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Anotações ELETIVA - Saúde, Trabalho e Modos de subjetivação

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Saúde, Trabalho e Modos de Subjetivação
18 de setembro
Texto Complementar: Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador 
Recuperação histórica, mostrando que a prática da Medicina do Trabalho surge com um objetivo específico de um industrial na Inglaterra, que observou quedas na produtividade no trabalho em função do adoecimento dos trabalhadores. Ele procurou seu médico pessoal que aconselhou ele a colocar um médico dentro da indústria. Mas seu interesse genuíno era o financeiro, não era um interesse de conjugar a produtividade e a saúde. Esse tipo de abordagem de associação entre trabalho e saúde foi muito criticada, um deles é o lugar do saber da saúde, em um modelo centrado na figura do médico como único detentor do saber sobre a saúde. Outras criticas: maneira individualizada que o trabalhador é tratado e a falta de autoridade do trabalhador para falar sobre sua saúde, não leva em consideração o contexto na hora de fazer o diagnostica, a assistência tem como objetivo a volta ao trabalho o mais rápido possível e de que a medicina do trabalho forma uma espécie de tribunal, pois o papel prioritário esperado pelo capitalismo desses profissionais sejam aqueles que vão julgar aquele que está apto e o que não está apto ao trabalho.
Essas críticas ao trabalho do Médico do Trabalho vão ganhar força na década de 80 levando a uma redefinição em conjunto com outros profissionais de saúde. Nesse momento, o Brasil encabeçava a lista de países em que mais morriam ou adoeciam pessoas em função do trabalho, levando o pais a sofrer pressões de entidades internacionais. Os militares que ainda estavam no poder respondem a essas pressões criando serviços dentro das empresas, que teriam como principal responsabilidade cuidar da relação entre a saúde e do trabalho, propondo que quem oferecesse esse serviço forem os empregadores, ou seja, são os empregadores que irão pagar os médicos que dirão, por exemplo, quem está apto para o trabalho, tornando o trabalho do médico do trabalho limitado pelos interesses dos empregadores. 
Uma das principais influências do campo da saúde do trabalhador é o psicólogo e médico italiano Ivar Oddone. Ele fez um trabalho com os funcionários da Fiat na década de 60, em uma época de protestos na Europa, levando a construção de um novo código de saúde e reforma sanitária. Um dos desdobramentos desse movimento é o questionamento dos manicômios. O modelo de reforma sanitária do Brasil teve influência nesse modelo italiano. Como o pais estava sendo redemocratizado, houve discussões a respeito da Constituição.
No final desse movimento, além de se conseguir uma nova Constituição, houve também a oitava conferência nacional de saúde que da a configuração de um sistema único de saúde (SUS). Como o processo constituinte e essa conferência ocorrem no mesmo período, a saúde do trabalhador como um conceito passa a ser incorporada nesse novo sistema de saúde que está surgindo. Sendo assim, surge um conceito oficial de saúde do trabalhador na saúde pública, ou seja, a saúde do trabalhador passa a ser responsabilidade da saúde pública. 
A saúde não é objeto nem exclusivo de uma área do conhecimento e muito menos de um profissional, é algo que diz respeito aos trabalhadores envolvidos. Um dos principais princípios é de que o saber é a experiência dos trabalhadores devem ser levados em consideração se o objetivo for planejar, executar ou avaliar ações que visem a saúde dos trabalhadores, ou seja, a classe trabalhadora nesse modelo passa a ser considerada um novo sujeito político do conhecimento, que irá contribuir no planejamento de intervenções quanto os profissionais de saúde. No modelo antigo, da medicina legal, não era colocada em questão a ideia de que quem está no lado da execução tem conhecimento. Outro principio é o da interdisciplinalidade como uma forma de compreender o trabalho, uma vez que o trabalho nesse campo é considerado uma categoria complexa, principalmente em sua relação com a saúde, logo uma área do conhecimento não pode dar conta de explicar esse conceito de saúde. A introdução do conceito de processo de trabalho também é outro elemento que marca o modelo antigo e o novo. Outro principio é o de que o conceito de processo de trabalho (Marx) é um conceito que deve ser considerado entre a análise entre saúde e trabalho.
O que compõe o processo de trabalho? O que é necessário para trabalhar?
- Organização do trabalho
- Condições de trabalho
- Ferramentas, instrumentos 
- Trabalho
- Matéria prima
O importante nesse conceito é que não basta que esses elementos estejam apenas presentes, é necessário que os elementos sejam colocados em sinergia, e quem vai fazer isso é o trabalho humano. 
O trabalho é uma atividade que não tem o mesmo estatuto que outras atividades humanas, não tem o mesmo estatuto que os outros elementos, pois é esse elemento que irão colocar os outros em sinergia. Ao incorporar o conceito de processo de trabalho como um conceito norteados das práticas levando a uma revisão do conceito de saúde, pois o trabalho passa a ser um dos conceitos que irão determinar os conceitos de saúde e doença. 
Campo da Saúde Mental e Trabalho
As práticas que se denominam pertencentes a esse campo podem tratar, por exemplo, do estresse. Existem diferentes possibilidades de se tratar esse temática, uma delas é a que toma o estresse do ponto de vista individual, sem colocar em questão o processo de trabalho. Uma das formas de fazer isso é vender acessorias a administrar o seu estresse, ou seja, se o trabalho está estressado é porque ele não está sabendo administrar o estresse, o estresse é banalizado. E nessa lógica essas práticas podem ser consideradas como uma intervenção na saúde do trabalhador. Esses estudos que compratilham desse modo de conceber as relações entre saúde e trabalho são também estudos que acabam redefinindo o conceito de saúde mental, e a principal influência é Canguilhem, onde as idéias do que é normal e patológico passam por um reviravolta, abrindo espaço para discussões sobre a relação entre a subjetividade e o trabalho numa relação de mão-dupla, o trabalho interferindo da subjetividade, e a subjetividade como algo que pode interferir no trabalho. 
Jaqueline Tittoni fez uma revisão de um período de tempo do que havia sido publicado, e chegou a conclusão de que esse conhecimento poderiam ser classificados em dois grandes eixos. Um deles é aquele em que as práticas partem do diagnósticos dos sintomas psicológicos e a relação com o trabalho, um exemplo que ela encontra é o trabalho de um professor onde ele fez um trabalho de acessoria para tentar entender porque professores estavam adoecendo. Eles chegaram a conclusão de que esse adoecendo podia ser atribuído a uma Síndrome de Burnout, onde os trabalhadores que trabalham com pessoas estão mais vulneráveis a essa síndrome. São estudos como esse que levam a decisões ministeriais, que passam a reconhecer que a Síndrome de Burnout deve ser investigada. Isso torna possível para o trabalhador receber tratamento, pois foi estabelecido uma síndrome associada ao trabalho. 
Cotidiano-experiências de trabalho - Possibilidade de olhar para o trabalho a partir daquilo que ele pode oferecer em termos de desenvolvimento do ser humano. Os referenciais que vem tornando isso possível são as clínicas do trabalho.
Texto Complementar: Campo da Saúde Mental e trabalho (Edith Seligman-Silva). Livro: Desgaste Mental no Trabalho Dominado
25 de setembro
Próxima aula: Trabalho e Ergologia (Cap.1)
Texto: Introdução ás clínicas do trabalho
Pedro Bendassolli - profunda contribuição na perspectiva da teoria cognitivo comportamental, uma vertente diferente da trabalhada no texto.
Texto complementar: Eixos, paradigmas e tensões na psicologia to trabalho e organizacional no Brasil.
Tópico 2: O autor está advertido que o campo da POT possui uma variedade de perspectivas epistemológicas. Ele inicia falando da abordagem cognitivo comportamental, uma psicologiaque historicamente vem da psicolgia industrial, consolida como psicologia organizacional, que na década de 80 passa a sofrer críticas. A TCC tem como base o comportamento, a partir do comportamento que se faz a análise, intervenção e controle da realidade. 
Palavras postas no texto entre aspas:
"aplicada" - A ideia de aplicada remete a ideia de utilidade, funcionalidade - Útil para quem? Funcional para quem? Com que objetivo?
Você assumir que aquilo que você faz é ciência aplicada significa assumir que existe uma outra ciência que não é aplicada, é apenas teórica. A TCC se posicionou de uma maneira que o conhecimento deveria ser aplicado e não construído, levando a uma dicotomia da aplicação e produção do conhecimento, o que leva a conclusão de que o trabalhador no qual tal ciência seria aplicada não detém o conhecimento. Os trabalhadores não são considerados parceiros na produção do conhecimento sobre o trabalho. É a divisão do trabalho de quem pensa e quem executa. Esse é um modo positivista de pensar. Essa é uma perspectiva funcional para o sistema numa lógica capitalista.
Além disso, parte-se dos pressupostos de que é possível uma generalização dos conhecimentos. 
Binômio: prescrito (conhecimento acumulado sobre um saber/fazer) x real 
 
"interventiva" 
"cientificamente embasada"
"Se as teorias cognitivo... na gestão organizacional" - A opção de tomar como base o comportamento irá manifestar um posicionamento frente a tensão capital x trabalho.  No texto, está sendo assumido que a perspectiva comportamental se propôs a instrumentalizar essa tensão. Entre o empresário e a aplicação da técnica, existe quem elabora a técnica e quem se propôs a exerce-la. 
30 de setembro
Uma escola constitui um conjunto que possui uma coerência em termos teóricos, metodológicos e epistemológicas. Um campo é uma reunião de diferentes escolas que compartilham pressupostos importantes. 
Pressupostos semelhantes entre as quatro abordagens clínicas: 
Conceito do poder de agir: um poder de agir dos trabalhadores sobre o meio real de trabalho e sobre si mesmos - Ampliação do poder de agir dos coletivos de trabalhadores no sentido de que os trabalhadores tenham a oportunidade de se apropriar do seu fazer, seja a partir de uma reflexão ou seja por meio de ações conjuntas que sejam resultado de um processo em que os trabalhadores sejam participantes ativos. Essas ações teriam objetivo de enfrentar as dificuldades encontradas no local de trabalho.
Conceito de trabalho - O trabalho não se restringe ao emprego, ao aspecto econômico. Na Ergologia irá aprofundar o conceito de atividade pensando no conceito do trabalho mas também para além dele, como uma atividade humana.
É o trabalho considerado como atividade. Existem inúmeras possibilidades de se pensar o trabalho. O conceito de trabalho como atividade é uma possibilidade a mais de se compreender mais de perto a relação das pessoas com o trabalho, mais de perto no sentido situado e menos no sentido abstrato, mais no sentido de uma experiência situada. É uma atividade que expõe os sujeitos ao real entendida como uma prova. Toda vez que alguém se propõe a execução de algo sempre há o risco do fracasso. Sendo assim, atividade é aquilo que irá coloca o sujeito a prova do real.
Outro elemento de destaque é a ideia de que se o trabalho for entendido mais do que algo que o sujeito faz para sobreviver, ou ter satisfação. Para compreendermos o trabalho do ponto de vista da atividade é preciso levar em conta que o sujeito é confrontado com algo que foi demandado dele.
Outro pressuposto importante é a concepção de sujeito. O sujeito nessa perspectiva é alguém que pode se desenvolver a partir de sua relação com o trabalho. A relação entre sujeito e trabalho é de mão dupla, ele pode fazer um ofício se desenvolver, assim como o ofício pode fazer o sujeito se desenvolver. 
Uma dos temas clássicos dessa perspectiva da Psicologia Organizacional é cada vez mais o desenvolvimento organizacional e o desenvolvimento de competências. O desenvolvimento de competências pode ser vista como uma expectativa de que o sujeito apresente as competências que ele necessita para o trabalho bem desenvolvido, ao mesmo tempo, essa perspectiva consideram a possibilidade de que em uma situação de trabalho surja a necessidade de se desenvolverem novas competências. No trabalho como atividade existe uma necessidade constante de se desenvolver competências. Na perspectiva das clínicas do trabalho, o desenvolvendo das competências não acontecem de maneira separada da atividade prática, não se busca apenas como norteados a lógica do gestor oficial, se busca incluir todo um conhecimento produzido no cotidiano. 
Desenvolvimento e constituição de uma identidade do trabalhador 
E por fim, existe o pressuposto do foco na vulnerabilizaçao, desdobrando-se na forma de sofrimento, adoecimento ou enfrentamento. O foco nas clínicas do trabalho se dá pela via do enfrentamento.
Uma das fontes onde todos esse referenciais vão beber chama-se ergonomia francófona. A ergonomia anglo-saxã possui uma diferente ideia de trabalho onde o foco está na adaptação do trabalhador ao ambiente de trabalho. A ergonomia francófona irá fazer uma distinção entre trabalho prescrito e trabalho real. O trabalho prescrito (procedimento operacional padrão) é tudo aquilo que diz respeito a tarefa, ou seja, o que que tem para fazer, em quanto tempo, com que material, em que quantidade, os modos operacionais são determinados antes do trabalhador iniciar o trabalho, são manuais que orientam os procedimentos operacionais. O trabalho real é a atividade efetivamente realizada pelo trabalhador. A ergonomia francófona irá mostrar a diferença e a defasagem entre o trabalho prescrito e o real. Essa defasagem é explicada a partir do seu entendimento de trabalho como atividade, onde o trabalho é visto como o lugar do inédito, e é impossível, por mais que se tente, antecipar tudo que se pode acontecer. O trabalho prescrito não é considerado um problema, prescrição é conhecimento acumulado, se não houvesse a dimensão da prescrição toda vez que se começasse um trabalho ele teria que começar do zero. Existem repercussões sérias em situações de trabalho onde o prescrito é muito vago. Por conta desse paradigma, criou-se uma crença de que o trabalho prescrito iria resolver tudo. As duas escolas da ergonomia irão concordar que 100% de correspondência entre trabalho prescrito e trabalho real é impossível. A ergonomia anglo saxã irá olhar para isso e pensar uma maneira de eliminar a defasem, buscando adaptar o trabalhador ao trabalho. Para a ergonomia francófona irá conceber que essa situação de defasagem é inerente a condição humana, uma vez que ajustes sempre são necessários. 
OBS: A vulnerabilizaçao acontece porque o trabalhador tem que lidar com a prescrição do seu trabalho  e a possibilidade de encarar situações inéditas, lidando com as consequências caso algo de errado.
OBS: Voltar ao termo de trabalho real quando entramos em clínica do trabalho
Próximo texto: Trabalho e Ergologia (Cap:1) - Fazer um comentário ou pergunta 
09 de outubro
Texto: Trabalho e uso de si
Questões:
Trabalho (conceitual) - "Fim" (lugar)
                                     Mutações (modelo/lógica industrial; financeirização; terceirizações;    privatização)
Problemas: Atuações da psicologia - colocar as melhores questões (?) clinicar "usando" esse    referencial;
                   Relações entre as pessoas
                   Como colocar em relação? (macro-micro)
                   Ergologia - "aproximar" (?) P-R
Como colocar em articulação o macro com o micro?
Uma dos caminhos é uma intervenção que não se faz com o olhar de apenas um campo do conhecimento, é necessário uma articulação de saberes (economistas, sociólogos, psicólogos, os trabalhadores, protagonistas das atividades em análises). 
Para uma coerência no trabalho nessa perspectivaé preciso ir direto no trabalhador, sem uma ideia de prescrição, dizendo o que o trabalhador deve fazer. 
A palavra 'colaborador' faz parte de um conjunto de símbolos que descaracterizam a atividade de trabalho, a ideia de colaborador traz a tona ausência de um vínculo trabalhista.
Sobre o fim do trabalho - Essa discussão reflete uma preocupação dos autores (clínicas do trabalho) em explicitar o lugar que o trabalho assume como categoria central para a análise e compreensão da vida, é uma forma de reafirmar a centralidade do trabalho. As mutações do trabalho vão desencadear novas necessidades de trabalho. 
Que mutações que impactam o trabalho?
Uma das possíveis mutações é o crescimento do setor de serviços (terceirização). No entrando, embora haja esse crescimento, a lógica da indústria é incorporada no setor de serviços. 
Existe uma idealização da ação do psicólogo, onde caberia a ele abordar as melhores questões, mas essa lógica traz a tona de levar soluções prontas. Além disso, pode levar a um estado de desconforto intelectual, os intelectuais localizados no polo do saber instituído precisam ter a capacidade de tolerar o fato de que os conceitos dos quais eles são portadores são limitados diante da realidade e que não é possível o que acontece nesse encontro seja enquadrado e explicável a partir de conceitos previamente instituídos.
OBS: Ergologia - dispositivo de três polos: saberes instituídos (conhecimento que virou literatura), saberes da experiência e exigências éticas e epistemológicas (faz uma liga entre os outros dois pólos; irá garantir que o dispositivo funcione) 
14 de outubro
Continuação da aula anterior
O dispositivo de três polos (ergologia) configuram uma proposta de produção de conhecimento do trabalho para intervir sobre o trabalho, de como produzir conhecimentos sobre o trabalho feito através do cruzamento de diferentes pontos de vista de saberes de diferentes domínios. O terceiro polo marca a diferença entre uma mobilização genuína e uma mobilização utilitária. 
Terceiro polo - Exigências éticas e epistemológicas - Quando todos os atores envolvidos tem a possibilidade e oportunidade de intervir na tomada de decisões do processo está presente a perspectiva do terceiro polo. Se esse tipo de proposta está sendo capturada com interesses escusos (marketing interno partipacionista).
Marketing interno partipacionistas - Uma das ideias vinda de experimentos é a descoberta de que quanto mais motivada as pessoas estiverem mais motivadas elas trabalharão, isso tem como desdobramento dentre os elementos que fazem as pessoas se sentirem satisfeitas e motivadas com o trabalho é quando elas associam sua gesta a formas democráticas, participativas, ou seja, se as pessoas pensam que elas estão sendo escutadas, elas tendem a considerar que estão sendo consideradas como pessoas, que aquilo que elas pensam interessam a organização. 
Dentre os elementos que fazem parte do terceiro polo está o desconforto intelectual, consequência desse encontro de saberes, que tem como objetivo a construção de um diálogos, pois uma vez que esse polo está mais habituado a trabalhar com conceitos, eles se sentem desconfortável ao ver que os conceitos não dão conta da realidade.
Por fim, dentro da ideia do desconforto intelectual, um potente recuso metodológico é a ideia de tratar o outro como detentor de um saber que não há domínio, ver o outro como alguém que é capaz de ensinar algo, considerando que se é ignorante.
16 de outubro
Texto para próxima aula: Clínica da atividade: dos conceitos às apropriações no Brasil (C. Osório da Silva, M. E. Barros, A. C. Louzada) - Análise do que existe público no Brasil no referencial da clínica da atividade
Texto: Caixa de ferramentas - sugestões de como uma pessoa que pretende coordenar um encontro sobre o trabalho pode organizar a discussão 
Texto: Clínica do trabalho, clínica do real
Eficácia da prevenção prescrita
Necessidade da unicidade teoria-prática 
Exigência - "dar de si"; "se" exigir da organização "aplicação" de recursos
Atividade impedida (Sempre existirá?)
Más "condições ergológicas" (?)
Papel do psicólogo - "inferir para amenizar o sofrimento" (?)
Compreender antes de intervir (?)
"não seria romântico pensar que todos querem ou podem ser senhores de si" (?)
"e o sofrimento do poder de agir?" (porque o autor fala sobre o sofrimento relativo a atividade impedida?)
"A postura passiva não pode ser cômoda?"
A ergonomia francófona defende que é preciso compreender antes de intervir, ou seja, existe algo que precisa ser conhecido antes para depois ser tomada uma decisão sobre o que fazer. Na perspectiva da clínica da atividade, defende-se que os dois sentidos devem estar presentes, a compreensão que se pode ter a respeito do trabalho interessa o trabalho situado (acontecendo), esse é o trabalho que interessa mais a clínica da atividade, e não o trabalho prescrito e idealizado. É a partir da intervenção que irá se poder compreender alguma coisa, pois a intervenção sobre o trabalho faz com que algumas questões que poderiam não aparecer emerjam, esse é o principio da análise institucional. Não existe a compreensão antes da intervenção, é intervir e compreender, e compreender e intervir, é uma seta de mão dupla. Se você consegue compreender que uma proposta de intervenção não é necessariamente algo que busca um resultado esperado, busca resolver algo. Ao mesmo que a psicologia vem sendo colocado nesse lugar de uma ciência que está ai para resolver os problemas, os psicólogos também se colocam nesse lugar, nesse sentido, o objetivo de compreensão acaba não sendo um objetivo de intervenção. O psicólogo do trabalho é colocado no lugar de sempre dar resultados, e não de pesquisar, compreender. 
Não existe más condições ergológicas, a Ergologia não é sinonimo de ergonomia, o correto para expressar a ideia seria más condições ergonômicas. A Ergologia é uma proposta de intervenção e compreensão.
28 de outubro
Para próxima aula: Capítulo V da tese
Texto - Clínica da atividade: dos conceitos às apropriações no Brasil
Um dos pontos a destacar no resgate feito pelas autoras foi a respeito das controvérsias. Além disso, as autoras abordam o esquema básico entre o trabalho prescrito e o trabalho real, que permite compreender o conceito de atividade tal como ele é formulado nesse referencial  a partir das contribuições da ergonomia da atividade, dando um passo além. A clínica da atividade vai beber em quatro fontes: a psicologia do desenvolvimento de Vygotsky, Backtyn (linguistica), a ergonomia da atividade e a psicopatologia do trabalho. 
A ideia de controvérsia está muito associada ao conceito de atividade. Seguindo a perspectiva de Vygotskt, o ser humano está a cada momento pleno de possibilidades. No contexto do trabalho, e na clínica da atividade, essa ideia é baseada de que o comportamento é resultado de um conflito de possibilidades diversas que venceu, sendo assim, o comportamento de alguém no trabalho é um possível, resultado de um choque de negociações e possibilidades conscientes pelo sujeito. Comportamento é resultado de um "campo de forças", o comportamento é a ponta de um iceberg, para ele se manifestar tem todo um campo de forças que se põe em movimento. Nessa campo de força estão, por exemplo, os choques de valores. A controvérsia na clínica da atividade diz respeito aos diferentes possíveis modos de pensar um trabalho, de entender um trabalho e de fazer um trabalho. Sendo assim, se a gente concorda que o ser humano está repleto de possibilidades, não será difícil imagine uma situação de trabalho onde pessoas com o mesmo ofício podem ter maneiras diferentes de pensar, entender e fazer esse trabalho. Dependendo do tipo de ofício, a exposição e o cruzamento de diferentes pontos de vista serão interditadas, e isso pode atrofiar o desenvolvimento do sujeito e do ofício. 
O conceito de gênero profissional diz respeito a dimensão coletiva dotrabalho, que não é a mesma coisa de coletivo de trabalho (pessoas que trabalham juntas). Dimensão coletiva é algo que perpassa diferentes sujeitos em torno de uma determinada atividade que não necessariamente trabalham juntos. O gênero permite não errar sozinho, ou seja, o gênero tem um caráter normativo, mas não é a mesma coisa que prescrição. A prescrição é normativa também, mas é uma normatização oficial e formal. O gênero é normativa porque ele da o dom das condutas a tomar em um determinado meio profissional, é ele que permite que duas pessoas que nunca se viram na vida trabalhem juntas. O gênero funciona como recurso para agir em um meio profissional, que ao mesmo tempo é técnico e psicológico, é como se fosse um estoque de saber/fazer/técnicas que vai consolidando conforme o ofício vai amadurecendo. Isso é observado quando um novato não tem um domínio do gênero, onde a grande tendência é dele se apegar no prescrito, porque a pessoa só pode ousar para fora do prescrito se a pessoa tiver o domínio do gênero. Na medida em que o novato não sabe que existe um patrimônio construído em termos de linguagem, atitude, vestimenta, manipulação, tendendo a se apagar ao prescrito, ele acaba sofrendo muito mais, uma vez que ele tem medo de fazer as coisas errado. A medida que as pessoas vão percebendo que existe um gênero e que elas podem fazer mão dele, elas passam a poder ousar em relação as prescrições, sabendo que se algo der errado elas não vão estar sozinhas. Outra característica importante do gênero é o fato dele servir como recurso tanto mais flexível/plástico ele for. A medida em que os sujeitos vão dominando o gênero e vão ousando, essa ousadia vai se transformando em estilo. O estilo é de cada um, o gênero é coletivo. A ideia de plasticidade do gênero está no modo como o gênero vai lidar com isso. Sem o recurso o sujeito não ousa e o gênero se torna mais rígido, uma vez que ele não se mostra acolhedor aos estilos. E aí se mostra a importância da controvérsia, quanto menos oportunidades as pessoas tiverem de mobilizar uma controvérsia profissional, diminui a possibilidade de se criar uma dimensão coletiva para os sujeitos se desenvolverem. 
A clínica do trabalho se reivindica como desenvolvimental, em função da releitura da obra do Vygotsky trazendo-a com o foco da subjetividade e trabalho, revelando como a obra de Vygotsky não foi compreendida em sua riqueza, que ficou restrita ao universo da infância. A obra de Vygotsky destaca a importância do papel do outro no desenvolvimento da pessoa, é um modo de pensar o desenvolvimento que se diferencia de Piaget, que faz uma abordagem mais maturacional do desenvolvimento. Para Vygostsky a maturação do desenvolvimento não segue uma seqüência, e é a interação que levava ao amadurecimento dos sistemas. Essa ideia de relação entre trabalho e desenvolvimento humano é um dos pontos fortes de apoio dessa perspectiva, se entende que o trabalho tem um potencial de desenvolvimento do sujeito. 
As pesquisas atuais tem dois eixos: aquelas que se focam nos transtornos e aquelas que apostam na potência de vida, de criação e de desenvolvimento que se reconhece no trabalho. Esse desenvolvimento pode se dar em duas vias: dos sujeitos e dos ofícios. A clínica da atividade busca as condições que esse desenvolvimento aconteça sem ser impedido, identificando onde esse desenvolvimento está sendo impedido, trazendo a tona. 
11 de novembro
Tese Katia - Pelas fendas do trabalho vivo: Textos, Contextos e Atos na atividade de vigilância em saúde do trabalhador 
Capítulo 1: Detalhada explicação e descrição sobre o que é a atividade de vigilância, que política pública é essa, como ela surgiu, qual o contexto em que ela surgiu. O campo da saúde do trabalhador surge no Brasil na década de 80 está para o cenário das relações entre saúde e trabalho assim como a terceira face está para as relações entre subjetividade,saúde mental e trabalho. São campo constituídos a partir de uma mesma raiz, que se constituem a partir de movimentos sociais, que reúnem atores dos mais diversos, desde especialistas de diversas disciplinas (medicina, enfermagem, psicologia, serviço social, ergonomia, engenharia de produção) até trabalhadores. Como nesse movimento de construção desse campo também contribuem psicólogos existe uma alimentação entre esse campo e o campo da terceira face da psicologia do trabalho. A temática da vigilância se encontra na interface entre esses dois campos, o campo da psicologia do trabalho e o campo da saúde do trabalhador. Uma das contribuições desse campo para a sociedade é a construção de um modelo atenção à saúde dos trabalhadores que é alternativo ao modelo da medicina do trabalho, da psicologia da indústria e organizacional, é uma política pública, uma estratégia e atenção integral a saúde dos trabalhadores que graças a todo esse movimento foi incorporado ao SUS e consta na legislação como um conceitos. É um momento na sociedade em que as questões relativas a saúde dos trabalhadores passam a estar novamente sobre a responsabilidade do ministério da saúde, passando a ser novamente consideradas como questões de saúde pública, e não questão de ordem privada que até então se restringia apenas a aspectos legais. A partir da década de 80 o SUS passa a ter legitimidade constitucional para fazer cumprir estratégias de promoção da saúde dos trabalhadores.
RENAST - Em 2002, cria-se uma forma de colocar em prática as políticas públicas de saúde do trabalhador no Brasil (CERESTs). A vigilância em saúde do trabalhador é uma das políticas voltadas a saúde do trabalhador, voltada na promoção da saúde e prevenção de adoecimento e do acidente. 
18 de novembro
Gênero profissional
Determinados traços que se repetem e que não se repetem necessariamente por uma prescrição. Esse tipo de ferramenta teórica não se usa com a intenção de generalização, no sentido de valer para todos (uma das características da ciência positivista). Cada situação de trabalho é uma situação específica, não se presta para generalizações, não é a busca deste referencial teórico. No entanto, nada impede que os mesmos sejam traços sejam encontrados em outros lugares. 
O gênero é um conjunto de regras formais e informais que são uma espécie de memória que retém e estabiliza o que diz respeito aos aspectos técnicos e subjetivos sobre um determinado fazer. Também explica o conceito de atividade dirigida, dirigida no sentido do outro e do objeto do trabalho, desse encontro vai se formando o gênero, que permite que duas pessoas que não se conheçem se encontrem e desenvolvam o trabalho em comum.
 
25 de novembro
Caixa de ferramentas
Expressão utilizada que anuncia a visão que o teórico tem dos conceitos; tem influência da análise institucional. 
Em termos de ferramentas, Katia procurou fazer uma revisão de literatura focando a vigilância em saúde do trabalhador, focando nos conceitos de saúde, trabalho e risco.
Psicologia do trabalho italiana
Psicologia do trabalho francesa
Ergonomia da atividade
Ergologia clínica da atividade
Foi abordado no que esses referenciais convergem em relação ao conceito de atividade, ampliando a noção de trabalho. 
Embora se fale muito sobre saúde nos textos a grande tendência é falar de agravos e doenças. 
Conceitos dialogados:
Ergologia - Dispositivo de três polos e normas antecedentes.
Clínica da atividade - Atividade impedida e gênero profissional
Processo que envolve as ações de vigilância:
OBS: Correspondente da análise global, importante para o pesquisador/interventor possa ter uma noção mais completa do tema e do objeto que ele irá lidar e não correr o risco de simplificação. Existe todo um processo e aquilo que ela se deteve como lupa foram os conceitos em negrito.
Planejamento da ação 
A caminho da empresa
A chegada na empresa 
Análise do processo produtivo
Análise das condições/ambientes de trabalho 
Interlocução com trabalhadores e empregadores
Elaboração do termode visita
A caminho do PST
Elaboração do termo de intimação 
Encaminhamentos
Avaliação da ação 
Primeiro Ato (primeiro bloco do vídeo)
Os vigilantes ajustam o foco - Estratégias e "usos-de-si" na aproximação às relações saúde-trabalho (conceitos da Ergologia 
Katia em sua pesquisa queria saber quais as estratégias que esses profissionais de saúde utilizam para fazer uma ação de vigilância.
Traços do gênero profissional de vigilância em saúde do trabalhador - Existe?
Característica do gênero:
Busca de amparo em bases sólidas
Cuidado para não transpor os limites legais
Imparcialidade
Documentar exaustivamente (busca de um parâmetro para ser comparado a uma norma; a ideia é que os dados não possam ser refutados)
Aferições sistemáticas 
Quando é o gênero que fala utiliza-se o "a gente faz assim".
Processo de estilização do gênero profissional de vigilância
Esse processo acontece por uma forma de engajamento particularmente de um dos vigilantes que chama atenção em função da dissonância. Ele opera essa dissonância fazendo um "corpo si" (subjetividade que envolve o corpo), ou seja, ele experimenta as situações 
Acontecimento: engajamento do "corpo si". O vigilante se usa, "experimenta" as situações. Ato idiossincrático (algo que sai da sintonia do que está acontecendo, apresentado-se de um modo diferentes aparecendo como estranho)
Qual foi a lógica dessa ação? - Objetivo: sustentar as decisões e providências a seu encargo, agir sobre si para agir sobre os outros (trabalhadores e empregados); ele procura se deixar afetar pelo mal-estar do trabalho, e com isso ele poderá sustentar com mais convicção os achados, sendo mais rigoroso; isso vai de encontro com a característica do gênero de buscar amparo em bases sólidas. 
Mas se eles se amparam em bases sólidas, isso não seria uma fragilidade do gênero? Nesse caso, o uso que o vigilante faz de si não diz respeito a um amparo legal, mas sim da própria subjetividade dele, ou seja, ele precisa se convencer do sofrimento impregnando-se do mal estar do ambiente, para fazer uma intervenção mais convicta.
O prescrito é a demarcação dos objetivos, mas no real o trabalhador se propõe outros objetivos para dar conta da tarefa.
Dramática: debate de normas e valores, micro-gestão
Yves Clout define o trabalho como uma dramática dos usos de si em que ocorrem o debate de normas em um universo de valores, em que processos gestionários em um nível micro se fazem.
Existe uma discordância na equipe desta postura de agir desse determinado trabalhador, e essa controvérsia aparece no momento em que o vigilante se confronta com isso. Esse trabalhador sente um desconforto por ser avaliado por seus pares por fazer a vigilância dessa maneira. Se você se diz uma autoridade que busca a segurança do trabalhador, como ele pode se colocar em risco? Isso leva a um debate de normas e valores do vigilante, onde ele se debate com o fato dele se sentir mais convicto se colocando em risco ou seguir as normas. 
Os conceitos de gênero e estilo estão sempre em relação. O conceito de estilo tem algo de singularidade, onde alguém que se proponha a fazer a análise do trabalho irá identificar que existem certas regularidades e no meio delas existe algumas formas de agir que escapam dessas regularidades, e essas formas que escapam representam o estilo. Elas podem alimentar o gênero, se este for aberto a esses estilos de estilização. Do contrário, o gênero irá tentar discriminar e eliminar esse estilo. O estilo é uma espécie de denúncia de que há uma dissonância, e de que alguém precisa fazer algo fora do comum para cumprir os objetivos do trabalho.
Nesse gênero a controvérsia está inderditada e o gênero é frágil, só suporta controvérsia um gênero forte.
Os objetivos da clínica da atividade é ampliar o poder de agir. O estilo não fala necessariamente sobre algo que precisa ser incorporado ao gênero, nesse caso, o estilo desse vigilante mostra algo que precisa ser debatido.
Fragilidade institucional: impactos à saúdes dos agentes, como cada um busca lidar, impactos sobre o poder de agir.
A fragilidade do gênero reflete a fragilidade do ofício enquanto institucionalizado, em função desses contragolpes que a saúde sofre por um projeto neoliberal, causando impactos também na saúde dos trabalhadores. Ou seja, os impedimentos do poder de agir que essa fragilidade institucional coloca tem um impacto muito grande na saúde dos vigilantes.
11 de dezembro
Reflexões sobre os métodos: Autoconfrontação cruzada e Instruções ao sósia
Ampliar o pode de ação dos trabalhadores sobre seu meio e sobre si mesmo
Duplo movimento 
- descolamento (conflito do real)
- deslocamento (posição ocupada)
Forte potencial para formação profissional → Desenvolvimento → Ofício e sujeito
regulações/ ajustes/ soluções
impedimentos 
A C.A. encontra o sofrimento pela via dos impedimentos para agir
Elaboração da experiência → formalização → socialização 
tomar a experiência vivida em um recurso para viver novas experiências 
Delegar à controvérsia profissional a tarefa de relambórias os objetivos e os recursos para a ação profissional (trabalho de reorganização coletiva do trabalho)
Texto: Elaborar a experiência (a instrução ao sócia)
A discussão sobre o metido é central quando o assunto é a cientificidade de algum tipo de estudo, falando da impossibilidade de se acessar os elementos teóricos que fazem parte do real direta e objetivamente. Para o acesso a essa dimensão humana no trabalho é necessário um método, ele que será o mediador. Esses métodos se caracterizam cuja abordagem é qualitativa.
Uma das afirmações que se pode fazer é que os métodos promovem um duplo movimento no processo de pesquisar, analisar e intervir, é um movimento de deslocamento e descolamento. O descolamento é especialmente referido aos conflitos do real em situações de trabalho (necessidade de responder entre um debate de prescrições, o que você gostaria de fazer e é proibido pela prescrição). A pessoa na situação de trabalho está colada aos conflitos o trabalho, ela não consegue fazer seu trabalho e ao mesmo tempo se distanciar e olhar para a situação como uma analista, é essa que é a posição que irá caracterizar o deslocamento, onde as pessoas são convidadas a ocupar o lugar de analistas. O descolamento viabiliza que o sujeito se sirva de sua experiência para análise 
Co-análise significa que não há um privilégio em termos de quem faz a análise , tanto o pesquisador vai entrar com as suas questões quanto o trabalhador. Além disso, o pesquisador propõem uma sistematicidade de encontro com pessoas que se voluntariam, formando o grupo associado a pesquisa, sendo o locutor privilegiado dos achados que vão se fazendo ao longo do projeto. 
 16 de dezembro
Texto: Elaborar a experiência - a instrução ao sócia / Imagine que sou seu sócia
Questão histórica - Yves Clout tinha o objetivo de colocar o trabalhador como figura central, foi com esse tipo de preocupação que ele desenvolveu esse método. A apropriação da instrução ao sócia na clínica da atividade foi feita por Yves Clot, que reiventou o método dentro da teoria da clínica da atividade. 
A clínica da atividade vai além da proposta da distância entre o prescrito e o real, que seria o real da atividade. Nesse esquema clássico, o real é sinonimo de realizado. A clínica da atividade retoma esse esquema original, mas atualmente os autores da ergonomia francesa cabe o real da atividade,mas antigamente eles se referiam só realizado como 'efetivamente realizado'. Retomar o esquema original considerando em uma ponta o prescrito e na outra o realizado,fica mais fácil explicar o que é atividade. Mesmo que pra ergonomia francesa, o real não é o mesmo que realizado. 
Dinâmica - Instruções ao sócia
O método tem uma história dentro de um arcabouço teórico e metodológico, o método é uma técnica que pode servir com construção de conhecimento e intervençãose estiver em conexão com as teorias.

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