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Processos Básicos II (Tema III)

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Processos Básicos 
04 de Dezembro
Após a captação de estímulos, começa o processo de decodificação e atribuição de significado, e a partir desse momento, começamos a organizar as representações em categorias, dentro de modelos de funcionamento da memória, organizando os nossos conhecimentos na memória.
Uma vez o conhecimento armazenado na memória, é possível buscá-lo quando necessário a fim de responder aos estímulos do mundo. Sendo assim, começamos a chegar ao final de um processo: o pensamento.
Existem vários tipos de pensamento, que visam, na maioria das vezes, resolver problemas. A resolução de um problema exige um processo de organização ativa do comportamento. O nosso pensamento interage com o problema de forma a obter a melhor resposta, antecipando e planejando a resolução. 
Tipos de Pensamento
Raciocínio e resolução de problemas
Discriminação e julgamento
Abstração e generalização
Predição e controle
Expectativa e Esperança
Preocupação
Imaginação e devaneio
As pessoas resolvem problemas seguindo critérios, algumas vezes objetivos, outros nem tanto. Esse tipo de pensamento é chamado de julgamento e tomada de decisão, marcado pela escolha de uma solução frente às muitas possíveis. O julgamento é um tipo de resolução de problemas que pode ser influenciado pela subjetividade e pelo contexto, levando o problema a nem sempre ser resolvido de forma objetiva.
O tipo de pensamento denominado expectativa e esperança é marcado por uma alta influencia da subjetividade, levando a um baixo nível de avaliação dos dados objetivos e controle.
Um tipo de estratégia de resolução de problemas bem objetivo é o de teste de hipóteses.
Outro tipo de resolução de problema similar é o de predição e controle, a predição não deixa de ser um teste de hipóteses, mas o diferencial é que ele é baseado em conhecimento prévio. 
Podemos falar também do tipo abstração e generalização, onde uma situação prática torna possível a generalização do conceito para várias outras situações. Nesse caso, um conceito aprendido inicialmente de forma abstrata é aplicado a uma série de situações concretas. É a transposição entre aprendizagem (representação abstrata) e aplicação concreta em uma série de resolução e problemas.
Um último tipo de resolução de problemas é a preocupação, onde ficamos antecipando possíveis soluções, funcionando também como planejamento. 
Um tipo de pensamento bem diferente dos anteriores é o chamado imaginação e devaneio, onde a pessoa não tem a preocupação de manter coerência nas ideias e nem resolver problemas. A pessoa apenas se permite pensar em várias coisas, sem necessariamente uma articulação lógica consciente. Esse tipo de pensamento não tem como objetivo a resolução de problemas, no entanto, acontece que quando a pessoa permite pensar em qualquer coisa ela “sem querer” pode acabar encontrando a solução de algum problema, é o chamado insight. O insight é uma resolução súbita, mas ela não acontece “do nada”, na verdade, existe uma reestruturação do problema, onde a pessoa percebe que existem elementos que podem auxiliar na resolução do problema que ela não havia percebido antes. Acontece que quando estamos muito fixos em algo, insistimos em técnicas que já conhecemos. O nosso pensamento é relativamente rígido, uma vez que quanto mais utilizamos um conceito, maior é a associação, dificultando sua modificação. Quanto mais utilizamos uma estratégia para resolver um problema, mais ela se fortalece. 
09 de dezembro
Com exceção de imaginação e devaneio, todos os tipos de pensamento têm como objetivo resolver um problema, e necessitam de uma antecipação e planejamento.
Toda a vez que temos um problema pra resolver, temos uma descrição objetiva ou um conjunto de sinais que interpretamos para resolver o problema. O problema pode estar ou não claramente definido. Durante o dia, nós recebemos uma série de estímulos e estes nos levam a nos comportarmos de uma determinada maneira, o que também pode ser caracterizado como uma resolução de problemas. Uma vez que a exposição de estímulos é constante do dia-a-dia, sendo necessário reagir a eles, levando a adoção de um comportamento em resposta. Para fazermos isso, é necessário um conjunto de ações mentais e comportamentais que nos levem a resolver o problema. 
OBS: Processo de resolução de problemas
Produção de estímulo (ex.pergunta) Emparelhamento do estímulo com conhecimento armazenado da memória Recuperação do conhecimento Comportamento adequado (ex.resposta)
Os problemas têm graus de dificuldade, mas todos os tipos de pensamento requerem um processo para serem resolvidos. Esse processo pode ser mais, ou menos estratégico. Quando falamos em planejamento, avaliação da solução, estamos falando de um processo estratégico. Os processos de resolução de problemas que não requerem estratégia são chamados de pensamento automático, que acontece quando temos a solução do problema de forma imediata. 
Para problemas que exigem estratégia, temos um clico de resolução de problemas composto de seis partes, composto por um conjunto de ações mentais e comportamentais. 
Ciclo de resolução
Identificação
Representação
Planejamento da solução
Avaliação do planejamento
Execução do plano
Avaliação da solução
A identificação é a primeira parte, onde se avalia se existe ou não um problema. Se eu acho que não existe um problema, eu estou ignorando a presença de estímulos. Depois que nós identificamos o problema, nós começamos a representá-lo, construindo o problema mentalmente. Um conjunto de estímulos aparecem, e é preciso dar um sentido a eles. A etapa de estratégia e planejamento consiste em elaborar o que é necessário para a solução do problema. Na etapa seguinte, ocorre a avaliação da estratégia, etapa fundamental para a execução de um planejamento eficiente e a elaboração de um novo planejamento. Uma vez feita a avaliação do planejamento começa a execução, essa etapa alguma vez acontece antes da etapa da avaliação da estratégia.
OBS: Problemas de longo prazo necessitam de critérios e submetas para serem resolvidos. Essas metas e submetas são chamadas de heurística (caminhos e formas de raciocinar). Existem vários tipos de heurística, uma das mais conhecidas é a chamada heurística da subida do morro. Uma vez que um problema se apresenta e eu não tenho muito tempo para avaliar os elementos e escolher o melhor caminho, ou seja, eu não tenho para planejar, eu decido enfrentar o problema através do primeiro caminho que se apresenta. Outra heurística possível é a heurística da avaliação/análise de meios e fins, onde eu tenho uma meta final e preciso avaliar as submetas para eu ter êxito. 
A leitura e a avaliação de como nós vamos conduzir um problema sofre a ação da subjetividade. Nesse sentido, temos a heurística da disponibilidade, onde eu avalio o que está mais disponível para a resolução do problema.
As heurísticas são formas de pensar a fim de alcançar uma meta final, ou seja, a resolução do problema. 
Existem níveis, isto é, graus de dificuldades, para a resolução de problemas:
1. O sujeito já conhece a solução
2. O sujeito já conhece as regras para obter a solução
3. O sujeito aprende as respostas corretas durante a execução da tarefa
4. O sujeito tem que selecionar e avaliar as operações para obter uma solução
5. O sujeito tem que reformular o problema e produzir um método inabitual de solução
6. O sujeito tem que perceber a existência do problema
 O primeiro nível é aquele que o sujeito já conhece a solução, uma vez que ao longo do tempo ele já resolveu aquele problema várias vezes, e por isso a solução se torna muito disponível na mente. Em outras palavras, quanto mais frequente um problema se apresente, mais rápido será o acesso ao conhecimento, tornando-o cada vez mais disponível. Exemplo: o próprio nome, capital do Brasil.
O segundo nível se apresenta quando o sujeito já conhece as regras para a solução do problema, ou seja, o sujeito sabe resolver, mas não alcança a solução de forma imediata. Exemplo: fazer uma conta de divisão.O terceiro nível acontece quando o sujeito aprende a resposta durante a execução da tarefa. Exemplo: completar um labirinto.
O quarto nível se caracteriza quando o sujeito necessita avaliar e selecionar operações para obter uma solução, ou seja, não basta que ele saiba como fazer, é preciso a solução para o que está sendo pedido no problema. Exemplo: palavras-cruzadas (não basta que o sujeito saiba todas as palavras possíveis como resposta, é necessário que ele encontre uma palavra exata).
O quinto nível exige uma reformulação do problema a fim de produzir um método inabitual de solução. O sujeito conhece o funcionamento de alguma coisa, mas ela não está disponível no momento presente. Exemplo: fazer gambiarras.
OBS: Por que a criatividade envolve dificuldade?
O nosso conhecimento se associa mais intensamente em função da frequência, hábitos e padrões de aprendizagem. Sendo assim, quanto mais habitual for um comportamento, mais difícil será romper com esse determinado padrão de conectividade e funcionamento que o executa , tornando difícil pensar de maneiras diferentes. Além disso, nesse nível de dificuldade, é necessária a criação de um método para solucionar o problema.
O sexto e último nível exige que o sujeito perceba a existência do problema, e esse nível se torna mais difícil em função da necessidade de se alcançar um alto grau de abstração. É a necessidade de observar um determinado fenômeno e sentir a necessidade de explicá-lo.
Todos os problemas requerem estratégias de pensamento lógicas, ou seja, necessitam que os pensamentos aconteçam de uma maneira coerente. Mesmo que aparentemente um sujeito possa não entender a lógica do outro, as pessoas são capazes de dar explicações para seus comportamentos e formas de pensar. 
O conceito de lógica pode ser mais ou menos flexível. Além disso, a lógica mental não segue os mesmo princípios que a lógica formal.
Operadores lógicos E/OU
Critério de validade A conclusão deriva dos argumentos, mesmo que os argumentos não sejam verdadeiros
Critério de verdade Os argumentos e a conclusão estão relacionados a fatos do mundo
Na lógica, o sujeito elabora ideias, e elas se organizam com outras ideias, mas no final é necessário avaliar se elas funcionam no mundo real, e isso é o chamado teste de hipóteses. Quando o sujeito elabora um argumento, qualquer que ele seja.
Raciocínio Dedutivo
Quando o sujeito parte de premissas ou argumentos e articula uma conclusão.
O sujeito tem ideias sobre o funcionamento do mundo e delas ele articula uma conclusão.
A partir de ideias gerais, premissas genéricas, elabora-se uma conclusão específica.
É necessário que as conclusões sejam derivadas das premissas.
A informação da conclusão já está contida de forma implícita nas premissas.
Não existe conhecimento novo na conclusão, uma vez que o conhecimento já existia nas premissas, ou seja, a conclusão funciona apenas para explicitar ou reformular um conhecimento derivado.
É uma estratégia que utiliza a lógica avaliando as implicações do problema.
Raciocínio Indutivo
O sujeito observa determinado fenômeno específico e busca uma conclusão que possa ser generalizada. 
Existe a criação de conhecimento novo.
Possui uma margem de erro, expressa em termos de probabilidade.
Quanto mais o sujeito controlar suas generalizações, menor é a margem de erro.
Uma conclusão é expressa implicitamente ou explicitamente numa afirmação de probabilidades
A validade das conclusões do raciocínio indutivo pode ir além das premissas. São baseadas em considerações para além da forma estrutural do argumento.
16 de dezembro
Quando precisamos resolver um problema para o qual não temos uma estratégia prévia, é necessário romper com a rigidez da configuração mental para conseguir resolver o problema. 
Configuração mental rígida
Estratégias para resolução de problemas das quais nós sempre fazemos uso, a frequência associativa entre dois conceitos se fortalece, tornando-se um hábito. No entanto, essa forte associação é um obstáculo para alcançar soluções diferentes e/ou criativas. 
Fixidez funcional 
Os objetos possuem uma função que é primordial fortalecida em função da associação.
Criatividade 
Possui um ciclo de processamento similar ao ciclo da resolução de problemas, feito em quatro etapas. A primeira etapa consiste na preparação e as primeiras tentativas de solução, em seguida inicia-se um período de incubação, ou seja, deixa o problema de lado enquanto se resolve outras coisas, amadurecendo a ideia e tentando perceber elementos que ele não havia considerado importantes para resolver o problema. A etapa seguinte é a iluminação/insight, onde a solução do problema é alcançada subitamente, seguindo por fim pela verificação, ande ocorre a testagem da solução.
As etapas de incubação e iluminação diferem o ciclo da criatividade do ciclo da tradicional da resolução de problemas, onde utilizamos estratégias já conhecidas. 
A criatividade precisa ser treinada e exercitada, do contrário torna-se difícil romper com a rigidez das associações feitas através do uso frequente de determinadas estratégias. Além disso, é necessário diminuir a força das associações funcionais dos objetos a fim de descobrir novos usos para eles. 
As pessoas julgam o resultado do problema utilizando critérios subjetivos, e isso faz com que elas tenham reações diferentes frente à determinada perda objetiva As pessoas reagem de forma diferente quando perdem um voo por um atraso de cinco minutos ou meia hora.
O princípio da representatividade faz com que as pessoas valorizem determinados aspectos e tenham determinados critérios que não são objetivos, fazendo com que suas escolhas sejam regidas por sua subjetividade. Isso também faz com que elas tenham reações diferentes frente a uma mesma perda objetiva. A pessoa irá se basear em critérios não objetivos no momento de avaliar o que é representativo na hora de avaliar um problema e tomar uma decisão.
A frequência e a disponibilidade de uma determinada estratégia na mente cria um viés na resolução de problema, podendo levar a erros, uma vez que a pessoa acaba por desprezar critérios mais objetivos que levariam a uma solução mais adequada. 
Quando dois problemas possuem estruturas semelhantes, é possível resolvê-los por analogia. Em outras palavras, resolver um problema por analogia consiste em utilizar estratégias antigas e conhecidas em um problema novo.

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