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Processos Básicos II (Tema I)

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Psicologia e Processos Básicos II
30 de setembro
- O que caracteriza o processamento da informação?
- Que tipo de processamento os humanos possuem diferente dos computadores?
Os humanos, da mesma maneira que as máquinas, processam informações e aprendem coisas, mas esse aprendizado ocorre de maneiras diferentes. Embora os humanos possam aprender da mesma maneira que as máquinas, elas conseguem dar sentido/significado ao que aprendem, embora nem toda aprendizagem necessite de um significado. 
Características do processamento da informação:
As pessoas captam as informações através dos órgãos sensoriais, que possuem uma capacidade de captação e armazenamento limitada, levando a necessidade de seleção dos estímulos mais importantes, ou seja, fazemos uma seleção dos estímulos em função da sua relevância. A informação depois de captada pelos órgãos do sentido é transformada em conhecimento.
- Qual a diferença entre informação e conhecimento?
As máquinas processam informação, mas não as transformam em conhecimento, porque elas não dão sentido a informação. A organização do conhecimento é feita em função de critérios significativos.
- De que maneira atribuímos relevância a um estímulo? Como sabemos se um estímulo é relevante ou não?
Categorizar = Dar sentido = Representar o conhecimento
- Iremos ver o que acontece desde o momento que captamos a informação até a atribuição de significado.
- O que significa dizer que uma informação foi decodificada?
Significa que a informação será transformada em algum significado relevante. Esse significado relevante é atribuído pelo próprio estímulo (processamento top-down), ou seja, o conhecimento é representado a partir do estímulo. No entanto, a representação mental não é feita apenas dessa maneira, é possível que o estímulo seja captado em função de modelos de conhecimento já construídos (imagens anteriores armazenadas), fazendo um emparelhamento por semelhança ou diferença. 
Nosso mundo é construído muito mais pela mediação que fazemos, ou seja, nós interagimos com o mundo muito mais em função das representações mentais que fazemos dele do que dos estímulos captados. As representações necessitam de um correlato com o mundo, mas elas nunca são idênticas, uma vez que não captamos todos os estímulos vindos do mundo e, quando captado, o estímulo é interpretado, e a interpretação vai depender de cada um. Interpretar um estímulo significa colocar nele um pouco da nossa subjetividade. Cada um vai construir aquilo que não foi captado fisicamente de uma forma diferente, mas não muito diferente, uma vez que nós compartilhamos modelos funcionais de mundo em função da vida em sociedade. Esses modelos funcionais de mundo é que fazem que o conhecimento de mundo seja compartilhado. O ser humano em geral tem processos de funcionamento comuns, ainda que a quantidade de conhecimento seja diferente. Então, a forma como nós captamos a informação e processamos e armazenamos são processos comuns aos indivíduos, e esses processos atendem a critérios comuns. A captação do estímulo, o acesso, o armazenamento e a recuperação da informação são comuns a todos os indivíduos e, ainda que a quantidade de conhecimento armazenada seja diferente, ainda assim existe o compartilhamento de modelos de funcionamento de mundo, fazendo com que as pessoas tenham representações compartilhadas. O armazenamento de conhecimento do mundo é sempre contextual e implica sempre na atribuição de um conhecimento adequado ao contexto. Quando nós não temos conhecimento de mundo suficiente para completar uma informação existem grandes chances de concluirmos algo de maneira equivocada, levando a uma representação inadequada. Ao captar as informações do mundo é preciso completá-las dando sentido, e é a partir disso que interagimos com o mundo. 
A psicologia cognitiva do tratamento da informação parte do pressuposto de que nós representamos o mundo a partir dos estímulos que desencadeiam essas representações, e que nós interagimos com o mundo via representações mentais, ou seja, nos interagimos com o mundo externo utilizando nosso mundo psíquico (mundo das representações mentais). A forma como nós interpretamos e conhecemos o mundo necessita de um correlato real com o mundo externo, mas não idêntico.
Princípios de organização perceptiva:
Semelhança, Proximidade, Agrupamento, Fechamento, Figura-Fundo, Continuidade - Princípios comuns de captação da informação que imediatamente já as organiza, ajudando na categorização do conhecimento. A medida que nós captamos a informação e a introjetamos.
Distinção entre mente e cérebro: O cérebro é uma entidade material e física, tornando possível a localização de processos; A mente é construção hipotética, uma entidade imaterial onde acontecem os processos psicológicos, onde não é possível localizar. Os estímulos são captados, processados e introjetados em ambos: mente e cérebro. No entanto, mente e cérebro são entidades com competências diferentes. A representação do conhecimento será feita pela mente, iniciando com o processo de percepção (captação do estímulo). 
Diferença entre sensação e percepção: sensação é captação do estímulo; percepção é o início do processo de organização dos estímulos captados. A organização do conhecimento só acontece se existir atribuição de significado.
Paradigma cognitivista - Modelo simbólico de funcionamento da mente. No modelo simbólico, nós processamos os símbolos e criamos representações simbólicas, atribuindo significado aos símbolos. A capacidade de manipulação desses símbolos torna possível a criação de novos símbolos e novos significados. Os símbolos em si já possuem um significado próprio (o desenho 2 significa dois). A mente sabe o significado das representações e conhece o resultado da manipulação simbólica. Os computadores serão capazes de manipular e gerar novos símbolos com o mesmo significado que nós, no entanto, não vão entender o resultado da manipulação. 
Paradigma conexionista - No cérebro, existem conexões sinápticas que transmitem informação, no entanto, essas informações são mais fragmentadas que a informação simbólica, para se chegar ao símbolo é necessário um conjunto de conexões, onde cada pequena conexão traz um tipo de informação sobre o símbolo, por exemplo, uma diz qual o formato, outras diz qual a cor, outra diz o cheiro, e o conjunto delas compõe a informação sobre o símbolo. É uma forma de representar o mundo um pouco diferente do paradigma simbólico, mas que serve como modelo de processamento de informação no cérebro.
Máquina de Turing - Primeiro sistema mecânico de transmissão da informação. Alan Turing defendeu que não basta uma entidade física para transmissão da informação, é preciso um sistema que faça funcionar a matéria. Ou seja, por exemplo, em um computador as peças somente não são suficientes para fazer o computador funcionar, é necessário um sistema que faça com que o computador funcione. A máquina de Turing é uma analogia do sistema de transmissão da informação que hoje iremos chamar de software (sistema que fazem funcionar um circuito eletrônico). As pessoas funcionam de forma parecida, elas possuem uma estrutura mental que processa informações fazendo com que elas sejam transmitidas sinapticamente para o cérebro. O cérebro (matéria/hardware) é regido por uma entidade hipotética (mente/software) que processa e dá sentido as informações. Essa analogia entre mente e cérebro/máquina de Turing e circuito eletrônico, irá estabelecer um paralelo entre processamento mental e processamento artificial da informação, é a chamada metáfora do computador. 
- Qual o objeto de estudo da ciência cognitiva?
A ciência cognitiva será fundada a partir de um conjunto de disciplinas com o objetivo de estudar de que maneira as máquinas processam a informação, sendo assim, seu objetivo de estudo não será a mente, e sim a representação do conhecimento artificial, procurando entender de que maneira o computador/software pode produzirou não conhecimento, manipulando simbolicamente a informação de forma a gerar uma informação, comparando o método de solução de problemas da máquina com o do homem. A mente será objeto de estudo da psicologia cognitiva. 
Semântica - Estudo do significado da linguagem
Pragmática - Estudo do uso da linguagem, a maneira pela qual as pessoas utilizam determinadas palavras em determinados contextos específicos
Modelo de tratamento do sinal 
Conexionista = Sináptico = Dos sinais
Componentes do sistema conexionista:
- Conjunto de unidades do processamento
- Padrão de conectividade (maneira pela qual as sinapses se conectam)
- As conexões sinápticas possuem pesos diferentes (maneira pela qual se modifica o padrão de conectividade a partir do uso ou desuso) 
As redes de conexão sináptica têm regras de comportamento, pois elas sempre comportam mais ou menos da mesma maneira, se quisermos modificar um comportamento, é preciso que outros circuitos sejam ativados. Quanto mais experiência, mais enrigecido é o padrão de ativação. Quanto mais a gente sabe fazer alguma coisa, mais difícil é fazer de forma diferente.
Componentes do sistema cognitivo:
- Os símbolos combinam entre si por meio de um conjunto de regras, ditando qual o processamento necessário para que um símbolo se transforme
- O funcionamento mental assemelha-se ao funcionamento da máquina de Turing
Psicólogos cognitivos - Os psicólogos cognitivos não-experimentais são aqueles que tratam a psicologia cognitiva como uma ciência não-experimental. A psicologia cognitiva do tratamento da informação deriva da ciência cognitiva experimental, mas não utiliza modelagem do aprendizado, eles estudam o quanto os processos mentais determinam o comportamento.
Neuropsicólogos cognitivos - Estarão mais focados no estudo do cérebro, argumentando que a investigação dos padrões de déficit cognitivo observado em pacientes com dano cerebral podem fornecer informações preciosas a respeito da cognição humana.
Neurocientistas cognitivos - Constroem modelos computacionais e utilizam a metáfora do computador.
14 de outubro
Psicólogos cognitivos experimentais - Seguem a tradição da psicologia cognitiva, estudam o comportamento, mas entendem que o comportamento é algo que acontece como resultado dos processos mentais. 
Neuropsicólogos cognitivos - Argumentam que a investigação dos padrões de déficit cognitivo demonstrado por pacientes com lesão cerebral pode fornecer informações preciosas acerca da cognição humana formal.
Cientistas cognitivos - Constroem modelos computacionais e utilizam a metáfora do computador (comparação entre o modelo cerebral e o modelo mental, que servem de parâmetro para a modelagem computadorizada). Os cientistas cognitivos vão tentar entender o funcionamento mental e cerebral e utilizá-los como parâmetro para a construção de máquinas. 
Atividades inteligentes são atividades de resolução de problemas, que podem ser de diversas formas. Exemplo do robozinho: um robozinho é colocado em uma sala e num primeiro momento esbarra nas cadeiras, mas depois ele aprende onde estão as cadeiras e modifica seu comportamento. Como o robozinho modificou seu comportamento de uma forma adaptativa ao ambiente, ele teve um comportamento inteligente. Todo comportamento adaptativo pode ser considerado um comportamento inteligente. No entanto, mesmo o comportamento do robozinho sendo adaptativo, não significava que ele entendia o que estava fazendo. Se pegarmos o robozinho e colocarmos em outra sala, ele vai repetir o mesmo comportamento de esbarrar nas cadeiras de novo, até aprender novamente onde ele pode e não pode ir.
Os cientistas da computação vão utilizar uma série de metodologias diferentes para desenvolver sintemas inteligentes, buscando fazer com que as máquinas resolvessem problemas adotando princípios mentais ou cerebrais. No entanto, por mais próximo que fosse o processo de resolução de problemas das máquinas com o dos humanos elas não conseguiam entender o que estavam fazendo. E mesmo que as máquinas conseguissem resolver um problema mais rapidamente, ou com menos margem de erro, ainda assim eles não entendiam o que estavam fazendo. 
Os sistemas de regras que os computadores usam também são adaptativas, ou seja, a partir de um sistema de regras, as maquinas fazem com que determinado comportamento seja auto-aprendido e se auto-organize. Um determinado padrão depois de aprendido servirá de padrão para a aprendizagem de novos comportamentos. Isso significa dizer que as pessoas possuem regras iniciais de funcionamento e se comportam em função dessas regras, mas uma vez que elas aprendem um comportamento novo, este leva a uma pequena modificação das regras, as regras são adaptadas segundo um novo padrão de comportamento e assim sucessivamente. Se isso é possível para as pessoas, talvez também seja possível para as máquinas, onde os novos padrões de funcionamento retroalimentariam as regras de funcionamento de forma que elas fariam ponderações e seriam auto-gerenciáveis. O auto-gerenciamento que faz com que as pessoas sejam inteligentes e entendam as coisas. As máquinas não se auto-gerenciam, pois elas seguem regras que foram estabelecidas por pessoas e funcionam segundo as regras que uma pessoa estabeleceu. Sendo assim, a representação do conhecimento da máquina é feita pelos humanos, e ela funciona segundo a representação do conhecimento do homem. Se a máquina for capaz, a partir dessas regras iniciais, gerar seu próprio comportamento e modificar suas próprias regras, elas será capaz de se auto-gerir. Ou, se os homens conseguirem especificar como esse processo de auto-gerenciamento ocorre mentalmente ou cerebralmente, ele será capaz de passar para as máquinas a partir de um processo de modelação. Supõe-se, que os seres humanos funcionam segundo um conjunto de regras mentais que direcionam o seu comportamento, e o comportamento, em última instância, vai modificando e retroalimentando as regras. Por exemplo, as pessoas possuem regras de comportamento para atravessar a rua segundo os sinais de trânsito. No entanto, essa regra é adaptada a uma série de fatores contextuais, ou seja, as pessoas são capazes de interpretar as regras. Dessa maneira, mesmo que o sinal esteja aberto as pessoas atravessam, porque elas são capazes de entender que é possível atravessar a rua se não tiver nenhum carro vindo. Ou seja, as pessoas são capazes de interpretar e entender as regras, adaptando-as segundo os sinais do ambiente e a determinados contextos específicos. Sendo assim, a ciência cognitiva irá estudar a metáfora do computador segundo esse duplo sentido: de que maneira é possível fazer com que a máquina pense por ela mesma, modificando ela mesma suas próprias regras? A ciência cognitiva vai nascer com essa vontade de chegar na autonomia de um sistema artificial de processamento do conhecimento. 
A partir disso, começa a se pensar em dois sistemas de representação do conhecimento, divididos em representação forte e representação fraca do conhecimento. A representação forte busca fazer com que a máquina processe o conhecimento da mesma forma que o homem, fazendo com que o processamento artificial de resolução de problemas seja o mais próximo possível do funcionamento mental ou cerebral. A representação fraca defende que não é necessário que o processamento seja similar ao do ser humano, o que importa é que a máquina resolva os problemas e se comporte de forma inteligente, nesse caso, os cientistas não estão preocupados se o processo que leva a um comportamento inteligente seja similar ao do ser humano, o que importa é o resultado. Irão surgir uma série de críticas, principalmente a representação forte do conhecimento. Irão surgir uma série de sistemas ditos inteligentes que de fato interagem com o homem e resolvem uma série de tarefas, levando até mesmo a ilusão de que a máquina entende o que está fazendo e é capaz de inferir coisas. 
A noção de inferência parece ser uma chave parao processo inteligente. Como exemplo de inferência, temos o processo de somar, onde dois símbolos podem ser modificados e gerar um novo símbolo. Sabemos que a máquina é capaz de fazer contas matemáticas, logo, ela é capaz de fazer algum grau de inferência. Sendo assim, por que ela não é capaz de fazer níveis mais complexos de inferência? Será que é por que o homem não consegue especificar as regras suficientemente bem para que a máquina faça esse tipo de inferência? Será que o homem conhece as regras que fazem com que ele seja capaz de fazer inferência, modificar um comportamento? 
Críticas feitas ao modelo da ciência cognitiva feita por filósofos: 
Argumento do quarto chinês - Imagine um quarto fechado, e que nesse quarto está uma homem que só entende inglês, e a ele é dado uma tarefa escrita em chinês. Ele pode até olhar, mas não consegue processar a informação, uma vez que a captação dos sinais sem interpretação, organização e atribuição do significado não leva a conclusão nenhuma. Em seguida, é dado ao homem um conjunto de regras escritas em inglês, e assim ele consegue completar a tarefa em chinês que lhe foi dada. Nessa história, o filósofo está buscando mostrar que o homem no quarto, da mesma forma que a máquina, conclui a tarefa, mas não entende o significado dela, não entende o que fez. Ou seja, o computador funciona da mesma forma que o quarto chinês, ele processa informação, mas não entende o que está fazendo, sendo capaz de fazer apenas representações fracas do conhecimento.
Teste de Turing - Imagine que você está conversando com alguém no computador, mas não tem certeza se a pessoa que fala com você é outro ser humano ou uma máquina. Sua tarefa é descobrir a partir dessa conversa se você está conversando com outra pessoa ou com a máquina.
Todos são capazes de conhecer? Indivíduos e animais?
Não, os animais respondem aos estímulos externos, mas eles não atribuem significados a eles. Só o homem é capaz de conhecer. 
As máquinas são capazes de conhecer?
Não, elas processam informação, mas elas não atribuem significado e não organizam a informação. Elas podem aprender coisas através de condicionamento e  da associação de estímulos, mas não através do conhecimento e da mediação representacional.
O que o quarto chinês tem a ver com o teste de Turing?
Mesmo que o sujeito no teste de Turing não consiga diferenciar uma máquina de um ser humano, isso não quer dizer que o computador está entendendo o que está respondendo, suas respostas serão sempre direcionadas por um conjunto de regras estabelecido por um homem. O bom desempenho da máquina deve ser atribuída ao homem fez o sistema de regras. 
O que é informação? O que é conhecimento?
Informação são estímulos físicos captados, que serão interpretados e categorizados pela mente, tornando-se conhecimento. O estímulo captado é modificado de forma a se tornar inteligível, tornando-se assim uma representação mental. O estímulo externo será o tempo todo decodificado e transformado em uma linguagem, de forma a se tornar acessível: é a representação do conhecimento.
Representação significa apresentação de novo. Na representação do conhecimento, essa apresentação é o estímulo físico, ou seja, a realidade como ela se apresenta. No entanto, as pessoas não lidam com a realidade tal como ela se apresenta, pois elas interpretam e atribuem significado aos estímulos, dando nome e atribuindo conceitos a eles. Por exemplo, quando eu penso no que significa maça, eu penso na cor da maça, no cheiro, na forma como eu desenho maça, pra que a maça serve, tudo isso é representar um conhecimento, pois existe a atribuição de uma série de significados a um estímulo físico. Ao mesmo tempo que a pessoa atribui significado aos estímulos, ela também organiza esses significados dentro de um categoria. Categoria são conjuntos de significados que possuem uma semelhança. 
O ser humano está o tempo todo captando estímulos de uma maneira seletiva, atribuindo significado até mesmo às informações que não foram captadas, isto é, o homem completa as informações que faltam, obtendo assim uma ideia de totalidade, formando assim uma representação do conhecimento. Dessa forma, o homem interage com o mundo a partir de suas representações, muitas delas compartilhadas, uma vez que as pessoas além de compartilharem os estímulos físicos, também compartilham o contexto social, tornando a atribuição de significado comum aos indivíduos. 
A representação do conhecimento é simbólica, logo, as pessoas atribuem significado aos símbolos, ou seja, os estímulos captados serão transformados em símbolos. Esses símbolos podem ser manipulados, transformado-se assim em novos conhecimentos, capacidade que somente o homem possui. O homem possui um mecanismo natural de captar o estímulo externo, transformando-o através da atribuição de significado, organizando-o, e assim gerando representações mentais, que servem como diretriz de resposta aos estímulos externos, tornando possível ao homem interagir com o mundo. Sendo assim, o homem irá interagir com o mundo a partir das representações mentais que faz dele. As pessoas são capazes de muito rapidamente captar estímulos, transformá-los e responder ao mundo. A velocidade das respostas irão depender do grau de dificuldade que o estímulo chega até o sujeito. Por exemplo, as pessoas respondem muito rapidamente quando se pergunta o nome delas, isso acontece porque esse conhecimento está altamente disponível, uma vez que a pessoa utiliza muito essa informação. Todo o processamento mental leva tempo, e esse é um dado importante para entendermos de que maneira o conhecimento está armazenado na memória. Portanto, quanto mais fácil for o acesso a um conhecimento, mais rápida será a resposta ao estímulo. Sendo assim, o tempo será uma medida importante para o estudo da organização do conhecimento e da memória.
Existem dois tipos de acesso ao conhecimento:
Processo automático - a pessoa acessa o conhecimento rapidamente, sem muita estratégia mental.
Processo estratégico - permite uma resposta mais elaborada
 
As pessoas são consideradas seres autônomos e intencionais que integram o mundo externo → As pessoas captam os estímulos de maneira intencional, selecionando-o aqueles que irão tornar possível a construção de uma representação mental.
A mente através da qual eles integram o mundo é um sistema de processamento de símbolos de uso geral → As pessoas captam os estímulos e começam imediatamente a fazer representações utilizando símbolos. 
Os símbolos atuam em vários processos, manipulando e transformando-se em outros símbolos, que por fim terão uma relação com a realidade externa. 
A meta psicológica é então especificar os processos simbólicos e as representações subjacentes em todas as tarefas cognitivas → Esse é o objetivo da psicologia cognitiva do tratamento da informação: identificar como é que as pessoas fazem representações mentais. Para isso, serão estudados os processos de captação, transformação, organização e recuperação da informação, ou seja, os processos que vão desde a aquisição do conhecimento até a utilização dele para resolução de problemas. 
Os processos cognitivos levam tempo; sendo assim, suposições sobre os tempos de reação podem ser feitas ao se presumir que certos processos ocorrem em sequência e ou possuem alguma complexidade especificável → De que forma as pessoas acessam o conhecimento na memória? O acesso é sequencial? paralelo?
A mente é um processador de capacidade limitada que tem tanto limitações estruturais como de recursos → Por isso, é necessário selecionar os estímulos mais importantes
O sistema simbólico depende de um substrato neurológico, mas não está inteiramente limitado por ele → O ser humano possui um processamento mental (plano simbólico) que se relaciona com o processamento cerebral, esses dois processamentos estão relacionados, mas um não depende do outro. 
16 de outubro
O homem interage com o mundo a partir de suas representações. As representaçõesestão associadas a uma ideia de correspondência, as pessoas não se correspondem diretamente com o mundo externo, esse contato está sempre sendo mediado pelas representações. Ou seja, não existe para nós uma correspondência idêntica entre a realidade e aquilo que as pessoas processam, uma vez que estamos a todo tempo interpretando e dando significado às informações que chegam do mundo externo, fazendo com que a informação física se modifique, transformado-se em conhecimento. 
Para que o sujeito interajam com o meio externo através das representações, é preciso que este processe, organize e atribua significado às informações que vem do meio externo, transformado-as em representações. Ou seja, o sujeito está o tempo todo interagindo com o mundo externo através das representações. 
Processos cognitivos causais → Quais são os processos que levam aos comportamentos? Quais são as causas do comportamento?
Um dos sintemas mais importantes é o sistema de memória, não só porque a memória funciona como um armazenador da informação, mas também pela capacidade de integrar a aquisição e a recuperação da informação. As informações que nós adquirimos com o conhecimento são armazenadas na memória de uma forma dinâmica, modificando o tempo todo a informação. A memória é dinâmica, pois ela organiza a informação através da utilização de determinados critérios de significado. Ao usar esses critérios, a memória acaba por estabelecer pesos a esses significados. Por exemplo, é mais provável que uma pessoa coloque tomate na categoria de frutas ou na categoria de vegetais? Em função de uma série de critérios que foram estabelecidos ao longo do tempo, é mais provável que uma pessoa coloque tomate na categoria de vegetais, pois associa tomate a salada. No entanto, isso não significa que uma vez colocado na categoria de salada, o tomate ficará lá para sempre, isso irá variar conforme as experiências ou a frequência com que o tomate pode aparecer associado a outras coisas. 
O armazenamento está entre a aquisição e a recuperação, a busca de informação na memória irá seguir alguns critérios de acessibilidade. Uma informação se tornará mais acessível quanto mais frequente e específico for ao longo do tempo a atribuição de significado, armazenamento e recuperação. A memória seria a mola entre os processos de aquisição e recuperação da informação.
Equipotencialidade → Para os behavioristas, todos os princípios de aprendizagem eram passíveis de serem atribuídos a qualquer animal. A psicologia cognitiva do tratamento da informação (PCTI) irá surgir em um momento pós-behaviorismo. Antes do behaviorismo já existia uma psicologia cognitiva, com a diferença de que ela não tinha como base um método científico, que será mais tarde ser baseado no método behaviorista. Um dos grandes méritos do behaviorismo é proposta de um método sistemático de análise do comportamento, tornando possível a adoção de técnicas mais científicas de pesquisa dentro da psicologia. A partir dai,  psicologia cognitiva começará a medir e quantificar os processos mentais. Os processos mentais passaram a ser medidos, por exemplo, a partir do tempo de reação, tornando possível a inferência de processos mentais com uma influência mínima da subjetividade. O tempo é uma medida de observação direta, é uma medida física e portanto observável, tornando possível a elaboração de modelos de funcionamento. A medida então será resgatada do behaviorismo pela psicologia cognitiva do tratamento da informação a fim de quantificar os processos mentais. A atividade mental só poderá ser medida a partir do comportamento observável.
Dois princípios importantes relacionados ao construto do pensamento como um todo (planejamento, organização do conhecimento, teorias da memória):
Princípio da frequência - Nós observamos com muito mais frequência o tomate a elementos da salada, portanto ele acaba sendo associado a categoria de vegetais. 
Princípio de associação - Ao lembrar do tomate também irei lembrar de outros elementos associados a salada: alface, cebola etc.
Esses dois princípios são fundamentais dentro da teoria behaviorista, que compreende que o comportamento é fruto de uma associação de estímulos. A PCTI irá adotar esses princípios, com algumas diferenças, apesar dos teóricos utilizarem os conceitos de associação e frequência para entender a forma como o homem organiza o conhecimento e a memória, eles defendem que o homem entende o que está fazendo. Para o behaviorismo, os estímulos se associam simplesmente porque aparecem juntos, ou porque eram reforçados dentro de um mesmo contexto, sem que necessariamente o sujeito fosse ativo nesse processo e entendesse a relação entre essa associação. Quanto mais a gente representa uma coisa de determinada maneira, mais a gente atribui significado àquela representação, ou seja, mais ela passa a ser dominante e mais fortemente associada ao estímulo.
Será que os princípios de aquisição, armazenamento e recuperação da informação são equipotenciais para todos os seres vivos? → Não, pois os seres humanos são os únicos que entendem o que estão fazendo.
Os princípios que regem os processos de aquisição, armazenamento e recuperação da informação são comuns a todos os seres humanos.
Representação não-mental (externa)
Exemplos de objetos do mundo físico que representam outras coisas → fotografias, palavras (representação de uma ideia), música, filmes → Exemplos de representação não-mental → Objetos físicos e externos → Um objeto representa o outro.
Quanto menos semelhança objetiva entre objeto representado e objeto representante maior é a influência da subjetividade. 
Possibilidades de representação externa:
Representação Linguística - Representação explícita, necessita símbolos individuais → Relação gramatical, onde as regras são claras para a combinação dos símbolos
Representação Imagética - Representação implícita, não necessita de símbolos individuais → Não existem regras claras de combinação
Representação mental
A evocação de um objeto é possível mesmo que ele não esteja presente fisicamente.

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