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EMPREENDEDORISMO ESTUDO DIRIGIDO Prezado Estudante Este material é parte integrante da Disciplina Empreendedorismo. Aqui, você encontrará textos de apoio para realização de um estudo dirigido, onde estão destacados pontos básicos dos temas estudados na disciplina para complementar suas aulas e reforçar sua aprendizagem. Busque pesquisar e estudar os temas tratados em livros da bibliografia básica, nos materiais didáticos e indicações de leituras para a disciplina. Neste estudo dirigido, você encontrará atividades. Após realizar todas as atividades faça a correção com o gabarito que fica ao final deste documento. Busque rever os conteúdos onde você não obteve bons resultados nas atividades. Objetivo Geral Capacitar o aluno num processo reflexivo e de autodesenvolvimento, incentivando-o à formação de uma cultura empreendedora e a criar uma visão moderna da concepção necessária à implantação de um negócio. O CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO Conforme Dornelas (2012) destaca a preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade de diminuição das altas taxas de mortalidade desses tipos de empreendimentos traz o tema Empreendedorismo para pauta de discussão não só do governo, como de entidades de classes e organizações do terceiro setor. As micro e pequenas empresas têm fundamental importância para a economia nacional. Deste modo, ainda que se tenha uma evolução recente no índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas, “o empreendedor precisa ficar atento ao ambiente de negócios, que ainda não é dos mais convidativos no Brasil, o empreendedor deve sempre buscar se desenvolver de forma contínua, pois a concorrência aumenta conforme melhoram as condições para se empreender” (DORNELAS, 2012, p.3). Segundo Ferreira, Santos e Serra (2010, p.6), “um país empreendedor oferece oportunidades e infraestruturas para ajudar o empreendedor a criar e administrar o próprio negócio”. De acordo com os relatórios do GEM1, as principais barreiras para a propagação do empreendedorismo no Brasil são: políticas governamentais que impõem alta carga tributária, elevados encargos trabalhistas e excesso burocrático-regulatório; sistema educacional insuficiente, tanto para preparação de mão de obra quanto para desenvolvimento do espírito e das habilidades do empreendedorismo entre os estudantes; e, a forte cultura de buscar um emprego na esfera pública e nas grandes empresas privadas (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.6-8). 1 A evolução do empreendedorismo a nível mundial pode ser acompanhada com os relatórios produzidos pelo projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Este projeto tem como objetivo medir a atividade empreendedora dos países e observar seu relacionamento com o crescimento econômico (DOLABELA, 2008). TEXTO PARA LEITURA: BRASIL TEM 2° PIOR POTENCIAL EMPREENDEDOR DA AMÉRICA LATINA, DIZ GEM Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2017/01/brasil-tem-2- pior-potencial-empreendedor-da-america-latina-diz-gem.html>. Acesso em: 20/03/2018. Um relatório sobre a América Latina, publicado pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostrou que o Brasil tem o segundo pior potencial empreendedor da região. A pesquisa define potencial como a parcela da população que tem condições de abrir um negócio. De acordo com o estudo, apenas 50,5% da população brasileira têm potencial para se tornar um futuro empreendedor. O país só perde para Porto Rico, onde 48,1% da população têm condições de empreender. Ironicamente, o Brasil é o segundo colocado entre os países que mais aceitam o empreendedorismo como uma opção válida de vida. De acordo com o GEM, 75,8% da população veem esse caminho com bons olhos. Apenas a Guatemala, onde o índice chega a 78,7%, supera o Brasil neste quesito. No entanto, como se vê, a atitude positiva não é suficiente para que o Brasil tenha um número alto de empreendedores em potencial. Segundo o GEM, o alto custo dos profissionais de TI e de serviços como água, energia e internet diminui as chances de um brasileiro abrir o próprio negócio. O GEM divulgou outros dados importantes sobre o Brasil. De acordo com o levantamento, 42,9% dos empreendedores do país abrem seus negócios por necessidade. Na América Latina, o país fica apenas atrás de Guatemala (45,8%) e Panamá (45,3%) neste quesito. O Brasil também figura entre os países que menos exportam sua produção. O GEM aponta que 92,4% das empresas estão totalmente focadas no mercado doméstico. Só a Guatemala tem um índice de internacionalização menor: lá, 97,7% das empresas não exporta absolutamente nada. O relatório analisou Argentina, Barbados, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru, Porto Rico e Uruguai. Embora a região tenha registrado bons indicadores de desempenho econômico na virada do século, nos últimos cinco anos houve um contínuo declínio no crescimento. Para Rodrigo Varela, pesquisador colombiano que foi um dos autores do relatório, mais ações devem ser feitas para apoiar os empreendedores da América Latina. “A região tem uma percentagem muito elevada de pessoas que querem iniciar um negócio. No entanto, a população precisa de um ambiente mais propício que lhes permita, explicitamente, surgir, competir e inovar”, disse. PERFIL DO EMPREENDEDOR De acordo com Dolabela (2008, p.25), “os empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação para empreender) ou involuntários (que são forçados a empreender por motivos alheios à sua vontade)”. No entanto, independentemente da sua motivação, “há alguns aspectos marcantes que nos permitem compreender ao que nos referimos quando falamos de empreendedor e empreendedorismo” (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.24). Esses aspectos envolvem traços comportamentais, como novidade, organização, criação, criatividade, riqueza e risco. O empreendedor tem a iniciativa para criar algo novo e de valor para o próprio empreendedor e para os clientes, e é preciso reconhecer que isso implica em dispêndio de tempo e esforço para realizar o empreendimento e garantir o seu sucesso. Além disso, o empreendedor recolhe as recompensas sob a forma financeira, mas também de independência, reconhecimento social e de realização pessoal, assumindo os riscos de insucesso do empreendimento, quer sejam riscos financeiros, sociais ou psicológicos/ emocionais (Ibid.). O empreendedor de sucesso possui características que vão desde ser persistente até ser um bom líder e saber planejar. Não obstante cabe ressaltar que, embora não se possa prever quem tem características para se tornar empreendedor, estas características podem ser trabalhadas e, consequentemente, desenvolvidas as competências que ainda faltam para ser empreendedor. TEXTO PARA LEITURA: Empreendedorismo Disponível em: < http://www.contabilbr.com/textos/contabilidade/empreendedorismo.html>. Acesso em: 20/03/2018. Por: Everton Vasconcelos, publicado em 22/08/2013 Definição de empreendedorismo O termo Empreendedorismo é de uso recente em língua portuguesa apesar de termos registrados em nosso vernáculo palavras como “empreender” e “empreendedor”. Empreendedorismo é uma tradução do termo em inglês “entrepreneuship”, que pode significar dentre muitas outras coisas, um estudo mais complexo sobre inovação e iniciativa. Fernando Dolabella, autor do livro “O Segredo de Luísa” (editora Sextante), tece inúmeros comentários sobre o empreendedorismo e qual é o papel do empreendedor. Portanto, é um livro de leitura recomendada. O conceito de Empreendedorismovai além do simples fato de se criar algum produto ou serviço que venha a atender alguma necessidade da sociedade. Aquele produto ou serviço imaginado pelo empreendedor tem que ser diferente daqueles que já são oferecidos à sociedade, algo novo. Conhecendo os tipos de empreendedores Empreendedor é o agente que promove o Empreendedorismo. Existem dois tipos de empreendedor: Empreendedor voluntário; Empreendedor involuntário. O primeiro, se assim podemos dizer, é aquele que tem a ação de empreender correndo nas veias. O empreendedor involuntário é aquele que se vê obrigado a empreender por motivo de desemprego, por exemplo. A diferença entre ambos só fica nos critérios semânticos, pois o talento para empreender de ambos pode ser o mesmo. Não se pode dizer que somente algumas pessoas nascem com o tino empreendedor, todos podem desenvolver esta característica, da mesma forma que se aprende a andar de bicicleta. Empreender é próprio da espécie humana, que adaptou seu sistema respiratório à fala. Empreendedorismo na sociedade Empreendedorismo é uma ciência social, bastando para seu entendimento compreender melhor a sociedade em que está inserido o empreendedor. Diariamente a sociedade sinaliza necessidades que precisam ser atendidas. Há muitos anos, era comum achar que um disco de vinil (LP) era o suficiente para armazenar 12 músicas de um cantor ou grupo musical preferido. Num dia descobriram que as músicas poderiam ser gravadas num pequeno disco de leitura por laser, estava criado o Compact Disc (CD). Esta novidade tecnológica acabou com a principal queixa dos usuários do LP: os chiados e cliques. Os idealizadores do CD não acordaram um dia e decidiram criar este meio de armazenamento, foi um trabalho de observar necessidades do mercado. Daí para outras utilizações do CD foi um pulo. O empreendedor cria valor para um novo produto. Este mesmo empreendedor, ao criar um novo produto, não visa somente a obter lucros cada vez maiores. A preocupação dele não é tão somente faturar muito e enriquecer num curto espaço de tempo. Como já vimos aqui mesmo neste texto, o objetivo do empreendedor é atender uma necessidade da sociedade, o lucro vem atrelado ao sucesso do novo, digamos, invento. Reza a lenda que por volta dos anos 50, executivos da IBM disseram que menos de computadores seriam suficientes para atender todo o planeta, não existindo então a necessidade de um indivíduo possuir um computador em sua casa. Para a sorte dos de hoje aficionados por informática e de todos que usam as benesses da informática, Steve Jobs e Steve Wozniak investiram tempo, conhecimento e poucos recursos no aprimoramento do Apple I, o computador pessoal criado por Wozniak. A partir daí seria criada a gigante Apple conhecida por todos. O ato de empreender acaba criando hábitos até então inexistentes. Há 40 anos, uma pessoa comum não tinha a sua disposição inúmeros recursos tecnológicos como os atuais. Era perfeitamente aceitável uma carta demorar uma semana para ser entregue. Hoje já queremos a informação em tempo quase que real através dos webmails, MSNs, Skypes entre outros. Quem se imagina viver sem estas maravilhas da informática? Será que ainda temos o hábito de postar cartas nos Correios? Esta realidade de 40 anos atrás tem diminuído muito nestes primeiros 10 anos do século XXI. Não existe um limite para se empreender novas ideias, é tão infinito quanto à capacidade humana de pensar e interagir com o meio ambiente. Daqui a 100 anos teremos outros conceitos sociais, que criarão novas necessidades, portanto. Empreendedorismo e o meio ambiente Não se pode falar em benefícios gerados ao ser humano sem falar no meio ambiente. Empreender algo requer considerar fatores de responsabilidade ambiental. É crescente o número de consumidores preocupados com o impacto que um produto ou serviço utilizado trará ao meio ambiente. As pessoas preocupam-se muito mais com o futuro do planeta como antes, não por uma questão de modismo, mas por sua própria sobrevivência. Assim, o empreendedor deve considerar o impacto ambiental em seus projetos, vale a pena produzir algo que a natureza levará 10 mil anos para dissolver ou um serviço que emita toneladas de carbono na atmosfera? O consumidor tem aprendido a avaliar estas questões graças ao acesso à informação. Ainda há muito o que se falar sobre o assunto O assunto empreendedorismo - sobretudo no Brasil - não para nestas linhas, é um assunto vasto e fascinante, dedicaríamos horas e neurônios para abordar as diversas nuances sem ao menos exaurir a metade do tema. Em linhas gerais, podemos depreender que Empreendedorismo consiste em buscar inovação na criação de produtos ou serviços, tendo sempre como premissa satisfazer uma necessidade da sociedade. O empreendedor é a força motriz do empreendedorismo, pois é ele quem observa os fenômenos sociais e analisa de que forma um negócio empresarial usará os dados colhidos para direcionar da melhor maneira possível seus esforços. O Empreendedorismo é dinâmico uma vez que a sociedade a qual ele está contido se altera a cada momento. Assim, empreender não possui limites, bastando para esta ação acontecer termos pessoas – o empreendedor – atentos aos caminhos tomados pelo homem, agente de qualquer sociedade. O PROCESSO DE EMPREENDEDORISMO E AS PARTES ENVOLVIDAS De acordo com Dornelas (2012, p.22), “o empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa”. No entanto, é preciso considerar que na prática muitos empreendedores acabam tendo dificuldades de tomar decisões gerenciais de rotina, estando mais voltados para aspectos estratégicos, visando o futuro da organização. Em contrapartida, temos também muitos administradores “tradicionais” que ficam amarrados aos processos, sem ter uma perspectiva mais visionária. Conforme Dornelas (2012) ressalta, a figura do gerente está voltada para a organização de recursos, enquanto a do empreendedor para a definição de contextos. E quando o empreendedor assume as funções, os papéis e as atividades do administrador de forma a complementar a ponto de saber utilizá-los no momento adequado para atingir seus objetivos, ele estaria sendo um administrador completo, que incorpora, as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage com o seu ambiente para tomar as melhores decisões. Outra figura bastante importante no processo de empreendedorismo é a do intraempreendedor. Intraempreendedor, ou empreendedor corporativo, é o empregado que nos dias atuais contribui decisivamente para o sucesso da empresa, possuindo qualidades como criatividade, inovação e integração. “Na verdade, todas as empresas têm algum nível de empreendedorismo interno, ainda que em algumas seja um nível muito baixo, possivelmente porque a cultura de empresa ou o estilo de liderança não incentivem a colaboração dos trabalhadores” (FERREIRA; SANTOS; SERRA, 2010, p.26). TEXTO PARA LEITURA: Como o intraempreendedorismo pode impulsionar a inovação em sua empresa Disponível em: <https://endeavor.org.br/intraempreendedorismo-inovacao- empresa/?gclid=EAIaIQobChMI_ZiJ1O2U2gIVghCRCh1PwQ6WEAAYASAAEgJYBPD_BwE>. Acesso em: 18/03/2018. O intraempreendedorismo é algo que vem sendo cada vez mais praticado pelas empresas, mas será que seu negócio tem o melhor ambiente para essa tática? As empresas estão constantemente em busca da inovação e de um diferencial para ampliar a sua vantagem competitiva. Com um olhar atento para dentro da organização, muitas delas encontram, entre seus colaboradores, a vontade e competência para tanto.Esse é o perfil dos intraempreendedores, colaboradores que buscam, criam e implementam ideias, possuem capacidade diferenciada de analisar cenários e de encontrar oportunidades. O intraempreendedorismo influencia diretamente na satisfação do colaborador, auxiliando ainda na retenção de talentos, otimização de recursos e manutenção do capital intelectual. É possível afirmar ainda que essa modalidade de empreendedorismo pode estar condicionada a três aspectos: o perfil dos colaboradores, o ambiente e a cultura organizacional e, finalmente, o papel da liderança. Para fomentar o intraempreendedorismo nas organizações, gestores devem estar atentos aos colaboradores que se destacam pela vontade de inovar e de fazer parte de algo maior. A geração Y costuma ter papel preponderante nesse contexto, pois são pessoas sedentas por criar, buscar novidades e não costumam permanecer engajados em rotinas extremamente burocráticas e repetitivas. Na Involves, temos o engajamento desse público como um desafio diário e, felizmente, nossa rotatividade é baixa, sobretudo em decorrência da “liberdade sem libertinagem” que buscamos propiciar a eles. Além de reconhecer as conquistas coletivas e individuais, essa geração também precisa de desafios e de ter sempre clara a expectativa de crescimento da carreira dentro da empresa. A motivação dos colaboradores para incentivar o intraempreendedorismo está intimamente relacionada à cultura organizacional da empresa. Ou seja, é preciso investir na criação de um ambiente favorável, adotar a postura, proposta por Peter Senge, de organizações que aprendem, nas quais “as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de ver surgir”. É importante considerar que, em uma empresa de cultura fechada, burocrática, em que as pessoas são “fazedoras de processos“, as conquistas pessoais estarão sempre distantes, por mais inovador e criativo que um profissional seja. Na construção da cultura organizacional favorável ao intraempreendedorismo, também tem papel chave os grandes líderes, aqueles que exercem a liderança legítima, baseada no exemplo. Esses colaboradores representam e servem à equipe, direcionando os objetivos individuais para que sejam comuns ao time. Na Involves, todos os trimestres cada time se reúne e define os objetivos individuais e coletivos, que extrapolem a rotina diária e que rendam algo diferente do trabalho habitual. Além de conquistarmos uma equipe alinhada, geramos um ciclo virtuoso, em que cada pessoa reconhece os objetivos e as conquistas dos colegas. Os benefícios mútuos do fomento ao intraempreendedorismo não devem ser ignorados por gestores e colaboradores e, portanto, acredito que a construção de uma cultura favorável deve ser prioridade. É evidente que algumas características das novas empresas de tecnologia, como a flexibilidade de horários e a remuneração variável são bastante facilitadoras, mas não há receita pronta e o ideal é não tentar imitar a empresa X ou Y. A verdade é que cada organização deve encontrar o seu caminho, estabelecendo pequenas práticas que façam com que as pessoas sintam-se parte das conquistas coletivas e que incentivem o comportamento intraempreendedor. E como fomentar a cultura intraempreendedora? Intraempreendedorismo em 10 passos 1) Aplique uma pesquisa de clima com seu time. Pergunte aos colaboradores o quanto eles se sentem verdadeiramente donos do seu papel na empresa. E, principalmente, peça sugestões de como eles poderiam ter maior autonomia. Mas lembre-se, de nada adianta ouvi-los se você não for colocar a mão na massa e mudar os pontos levantados. 2) Procure no seu time as pessoas com perfil chave para disseminar a cultura intraempreendedora, eles serão os “Capitães” do empreendedorismo. Reúna essas pessoas para uma roda de debates, mas tenha cuidado, não desmereça aqueles que não forem convidados para o grupo. Afinal, dentro de uma empresa, o que faz o seu sucesso é a união do seu time e não a sua segregação. 3) Crie um canal aberto de ideias com todo o time. Utilize uma ferramenta visível, como cartazes e post-its disponíveis nas paredes. Mais que isso, incentive-os a utilizar essas ferramentas, faça com que eles entendam a razão de estarem ali. 4) Crie um funil de ideias. Ressalte as ideias do time que tiveram uma continuidade. Mostre quais estão em andamento e quais foram implementadas, isso ajudará a colocar todo o time na mesma página. 5) Leia muito sobre melhoria contínua! Aplique o PDCA, ferramenta da qualidade utilizada no controle do processo para a solução de problemas, na sua empresa. Utilize uma ferramenta que incentive o time a discutir objetivos de curto prazo, como os OKRs (sigla para Objetives and Keys Results). Cada indivíduo precisa saber em qual direção seguir, além da sua rotina de trabalho diária. 6) Analise periodicamente o seu papel. Você é um chefe ou um líder? Você sabe como ser um bom líder? Você distribui broncas ou mapeia planos de desenvolvimento individuais? Você é inspirador? Você é admirado pelo seu time? Você realmente faz parte do time? Elimine os seus luxos e coloque-se no mesmo patamar do seu time. Por que só você tem uma sala separada do time? Se você não está com o seu time, você não faz parte dele. 7) Convide pessoas inspiradoras de outros lugares para palestrarem na empresa. Isso é importante para que todos tenham uma visão além das paredes da organização. 8) Implante um Programa de Participação nos Lucros e Resultados. Você prefere ter 100% de uma fatia pequena do bolo ou 70% do bolo inteiro? O PPLR reconhece financeiramente os resultados de todo o time, mas também existem outras formas de recompensa, escolha a que melhor se encaixa com o perfil da sua empresa! Se quiser se aprofundar no assunto, que tal o nosso E-book sobre Remuneração Variável? 9) Seja audacioso. Estipule, junto ao time, metas de crescimento relevantes. A maioria das empresas é apenas “levada pela maré”. Passam-se anos, e a empresa continua igual. Reinvente a empresa todos os anos e utilize os objetivos para guiar essa constante inovação. 10) Delegue, delegue, delegue, delegue e delegue. Um líder centralizador simplesmente mata a cultura intraempreendedora. Você deve ser um mentor para o time. É claro que você vai pegar junto no cabo da enxada, afinal, como empreendedor você é um grande trabalhador. Mas, se você não olhar pelo time, o time vai procurar seu caminho no vizinho (ou na concorrência). André Krummenauer, Involves, Administrador André Krummenauer tem 29 anos e nasceu em Ibirama (SC). É administrador de empresas pela UDESC/ESAG. Estudou trade marketing na prática em grandes empresas no Brasil e no exterior, durante projetos de implantação do software Agile Promoter. Trabalha com gestão de pessoas, estratégia empresarial, processos organizacionais e empreendedorismo. Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/intraempreendedorismo-inovacao- empresa/?gclid=EAIaIQobChMI_ZiJ1O2U2gIVghCRCh1PwQ6WEAAYASAAEgJYBPD_BwE ETAPAS DO PROCESSO DE EMPREENDER Segundo Dornelas (2012, p.31), “A decisão de se tornar um empreendedor ocorre por fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos estes fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa”. De acordo com este autor, as fases do processo empreendedor podem ser entendidas a partir das seguintes etapas: 1. Identificar e avaliar a oportunidade; 2. Desenvolver o plano de negócios; 3. Determinar e captar os recursos necessários; e, 4. Gerenciar a empresa criada. Dornelas (2012) ressalta que ainda que estas fases sejam apresentadas em forma sequencial, nenhuma delasprecisa ser completamente concluída para que se inicie a seguinte. Por exemplo, ao se identificar e avaliar uma oportunidade, o empreendedor deve ter em mente o tipo de negócio que deseja criar. Além disso, pode ocorrer ainda outro ciclo de fases antes de se concluir o processo completo, como no caso em que o empreendedor elabora um primeiro plano de negócios e, em seguida, apresenta-o para um financiador, que faz várias críticas e sugere ao empreendedor mudar toda a concepção da empresa. Nesse caso, o processo chegou até a fase de captação de recursos, e voltou novamente para a fase de identificação e avaliação de oportunidade, recomeçando um novo ciclo sem ter concluído o anterior (Ibid.). TEXTO PARA LEITURA: As etapas do processo empreendedor Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/as-etapas-do- processo-empreendedor/37705>. Acesso em: 30/03/2018. As etapas do processo empreendedor Observa-se que a decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente por acaso. Para Dornelas (2005), essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa. Para Dornelas (2005), o processo empreendedor tem início quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio. Compreende-se que o talento empreendedor resulta da: • Percepção, • Direção, • Dedicação • Muito trabalho. Onde existe o talento empreendedor, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Porém, talento sem ideias consiste em uma semente sem água. Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm boas ideias viáveis, o processo empreendedor está na iminência de ocorrer. Por fim, existe a necessidade de se ter um combustível essencial para que finalmente o negócio saia do papel: o capital. O empreendedor de sucesso deve conseguir convergir Know-how, ou seja, conhecimento e a habilidade de reunir talento, tecnologia e o capital que fazem a empresa se desenvolver da maneira planejada e apropriada. Dornelas (2005) apresenta as fases do processo empreendedor, que consistiria em: • Identificar e avaliar a oportunidade; • Desenvolver o plano de negócios; • Determinar e captar os recursos necessários; • Gerenciar a empresa criada. Embora tais fases sejam apresentadas de forma sequencial, nada exige que uma delas tenha de ser concluída para que se operacionalize outra. A seguir, aprimoram-se cada uma dessas fases: Identificar e avaliar a oportunidade; - criação e abrangência da oportunidade; - valores percebidos e reais da oportunidade; - riscos e retornos da oportunidade; - oportunidade versus habilidades e metas pessoais; - situação dos competidores. Essa seria a fase mais difícil. O conhecimento, a percepção, o feeling, do empreendedor, tornam-se fundamentos essenciais desse processo. Enquanto que muitos dizem que isso ocorre por sorte, tantos outros afirmam que sorte é o encontro da competência com a oportunidade. Desenvolver o plano de negócios; - Sumário Executivo; - O conceito do negócio; - Equipe de Gestão; - Mercado e Competidores; - Marketing e Vendas; - Estrutura e Operação; - Análise estratégica; - Plano Financeiro; - Anexos Essa talvez a fase que mais exija trabalho para os empreendedores de primeira viagem. Ela envolve conceitos que devem ser entendidos e expressos de forma escrita, em poucas páginas, dando forma a um documento que sintetiza toda a essência da empresa, sua estratégia de negócio, seu mercado e competidores, como vai gerar receitas, dentre outros. Determinar e captar os recursos necessários; - Recursos pessoais; - Recursos de Amigos e parentes; - Capitais de Risco; - Bancos; - Governo; - Incubadoras. Determinar os recursos necessários é consequência do que foi feito e planejado no plano de negócios. Já a captação de recursos pode ser feita de diferentes formas e por meio de várias fontes distintas. Gerenciar a empresa criada; - Estilo de Gestão; - Fatores críticos de sucesso; - Identificar problemas atuais e potenciais; - Implementar um sistema de controle; - Profissionalizar a gestão; - Entrar em novos mercados. Gerenciar a empresa parece ser a parte mais fácil, pois as outras já foram feitas. Mas não é bem assim. Cada fase do processo empreendedor tem seus desafios e aprendizados. Muitas vezes, o empreendedor identifica uma excelente oportunidade, elabora um bom plano de negócios e vende a sua ideia para investidores que acreditam nela e concordam em financiar o novo empreendimento. Quando é hora de colocar as ações em prática, começam a surgir os problemas. Os clientes não aceitam tão bem o produto, surge um concorrente forte, um funcionário-chave pede demissão, uma máquina quebra e não existe outra para repor, enfim, problemas vão existir e necessitarão serem solucionados. É aí que o estilo de festão do empreendedor fará a diferença. Esse, deve reconhecer suas limitações e saber, antes de qualquer coisa, recrutar uma excelente equipe de profissionais para ajudá-lo a gerenciar a empresa, implementando ações que visem a minimizar os problemas, e identificando o que é prioridade e o que é crítico para o sucesso do empreendimento. Colunista Portal – Educação por COLUNISTA PORTAL - EDUCAÇÃO SER EMPREENDEDOR Conforme Ferreira, Santos e Serra (2010, p.25) indicam “o empreendedor é definido em termos de comportamentos e atitudes, não de traços de personalidade ou de outras características inatas”. Assim, ninguém nasce empreendedor, nem como genes empreendedores. Estes autores ressaltam que, além de motivações próprias, fatores exógenos, como a necessidade de rendimentos complementares ou uma situação de desemprego, podem levar a alguém ser empreendedor. Assim, “o empreendedorismo resulta, além das condições nacionais, das percepções dos indivíduos, da necessidade, da existência de oportunidades no mercado e das suas competências e conhecimentos para explorar as oportunidades” (Ibid.). Entre os aspectos que podem influenciar o ser empreendedor estão o ambiente educacional, a personalidade do indivíduo, o ambiente familiar na infância, o histórico profissional, experiências passadas; a situação profissional atual e perspectivas de mudança, e, a situação familiar (Ibid.). Dornelas (2012) define o empreendedor como aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.) para persegui-la. Reconhecendo que este é um processo que envolve todas as funções, ações, e atividades associadas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para persegui-las. Para Dornelas (2012), o perfil do empreendedor considera características como ter iniciativa, visão, coragem, firmeza, decisão, atitude de respeito humano, capacidade de organização e capacidade de direção. TEXTO PARA LEITURA: 10 atitudes simples para você ser um empreendedor de sucesso Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/10-atitudes-simples-para-voce-ser-um- empreendedor-de-sucesso/>. Acesso em: 10/03/2018. 10 atitudes simples para você ser um empreendedor de sucesso Existem alguns hábitos cotidianos que podem te ajudar a liderar sua empresa com sucesso. Veja quais são eles: Por Mariana Desidério 14 out 2015, 06h00 São Paulo – Quem decide ter o seu próprio negócio nem sempre está totalmente preparado para a empreitada, especialmente quando se é um empreendedor de primeira viagem. Mas existem alguns hábitos cotidianos que podemte ajudar a liderar sua empresa com sucesso. Para Fernando Góes, sócio da consultoria Ockam, a primeira coisa é não esquecer que os negócios são feitos sempre de pessoas. “É imprescindível lembrar do elemento humano, dos indivíduos envolvidos”, afirma. Sendo assim, Góes recomenda aos empreendedores que não se esqueçam de sua vida pessoal e que conversem sempre que puderem com seus funcionários e clientes. Justamente por serem humanos, os empreendedores muitas vezes precisam de ajuda. Por isso, o especialista Arnaldo Auad, fundador da empresa de coaching Direção e Sentido, recomenda aos empresários que busquem o auxílio de um coach ou um mentor. “Se atletas de elite precisam de ajuda, porque nós conseguiríamos sozinhos?”, questiona. No entanto, os conselhos recebidos não devem nunca ser levados a ferro e fogo, alerta o consultor Joacir Martinelli, da Duomo Educação Corporativa. “Sempre dizem que o empreendedor deve ser persistente. Mas isso não significa que ele deve ser teimoso. Também dizem que ele deve ter iniciativa, no entanto, ele não pode deixar o planejamento de lado”, explica. Para ajudar os empreendedores nesta jornada, selecionamos abaixo dez hábitos do dia a dia que tornam bem mais fácil o caminho para o sucesso de sua empresa. Veja: 1 – Preze pelos rituais Para o especialista Fernando Góes, da Ockam, uma atitude que ajuda no sucesso dos empreendedores é dar valor a rituais diários. Como assim? “São coisas simples como estar na empresa desde cedo, dando exemplo aos seus liderados. A nova geração quer mais liberdade, mas isso não significa abrir mão da disciplina”, exemplifica. 2 – Converse mais Para o especialista, é importante que o empreendedor não fique “encastelado em seu computador”. “Ele precisa sair da sua cadeira e conversar com a sua equipe sobre o negócio e sobre a vida. Também precisa conversar com o cliente, deve ter pelo menos uma visita por dia”, aconselha. Essa troca de ideias ajuda o empresário a enxergar melhor o mercado e o seu negócio. 3 – Não viva só para trabalhar Fazer as coisas que gosta, como praticar um esporte, ir ao cinema ou ter um trabalho voluntário ajuda o empreendedor a tomar decisões na empresa, segundo o especialista Góes. “Sem isso, as coisas começam a se desequilibrar, ele fica estressado, a conta começa a vir na saúde e a qualidade de decisões dele fica comprometida”, afirma. Outro ponto importante, segundo o especialista Arnaldo Auad, da consultoria Direção e Sentido, é dar atenção à vida afetiva. “Manter seus relacionamentos afetivos em dia e prezar pelo equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional tem reflexos em qualquer coisa que o empreendedor faça”, afirma. 4 – Aprenda sobre seu negócio Para Auad, é importante que o empreendedor busque sempre aprender algo novo sobre seu negócio. “Se você lida com uma empresa do setor de serviços, pelo menos uma vez ao dia leia algo sobre esse assunto”, exemplifica. Outras opções são cursos de curta duração ou mesmo programas disponíveis na internet. 5 – Procure ajuda Em muitos momentos, a vida do empreendedor pode ser muito solitária, com decisões importantes que afetam a sua vida e a de seus funcionários. Sendo assim, Auad recomenda que os empresários busquem ter sempre alguém com quem possam trocar experiências. “Recomendo que ele tenha um coach, pessoas que possam ter algo a acrescentar sobre aquilo que ele está vivendo”, afirma. 6 – Cuide da sua saúde Dizer que é necessário cuidar da saúde parece óbvio, porém, muitos empreendedores deixam isso de lado. “A rotina do empreendedor pode ter muitas aflições, ansiedade, e essa parte emocional pode influenciar no físico, o que não podemos permitir”, afirma Auad. 7 – Seja persistente (sem ser teimoso) Segundo Joacir Martinelli, da consultoria Duomo, é comum os empreendedores ouvirem que devem ser persistentes para ter sucesso. No entanto, não é recomendado confundir persistência com teimosia. “Vejo que algumas pessoas confundem uma coisa com a outra. É preciso ser persistente, mas não ter a teimosia de insistir num produto que não está dando certo, por exemplo. O empreendedor deve ser flexível e enxergar o que o mercado está pedindo”, afirma. 8 – Ouça o feedback dos seus clientes Um hábito que poucos empreendedores têm, segundo Martinelli, é o de ouvir verdadeiramente seus clientes. “A grande maioria dos empreendedores não quer ter o feedback do cliente, quer apenas que ele diga que está tudo ótimo”, afirma. Para o consultor, um retorno sincero, mesmo que não seja tão positivo, é um “presente” para o empreendedor melhorar e ter mais sucesso. Portanto, ouça o seu cliente. 9 – Planeje Ter iniciativa é uma das principais características que diferenciam os empreendedores. Mas agir sem planejar pode trazer muita dor de cabeça. Portanto, use uma parte do seu tempo para pensar antes de agir. “O empreendedor precisa balancear a iniciativa com o planejamento, caso contrário ele pode sofrer com o desperdício de recursos”, aconselha Martinelli. 10 – Pense o seu produto Acredite se quiser: sua vontade de colocar a mão na massa pode atrapalhar o seu sucesso. “Alguns empresários ficam na operação do produto e tornam-se empregados do próprio negócio”, explica Martinelli. Com isso, o empreendedor não consegue pensar sobre como melhorar, e a empresa não decola. “Esse talvez seja o grande diferencial de empreendedores de sucesso”, afirma. OPORTUNIDADES E IDEIAS NO EMPREENDEDORISMO Segundo Dolabela (2008) é muito comum empreendedores iniciantes confundirem ideia e oportunidade, achando que uma boa ideia é suficiente para o sucesso do negócio. No entanto, conforme Ferreira, Santos e Serra (2010), colocam uma boa ideia não é condição suficiente para o sucesso do empreendedor. Para Ferreira, Santos e Serra (2010, p.50), uma oportunidade corresponde ao “conjunto de circunstâncias favoráveis que cria a necessidade de um produto ou serviço”. Já uma ideia representa um pensamento, impressão ou noção, que pode ter, ou não, as qualidades de uma oportunidade. Conforme Dolabela (2008, p.60) indica “atrás de uma oportunidade sempre existe uma ideia, mas apenas um estudo de viabilidade, que pode ser feito por meio do Plano de Negócios, indicará seu potencial de transforma-se em bom negócio”. “Para que uma ideia seja uma oportunidade têm de se ser verificados alguns requisitos em termo de funcionalidade, preço, qualidade, durabilidade, valor adicionado (benefício) ao cliente e momento (timing) para levá-la ao mercado” (FERREIRA; SANTOS; SERRA, 2010, p.50). Estes autores consideram que o tempo dedicado a análise de uma ideia não deve ser considerado como um tempo desperdiçado, sendo necessário este processo de pesquisa e reflexão. Além disso, diferentes empreendedores podem olhar a mesma ideia e a mesma oportunidade de forma distinta, “podendo haver diferentes conclusões sobre sua viabilidade, bem como várias formas de satisfação a essa necessidade” (Ibid.). TEXTO PARA LEITURA: Ideia e oportunidade: conheça suas semelhanças e diferenças Disponível em: < http://blog.sebrae-sc.com.br/ideia-e-oportunidade/>. Acesso em: 18/03/2018. PUBLICADO EM 2 DE MAIO DE 2017 POR JEFFERSON REIS BUENO Ideia e oportunidade: conheça suas semelhanças e diferenças Veja se este é o seu caso: você teve uma ideia que considera excelente, mas não entende porque o negócio não decola? O que você precisa é entender como essa ideia pode se transformar em uma excelente oportunidade para que você conquiste seu lugar ao sol. Fontes de ideias Algumas sugestões podem parecer estranhas, mas saiba que por trás de uma ideia inusitada podeexistir uma brecha de oportunidade para ser preenchida. Veja: – Negócios existentes ou em falência: tanto em um quanto em outro caso é possível encontrar uma ideia que não foi desenvolvida de forma adequada e que pode ser aperfeiçoada em um novo empreendimento; – Franquias, licenças de produtos e patentes: se acha arriscado demais investir em uma ideia totalmente original, um caminho viável é optar por franquias ou mesmo patentes que já existem no mercado. De um modo geral, possuem um sucesso consolidado. Seria algo como pegar carona em uma onda perfeita para desenvolver seu negócio. Entenda melhor o funcionamento de uma franquia neste curso online e gratuito do Sebrae. – Feiras, exposições, veículos segmentados ou consultorias de profissionais de sucesso: participar de eventos do segmento onde você deseja empreender ou mesmo acompanhar leituras da área ou, ainda, conversar com especialistas, pode ser uma fonte de inspiração para que aperfeiçoe uma ideia já existente. O Sebrae disponibiliza consultorias gratuitas em seu Portal de Atendimento, que abordam desde a montagem de um novo negócio até a gestão de pequenos empreendimentos. – Empregos anteriores ou importar ideias praticadas em outros países: também conhecida pelo termo copycat, a proposta consiste em adaptar à realidade local um negócio que está dando certo lá fora. É claro que nem tudo é cem por cento garantido como certo, mas há uma possibilidade que pode ser explorada. O mesmo conceito também pode ser aplicado nos casos de pessoas que trabalharam em uma empresa de sucesso e, após abandonar o cargo, optaram por reproduzir um negócio semelhante. (...) – Olhe ao seu redor! Aproveite para usar sua experiência como consumidor para aperfeiçoar uma ideia: já pensou que suas experiências de compra, quando não dão certo, também podem ser fontes para uma ideia a ser explorada comercialmente? Às vezes aquilo que você procura está muito perto de você. Quem sabe até vivencie isso diariamente e ainda não tenha se dado conta! – Mudanças de mercado, instabilidade econômica ou transformações demográficas e sociais: quando a situação está muito complicada financeiramente falando, seja em sua cidade, estado ou país, podem surgir diversas ideias úteis, para transformar um momento de maré baixa em um verdadeiro tsunami de oportunidades. (...) – Cursos e leituras: aprender mais sobre o tema, por meio de cursos, leituras e filmes é uma ótima forma de identificar oportunidades que o cercam no dia-a-dia. (...) Como a oportunidade aparece? Ideia e oportunidade não são exatamente a mesma coisa. Aliás, existem muitas ideias, mas não significa que podem ser, de fato, concretizadas. Por isso, é preciso estar atento, analisar o cenário desejado de uma forma ampla, para verificar se a ideia que você tem ou fisgou de algum lugar pode vir a se tornar uma oportunidade de sucesso. Vejamos agora algumas características de como uma oportunidade pode surgir: – Se ajustar ao perfil do empreendedor: para início de conversa, não adianta ter encontrado uma oportunidade se você não se identifica com ela ou não possui um perfil profissional ou know-how para colocá-la em prática. O que pode dar certo com uns, pode não ser com outros. Pense bem antes de apostar cegamente em uma, mesmo que já tenha sucesso; – Oportunidade é um alvo móvel: ela pode até existir, mas não está localizada em um local fixo. É preciso observar o seu segmento de interesse, no qual deseja atuar, e notar os detalhes, os problemas que ainda persistem para avaliar se pode surgir uma oportunidade. Ou, caso exista, se possui alguma falha ou ponto que poderia ser melhor desenvolvido; – Algumas características da oportunidade: é atraente, durável, tem uma hora certa para explodir e alcançar o sucesso. Está, sobretudo, ancorada em um produto ou serviço que cria ou adiciona valor para o seu comprador. Apresenta um desafio: reconhecer uma oportunidade enterrada em dados contraditórios, sinais, inconsistências, lacunas de informação e outros vácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do mercado. Por exemplo, a Copa do Mundo de Futebol pode ser um momento propício para encontrar alguma oportunidade ou concretizar uma ideia que possa ser, de algum modo, relacionada a esta ocasião. É um evento que costuma gerar barulho no mercado e possui visibilidade e exposição praticamente naturais. Além disso, quanto mais imperfeito ou inconsistente um mercado, mais abundantes são as oportunidades. Ainda que você tenha consciência dessas características, para reconhecer e agarrar oportunidades não basta apenas usar técnicas, checklists e outros métodos com os quais seja possível identificar ideias e avaliar quais poderão ser exploradas. Tudo irá depender da capacidade do empreendedor. (...) A CRIATIVIDADE EMPREENDEDORA Ferreira, Santos e Serra (2010) indicam que além da ideia estar associada a oportunidade, ela também se relaciona com a criatividade. Para estes autores, a criatividade consiste no processo de geração de algo novo, representado a capacidade de olhar para as mesmas coisas, as mesmas necessidades ou problemas que outras pessoas, mas de uma forma diferente, de um ângulo diverso. Por meio da criatividade o empreendedor pode “gerar novos negócios, ao combinar e recombinar partes que já existem, criando novos modelos; ao identificar novos segmentos e necessidades no mercado, novos produtos e serviços; ao adicionar valor a ofertas já existentes para criar uma base de diferenciação” (FERREIRA; SANTOS; SERRA, 2010, p.52). A criatividade pode ser encorajada e fomentada pela abertura de pensamento, contato com pessoas e locais diferentes, convívio, leitura, estudo e trabalho, vontade de aprender e procura por informação (Ibid.). Importante entender que a criatividade representa a geração de uma nova ideia, enquanto a inovação pode ser definida como a transformação de uma nova ideia em uma nova empresa, produto, serviço, processo, ou em um novo método de produção. TEXTO PARA LEITURA: A importância da criatividade no empreendedorismo Disponível em: < https://descola.org/drops/a-importancia-da-criatividade-no-empreendedorismo/>. Acesso em: 18/03/2018. Postado: 26/01/2015 Geralmente, não damos atenção a uma das principais características que podem fazer a diferença em nossa vida pessoal e no nosso ambiente de trabalho. Estou me referindo à criatividade. Todos sabemos que ações criativas fazem a diferença e conferem uma posição de destaque, porém, nos acostumamos a simplesmente aceitar que não somos tão aptos a usá-la e acabamos por não aprimorar nosso processo criativo. A criatividade possibilita que você adquira certa autonomia, que o leva a adotar uma postura empreendedora não só na sua vida profissional, como também na pessoal. Você a utilizará nas situações em que precisa encontrar soluções para determinados problemas. Para aprimorá-la, busque ter ideias que tragam melhorias, pois a chave da criatividade está em ser inovador. Alguns autores afirmam que o caminho para o sucesso está na capacidade de alocar nossas habilidades criativas para pensar e agir diferente, de forma a ser inovador em todas as situações que nos são apresentadas. Portanto, inovação é o fator principal para se aumentar as chances de atingir o sucesso em todos os aspectos de nossas vidas. A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original - Albert Einstein Dessa forma, procure buscar fazer algo diferente, que ninguém nunca fez. Busque soluções alternativas, quebre com os padrões convencionais. Não siga modelos prontos e formulados; foque no resultado desejado e pense em diversas alternativas para alcança-lo. E não desista tão facilmente, persista na procura por algo diferencial,único e benéfico. É nesse sentido que ser criativo faz toda diferença para o empreendedorismo. Ela deve ser vista como uma ferramenta, que se usada constantemente lhe trará exclusividade e será o meio que o levará a uma posição de destaque. Tente aplicá-la em seu ambiente de trabalho na solução de problemas, na busca por novos métodos e processos que criem um diferencial para empresa, para realizações de tarefas e para otimizar a rotina de trabalho. O escritor Roberto Menna Barreto sugere uma forma para despertar a criatividade que existe em você e que inclui uma combinação de três fatores básicos, que ele chama de BIP. Eles consistem em bom humor, irreverência e pressão. No contexto atual, a combinação dessas características será a chave para sobrevivência dos negócios. (...) ELEMENTOS DE SUPORTE AO EMPREENDEDORISMO Ao empreender a pessoa deve ativar e desenvolver o que Filion chama de “elementos de suporte”. Segundo Filion, os elementos de suporte que apoiarão o empreendedor no desenvolvimento do seu potencial criativo são: Energia: representa o tempo alocado para atividades profissionais e a intensidade com que elas são executadas; Liderança: representa a capacidade de comunicar seu sonho (futuro desejado) e seduzir pessoas para apoiá-lo; Conceito de si: é a forma como a pessoa se vê, a imagem que tem de si mesma; Compreensão do setor: conhecer o setor significa saber tudo sobre ele: tecnologia, mercado, ambiente (legal, demográfico, político, social, econômico), e sobretudo, entender como funciona o negócio, qual a sua dinâmica; Relações: constituem o fator mais influente na evolução da visão, e podem ser de vários níveis: pessoas da família, amigos, conhecidos, redes sociais. Conforme Dolabela (2008) expressa para desenvolver o processo de formação de visão, o empreendedor tem que se apoiar em alguns elementos. Além das Relações que desenvolve, o empreendedor tem que trabalhar intensamente, sempre voltado para os resultados. Deve também ser uma pessoa com autonomia e autoconfiança, convencendo as pessoas sobre sua ideia para realização do seu sonho. E, claro, ter o conhecimento do setor em que pretende atuar. TEXTO PARA LEITURA: Formação e desenvolvimento da "visão" do empreendedor Disponível em: <http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/formacao-e- desenvolvimento-da-visao-do-empreendedor/5600/>. Acesso em: 18/03/2018. Postado em: 22 de novembro de 2005 A teoria visionária de L. J. Filion [1991] ajuda-nos a entender como se forma uma ideia de produto e quais são as condições para que ela surja. Ela diz que as pessoas motivadas a abrir uma empresa vão criando, no decorrer do tempo, baseadas na sua experiência, ideias de produtos. A teoria visionária de L. J. Filion [1991] ajuda-nos a entender como se forma uma ideia de produto e quais são as condições para que ela surja. Ela diz que as pessoas motivadas a abrir uma empresa vão criando, no decorrer do tempo, baseadas na sua experiência, ideias de produtos. Tais ideias, a princípio, emergem em estado bruto e refletem ainda um sonho, uma vontade não muito definida. Ou seja, ainda não sofreram um processo de validação, podem ainda não ser um produto. O futuro empreendedor, para aprofundar-se em sua ideia (ou ideias) emergente, procura pessoas com quem possa obter informações para aprimorá-la, testá-la, verificar se é um bom negócio. Procura também ler sobre o assunto, participar de feiras, eventos. Ao obter tais informações, a pessoa vai alterando a sua ideia inicial, agregando novas características, mudando alguma coisa, descobrindo ou inventando novos processos de produção, distribuição ou vendas. E, ao modificar o produto, vai atrás de novas pessoas, livros, revistas, feiras etc. É um processo contínuo de conquistas de novas relações. E esse processo é circular, na medida em que tais relações irão contribuir para melhorar o produto, alterando-o e ... assim por diante. Para Filion, essas ideias iniciais são visões emergentes. Prosseguindo em sua busca, vai chegar um dia em que o empreendedor sente que encontrou a forma final do produto e já sabe para quem vai vendê-lo. Nesse momento, ele acaba de dar corpo à sua visão central, ou seja, tem um produto bem definido e sabe qual é o mercado para seu produto. Esse é processo de formação da visão. Visões emergentes levam a novas relações (nos níveis secundário e terciário) que, por sua vez, contribuem para aprimorar a visão emergente inicial (o produto). Novas relações são estabelecidas em função do novo produto, e assim por diante, até que seja atingida a visão central, que pode ser fruto de uma ou várias visões emergentes. Mas para desenvolver o processo de formação da visão, o empreendedor tem que se apoiar em alguns elementos. O principal deles são as chamadas Relações. Mas tem ele que trabalhar intensamente, sempre voltado para os resultados. O alvo não é o trabalho em si, mas o resultado que dele advém. Filion chama isso de Energia. Deve o empreendedor ser uma pessoa com autonomia, autoconfiança, tem que acreditar que pode mudar as coisas, que é capaz de convencer as pessoas de que pode ainda possuir a capacidade de convencer as pessoas de que sua ideia é ótima e de que todos vão beneficiar-se dela. Enfim, deve saber persuadir terceiros a ajudarem-no a realizar o seu sonho. É o que Filion chama de Liderança. E, lógico, exige-se de tal pessoa Conhecimento do Setor em que vai atuar. Por fim, Filion fala da Visão Complementar, que trata da gerência da empresa, da organização e controle das diversas atividades administrativas, financeiras, de pessoal etc. Através da visão complementar é que vai ser criada a estrutura para que o produto seja vendido aos clientes, da forma mais eficar possível, gerando os resultados esperados: viabilidade, consolidação, crescimento, altos lucros. DEFINIÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS E SUA IMPORTÂNCIA Segundo Dornelas (2012) o plano de negócios representa uma parte fundamental do processo empreendedor, se constituindo na principal ferramenta com a qual o empreendedor pode estabelecer os rumos do seu negócio. Diversas pesquisas sobre a causa do alto índice de mortalidade das empresas indicam a falta de planejamento como a principal causa para o insucesso, seguida de deficiências de gestão (gerenciamento de fluxo de caixa, vendas/ comercialização, desenvolvimento de produto etc.), políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais (problemas de saúde, criminalidade e sucessão). Não existe fórmula mágica para aumentar a eficiência na administração do negócio. Dornelas (2012) indica a necessidade de os empreendedores realizarem uma capacitação gerencial contínua, com o planejamento periódico das ações a serem implementadas na empresa. Para Dornelas (2012, p.95) “existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar”. De acordo com este autor, não basta apenas sonhar é preciso transformar este sonho em ações concretas. Um ponto importante levantado por Dolabela (2010) é que o empreendedor deveria ter seu plano de negócios permanentemente atualizado. “O plano de negócios é um instrumento indispensável para a criação de uma empresa ou mesmo para ampliações (novos produtos, novas filiais etc.) ou alterações de empresas existentes” (Ibid., p. 135). Deste modo, o plano de negócios representa “a ferramenta por excelência do empreendedor em qualquer fase, porque indica um ponto no futuro no qual a empresa quer chegar, formula metas e aponta estratégias e recursos a serem utilizados para alcançar resultados definidos, além de indicar a estrutura e a organização mais adequadaspara atingi-los” (Ibid.). TEXTO PARA LEITURA: Como montar um plano de negócios simples e prático Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Como-comecar/noticia/2013/06/como-montar-um- plano-de-negocio-simples-e-pratico.html>. Acesso em: 18/03/2018. Para desenvolver um plano de negócios é importante entender o que essa ferramenta de gestão significa. O plano de negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro. Trata-se ainda de um guia para a gestão estratégica de um negócio ou unidade empresarial. O seu desenvolvimento fica mais claro quando se analisa o processo empreendedor. Como o plano de negócios é muito utilizado por empreendedores que estão estruturando a criação de novos negócios, pode ser entendido como um guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para o planejamento de novas unidades empresariais, no caso de empresas já estabelecidas. Mas, por que planejar? Ao responder a esta pergunta o empreendedor deveria pensar no plano de negócios como uma ferramenta de auxílio no processo de planejamento e não como uma obrigação. Só há razão de se planejar algo caso esteja claro para o empreendedor aonde se quer chegar, ou seja, qual é o seu objetivo. Negócios criados sem planejamento são empresas conhecidas como “estilo de vida” nas quais os empreendedores não têm visão clara de crescimento e de como será a empresa daqui a 5, 10, 20 anos. Por isso, ao se estabelecer um objetivo de crescimento para um negócio, seja em relação à receita, lucro, número de clientes, participação de mercado etc., fica mais evidente a necessidade de se planejar cada passo que será dado para que o objetivo seja atingido. O processo empreendedor resume essas etapas de maneira a facilitar o trabalho do empreendedor. Inicia-se com a ideia de negócio, que geralmente é o ponto de partida para qualquer empreendimento. Em seguida, analisa-se a oportunidade, ou seja, procura-se entender se a ideia que você teve tem potencial de viabilidade econômica, tem clientes em potencial no mercado para consumir um produto ou serviço decorrente dessa ideia. Com a oportunidade identificada parte-se para o desenvolvimento do plano de negócios. O plano de negócios concluído permitirá ao empreendedor identificar a quantidade necessária de recursos e as fontes existentes para financiar o empreendimento. Após estas etapas iniciais parte-se para a gestão da empresa. Note que o processo pode ser extremamente dinâmico e as etapas podem ser revistas a qualquer momento, de forma interativa. O importante é o empreendedor planejar o processo de estruturação do seu negócio desde a análise das ideias iniciais para saber se são oportunidades, para então selecionar a melhor oportunidade, desenvolver o plano de negócios e, assim, poder se dedicar à gestão da empresa. Percebe-se, pela análise do processo empreendedor, que o plano de negócios pode e deve também ser utilizado após a constituição do negócio. Desta forma, caberá ao empreendedor revisar e atualizar seu plano de negócios periodicamente para garantir que a execução da estratégia de negócios ocorra de maneira adequada. O prazo para essa revisão pode variar dependendo do tipo de negócio e do mercado no qual a empresa atua. O empreendedor deve ter em mente que o plano de negócios deve ser revisto assim que uma premissa importante utilizada nas projeções de seu plano mudar. Premissas importantes podem ser: variação na taxa de crescimento do mercado, entrada de novos concorrentes no mercado, mudança na legislação que afeta diretamente o seu negócio, revisão de uma parceria estratégica, conquista ou perda de clientes importantes (que representam percentual considerável do faturamento da empresa: 10, 20, 30%) etc. Não há regra rígida ou metodologia única para se desenvolver um plano de negócios, mas um bom ponto de partida é você planejar as atividades que deverão ser desenvolvidas, incluindo tarefas, responsáveis, prazos e resultados almejados. Isso facilitará na obtenção do seu plano de negócios dentro de um prazo razoável de forma que você possa controlar as atividades. Dificilmente o plano de negócios será desenvolvido em uma única sequência de passos. É provável que muitas interações ocorram e que após algumas seções serem concluídas você julgue necessário revisá-las novamente quando algum tópico que se aplica a mais de uma seção tenha sido alterado. É importante que se tenha clareza do nível de detalhe que se busca para o plano e que se estabeleça um prazo para concluí-lo, caso contrário você nunca obterá uma versão final para o seu plano de negócios. Uma possível sequência para o desenvolvimento de um plano de negócios é iniciada pela análise da oportunidade (seguindo o processo empreendedor) e em seguida passa-se para uma rigorosa análise do mercado, do público-alvo e dos concorrentes. A partir daí você poderá se dedicar a definir: a) o seu modelo de negócio (o que vender, o que é o negócio, como vender, para quem, a que preço, o plano de marketing...) e projeções iniciais de receita, b) investimentos iniciais necessários, c) necessidade de recursos humanos, d) projetar custos, despesas e receitas ao longo do tempo, e) fechar o modelo de negócio cruzando necessidade de recursos com resultados, f) criar os demonstrativos financeiros, g) fazer análises de viabilidade através de índices de retorno sobre investimento, rentabilidade, etc., h) revisão completa de todos os passos, i) concluir a redação do plano e fechamento do modelo. Note que todos os passos indicados podem ser feitos sem você necessariamente se dedicar, logo de início, à escrita completa do plano de negócios. Os passos listados acima sugerem que você crie uma planilha eletrônica com várias pastas interligadas. Assim, quando uma determinada variável crítica do seu plano de negócios for alterada todas as pastas que dependerem desta variável serão automaticamente atualizadas. Exemplo: um vendedor típico de determinado negócio no interior da Bahia pode visitar 20 clientes por mês e tem uma taxa efetiva de venda de um kit padrão de produtos de 5 clientes diferentes ao mês. Assim, para cada vendedor contratado você terá em sua planilha, em média, cinco novas vendas/mês. Essa variável deveria influenciar custos com compras de matéria-prima, divulgação, contratação de pessoal, receita etc. Use esta mesma lógica para toda variável que julgar relevante em seu plano de negócios e assim o seu trabalho ficará mais efetivo. * este texto foi extraído do livro Plano de negócios, seu guia definitivo. Mais informações em www.josedornelas.com.br. José Dornelas é autor do livro Plano de Negócios, seu Guia Definitivo CRIANDO UM PLANO DE NEGÓCIOS EFICIENTE É importante compreender que “um negócio bem-planejado terá mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições” (DORNELAS, 2012, p.93). Neste sentido, é preciso atentar que o empreendedor deve tomar alguns cuidados na sua elaboração. Conforme Dolabela (2010) indica o plano de negócios é a materialização do processo visionário, tratando da filosofia da ação e da missão da empresa, valores que vão unir todos os seus integrantes em um esforço direcionado. Assim, todos os itens do plano de negócios devem ser tratados com uma linguagem clara, objetiva e compreensível, dado que este documento expressa a descrição de uma empresa. Embora o plano de negócios não garanta o sucesso por si só, algo impossível na atividade empreendedora, ele tem papel decisivo na minimização de riscos e na orientação do empreendedor para que não cometa erros que poderiam ser evitados (Ibid.). Ao fazer o planode negócios o empreendedor “irá compreender a imperativa necessidade de saber o que o mercado pede, quem e quantos são seus clientes em potencial, aprenderá a diminuir ou eliminar esforços desnecessários, investimentos improdutivos, gastos sem sentido” (Ibid., p.137). A partir dos resultados deste documento o empreendedor irá poder avaliar a viabilidade do seu empreendimento. Assim, o conteúdo do plano de negócios precisa ser consistente, refletindo a realidade e as condições reais do empreendimento. Além disso, o plano de negócios é uma ferramenta dinâmica que precisa ser atualizada, se aplicando tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. TEXTO PARA LEITURA: Como elaborar um plano de negócio Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elaborar-um-plano-de- negocio,37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: 18/03/2018. O plano de negócio é o melhor instrumento para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. Assim como para construir uma casa, organizar uma festa, viajar para o campo ou para o litoral é necessário fazer um cuidadoso planejamento do negócio. Ou seja, a casa, a festa e a viagem não vão se realizar apenas pelo desejo, mesmo que seja um bem ardoroso. Ideias assim nascem, porém, para que elas se tornem realidade, é preciso construí-las passo a passo. Para que uma viagem aconteça, é necessário escolher o local a ser visitado, decidir o tempo da viagem, quanto dinheiro levar, comprar passagens, reservar hotel, arrumar as malas, entre tantas outras coisas. Se, para uma simples viagem, precisamos fazer tudo isso, imagine quando queremos abrir um negócio. E empreender, muitas vezes, é uma viagem para um lugar desconhecido. Antes de começar, você já sabe que tipo de negócio você quer? Para organizar as ideias é necessário usar o plano de negócio. Nesta viagem ao mundo dos empreendedores, ele será o mapa de percurso. O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, bem como possíveis clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo assim para a identificação da viabilidade da ideia e na gestão da empresa. Ao final, o plano de negócio ajudará a responder a seguinte pergunta: “vale a pena abrir, manter ou ampliar o negócio?” Lembre-se de que a preparação de um plano de negócio é um grande desafio, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita criatividade. EXERCÍCIOS PARA REFORÇAR A APRENDIZAGEM Questão 1 - Qual a importância das micro e pequenas empresas no debate sobre empreendedorismo? Questão 2 - Qual a diferença entre empreendedor voluntário e involuntário? Questão 3 - Qual a diferença entre as figuras do empreendedor, administrador e intraempreendedor? Questão 4 - Quais são as fases do processo empreendedor? Questão 5 - No que consiste ser um empreendedor? Questão 6 - Qual a diferença entre ideia e oportunidade? Questão 7 – Defina no que consiste a criatividade empreendedora. Questão 8 - Explique cada um dos cinco elementos de suporte definidos por Filion. Questão 9 - Qual a importância da elaboração de um plano de negócios para o empreendedor? Questão 10 - Quais cuidados devemos ter para criar um plano de negócios eficiente? GABARITO Questão 1 - Qual a importância das micro e pequenas empresas no debate sobre empreendedorismo? A preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade de diminuição das altas taxas de mortalidade desses tipos de empreendimentos traz o tema Empreendedorismo para pauta de discussão não só do governo, como de entidades de classes e organizações do terceiro setor. As micro e pequenas empresas têm fundamental importância para a economia nacional. Questão 2 - Qual a diferença entre empreendedor voluntário e involuntário? Os empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação para empreender) ou involuntários (que são forçados a empreender por motivos alheios à sua vontade). Questão 3 - Qual a diferença entre as figuras do empreendedor, administrador e intraempreendedor? Os empreendedores estão mais voltados para aspectos estratégicos, visando o futuro da organização. Os administradores “tradicionais” ficam voltados para os processos, sem ter uma perspectiva mais visionária. Assim, a figura do gerente está voltada para a organização de recursos, enquanto a do empreendedor para a definição de contextos. Já o intraempreendedor, ou empreendedor corporativo, é o empregado que nos dias atuais contribui decisivamente para o sucesso da empresa, possuindo qualidades como criatividade, inovação e integração. Questão 4 - Quais são as fases do processo empreendedor? As fases do processo empreendedor podem ser entendidas a partir das seguintes etapas: 1. Identificar e avaliar a oportunidade; 2. Desenvolver o plano de negócios; 3. Determinar e captar os recursos necessários; e, 4. Gerenciar a empresa criada. Ainda que estas fases sejam apresentadas em forma sequencial, nenhuma delas precisa ser completamente concluída para que se inicie a seguinte. Além disso, pode ocorrer ainda outro ciclo de fases antes de se concluir o processo completo. Questão 5 – No que consiste ser um empreendedor? O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.). O empreendedor é definido em termos de comportamentos e atitudes, não de traços de personalidade ou de outras características inatas. O seu perfil considera características como ter iniciativa, visão, coragem, firmeza, decisão, atitude de respeito humano, capacidade de organização e capacidade de direção. Questão 6 - Qual a diferença entre ideia e oportunidade? Uma boa ideia não é condição suficiente para o sucesso do empreendedor. Uma oportunidade corresponde ao “conjunto de circunstâncias favoráveis que cria a necessidade de um produto ou serviço”. Já uma ideia representa um pensamento, impressão ou noção, que pode ter, ou não, as qualidades de uma oportunidade. Questão 7 - Defina no que consiste a criatividade empreendedora. A criatividade consiste no processo de geração de algo novo, representado a capacidade de olhar para as mesmas coisas, as mesmas necessidades ou problemas que outras pessoas, mas de uma forma diferente, de um ângulo diverso. Questão 8 - Explique cada um dos cinco elementos de suporte definidos por Filion. Segundo Filion, os elementos de suporte que apoiarão o empreendedor no desenvolvimento do seu potencial criativo são: Energia: representa o tempo alocado para atividades profissionais e a intensidade com que elas são executadas; Liderança: representa a capacidade de comunicar seu sonho (futuro desejado) e seduzir pessoas para apoiá-lo; Conceito de si: é a forma como a pessoa se vê, a imagem que tem de si mesma”; Compreensão do setor: conhecer o setor significa saber tudo sobre ele: tecnologia, mercado, ambiente (legal, demográfico, político, social, econômico), e sobretudo, entender como funciona o negócio, qual a sua dinâmica; Relações: constituem o fator mais influente na evolução da visão, e podem ser de vários níveis: pessoas da família, amigos, conhecidos, redes sociais. Questão 9 - Qual a importância da elaboração de um plano de negócios para o empreendedor?O plano de negócios representa uma parte fundamental do processo empreendedor, se constituindo na principal ferramenta com a qual o empreendedor pode estabelecer os rumos do seu negócio. Consiste, portanto, na ferramenta por excelência do empreendedor em qualquer fase, porque indica um ponto no futuro no qual a empresa quer chegar, formula metas e aponta estratégias e recursos a serem utilizados para alcançar resultados definidos, além de indicar a estrutura e a organização mais adequadas para atingi-los. Questão 10 - Quais cuidados devemos ter para criar um plano de negócios eficiente? Todos os itens do plano de negócios devem ser tratados com uma linguagem clara, objetiva e compreensível, dado que este documento expressa a descrição de uma empresa. O conteúdo do plano de negócios precisa ser consistente, refletindo a realidade e as condições reais do empreendimento. O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica que precisa ser atualizada, se aplicando tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. REFERÊNCIAS: CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2007. DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ___________________. Sonhos e riscos bem calculados. São Paulo: Saraiva, 2010. DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser Empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. FILION, Louis Jacques. O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: Identifique uma visão e avalie seu sistema de relações. Revista de Administração, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 63- 71, jul/set, 1991. Centro Universitário Carioca Av. Paulo de Frontin, 568 Rio Comprido – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 20.261 – 243 Organizadora do Conteúdo para o Estudo Dirigido Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo
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