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509521_Apostila Análise das Demonstrações contábeis - out-2010

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Esta apostia foi elaborada pelos professores da PUC/MG: José Tomáz Pereira e José Vuotto 
Nievas. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................ 2 
ETAPAS DA ANÁLISE ................................................................................................................ 3 
OBJETIVOS .................................................................................................................................. 3 
FONTES ......................................................................................................................................... 4 
Principais usuários das Demonstrações Contábeis ..................................................................... 8 
Demonstrações Contábeis Passíveis de Análise ........................................................................ 10 
Técnicas preliminares da Análise dos Demonstrativos Contábeis .......................................... 11 
Padronização e Reclassificação .................................................................................................. 12 
Técnica da Análise Vertical e Análise Horizontal .................................................................... 18 
Análise Vertical ............................................................................................................................ 18 
Análise Horizontal ....................................................................................................................... 20 
Relação entre a Análise Vertical e Horizontal .......................................................................... 24 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ ........................................................................................................... 25 
INDICADORES DE ESTRUTURA .......................................................................................... 26 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE ............................................................................................. 28 
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS.............................................................................................. 28 
CICLO OPERACIONAL ........................................................................................................... 29 
CICLO FINANCEIRO ............................................................................................................... 29 
ÍNDICES DE ROTAÇÃO .......................................................................................................... 29 
ECONÔMICO VERSUS FINANCEIRO .................................................................................. 30 
INVESTIMENTO VERSUS FINANCIAMENTO ................................................................... 30 
PARECER TÉCNICO ................................................................................................................ 30 
ÍNDICES DE BOLSA ................................................................................................................. 31 
O RISCO DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS ..................................................................... 32 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 34 
 
2 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Definição: “É o estudo da situação financeira e patrimonial de uma empresa ou entidade, 
através da decomposição de elementos e de levantamentos de dados que consistem em 
relações diversas que entre si possam ter tais elementos, com o objetivo de conhecer a 
realidade de uma situação ou de levantar os feitos de uma administração sob determinado 
ponto de vista”. 
A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo, interpretar as alterações 
estruturais ocorridas nos balanços e demais informativos contábeis, consecutivos, de uma 
empresa, buscando o julgamento das ações desenvolvidas pela mesma, estudando a sua 
posição atual dentro do mercado de atuação e detectando também, a sua situação econômico-
financeira. 
Cabe salientar, que devemos levar em conta a dimensão temporal, ou seja, devemos 
examinar para tanto, uma série histórica. Após realizado este trabalho, poderemos até mesmo, 
identificar o seu desempenho futuro. 
A análise dos demonstrativos contábeis sempre estará associada a um processo decisório. 
Cada usuário determina a profundidade e o enfoque da abordagem da análise, de acordo com 
o seu objetivo. 
A análise das demonstrações contábeis como um todo, é vista como “a arte de saber 
extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios 
contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”. 
Ao pesquisar um conceito para a análise das demonstrações contábeis, verifica- se uma 
pluralidade de definições que, de um modo geral, remetem a utilização de técnicas para um 
melhor entendimento da atuação das empresas no mercado. 
Iudícibus (1998, p.20-21) afirma que é a análise de balanços pode ser definida “como a 
arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos 
relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso". 
Esta definição também é compartilhada por outros estudiosos da Ciência Contábil. 
Assaf Neto (2002) atesta que apesar do surgimento e da evolução percebida de diversas 
técnicas para a realização da análise dos balanços, não se pode ainda cientificamente 
apresentar uma metodologia capaz de atender a todas as situações de análises. Daí a conotação 
de uma arte. 
A análise dos demonstrativos contábeis 
[...] é uma ferramenta poderosa à disposição das pessoas físicas e 
jurídicas relacionadas à empresa [...]. [...] propicia as avaliações do 
patrimônio da empresa e das decisões tomadas, tanto em relação ao 
passado – retratado nas demonstrações financeiras – como em relação 
3 
 
 
ao futuro – espelhado no orçamento financeiro. (MATARAZZO, 
2003, p.11) 
Em relação aos objetivos, Assaf Neto (2002, p.48) acredita que a análise das 
demonstrações contábeis “visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas 
empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução 
apresentada e as tendências futuras”. 
O objetivo da análise de balanços é assegurar o controle do patrimônio 
das entidades e fornecer informações sobre a composição e as 
variações patrimoniais, produzindo em intervalos regulares de tempo, 
um conjunto básico e padronizado de informações úteis para um 
grande e variando número de usuários, cujas necessidades são 
diferentes. (BLATT, 2001, p. XVIII). 
Matarazzo (2003) enfatiza que o objetivo da análise está basicamente na transformação 
dos dados apresentados pelos demonstrativos contábeis em informações que possam 
contribuir para um melhor entendimento da situação econômico-financeira das organizações. 
Chama atenção ainda, quanto ao entendimento diferenciado que deve ter uma analista em 
relação a dados e informações. 
Aspectos da análise: 
 Estático - Refere-se ao estudo da situação da empresa, observando-se a forma como ela se 
apresenta, em determinado momento, não se preocupando com o passado ou o futuro. 
 Dinâmico - Há uma preocupação com a evolução da empresa e com o ritmo de seus 
negócios. Tal aspecto resulta num estudo que estabelece comparações entre os resultados 
atuais e os resultados de exercícios anteriores, considerando inclusive as possibilidades de 
evolução futura. 
 
ETAPAS DA ANÁLISE 
 
a) Conhecimento da estrutura e composição das demonstrações; 
b) Entendimento das transações que se processam entre as contas dos demonstrativos; 
c) Interpretaçãodos valores expressos nas demonstrações e de sua interrelação; 
d) Formulação e cálculo de índices ou indicadores que permitam estabelecer comparação entre 
valores; 
e) Estabelecimento de subsídios para avaliação da situação do desempenho da empresa. 
 
OBJETIVOS 
 
Avaliar, de forma estática e dinâmica três aspectos patrimoniais: 
1- Medir o acerto da gestão passada; 
2- Determinar a necessidade de correção nessa gestão; 
3- Determinar potencialidades e riscos de desenvolvimento dos negócios da empresa. 
Conforme explicitado anteriormente, a análise das demonstrações contábeis é utilizada 
para a verificação das alterações ocorridas em um determinado período de tempo do 
patrimônio. 
4 
 
 
Segundo Magalhães et al (2004) a contabilidade tem função descritiva, mas devido à 
complexidade do conjunto patrimonial, desdobra-se em três sub-funções fundamentais: a sub-
função escritural ou de registro; a sub-função expositiva ou demonstrativa e a sub-função 
interpretativa ou de análise. 
Esta segunda sub-função, expositiva ou demonstrativa, envolve diretamente a forma 
com que os profissionais de contabilidade devem externar a sub-função escritural. 
Esta forma está descrita na Lei das Sociedades por Ações – 6.404, de 15/12/1976, 
através de seu artigo 176º, que em linhas gerais, requer ao final de cada exercício social a 
publicação de: 
 Balanço Patrimonial; 
 Demonstração do Resultado do Exercício; 
 Demonstração de Lucros ou Prejuízo / Acumulados; 
 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos; 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; 
 Notas Explicativas sobre dados relevantes; 
Tendo em vista o estudo destas demonstrações na disciplina de Contabilidade Básica, 
e da exigüidade do tempo para um maior aprofundamento da análise de todos estes 
demonstrativos, desenvolver-se-á em nesse conteúdo, a exploração do Demonstrativo 
“Balanço Patrimonial” e na “Demonstração do Resultado do Exercício”. 
“O Balanço Patrimonial é a demonstração destinada a evidenciar, resumidamente, o 
Patrimônio da entidade, quantitativa e qualitativamente”, afirma Ribeiro (2002, p.334). 
Marion (2004) enfatiza que este demonstrativo apresenta a saúde financeira e 
econômica de uma organização a qualquer tempo. 
 
FONTES 
 
a) Demonstrações contábeis; 
b) Outras informações obtidas junto à administração da empresa em exame. 
 
Tendo em vista que esta disciplina é desenvolvida partindo do conhecimento prévio 
adquirido na disciplina de Contabilidade e que tem como objetivo a questão da análise desta 
estrutura, sugeri-se no caso de dúvidas quanto a qualquer das nomenclaturas apresentadas, que 
se faça um estudo mais aprofundado em livros de contabilidade básica e intermediária. 
 
 
5 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Passivo 
Circulante Circulante 
Disponível Obrigações de Curto Prazo 
Caixa Fornecedores 
Bancos Conta Movimento Obrigações Trabalhistas e Sociais 
Aplicações Financeiras Impostos a Recolher 
Créditos 
Duplicatas a Receber 
(-) Duplicatas Descontadas 
(-) Provisões para Créditos de Liquidação 
Duvidosa 
 
Adiantamentos a Fornecedores 
Adiantamentos a Empregados 
Impostos a Recuperar 
Estoques 
Estoques de Materiais 
Estoques de Produtos 
Estoques de Mercadorias 
(-) Provisões para Ajuste ao Valor 
Provável de Realização 
 
Despesas do Exercício Seguinte 
Seguros a Apropriar 
 
Não-Circulante Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo Obrigações de Longo Prazo 
Investimentos a Longo Prazo Financiamentos 
Aplicações Financeiras 
Débitos de Pessoas Ligadas Patrimônio Líquido 
Débitos de Sócios Capital Realizado 
Investimentos Capital Social Subscrito 
Participações Societárias (-) Capital Social a Realizar 
Imobilizado Reservas 
6 
 
 
Imóveis Reservas de Capital 
Instalações Reservas Constituídas pela Correção Monetária 
do Capital 
Móveis e Utensílios Reservas Constituídas por Ágio na Emissão de 
Ações 
Veículos Reservas Constituídas por Alienação de Partes 
Beneficiárias 
(-) Depreciação Acumulada Reservas Constituídas por Alienação de Bônus de 
Subscrição 
Intangível Reservas de Lucros 
Marcas e Patentes Reserva Legal 
Direitos Autorais Reserva Estatutária 
Fundo de Comércio Adquirido Ajustes de Avaliação Patrimonial 
(-) Amortização do Intangível Ajustes às Normas Internacionais de 
Contabilidade 
 Ajustes de Avaliação de Instrumentos Financeiros 
 Ajustes ao Valor de Mercado nos casos de 
Incorporação, Fusão e Cisão 
 (-) Prejuízos Acumulados 
 (-) Ações em Tesouraria 
Figura 2: Balanço Patrimonial 
Fonte: Santos et al (2003) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício tem sua estrutura regulamentada pelo 
artigo 187 da Lei 6.404/76 e que de forma resumida, pode ser vista na figura 3 abaixo: 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Vendas no País 
Vendas no Exterior 
Receita Bruta 
(-) Vendas anuladas 
(-) Descontos incondicionais 
(-) ISSQN sobre vendas 
(-) ICMS sobre vendas 
(-) PIS sobre vendas 
(-) COFINS sobre vendas 
(=) Receita Líquida 
(-) Custos 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais e administrativas 
(-) Despesas financeiras 
(-) Outras despesas 
(+) Outras receitas 
(=) Resultado do Exercício antes CSLL/IRPJ 
(-) Provisão para CSLL 
(-) Provisão para IRPJ 
(=) Resultado do Exercício após CSLL/IRPJ 
(-) Debêntures 
(-) Administradores 
(-) Partes beneficiárias 
(=) Lucro / Prejuízo do Exercício 
Figura 3: Demonstração do Resultado do Exercício 
Fonte: Santos et al (2003) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
8 
 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício (D.R.E.) na concepção de Iudícibus 
(2000) trata-se de um resumo organizado das receitas e despesas da empresa em determinado 
período e é apresentada verticalmente e de forma de forma dedutiva. 
Verifica-se que muitos alunos apresentam uma certa dificuldade em organizar as 
contas denominadas patrimoniais (contas do Balanço Patrimonial) e as contas de resultado 
(contas da Demonstração do Resultado do Exercício). 
Para sanar este problema, reitera-se a necessidade de se estudar o conteúdo 
anteriormente apresentado na disciplina de Contabilidade através dos livros indicados nas 
referências da disciplina. 
Ressalta-se novamente que, todos os demonstrativos contábeis exigidos pela Lei 
6.404/76 são objetos merecedores da atenção de uma analista no momento de se buscar o 
conhecimento da situação patrimonial de uma empresa. Toda análise deve partir de uma 
avaliação simultânea dos demonstrativos apresentados pela entidade, pois atuam de forma a 
complementar os dados umas das outras. 
Na disciplina de Análise dos Demonstrativos Contábeis será dado uma ênfase maior 
nos demonstrativos do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados do Exercício. 
 
Principais usuários das Demonstrações Contábeis 
 
Você está se graduando em que? Ciências Contábeis? Administração? Ciências 
Econômicas? Engenharia? 
A sua formação implicará diretamente no grau de profundidade que você deve ter para 
um bom exercício profissional. Para os alunos de Ciências Contábeis, o entendimento deve 
ser profundo na medida em que são estes os profissionais que elaboram os demonstrativos 
contábeis e que devem trazer para uma linguagem mais simples as informações para as 
pessoas com funções de gerenciamento. 
E você administrador? Acredita ser possível planejar, executar e controlar qualquer 
empresa sem saber o domínio desta ferramenta? Através desta técnica, aqueles que ocupamcargos de gestão podem monitorar todas as atividades da organização e evitar, por exemplo, a 
venda de mercadorias a clientes que não tem capacidade financeira para honrar com seus 
compromissos. 
“Saber analisar balanços está se tornando uma necessidade para grande número de 
pessoas”, afirma Matarazzo (2003, p. 27). Complementa ainda que, para quem pretende se 
relacionar com empresas, é de extrema importância o domínio dessa técnica. 
9 
 
 
Com uma visão mais generalista Blatt (2001, p. XIX) declara que 
Os usuários tanto podem ser internos como externos e, mais ainda, 
com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas 
pela Entidade devem ser amplas e fidedignas, pelo menos, suficientes 
para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas 
pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o 
seu futuro. 
Corroborando com esta última afirmação, o quadro 2 apresenta de forma sintética 
alguns dos usuários mais comuns da análise dos demonstrativos contábeis e como fazem uso: 
 
PRINCIPAIS USUÁRIOS DA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
FORNECEDORES 
O fornecedor de mercadoria precisa conhecer a 
capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, a sua 
liquidez. Dependendo dos valores envolvidos na 
negociação a análise ganha um critério de maior 
profundidade. 
CLIENTES 
(COMPRADORES) 
Pode ocorrer quando alguma empresa depende de um 
fornecedor para a ampliação de sua capacidade 
produtiva. Também deveria ser uma prática comum em 
pessoas físicas na hora de se adquirir um imóvel na 
planta, por exemplo. 
BANCOS 
COMERCIAIS 
Os bancos comerciais usualmente concedem créditos de 
curto prazo a seus clientes e por isso precisam observar a 
situação financeira e econômica de seus clientes. Os 
bancos sabem que o grau de endividamento é forte 
indicador de insolvência. 
BANCOS DE 
INVESTIMENTOS 
Os bancos de investimentos atendem a um número 
menor de empresas, mas com a concessão de crédito por 
um período mais longo. Nestes casos compreender a 
atual situação de seus clientes e traçar cenários futuros 
também faz parte da atuação do analista. 
SOCIEDADES DE 
CRÉDITO 
IMOBILIÁRIO 
Usualmente concedem financiamentos às construtoras 
por prazos superiores há um ano. A questão da análise 
fica condicionada ao estudo dos valores e do risco que 
envolve a operação. 
SOCIEDADES 
FINANCEIRAS 
Essas sociedades concedem créditos diretamente aos 
consumidores. Nos últimos anos tem crescido muito este 
tipo de empresa no Brasil. As lojas vendem para seus 
clientes e estes recebem o crédito da Sociedade 
Financeira. A loja atua como se fosse um avalista da 
operação. 
CORRETORAS DE 
VALORES E 
PÚBLICO 
INVESTIDOR 
As corretoras de valores e o público investidor fazem a 
análise para investimento em ações. Além da análise 
financeira, levam em conta outros fatores relacionados 
especificamente ao preço e à valorização de ações no 
mercado. 
CONCORRENTES Analisar a atuação da concorrência no mercado 
influência diretamente no sucesso ou no fracasso de uma 
10 
 
 
empresa. Muitas decisões de investimento, por exemplo, 
podem estar ligadas ao comportamento da concorrência. 
DIRIGENTES 
Para os administradores e dirigentes de uma empresa, a 
análise dos demonstrativos contábeis é um instrumento 
complementar no processo decisório. Essa técnica pode 
auxiliar na formulação de estratégias da empresa e servir 
como forma de mensuração das atitudes implantadas da 
gestão. 
GOVERNO 
O governo utiliza a análise dos demonstrativos contábeis 
das empresas principalmente na abertura de uma 
concorrência. Usualmente a escolha ocorre entre duas 
propostas semelhantes e a sua definição fica por conta 
daquela que apresenta uma melhor situação financeira. 
Quadro 2 : Principais usuários da análise dos demonstrativos contábeis 
Fonte: Matarazzo (2003, p.29-36) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
Esta pluralidade de usuários reforça a responsabilidade daqueles que estão dirigindo 
uma organização e para aqueles que, como vocês, em um futuro próximo também estarão 
enfrentando o desafia da gestão. Basta observar que os atos praticados tanto por uma boa 
quanto por uma má administração ficam registrados nestes demonstrativos que são 
sistematicamente objetos de estudo por diversos usuários. A sua competência ou 
incompetência pode ser perfeitamente avaliada por seus atos na condução de uma 
organização. 
 
Demonstrações Contábeis Passíveis de Análise 
 
Como deve ser do conhecimento de todos, nem todas as empresas são obrigadas a 
publicar seus demonstrativos contábeis. A questão da publicação além de um aspecto 
legislativo, também está relacionada com a credibilidade das informações prestadas nos 
demonstrativos. 
A Lei 6.404/76 em seu artigo 289 determina que 
As publicações ordenadas pela presente Lei serão feitas no órgão 
oficial da União ou do Estado, conforme o lugar em que esteja situada 
a sede da companhia, e em outro jornal de grande circulação editado 
na localidade em que está situada a sede da companhia. 
O ato de se tornar público os demonstrativos contábeis, confere uma responsabilidade 
ainda maior ao profissional de contabilidade e dos responsáveis pela entidade quanto à 
qualidade e veracidade das informações. 
Desta forma, Marion (2002) sugere um roteiro para que os analistas possam verificar 
antes do trabalho de análise, a qualidade e a credibilidade das demonstrações contábeis. 
11 
 
 
 
SITUAÇÃO 
IDEAL 
Demonstrações Contábeis (DC) publicadas em jornais que 
atendam aos requisitos legais (Lei das Sociedades Anônimas). 
Assinadas por contador, com Relatório da Diretoria e Notas 
Explicativas completas. 
Parecer de auditoria de Pessoa Jurídica que não tenha empresa-
cliente que represente mais de 2% do seu faturamento e que não 
esteja auditando a empresa analisada por mais de quatro anos. 
SITUAÇÕES 
ENCONTRADAS 
QUE MERECEM 
CUIDADOS 
DC em que há Relatório da Diretoria sucinto demais e/ou Notas 
Explicativas incompletas. 
DC com parecer de auditoria que não preencham todos os 
requisitos do 3º item da situação ideal. 
DC publicadas que não atendam a todos os requisitos legais. 
SITUAÇÕES 
QUE MERECEM 
PROFUNDOS 
CUIDADOS 
DC não publicadas em jornais. 
DC sem parecer de auditoria ou parecer com ressalva. 
DC que não atende boa parte dos requisitos legais e outras 
situações não previstas nas situações anteriores. 
SITUAÇÕES EM 
QUE NÃO SE 
DEVE FAZER 
ANÁLISE COM 
BASE NOS DC 
Quando a empresa trabalha à base do Lucro Presumido, sem 
fazer Contabilidade (nesses casos, as DC podem ser montadas 
especialmente para a análise). 
Quando há contradições nas DC ou “exageros” facilmente 
detectáveis. 
Quando é facilmente identificado que a empresa não valoriza a 
Contabilidade e/ou as DC não refletem a realidade. 
Quadro 3 : Situações dos demonstrativos contábeis encontradas pelo analista 
Fonte: Marion (2002, p.23) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
Tais considerações são de extrema importância no contexto disciplinar, pois, não é 
raro alunos escolherem mal um demonstrativo contábil para ser objeto de uma análise em um 
trabalho. O resultado dessa infeliz escolha é um parecer técnico de baixa qualidade e com 
pouquíssimas informações. 
Fazer a análise dos demonstrativos da empresa que você trabalha é um exercício 
extremamente salutar para a fixação de seu conteúdo, mas o primeiro passo para se evitar 
analises equivocadas é a verificação da qualidade das informações ali prestadas. 
 
Técnicas preliminares da Análise dos Demonstrativos ContábeisExistem várias técnicas que podem ser aplicadas nos demonstrativos contábeis de uma 
entidade para se conhecer à sua real situação econômica e financeira. 
Marion (2002) destaca entre outras técnicas, a utilização da Análise Horizontal e 
Vertical, a utilização dos indicadores Financeiros e Econômicos, a análise sobre a Taxa de 
Retorno sobre Investimentos. 
12 
 
 
“É importante destacar que uma empresa deve ser analisada em conjunto com as 
demais integrantes de seu grupo”, complementa Blatt (2001, p. 55), e por isso, o analista tem 
liberdade de escolha sobre qual técnica mais indicada para a sua análise, desde que, procure 
trabalhar com o universo completo da entidade analisada. 
O analista antes de iniciar qualquer procedimento para a sua análise, deve proceder 
uma leitura minuciosa do demonstrativo contábil. Pode parecer um comentário “idiota”, mas, 
observa-se que muitos alunos no processo de aprendizado têm “preguiça” de fazer esta leitura 
inicial. 
Faz parte de um bom demonstrativo contábil as notas explicativas. Neste item o 
contador ao publicar os demonstrativos tem a obrigação de dar maior clareza ao conteúdo 
apresentado. 
O Balanço Patrimonial, por exemplo, apresenta apenas as contas sintéticas com os seus 
respectivos saldos e para uma análise com maior qualidade verifica-se a necessidade de 
“abrir” algumas das contas apresentada. 
Após a leitura dos demonstrativos contábeis pode-se passar para a sua preparação para 
análise. Esta preparação consiste inicialmente no processo de reclassificação e padronização 
das demonstrações. 
 
Padronização e Reclassificação 
 
Matazzo (2003, p.135) enfatiza que este trabalho “consiste numa crítica às contas das 
demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente 
definido [...]”. 
 
MOTIVOS PARA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE PADRONIZAÇÃO E DE RECLASSIFICAÇÃO 
Simplificação 
Um balanço apresentado nos moldes da Lei das S.A. 
apresenta em torno de 60 contas. Levando em 
consideração a utilização de três exercícios sociais e a 
aplicação da técnica de Análise Horizontal e Vertical, 
o analista teria inicialmente o cálculo aproximado de 
540 números o que dificultaria o trabalho a ser 
realizado. A padronização e a reclassificação 
permitem uma redução considerável desses números. 
Comparabilidade 
A grande maioria das empresas apresentam planos de 
contas próprios e conseqüentemente seus 
13 
 
 
demonstrativos refletem uma variedades de contas que 
podem dificultar a comparação entre períodos. Desta 
forma, torna-se imprescindível enquadrar 
determinadas contas em grupos específicos para 
facilitar o processo de análise. 
Adequação aos 
Objetivos da 
Análise 
Determinadas contas devem ser reclassificadas para 
permitir uma análise 
mais coerente com a realidade. A conta “Duplicatas 
Descontadas”, por exemplo, para uma melhor 
adequação do Balanço Patrimonial, deve configurar no 
grupo do Passivo Circulante tendo em vista a natureza 
deste tipo de operação, onde a empresa responde 
solidariamente pela quitação da duplicata caso o seu 
cliente não honre o compromisso junto a instituição 
bancária. 
Precisão nas 
classificações de 
contas 
Freqüentemente são encontradas falhas na 
classificação de contas como, por exemplo, 
investimentos de caráter permanente classificados no 
circulante. Cabe ao analista conhecer os principais 
itens de manipulação dos balanços e efetuar a sua 
correção antes da análise. 
Descobertas de 
erros 
Quando se padroniza os demonstrativos contábeis, 
pode-se verificar erros intencionais ou não que devem 
ser merecedores de correções. Os mais usuais ocorrem 
nas contas de Estoques, na Provisão para Devedores 
Duvidosos e até mesmo nos somatórios dos diversos 
subgrupos que contém um balanço. 
Intimidade do 
analista com os 
demonstrativos da 
empresa 
Ao realizar o trabalho de padronização e 
reclassificação, o analista deve refletir sobre a melhor 
forma de enquadramento das contas e muitas vezes 
buscar maiores informações sobre as mesmas. Desta 
forma este procedimento acaba proporcionando uma 
maior familiaridade entre o analista e os números da 
empresa a serem analisados. 
Quadro 4 : Motivos para a utilização da técnica de Padronização e Reclassificação 
Fonte: Matarazzo (2003, p.136-137) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
Nota-se com base no exposto, que a técnica de Padronização e de Reclassificação, 
basicamente, atua no agrupamento de algumas contas, com o intuito de uniformidade e de 
simplificação. 
14 
 
 
Vocês podem imaginar qual seria o trabalho para um analista ao analisar o balaço 
patrimonial da empresa FIAT Automóveis S.A., sem a utilização dessa técnica? Imaginem o 
detalhamento da conta “Estoques”. 
Fica claro que esta técnica visa dar uma forma mais adequada às demonstrações 
contábeis facilitando o processo de análise por parte do analista. 
Conforme relatado na unidade anterior, dar-se-á uma ênfase nos demonstrativos 
“Balanço Patrimonial” e na “Demonstração dos Resultados do Exercício”. 
Sugere-se para estes demonstrativos a seguinte padronização e reclassificação: 
BALANÇO PATRIMONIAL PADRONIZADO E RECLASSIFICADO 
CONTAS DO ATIVO 
NO ATIVO CIRCULANTE, AS 
CONTAS... 
DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Caixas, Bancos conta Movimento, 
aplicações Financeiras. 
Na conta “Disponibilidades” 
Clientes, Faturas a Receber, Duplicatas a 
Receber, Títulos a Receber, (-) Provisão 
para Devedores Duvidosos. 
na conta de “Contas a Receber de Clientes”, pelo 
seu valor líquido, deduzida a Provisão para 
Devedores Duvidosos. 
(-) Duplicatas Descontadas no Passivo Circulante com a nomenclatura de 
“Duplicatas Descontadas”, apesar de ser uma 
conta redutora do Ativo (Duplicatas a Receber), 
representa uma Co-Obrigação. 
Estoques de Matéria Prima, de Produtos 
em Elaboração e de Produtos Acabados. 
na Conta “Estoques”, acumulados os valores das 
matérias-primas, dos produtos em elaboração e 
dos produtos acabados. 
Adiantamento p/ Aquisição de Imóveis na Conta “Adiantamento p/ Aquisição de 
Imóveis” 
Outros Valores do Circulante na Conta “Outros Valores do Circulante” 
NO NÃO CIRCULANTE, AS CONTAS DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
as contas que se apresentarem nesse 
subgrupo do ativo. 
Com a mesma nomenclatura apresentada no 
balanço original. 
Investimentos 
Ações da Organização 
pela denominação genérica “Investimentos”. 
Imobilizado 
Edifícios 
Máquinas e Equipamentos 
Instalações 
Móveis e Utensílios 
Veículos 
(-) Depreciação Acumulada 
pela denominação genérica “Imobilizado”. 
Diferido 
Gastos com Expansão 
(-) Amortização Acumulada 
pela denominação genérica “Diferido”, deduzido 
o valor da Amortização Acumulada. 
Quadro 5 : Modelo de padronização das contas do Ativo 
15 
 
 
 
CONTAS DO PASSIVO 
NO PASSIVO CIRCULANTE, AS CONTAS... DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Fornecedores na conta “Fornecedores” 
Salários a pagar, Impostos a pagar, FGTS, 
PIS, INSS a pagar. 
na conta “Obrigações Trabalhistas e Sociais” 
O.T.S. 
Obrigações Fiscais e Tributárias Na conta “Obrigações Fiscais e Tributárias” 
Empréstimos bancários, Financiamentos, 
Títulos a pagar. 
na conta “Instituições Financeiras”. 
Adiantamento de Clientes na conta “Adiantamento de Clientes” 
Credores por Compra de Imóveis na conta “Credores por Compra de Imóveis” 
Obrigações Estatutárias na conta “Obrigações Estatutárias” 
Cheques a Compensar na conta “Cheques a Compensar” 
Compromissos com Ex-Sócios na conta “Compromissos com Ex-Sócios” 
NO NÃO CIRCULANTE, AS CONTAS DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
as contas quese apresentarem nesse 
subgrupo do passivo. 
Com a mesma nomenclatura apresentada no 
balanço original. 
NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Capital social 
Capital social 
pela denominação “Capital Social”. 
Reservas 
Reservas de capital 
Reservas de investimentos 
Reservas de contingências 
pela denominação genérica “Reservas”. 
Ajuste Avaliação Patrimonial 
Pela denominação genérica “Ajuste 
Avaliação Patrimonial” 
Lucro/Prejuízo do Exercício 
Lucro/Prejuízo do Exercício 
pela denominação “Lucro/Prejuízo Líquido 
do Exercício”. 
Quadro 6 : Modelo de padronização das contas do Passivo 
 
Com o intuito de facilitar o trabalho do analista no momento da realização da 
padronização e da reclassificação sugeri-se também a utilização de uma planilha padrão 
conforme o modelo abaixo 
 
16 
 
 
 
 
 
Figura 4: Planilha para Padronização e Reclassificação 
ATIVO 20X
0 
(%) 
V 
20X
1 
(%) 
V 
(%) 
H 
PASSIVO 20X
0 
(%) 
V 
20X
1 
(%) 
V 
(%) 
H 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
Financeiro Operacional 
Disponibilidades Fornecedores 
Operacional Obrigações Trabalhistas 
e Sociais 
 
Contas a Receber de 
Clientes 
 Obrigações Fiscais e 
Tributárias 
 
Duplicatas Descontadas Instituições Financeiras 
Estoques Adiantamento de 
Clientes 
 
Adiantamento p/ 
Aquisição Imóveis 
 Credores por Compra de 
Imóveis 
 
Outros Valores do 
Circulante 
 Financeiro 
 Obrigações Estatutárias 
 Cheques a Compensar 
 Compromissos com Ex-
Sócios 
 
 
Total do Circulante Total do Circulante 
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE 
Realizável a Longo 
Prazo 
 Exigível a Longo Prazo 
Investimentos Compromissos com Ex-
Sócios 
 
Imobilizado Empréstimos a Pessoas 
Ligadas 
 
Intangível 
 Total do Não 
Circulante 
 
 
 Total das 
Exigibilidades 
 
 PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
 Capital Social 
 Reservas 
 Ajuste Avaliação 
Patrimonial 
 
 Lucro/Prejuízo Líquido 
do Exercício 
 
 
Total do Não 
Circulante 
 Total do Patrimônio 
Líquido 
 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
BALANÇO PATRIMONIAL PADRONIZADO 
PERÍODOS: 20X0 E 20X1 VALORES EM: R$ reais 
17 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
PADRONIZADO E RECLASSIFICADO 
NA D.R.E . AS CONTAS DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Receita Operacional Bruta e as Deduções e 
Abatimentos. 
Não entram na planilha de análise 
Receita Líquida de Vendas. 
pela denominação “Receita Líquida de 
Vendas”. Inicia-se a planilha com esta 
conta. 
Custos Merc. Prod. Serv. Vendidos. 
pela denominação “Custos Merc. Prod. 
Serv. Vendidos”. 
Lucro Bruto. Pela denominação “Lucro Bruto”. 
NA D.R.E. AS DESPESAS / RECEITAS 
OPERACIONAIS 
DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Despesas com Marketing, Comerciais e com 
Vendas 
pela denominação genérica “Despesas com 
vendas". 
Despesas Administrativas, Depreciações / 
Amortizações, Encargos 
pela denominação genérica “Despesas gerais 
e administrativas". 
Outras despesas operacionais 
pela denominação genérica “Outras despesas 
operacionais” 
Outras receitas operacionais 
pela denominação genérica “Outras receitas 
operacionais” 
Resultado Operacional Antes do Resultado 
Financeiro 
pela denominação genérica “Resultado 
Operacional Antes do Resultado Financeiro” 
Receitas Financeiras 
pela denominação genérica “Receitas 
financeiras". 
Despesas Financeiras 
pela denominação genérica “Despesas 
financeiras". 
Resultado Operacional 
pela denominação genérica “Resultado 
Operacional". 
Outros Resultados 
pela denominação genérica “Outros 
Resultados ". 
Resultado do Exercício Antes das Provisões 
pela denominação genérica “Resultado do 
Exercício Antes das Provisões ". 
NA D.R.E, AS CONTAS DEVEM SER RECLASSIFICADAS 
Provisão para o IR - 15% e Provisão para 
CSLL - 9% 
pela denominação “Provisão". 
Participações pela denominação “Participações". 
Resultado Líquido do Exercício. 
pela denominação “Resultado Líquido do 
Exercício". 
Quadro 7 : Modelo de padronização das contas da Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Com a Demonstração do Resultado do Exercício, não é diferente. Veja o modelo: 
 
 
 
18 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO 20X0 (%) V 20X1 (%) V (%) H 
RECEITA LIQUIDA 
DE VENDAS 
 
(-) Custos Merc. Prod. 
Serv. Vendidos 
 
 
LUCRO BRUTO 
( - ) Despesas 
Operacionais 
 
( - ) Despesas com 
Vendas 
 
( - ) Despesa Gerais e 
Adm. 
 
( - ) Outras Despesas 
Operacionais 
 
( + ) Outras Receitas 
Operacionais 
 
 
RESULTADO 
OPER. ANTES DO 
RESULTADO 
FINANCEIRO 
 
( + ) Receitas 
Financeiras 
 
( - ) Despesas 
Financeiras 
 
 
RESULTADO 
OPERACIONAL 
 
( +/- ) Outros 
Resultados 
 
 
RESULTADO DO 
EXERCÍCIO ANTES 
DAS PROVISÕES 
 
( - ) Provisão 
( - ) Participações 
 
LUCRO OU 
PREJUÍZO 
LÍQUIDO DO 
EXERCÍCIO 
 
Figura 5: Planilha para Padronização e Reclassificação da Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Observe que, no trabalho de padronização das contas, deve-se ficar atento àquelas 
contas que, isoladamente, estão chamando mais atenção, quer seja por sua nomenclatura ou 
por seu valor. 
Às essas contas deve-se dar um tratamento especial, buscando verificar os “por quês” 
de sua relevância no contexto da análise. Geralmente estas respostas podem ser encontra nas 
notas explicativas apresentadas nos demonstrativos contábeis. 
 
Técnica da Análise Vertical e Análise Horizontal 
 Análise Vertical 
 
Vertical 
Tem a finalidade de demonstrar o percentual de cada conta de um determinado demonstrativo 
contábil em relação ao total em ela estiver inserida. Para tanto, calcula-se o valor de cada 
conta em relação a um valor base. 
Mostra a importância de cada conta em relação à demonstração a que esta pertença. Podemos 
também, estabelecermos comparações com padrões do ramo de atividade da entidade e não 
 
D.R.E. PADRONIZADO 
PERÍODOS: 20X0 E 20X1 VALORES EM: R$ reais 
19 
 
 
somente, compararmos com percentuais da própria empresa em relação a exercícios 
anteriores. Sendo assim, verificamos se existem itens fora das proporções normais. 
Relacionamos uma conta com o valor global do grupo ao qual ela pertence, indicando assim, a 
sua representatividade. 
A análise vertical não sofre a corrosão monetária promovida pela ação da inflação visto que, 
as comparações são feitas entre moedas de um mesmo poder aquisitivo. Fórmula: V% = (valor 
da conta/valor global) x 100. 
 
A análise vertical segundo Assaf Neto (2002, p. 108) “é também um processo 
comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar com uma conta ou 
grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo”. 
Uma outra abordagem para melhor entendimento da análise vertical é apresentada por 
Marion (2002) enfatizando que quando da divisão de uma grandeza por outra, a leitura 
realizada pelos olhos ocorre de maneira vertical, conforme pode ser observado na figura 6. 
 
= Disponibilidades = 1500 X 100
Total do Ativo 15000
 
Figura 6: Leitura do cálculo da Análise VerticalFonte: Marion (2002, p. 24) (adaptado pelo autor da apostila) 
 
“No balanço Patrimonial calcula-se a participação relativa das contas, tomando-se 
como base o seu capital total. Já na Demonstração de Resultados, o referencial passa a ser o 
valor da Receita Operacional Líquida”, afirma Blatt (2001, p. 59). 
Exemplificando a aplicação da análise vertical no balanço patrimonial, o analista deve 
calcular o percentual de cada conta do lado do ativo em relação ao total do ativo. 
É só fazer aquela famosa “regra de três” tendo como base de 100% o total do ativo 
para as contas inseridas no Ativo e o total do passivo para as contas inseridas no Passivo. 
 
ATIVO 20X1 (%) V 
ATIVO CIRCULANTE 79.196 61% 
Disponibilidades 530 0% 
Contas a Receber de Clientes 4.586 4% 
Estoques 74.080 57% 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 50.804 39% 
Impostos a Recuperar 153 0% 
Investimentos 5.761 4% 
Imobilizado 42.521 33% 
Intangível 2.369 2% 
TOTAL DO ATIVO 130.000 100% 
Figura 7: Cálculo da Análise Vertical na planilha de Padronização 
e Reclassificação do Balanço Patrimonial 
 
 
 
20 
 
 
Forma para cálculo de qualquer uma das contas (Ex. imobilizado): 
1) Regra de três simples: 
130.000 ------------------- 100 
42.521 ------------------ X 
X = 32, 71% 
arredondando = 33 % 
2) Cálculo na calculadora HP 
130.00 
42.521 
32.71 Resultado no visor 
33 % (para arredondar f 0 enter) 
Figura 8: Cálculo do índice da Análise Vertical 
 
Ressalta-se que nesta análise, quando houver alguma conta com a natureza contrária 
do grupo na qual está inserida, (ex.: contas de natureza credora no ativo ou de natureza 
devedora no passivo) esta deverá graficamente apresentar-se entre parêntese. 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 60.000 60% 
Capital Social 50.000 50% 
Resevas 15.000 15% 
Lucro/Prejuízo Líquido do 
Exercício 
(5.000) -5% 
TOTAL DO ATIVO 100.000 100% 
Figura 9: Cálculo da Análise Vertical na planilha de Padronização 
e Reclassificação com valores “negativos” 
Na análise vertical da demonstração do resultado calcula-se o percentual de cada conta 
em relação á vendas. Obviamente o valor das vendas líquidas é igualado a 100. 
 20X0 (%) V 
RECEITAS LÍQUIDAS 26.486 100% 
(-) Custos Merc. Prod. Serv. 
Vendidos 
(18.752) -71% 
LUCRO BRUTO 7.734 29% 
( - ) Despesas com Vendas (659) -2% 
( - ) Despesa Gerais e Adm. (2.783) -11% 
( - ) Outras Despesas Operacionais (587) -2% 
( + ) Outras Receitas Operacionais 894 3% 
RESULTADO OPERACIONAL 4.599 17% 
 
LUCRO OU PREJUÍZO 
LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
4.599 17% 
Figura 10: Cálculo da Análise Vertical na planilha de Padronização 
e Reclassificação da D.R.E. 
 
Observe que a filosofia de trabalho é a mesma da apresentada no Balanço Patrimonial. 
A única diferença é que o percentual de 100% tem como referência a conta de Receitas 
Líquidas. 
 
Análise Horizontal 
 
Evidencia a evolução de cada conta dos demonstrativos contábeis, através dos 
períodos analisados com relação à demonstração anterior, geralmente a mais antiga da série. 
21 
 
 
Verificamos que diante da comparação realizada entre as contas, esta análise nos 
permite tirar conclusões sobre a evolução da empresa estudada. 
A comparação é feita entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em 
diferentes exercícios sociais. Verifica-se a evolução de cada conta de uma série de 
demonstrações contábeis, em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma 
demonstração básica geralmente, a mais antiga da série. 
Enfoques principais: evolução de ativos e passivos, evolução do ativo permanente 
produtivo, evolução da estrutura de capital, redução dos custos, preço de venda etc. Fórmula: 
H% [(valor atual/valor base) - 1] x 100. 
A Análise Horizontal tem como finalidade principal a verificação do comportamento 
das contas dos demonstrativos contábeis comparativamente entre períodos, geralmente a mais 
antiga da série. 
Blatt (2001, p. 60) corrobora com esta linha de pensamento ao afirmar que a análise 
horizontal “tem como objetivo demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que 
constituem as demonstrações contábeis em períodos consecutivos”. 
“Quando comparamos os indicadores de vários períodos (vários semestres, anos, ...) 
analisamos a tendência dos índices. Nesse caso chamamos de análise horizontal, pois nosso 
olhos lêem no sentido horizontal”, afirma Marion (2002, p.25) e conforme pode ser observado 
na figura 11. 
Índice Contas a Receber = Ano 2000 Ano 2001 Ano 2002
Contas a Pagar 1,5 1,46 1,39
 
Figura 11: Leitura na análise Horizontal 
Fonte: Marion (2002, p. 25) 
Observa-se ainda que a técnica da Análise Horizontal pode ser feita de forma 
encadeada ou anual, atesta Matarazzo (2003). A avaliação de vários períodos em relação há 
um ano base, é denominada Análise Horizontal Encadeada. A análise horizontal compara 
apenas o ano atual em relação ao ano anterior é a denominada anual. 
 
ATIVO 20X0 (%) V 20X1 (%) V (%) H 
ATIVO 
CIRCULANTE 
89.517 79.196 -12% 
Disponibilidades 268 530 98% 
Contas a 
Receber de 
Clientes 
3.790 4.586 21% 
Estoques 85.459 74.080 -13% 
Figura 12: Cálculo da Análise Horizontal na planilha de Padronização e Reclassificação 
 
22 
 
 
Forma para cálculo da análise horizontal de qualquer uma das contas do demonstrativo 
(Ex. imobilizado): 
 
3) Regra de três simples: 
268 ------------------- 100 
530 ------------------ X 
X = 97, 76% 
arredondando = 98 % 
4) Cálculo na calculadora HP 
268 
530 
97.76 Resultado no visor 
98 % (para arredondar f 0 enter) 
Figura 13: Cálculo do índice da Análise Horizontal 
 
Na Demonstração do Resultado do Exercício não é diferente. O importante é observar 
que os números colocados entre parênteses significam que a conta de um período para o outro 
apresentou um decréscimo. Nesse momento não se deve confundir a questão do parêntese com 
a natureza credora ou devedora das contas. 
 
 20X0 (%) V 20X1 (%) V (%) H 
RECEITAS 
LÍQUIDAS 
20.398 26.486 30% 
( - ) Custo dos Produtos 
Vendidos 
(15.256) (18.752) 23% 
LUCRO BRUTO 5.142 7.734 50% 
( - ) Despesas com 
Vendas 
(895) (540) -40% 
( - ) Despesas 
Administrativas e Gerais 
(1.000) (1.100) 10% 
( - ) Despesas 
Financeiras 
0 0 0% 
( + ) Receitas 
Financeiras 
100 150 50% 
RESULTADO ANTES 
DO IR 
3.347 6.244 87% 
Figura 14: Cálculo da Análise Horizontal na planilha de Padronização e Reclassificação da D.R.E. 
 
Outro ponto que merece atenção quando da utilização da técnica de análise horizontal 
é quando se tem uma base negativa para a comparação. 
“Nesses casos, a magnitude do resultado calculado não reflete corretamente a evolução 
dos valores considerados, podendo levar, quando se fixa o estudo somente nas informações 
dos números índices, as conclusões opostas ao que ocorreu efetivamente.” (ASSAF NETO, 
2002, p. 103) 
Para exemplificar esta situação, analise a figura abaixo com a evolução da conta 
“Lucro/Prejuízo Acumulados”. 
 
PASSIVO 20X0 (%) V 20X1 (%) V (%) H
PATRIMÔNIO LÍQUIDO * * * * *
1 ( + ) p/ ( - ) Lucro/Prejuízo Acum. 2.600 * -1.300 * -150%
2 ( - ) p/ ( - ) Lucro/Prejuízo Acum. -1.300 * -2.080 * 60%
3 ( - ) p/ ( - ) Lucro/Prejuízo Acum. -21.438 * -18.016 * -16%
SITUAÇÕES
 
Figura 15: Análise Horizontal da conta Lucro/Prejuízo 
 
23 
 
 
Verifica-se que a leitura que deve ser feita parte da análise do que representa a conta. 
Na situação um, percebe-se que em 20X0 a empresa tinha lucro e que em 20X1, além 
de perder 100% do seu valor de referência, perdeu mais 50% o que refletiu no prejuízo da 
empresa.Já na situação dois, nota-se que a empresa tinha um prejuízo no exercício de 20X0 e 
que, em 20X1 este prejuízo foi aumentado em 60% em relação ao seu valor original. 
Na terceira e última situação a empresa em 20X0 tinha um prejuízo e que este no 
exercício seguinte foi diminuído em 16% em relação ao valor base de referência. 
Também torna-se bastante pertinente a observação em relação ao processo 
inflacionário de determinados países que refletem diretamente nos demonstrativos contábeis 
em determinados períodos. 
Sendo a técnica de análise horizontal uma técnica que permite avaliar as variações em 
níveis de evolução ocorrida em cada conta, de modo a possibilitar a identificação de contas 
que apresentado desempenho inferior/superior, a inflação proporciona distorções de valores e 
que devem ser corrigidos, partindo por exemplo, no ajuste dos demonstrativos a valores com 
moedas constantes. 
Assaf Neto (2002, p. 112) afirma que 
 
a comparação de valores em épocas distintas não oferece base confiável para 
verificação do desempenho real ocorrido, dado que a instabilidade monetária 
depreciou o poder de compra da moeda, ocasionando, conseqüentemente, um 
incremento artificial (aparente) desse valores. 
 
Conforme observado, é primordial para que a análise tenha uma base real de 
comparabilidade, trabalhar no ajuste das demonstrações contábeis. 
Uma outra dica relevante no momento de se realizar a padronização e a reclassificação 
dos demonstrativos e na aplicação da técnica de Análise Horizontal é observar a ordem de 
colocação dos períodos na planilha padronizada. 
Usualmente os demonstrativos publicados apresentam o período mais recente perto das 
contas com os outros períodos em ordem decrescente conforme pode ser visto no Balanço 
Patrimonial extraído de um jornal. 
 
24 
 
 
 
Figura 15: Balanço Patrimonial extraído de jornal 
Fonte|: Diário do Comércio, 12 março de 2003. 
 
Neste demonstrativo primeiro estão apresentados os valores referentes ao ano de 2002 
e depois os valores pertinentes ao exercício de 2001. 
Observe que no caso da utilização da planilha de padronização e reclassificação, deve-
se colocar na primeira coluna os valores pertinentes ao exercício de 2001 para depois 
apresentar o exercício de 2002. 
 
Relação entre a Análise Vertical e Horizontal 
 
Indicação da estrutura do ativo e passivo bem como, informar suas modificações. 
Análise detalhada do desempenho da empresa,permitindo a visualização das alterações,que 
não foram identificadas através do estudo dos índices. 
 
 
Matarazzo (2003, p. 248) argumenta que 
é recomendável que estes tipos de análise sejam usados conjuntamente. Não se deve 
tirar conclusões da análise horizontal, pois determinado item, mesmo apresentando 
variações de 2.000% / 500% , pode continuar sendo um item irrelevante dentro da 
demonstração financeira a que pertence. 
Uma analista nunca deve trabalhar estas análises isoladamente e que procure fazer uma 
correlação a respeito das contas mais significativas no período em análise verticalmente e se o 
seu comportamento (análise horizontal) é merecedor de comentários em sua análise. 
25 
 
 
Blatt (2001) lembra que é exatamente desta avaliação em conjunto que surgem muitas 
das questões que aguçam o interesse do analista e que lhe colocam à prova seus 
conhecimentos no destrinchar os demonstrativos contábeis. 
 
ATIVO 20X0 (%) V 20X1 (%) V (%) H 
ATIVO 
CIRCULANTE 
35.000 35% 30.000 26% -14% 
Disponibilidades 5.000 5% 5.000 4% 0% 
Contas a 
Receber de 
Clientes 
10.000 10% 4.000 3% -60% 
Estoques 20.000 20% 21.000 18% 5% 
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE 
65.000 65% 85.000 74% 31% 
Títulos a 
Receber 
15.000 15% 15.000 13% 0% 
Imobilizado 50.000 50% 70.000 61% 40% 
TOTAL DO 
ATIVO 
100.000 100% 115.000 100% 15% 
Figura 16: Contas mais significativas depois da análise vertical e horizontal 
 
Observe que mesmo com a evolução da ordem de 60% a análise horizontal, a conta 
“Títulos a Receber” avaliada verticalmente não apresenta um valor significativo em relação ao 
total do ativo (análise vertical). 
Por sua vez, a conta “Estoques” apesar de horizontalmente apresentar apenas 5% de 
evolução, ao ser avaliada verticalmente, nota-se que a mesma é a conta mais representativa do 
grupo do Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante, merecendo assim, uma atenção 
especial. 
Já a conta denominada “Imobilizado” apresenta significativas evoluções tanto 
verticalmente quanto horizontalmente o que certamente deverá ser objeto de indagações por 
parte do analista. 
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
 
Os índices de solvência mostram a base financeira da empresa, identificando a sua solidez. 
Estes índices evidenciam a conversibilidade dos capitais de uma empresa em disponibilidades, 
suficientes à liquidação dos compromissos assumidos. 
Destacamos que o importante, não é a liquidez do empreendimento em caso de liquidação 
(liquidez real) que deva ser avaliada, devemos ir mais adiante, avaliando a capacidade da 
empresa em conservar-se como um empreendimento bem sucedido, e que salda seus 
compromissos em dia (liquidez técnica). 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
Ciclo operacional/formação da liquidez 
 
 Compra de mat. prima Produção 
 
Recebimento Vendas 
 
Indicadores: 
 Liquidez imediata - Identifica a capacidade da empresa saldar sua dívidas de curto prazo, 
imediatamente. Fórmula = Disponível/Passivo Circulante. 
 Liquidez corrente -Proporciona uma medida da margem de segurança da empresa para 
satisfazer às obrigações que vencerão no exercício corrente. Verificamos a conversibilidade 
de todo o ativo circulante da entidade objetivando a liquidação da dívida no mesmo prazo. 
Fórmula = Ativo Circulante/Passivo Circulante. 
 Liquidez seca - Desconsideramos os itens do ativo circulante que não possuem prazo certo 
de recebimento. Toma-se por base, somente os itens monetários, medindo-se o grau de 
excelência da situação financeira da empresa. Fórmula = (Ativo Circulante - 
Estoque)/Passivo Circulante. 
 Liquidez geral - Mede quanto a empresa possui de recursos não-imobilizados em ativos 
fixos, em relação a cada unidade monetária de sua dívida. Apontamos desta forma, a 
proporção dos bens e direitos a serem realizados no curto e longo prazos, contra o volume 
de dívidas totais da empresa. Verifica-se aí, a segurança da empresa visando o seu 
crescimento. Fórmula =(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo)/(Passivo Circulante 
+ Exigível a Longo Prazo). 
 
Obs: Estes indicadores não medem a efetiva capacidade da empresa liquidar seus 
compromissos nos respectivos vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvência em 
caso de encerramento total das atividades. 
 
 
INDICADORES DE ESTRUTURA 
 
Estes indicadores mostram a decisões financeiras do ponto de vista das origens e aplicações de 
recursos. 
Objetivos: 
1. Promover a avaliação da capacidade de amortização da empresa, em caso de 
financiamentos; 
2. Apuração da situação patrimonial, visando orientar acionistas e sócios; 
27 
 
 
3. Fornecer informações nos casos de fusão e incorporação, consolidação de balanços e 
cessação das atividades com a venda do acervo patrimonial. 
 
Considerações importantes que devem ser observadas: 
 Capacidade de endividamento - Avaliações básicas quanto a: geração de recursos, liquidez 
e renovação. 
 Geração de recursos - A empresa possuindo uma geração de recursos, capaz de promover a 
amortização de dívidas, certamente possuirá uma capacidade maiorde endividamento. 
 Liquidez - Suficiência de recursos para a manutenção das atividades; maior capacidade de 
solvência. 
 Renovação - Possuir a empresa condições de renegociar dívidas, renovar empréstimos, o 
que não afetará de forma negativa, a sua capacidade de solvência. 
 
Capital circulante próprio 
É a parcela do patrimônio líquido investida no ativo circulante. Refere-se à parcela do 
patrimônio líquido, não comprometida com os capitais/ativos permanentes (não aplicada no 
ativo permanente), constituindo-se em elemento de fundamental importância para se avaliar a 
solidez financeira de uma empresa. 
Fórmula: CCP = PL - (AP+RLP) 
Capital circulante líquido 
É a parcela de recursos não correntes que foi destinada ao ativo circulante. Representa a folga 
financeira da empresa, a curto prazo. 
Refere-se aos financiamentos de que a empresa dispõe para o seu “giro”, os quais não serão 
exigidos a curto prazo. 
sua existência - Devido a imobilização só de parte dos recursos não correntes, desde que, a 
outra parte seja destinada ao capital circulante líquido (sua formação). 
 
composição - Capitais próprios e de terceiros a longo prazo. 
Fórmula: CCL = AC - PC 
 
 
Indicadores: 
 Participação de capital de terceiros - Mostra o volume de recursos tomados pela empresa, 
junto a terceiros, para cada 100 unidades monetárias de capital próprio. Verificamos a 
quantidade de recursos de terceiros que a empresa terá que suplementar, com seus recursos 
próprios, objetivando a manutenção de suas atividades. Fórmula = (Capitais de 
Terceiros/Patrimônio Liquido) x 100. 
 Composição do endividamento - Obtemos o percentual de obrigações a curto prazo, da 
empresa, em relação à sua dívida total. Desmembramos o volume total das dívidas, 
identificando as parcelas de curto e longo prazos (qualidade do endividamento). Fórmula = 
(Passivo Circulante/Capitais de Terceiros) x 100. 
 Endividamento oneroso - Identificamos o percentual das dívidas onerosas, em relação aos 
capitais próprios da empresa. Fórmula = (Recursos Onerosos/Patrimônio Líquido) x 100. 
 Imobilização do patrimônio líquido - Verificamos quantas unidades monetárias a 
empresa aplicou nos ativos permanentes, para cada 100 unidades monetárias de capital 
próprio. Temos aí, qual o volume de recursos próprios aplicados no ativo permanente. 
Fórmula = (Ativo Permanente/Patrimônio Líquido) x 100. 
 Imobilização dos recursos não correntes - Apontamos desta feita, o percentual dos recursos 
não correntes, destinados ao ativo permanente da empresa. Refere-se à parcela de recursos 
28 
 
 
não correntes que financia o ativo permanente. Fórmula = [Ativo Permanente/(Patrimônio 
Líquido + Exigível a Longo Prazo)] x 100. 
Obs.: Capital de Terceiros = Passivo Total da empresa. 
 Recursos Onerosos = Parcela do capital de terceiros, cuja devolução se dá 
 acompanhada dos acréscimos remuneratórios. 
 
 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE 
 
Estes indicadores mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, quanto 
renderam os investimentos, identificando o grau de êxito econômico da empresa. 
Através destes indicadores, podemos fazer uma melhor avaliação da eficiência dos 
administradores, da sua capacidade de gestão. São medidas que relacionam os retornos da 
empresa às suas vendas, aos seus ativos, ou ao seu patrimônio líquido. 
Sendo a rentabilidade um medidor do lucro, em função de determinados elementos, esta nada 
mais, é do que uma resultante da produtividade. 
 
Indicadores: 
 Giro do ativo - Mostra quanto a empresa vendeu, para cada unidade monetária de 
investimento total. Medimos desta feita, o volume de vendas da empresa em relação ao 
capital total investido. Mede-se desta forma, a eficiência na utilização do ativo com a 
finalidade de gerar receitas. Destacamos que alguma considerações adicionais devam ser 
feitas, tais como: observar por exemplo, se ocorreu retração do mercado de atuação da 
empresa em análise; se ocorreu perda na participação de mercado e quais são as estratégias 
da empresa. Fórmula = Receita Líquida/Ativo Total. 
 Margem líquida - Indica quanto a empresa obtém de lucro, para cada 100 unidades 
monetárias vendidas. Apontamos a eficiência global da empresa. Fórmula = (Lucro 
Líquido/Receita Líquida) x 100. 
 Rentabilidade do ativo - Através deste indicador, verificamos quanto a empresa obtém de 
lucro para cada 100 unidades monetárias de investimento total. Temos desta forma, a 
relação lucro líquido x ativo, a qual mede o potencial de geração de lucros por parte da 
empresa. Avaliamos a capacidade da entidade gerar lucros, podendo assim, capitalizar-se. 
Portanto, determinamos a capacidade dos recursos aplicados no ativo, de gerar lucros, o 
que resulta na principal fonte de recursos da empresa (capacidade que os ativos apresentam 
de gerar lucros). Fórmula = (Lucro Líquido/AtivoTotal) x 100. 
 Rentabilidade do patrimônio líquido - Constitui-se num indicador que demonstra o lucro 
final do exercício, o qual pertence aos acionistas. Apontamos o volume de lucros 
(representatividade), que comporá o total dos capitais próprios da entidade. Observamos 
quanto a empresa obteve de lucro para cada 100 unidades monetárias de capital próprio 
investido. Obtemos portanto, qual a taxa de rendimento do capital próprio (retorno dos 
recursos próprios investidos na empresa), no final do exercício (taxa real, expurgada a 
inflação). Fórmula = (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido) x 100. 
 
 
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS 
 
Estudamos através destes índices, a situação dos ciclos operacional e financeiro, o que nos 
proporciona um conhecimento maior sobre certas políticas adotadas pela administração da 
empresa. 
29 
 
 
Podemos então, avaliar se essas políticas vêm sendo adequadas para a empresa. 
Cabe observar, que não podemos analisar individualmente estes índices. 
Ciclo operacional - É a soma dos prazos médios: de renovação dos estoques e de recebimento 
de vendas. É o tempo decorrido entre a compra e o recebimento. 
Ciclo financeiro - É o tempo decorrido entre o momento em que a empresa aplica o dinheiro 
(pagamento do fornecedores) e o momento em que recebe as vendas (período em que ela 
precisa de financiamentos). 
Fórmulas: 
Prazo Médio de Renovação dos Estoques = (Estoques/Custo das Mercadorias Vendidas) x 
360. 
Prazo Médio de Recebimento de Vendas = (Duplicatas a Receber/Receita Líquida) x 360. 
Prazo Médio de Pagamento de Compras = (Fornecedores/Compras) x 360. 
Compras = Custo das Mercadorias Vendidas + Estoque Final - Estoque Inicial. 
Ciclo Operacional = PMRE + PMRV. 
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC. 
 
 
CICLO OPERACIONAL 
 
 Compra Venda Recebimento 
 |________|________| 
 PMRE PMRV 
 
 
 
CICLO FINANCEIRO 
 
a) Compra Venda Pagamento Recebimento 
 |____________|________|______________| 
 |____PMRE___|_______PMRV__________| 
 |_____CICLO OPERACIONAL___________| 
 |____________________|_______________| 
 PMPC | CICLO FINANCEIRO 
Nota: fornecedores financiando totalmente os estoques. 
 
b) Compra Pagamento Venda Recebimento 
 |________|_________|________________| 
 |_____PMRE_______|_____PMRV______| = ciclo 
 |_PMPC_|__________________________|operacional 
 CICLO FINANCEIRO 
 
 Nota: fornecedores financiando parte dos estoques. 
 
 
 
ÍNDICES DE ROTAÇÃO 
 
30 
 
 
Indicam a quantidade de vezes que os títulos e os estoques giraram durante o exercício social. 
São indicadores de renovação dos itens analisados. 
 
Fórmulas: 
Rotação dos Estoques = 360/PMRE ou CMV/ESTOQUES 
Rotação de Duplicatas a Receber = 360/PMRV ou Receita Liquida/Dup.Rec. 
Rotação de Fornecedores = 360/PMPC ou Compras/Fornecedores 
 
 
ECONÔMICO VERSUS FINANCEIRO 
 
Econômico - Refere-se ao lucro no sentido dinâmico e ao patrimônio líquido no sentido 
estático. 
Financeiro - Sentido restrito = Refere-se a dinheiro, variação de caixa (avaliação dinâmica). 
Quanto ao saldo de caixa, avaliação estática. Sentido amplo = Variação do capital circulante 
líquido (avaliação dinâmica). Saldo do capital circulante líquido (avaliação estática). 
 
 
INVESTIMENTO VERSUS FINANCIAMENTO 
 
Investimento - É toda aplicação em bens, direitos ou custos, que beneficiarão exercícios 
seguintes (o ativo representa o investimento total). 
Financiamento - São as origens apontadas no passivo. Podem ser exigíveis ou não. Exigíveis - 
São recursos obtidos junto a terceiros, utilizados pela entidade por certo tempo, cuja 
devolução se dará em parcelas. Não exigíveis - recursos obtidos pela empresa, sem prazo certo 
de devolução. 
 
 
PARECER TÉCNICO 
 
Para a elaboração do parecer técnico sobre a situação da empresa, por ocasião da análise de 
suas demonstrações contábeis, preparamos um roteiro básico, contendo algumas avaliações 
que devem ser feitas, cujo objetivo maior é facilitar o trabalho do analista. 
a) Avaliar o comportamento das vendas líquidas, promovendo a comparação destas, 
utilizando a análise com deflator, cujo objetivo é verificar sua evolução real; 
b) Avaliar o comportamento dos resultados, bruto, operacional, antes do imposto de renda e 
líquido, utilizando a análise com o deflator. Deve-se procurar a identificação das contas 
responsáveis pelas modificações (variações), sempre fazendo uso da análise com o 
deflator; 
c) Avaliar os índices de representatividade do balanço patrimonial (análise vertical). Estudar 
as contas que apresentaram modificações significativas, as quais são ou se tornaram 
relevantes no período analisado; 
d) Avaliar os índices de evolução do balanço patrimonial (variação real); 
e) Avaliar os índices financeiros e patrimoniais (liquidez e estrutura); 
f) Avaliar os índices econômicos (rentabilidade); 
g) Avaliar os índices de prazos médios e rotação, em conjunto; 
h) Avaliar as informações relevantes, complementares, observando-se as notas explicativas, e 
demais dados tais como: relatórios da diretoria, ramo de atividade, parecer dos auditores 
etc. 
31 
 
 
i) Finalmente, elaborar uma breve conclusão. 
Nota: Quando do estudo dos índices, devemos analisá-los, buscando a integração das 
informações prestadas por eles, observando sempre, as contas que os compõem uma vez que, 
estas estão contidas nos respectivos cálculos. 
 
 
ÍNDICES DE BOLSA 
 
Objetivo: Permitem a avaliação da viabilidade de investimentos em ações de determinadas 
empresas. Para tanto, levamos em conta dados obtidos através das negociações de ações nas 
bolsas de valores tais como: cotação, negociabilidade e dados das demonstrações contábeis. 
Esta análise nos mostra elementos quantitativos e objetivos a respeito das ações. 
 
Principais Índices: 
1) Valor patrimonial da ação - VPA 
 Fórmula= Patrimônio Líquido/Número de Ações (Resultado em R$) 
 
Estabelecemos esta relação entre o Patrimônio Líquido e o número de ações do capital 
realizado, mostrando a representatividade de uma ação perante o Patrimônio Líquido da 
empresa. Esta relação mostra quanto vale cada ação em termos de patrimônio líquido, 
determinando qual a parcela do Patrimônio Líquido que cabe a cada ação. 
 
2) Lucro por ação - LPA 
 Fórmula= Lucro Líquido/Número de ações (Resultado em R$) 
 
Este indicador mostra qual a parcela do lucro obtido que corresponde a cada ação, indicando 
pois, a fração do lucro cabível a cada ação. 
 
3) Preço sobre lucro por ação - P/L 
 Fórmula= Valor da Cotação da Ação/Lucro por Ação (Resultado em número 
 de anos) 
 
Mostra este indicador em quanto tempo o investidor obteria o retorno do capital aplicado na 
aquisição das ações se fosse mantido o mesmo LPA verificado no último exercício. 
Indica o tempo que o investidor deve esperar para acumular um lucro por ação igual (no 
mesmo nível) ao investimento efetuado. 
4) Rentabilidade da ação - RDA 
 Fórmula= LPA/Valor da Cotação da Ação (Resultado em %) 
 
Identificamos quantas unidades monetárias o investidor terá de ganho anual para cada 100 
unidades monetárias investidas na aquisição de ações ao preço de mercado. Temos aí, qual o 
percentual anual de rentabilidade do investidor. 
 
5) Dividendo por ação - DPA 
 Fórmula= Dividendos Pagos/Número de Ações (Resultado em R$) 
 
Este indicador nos mostra quanto do lucro distribuído, cabe a cada ação. Verifica-se , quanto 
cada ação rende em unidades monetárias, embolsadas pelo proprietário (investidor). 
 
6) Retorno de caixa - RDC 
32 
 
 
 Fórmula= DPA/Cotação da Ação (Resultado em %) 
 
Observamos através deste índice, quanto efetivamente o acionista embolsa para cada 100 
unidades monetárias investidas na aquisição de ações, segundo sua cotação. Obtemos quanto 
o investidor recebe em dinheiro para cada 100 unidades monetárias investidas na compra das 
ações. 
 
7) Relação caixa/rentabilidade da ação - C/RDA 
 Fórmula= RDC/RDA (Resultado em %) 
 
Obtemos em termos percentuais, quanto da rentabilidade da ação é convertido em reembolso 
de caixa. Identificamos qual a relação entre o lucro do acionista e o que ele recebe 
monetariamente da empresa, ou seja, qual o percentual do seu lucro é convertido em moeda. 
 
Obs.: 
O RDC e o RDA serão divididos por 100, transformados em fatores. 
 
 
O RISCO DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 
 
Dívidas/Tipos: 
Créditos de Funcionamento - Naturais, decorrentes da atividade operacional, normal 
(fornecedores, salários, impostos etc.). 
Créditos de Financiamento - Recursos obtidos junto às instituições de crédito para atender as 
necessidades da entidade. 
 Financiamentos - São recursos tomados junto às instituições de crédito para financiar 
aplicações específicas no giro ou no ativo permanente. São devolvidos em parcelas. 
 Empréstimos Bancários - Representam créditos obtidos junto às instituições de crédito, a 
curto prazo, complementando o financiamento do ativo circulante (giro basicamente). 
 
Índices de dependência bancária: 
Medem o grau de dependência em relação às instituições de crédito. 
 
1) Financiamento de ativo por instituições de crédito 
 Fórmula= Empréstimos e Financiamentos de Inst. de Crédito/Ativo Total 
 (Resultado em %) 
 
Indica qual o percentual dos investimentos totais que está financiado pelas instituições de 
crédito. 
 
2) Participação de instituições de crédito no endividamento da empresa 
 Fórmula= Financiamento de Inst. de Crédito/Capital de Terceiros (Resultado 
 em %) 
 
Indica qual o percentual de participação das instituições de crédito no total de recursos 
tomados junto a terceiros (total das origens de recursos da entidade). 
 
3) Financiamento de ativo circulante por instituições de crédito a curto prazoFórmula= Instituições de Crédito a Curto Prazo/Ativo Circulante (Resultado 
 em %) 
33 
 
 
 
Indica quanto do ativo circulante está sendo financiado pelas instituições de crédito no curto 
prazo. 
 
4) Nível de duplicatas descontadas 
 Fórmula= Duplicatas Descontadas/Duplicatas a Receber (Resultado em %) 
 
Indica qual o percentual das duplicatas a receber foi ou está descontado junto às instituições 
de crédito. 
 
Indicadores calculados: 
 Lucratividade - Indica qual foi o retorno global gerado pela empresa, em relação ao volume 
de receitas líquidas do período. Fórmula = (GPR/Receita Líquida) x 100. 
 Retorno sobre o capital próprio - Indica qual foi o retorno global da empresa, em relação ao 
total de capitais próprios nela existentes. Fórmula = (GPR/Patrimônio Líquido) x 100. 
 Rentabilidade do ativo - Indica qual foi o retorno global da empresa, em relação aos 
investimentos totais existentes. Fórmula = (GPR/Ativo Total) x 100. 
 Participação no total das origens - Indica qual é a representatividade da geração própria de 
recursos da empresa, em relação ao total das fontes, apontadas na DOAR. Fórmula = 
(GPR/Origens Totais) x 100. 
 Participação no total do exigível - Indica a capacidade de amortização que a empresa 
possui ou seja, a suficiência de recursos gerados, capazes de suplementarem o exigível total 
da empresa. Fórmula = (GPR/Total das Exigibilidades) x 100. 
 
OBS.: Estes indicadores devem ser confrontados com os índices de rentabilidade, estrutura e 
liquidez, apurados através do balanço e da DRE. 
 
 
 
34 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Iudícibus, Sérgio de - Teoria da contabilidade - 2ª edição - São Paulo: Atlas, 
 1.987. 
 Matarazzo, Dante C. - Análise financeira de balanços: vol. 1 - 2ª edição - São 
 Paulo: Atlas, 1.987. 
 Neves, Silvério das e Viceconti, Paulo E. V. Contabilidade básica - 2ª edição - 
 São Paulo: Frase, 1.994. 
 Pires, Marco Antonio Amaral - Apostila de Análise de Balanços - PUC/MG, 
 1.993. 
 Reis, Arnaldo Carlos de Rezende - Análise de balanços - 1ª edição - São Paulo: 
 Saraiva, 1.993. 
 
Elaborada pelo professor: José Vuotto Nievas e Professor José Tomáz Pereira - PUC/MG.

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