu empregado. 3. Aplicada em: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: Analista Legislativo Municipal - Licitação, Contratos e Convênios Marta, adolescente de 14 anos, recebeu vultosa herança que seu tio, solteiro e sem filhos, destinou-lhe por testamento. A seus pais, pessoas de poucos recursos financeiros, coube o usufruto e a administração legais dos bens de sua filha. Certo dia, chateada com Carla, sua amiga de escola, Marta cria perfil falso em rede social e passa a atentar contra a imagem e honra de sua amiga, o que veio a ser descoberto pelos pais de Carla. Inconformados, os pais de Carla, representando sua filha, ajuízam ação judicial com pedido de reparação de danos morais em face dos pais de Marta, o qual: não deverá ser acolhido, pois a vítima é pessoa absolutamente incapaz; não deverá ser acolhido, visto que o dano foi causado por pessoa absolutamente incapaz; caso acolhido, e se os pais de Marta não tiverem recursos próprios para o pagamento da indenização, caberá a declaração de sua insolvência; se acolhido, e se os pais de Marta não tiverem recursos próprios para satisfação da obrigação, Marta pagará a indenização, desde que não comprometa o seu sustento. na hipótese de acolhimento, e caso os bens dos pais de Marta e os próprios da adolescente não forem suficientes para a satisfação da condenação, a obrigação será extinta; Explicação: Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 4. XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Daniel, morador do Condomínio Raio de Luz, após consultar a convenção do condomínio e constatar a permissão de animais de estimação, realizou um sonho antigo e adquiriu um cachorro da raça Beagle. Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de um adestrador, pois estava destruindo móveis e sapatos do dono. Assim, Daniel contratou Cleber, adestrador renomado, para um pacote de seis meses de sessões. Findo o período do treinamento, Daniel, satisfeito com o resultado, resolve levar o cachorro para se exercitar na área de lazer do condomínio e, encontrando-a vazia, solta a coleira e a guia para que o Beagle possa correr livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) anos de idade, chega à área de lazer com seu neto Theo. Ao perceber a presença da octogenária, o cachorro pula em suas pernas, Diana perde o equilíbrio, cai e fratura o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos danos materiais e compensada pelos danos estéticos. Com base no caso narrado, assinale a opção correta. O dono do cachorro não pode ser responsabilizado pelos danos causados por seu animal. Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em relação aos danos sofridos por Diana; subjetiva, em razão da evidente culpa na custódia do animal; e contratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz. Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo obrigação de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de alguma das causas legais excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa exclusiva da vítima Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, aquele por culpa na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle, pelo fato de não evitarem que o cachorro avançasse em terceiros Não há responsabilidade civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da ocorrência de força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a inevitabilidade do ocorrido, com rompimento do nexo de causalidade. Explicação: É importante a observância do art. 936 do CC. Nele há a determinação que a responsabilidade civil somente pode ser afastada se houver alguma excludente de responsabilidade. Dessa forma, estamos diante da responsabilidade civil objetiva. Também trata-se de responsabilidade civil extracontratual porque não há qualquer vínculo contratual entre o dono do animal e a pessoa que sofreu o dano. OBS: Trata-se de uma questão adaptada porque foi inserida a quinta opção de resposta. 5. (FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado/adaptada) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. Os pais de Pedro não terão responsabilidade subjetiva e sim objetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e culpa em relação a custódia dos genitores. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Explicação: Garantia de ressarcimento de danos causados por menores - A garantia de ressarcimento de danos causados por menores é o que se busca hoje em dia, preza-se, em primeiro lugar, não desamparar o lesado. Se o dano foi gerado terá que ser reparado, de forma peculiar. Alguns autores defendem que esse fundamento também não é suficiente para explicar a responsabilidade dos pais, não entendem o porquê de só existir na fase da menoridade dos filhos. No entendimento de Ana Paula Cazarini Ribas de Oliveira " a tese em comento é insuficiente por não explicar o porquê de tal responsabilidade existir só durante a menoridade, mormente considerando que, no Brasil, a menoridade cessa aos 18 anos e dificilmente, até vinte e poucos anos, o filho amealhou bens próprios para se manter e, por conseguinte, arcar com a integralidade do dano causado" É certo que o Estado deve proporcionar os melhores meio de reparação de dano, através de sua legislação, garantindo soluções justas a ambas as partes, a fim de que nenhum dos lados enriqueça ilicitamente, nem empobreça de maneira miserável, por isso a atual tendência da conciliação e da mediação, nos casos em que forem cabíveis normativamente e aceitas pelos litigantes. 6. Sobre a Responsabilidade Civil do segurador, é correto afirmar,EXCETO: A boa fé do segurado e suas declarações verdadeiras acerca da exposição ao risco são imprescindíveis para que haja o dever de indenizar por parte da seguradora. O agravamento de risco por parte do segurado pode excluir o dever de indenizar. O agravamento de risco por parte do segurado não pode jamais ser hipótese de exclusão do dever de indenizar por parte da seguradora. Trata-se de responsabilidade civil objetiva. A seguradora tem obrigação de garantia. 7. (FGV - 2012 - PC-MA) - Claúdio se hospedou num hotel em Maranguape e deixou os seus pertences pessoais no quarto. Ao retornar de um passeio pela cidade, foi surpreendido com os vários itens de sua bagagem danificados por uma placa de gesso que havia se descolado do teto e caído. Ao se dirigir à Direção do estabelecimento, soube que não seria ressarcido pelo hotel, pois o gerente desconfiava de um antigo funcionário a quem iria atribuir a autoria e, portanto, responsabilidade pelo ilícito O hotel deve indenizar Cláudio, pois cometeu ato ilícito. Como o hotel suspeita que o antigo funcionário seja o responsável pelo ilícito, haverá necessidade de aguardar que o fato seja apurado no juízo criminal, para após analisar o fato no juízo cível. Somente comete ato ilícito, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, e, portanto, o hotel não tem obrigação de indenizar Cláudio. O hotel não deve indenizar Cláudio, pois houve culpa exclusiva da vítima, já que ele deveria ter deixado, aos cuidados do gerente, seus pertences pessoais para que houvesse essa garantia. Os donos de hotéis são responsáveis, independentemente de culpa, pelos bens de seus hóspedes, devendo, portanto, Cláudio ser ressarcido pelo hotel. Explicação: No ramo hoteleiro, a responsabilidade civil é objetiva, onde não é necessário demonstrar a culpa do estabelecimento. Dessa forma, haverá responsabilidade do hotel quando verificado os elementos básicos: conduta (omissiva ou comissiva), nexo causal e dano, sob três aspectos: na prestação de serviços e fornecimento de produtos, nos atos de seus funcionários e nos atos de seus hóspedes. O hotel não é só responsável pela prestação de serviço e fornecimento de produtos de maneira adequada, também é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos, bem como pelas atitudes indevidas tomadas por hóspedes internamente. O Código Civil Brasileiro estabelece em seu artigo 932, inciso IV que são responsáveis pela reparação civil ¿os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;¿, dessa forma responsabilizando os hospedeiros por eventuais prejuízos que possam ser causados aos seus hóspedes, incluindo terceiros ou outros hóspedes. Para a caracterização da responsabilidade faz-se necessário observar os pressupostos do dever de indenizar, a saber, a conduta humana, o nexo causal e o dano, considerando-se a culpa um elemento acidental, tendo em vista a existência de outra espécie de responsabilidade, que prescinde desse elemento subjetivo para a sua configuração. Salienta-se que o dano não está estritamente ligado à noção de ato ilícito, visto que a violação de uma norma legal ou contratual é suficiente para caracterizar o ato ilícito, podendo ocorrer sem repercussão indenizatória, se não for verificada a existência de um dano. 8. Aplicada em: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Analista Legislativo - Processo Legislativo Thaísa é dona de cão feroz que atacou e feriu Thiago. Thaísa responderá subjetivamente pelo dano, não podendo alegar causa excludente do nexo de causalidade. será obrigada a indenizar Thiago ainda que se prove que tenha havido culpa exclusiva da vítima ou força maior. deverá ressarcir o dano causado pelo animal, a menos que prove culpa exclusiva de Thiago ou motivo de força maior. somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com dolo, provocando o ataque com manifesta intenção de causar lesão. somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com negligência ou imprudência na guarda do animal. 1. (XIX Exame Unificado - Prova aplicada em 03/04/2016/adaptada) - Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60- anos, o valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. A respeito do tema, assinale a afirmativa correta. O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes . O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo envolvendo pessoas idosas O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista e a lei civil vigente devem ser utilizados na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa,como cláusula geral. O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa.. O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. Explicação: Para o Estatuto, é considerado idoso aquele que tem 60 anos ou mais. Dentre as suas medidas protetivas está a vedação de práticas discriminatórias a idosos nos planos de saúde. Assim determina o artigo 15, § 3º: ¿É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade¿. O reajuste por mudança de faixa etária é o aumento imposto ao consumidor de plano de saúde com base na variação de sua idade. A Lei de Planos de Saúde ¿ Lei nº 9.656/98, em seu artigo art. 15, previu a possibilidade das operadoras efetuarem este reajuste, desde que o contrato preveja as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas. Mas também fez uma única ressalva: proíbe tal reajuste aos consumidores com mais de 60 anos, desde que participassem do plano de saúde há mais de 10 anos. 2. (Exame de Ordem Unficado/XIX/2016 - adaptada) - Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. A respeito do tema, assinale a afirmativa correta. O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo envolvendo pessoas idosas. O aumento do preço não é abusivo, mas o microssistema consumerista e a legislação civil não devem ser utilizados na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes econômicos. Explicação: O reajuste por mudança de faixa etária é o aumento imposto ao consumidor de plano de saúde com base na variação de sua idade. A Lei de Planos de Saúde ¿ Lei nº 9.656/98, em seu artigo art. 15, previu a possibilidade das operadoras efetuarem este reajuste, desde que o contrato preveja as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas. Mas também fez uma única ressalva: proíbe tal reajuste aos consumidores com mais de 60 anos, desde que participassem do plano de saúde há mais de 10 anos. Em princípio, o reajuste após os 60 (sessenta) anos é ilegal, não importando se se trata de contrato firmado antes ou após a entrada em vigor do Estatuto do Idoso. Válido acrescentar que o Tribunal de Justiça tem entendido que os reajustes nas faixas anteriores aos 60 (sessenta) anos, quando superior a 30% (trinta por cento) do valor anteriormente pago, caracteriza-se a abusividade na cobrança, possibilitando a revisão judicial do valor. 3. (ESAF/2012) - Sobre o Plano de Saúde é correto afirmar: é instrumento referencial no qual devem estar refl etidas as necessidades e peculiaridades próprias de cada esfera, configurando-se como a base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde. tem como bases legais para sua elaboração a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. sua estrutura formal deve explicitar a análise dos resultados obtidos na execução (física, orçamentária e financeir(A) de cada programa apresentado. define as ações que, em seu período de vigência, irão garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas do Relatório Anual de Gestão. é o instrumento que regula os repasses e transferências financeiras do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios. Explicação: Os recursos alocados junto ao FNS destinam-se ainda às transferências para os Estados, o Distrito Federal e os municípios, a fim de que esses entes federativos realizem, de forma descentralizada, ações e serviços de saúde, bem como investimentos na rede de serviços e na cobertura assistencial e hospitalar, no âmbito do SUS. Essas transferências são realizadas nas seguintes modalidades: Fundo a Fundo, Convênios, Contratos de Repasses e Termos de Cooperação. 4. (FUNESP/2017/TJ/SP- adaptada) - Vítima de acidente automobilístico, Joana fica hospitalizada durante 90 (noventa) dias. Joana é contratante individual de plano de assistência médica e hospitalar. A administradora do plano de saúde se recusa a cobrir a totalidade dos custos da internação, alegando que o contrato limita a obrigação a 30 (trinta) dias. Durante o período de hospitalização, Joana deixa de efetuar o pagamento das prestações mensais do plano de saúde. Após se recuperar, Joana propõe ação requerendo seja o plano de saúde condenado ao pagamento das despesas referentes a todo o período de internação. Por sua vez, a administradora do plano de saúde apresenta contestação e propõe reconvenção pleiteando a condenação de Joana ao pagamento das prestações em atraso, acrescido da multa contratual de 10% (dez por cento). É correto afirmar que a ação de Joana deve ser julgada procedente, pois a limitação temporal da internação hospitalar é admitida somente nos contratos coletivos de assistência médica; a reconvenção é improcedente, pois a conduta abusiva da administradora do plano de saúde exclui a obrigação de Joana efetuar o pagamento das mensalidades referentes ao período de hospitalização. improcedente, pois não há abusividade na cláusula contratual que limita o tempo de internação hospitalar; a reconvenção é procedente, pois o ilícito contratual foi praticado por Joana, que está obrigada ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, com acréscimo da multa contratual de mora. procedente, pois é abusiva a cláusula contratual que limita o tempo de internação hospitalar; a reconvenção é parcialmente procedente, pois Joana está obrigada ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, mesmo diante da recusa de cobertura, mas a multa contratual não pode exceder 2% (dois por cento). Nenhuma das respostas acima. parcialmente procedente, devendo as partes dividirem equitativamente os custos da internação hospitalar que ultrapassaram o limite de 30 (trinta) dias, como forma de não gerar desequilíbrio contratual; a reconvenção é improcedente, pois ao plano de saúde não é lícito, enquanto não cumprir sua obrigação, exigir o cumprimento daquela atribuída a Joana. Explicação: A Súmula 302 do Superior Tribunal de Justiça considera abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita o tempo de internação do consumidor/paciente. Ao adotar esse posicionamento, o STJ reconhece como sendo inválidas as cláusulas nesse sentido, presentes em contratos de plano de saúde, mesmo que estejam expressas ou constem de contratos firmados anteriormente à Lei 9.656/98, que disciplinou o setor. A publicação da Súmula, além de representar a consolidação do entendimento do Tribunal na matéria, significa o reconhecimento da vulnerabilidade do paciente/consumidor, a prevalência do princípio da boa-fé objetiva e opção por uma solução humanista para o problema. 5. Em relação à disposições legais e regulamentares relativas ao contrato de Plano de Saúde/Odontológico, assinale a opção incorreta: Está subordinada às normas e à fiscalização da ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde As entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde, pela modalidade de autogestão ou de administração também estão incluídas na lei 9656/98 que dispõe sobre os planos e seguros de assistência à saúde Poderão ser Operadoras de Plano de Saúde a pessoa jurídica ou física, privada apenas, internacional ou nacional, empresarial ou simples Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados de assistência à saúde devem demonstrar a capacidade de atendimento em razão dos serviços a serem prestados Explicação: Com base na lei 9656/98 - art. 1º, II, apenas as pessoas jurídicas podem ser consideradas como Operadoras de Plano de Saúde. V. também art. 1, §4º do mesmo Diploma Legal 6. Assinale a alternativa que se refere ao seguinte conceito legal: "prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor" : Carteira Regulamentação da ANS Operadora de Plano de Assistência à Saúde Plano Privado de Assistência à Saúde Sistema Único de Saúde Explicação: art. 1º, I da Lei 9656/98 7. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Um homem foi submetido a cirurgia para remoção de cálculos renais em hospital privado. A intervenção foi realizada por equipe médica não integrante dos quadros de funcionários do referido hospital, apesar de ter sido indicada por esse mesmo hospital. Durante o procedimento, houve perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias após a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe deixou uma grande cicatriz na região abdominal. O paciente ingressou com ação judicial em face do hospital, visando a indenização por danos morais e estéticos. Partindo dessa narrativa, assinale a opção CORRETA: O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva da equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima na ação porque apenas prestou serviço de instalações e hospedagem do paciente. O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma consumerista à relação entre médico e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a responsabilidade civil dos profissionais liberais seja objetiva O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os danos morais e estéticos, sob pena de enriquecimento ilícito do autor. O hospital responde objetivamente pelos danos morais e estéticos decorrentes do erro médico, tendo em vista
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