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Direito Civil III Evicção e relatividade dos contratos Aulas 9 e 10. Professora: Paula Regina P. de A. Martins Evicção ● É a perda da propriedade, posse ou uso de um bem que é atribuído a terceiro por força de sentença judicial. Desta forma, pode-se afirmar que ela consiste na perda total ou parcial de uma coisa em consequência de uma reivindicação judicial promovida pelo verdadeiro dono ou possuidor. A evicção independe de cláusula expressa e opera de pleno direito, já que deriva diretamente do contrato. ● Fundamentação: ● Arts. 447 a 457 do CC ● Art. 70, I do CPC Evicção ● Um exemplo éX a venda de um automóvel pela pessoa X a uma pessoa Y, sendo que posteriormente se verifica que na verdade o automóvel pertence à u ma pessoa Z. ● A pessoa Y pode sofrer evicção e ser obrigada por sentença judicial a restituir o automóvel a pessoa Z. ● A pessoa Y tem direito a indenização, pela pessoa X, pelo prejuízo sofrido com a evicção. Evicção ● Na evicção, as partes são: ● A) alienante: responde pelos riscos da evicção; ● B) evicto: adquirente do bem em evicção; ● C) evictor: terceiro que reivindica o bem. Evicção ● Salvo estipulação em contrário, o evicto tem direito a restituição integral do preço ou quantias pagas além de indenização dos frutos que foi obrigado a restituir; indenização de despesas com contratos e prejuízos relacionados à evicção; e indenização de custas judiciais e honorários do advogado por ele constituído. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS O princípio da relatividade dos efeitos dos contratos tem por base o fundamento de que terceiros não envolvidos na relação contratual não estão submetidos ao efeito deste (res inter alios acta neque prodest). Dessa maneira, a eficácia contratual só é aplicável às pessoas que dele participam. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Dessa forma só estão obrigadas as partes contratantes, assim vinculadas pelo pacto contratual. Caso a obrigação seja personalíssima, não se transmite aos sucessores, não os vinculando. Contudo, esse princípio não é absoluto. Pois está submetido ao já citado princípio da função social do contrato, pois o contrato possui um papel social e não pode ser ignorado por terceiros. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS O princípio da relatividade do contrato representa uma segurança às pessoas, pois ninguém ficará amarrado a um contrato, a menos que a lei o determine, ou a própria pessoa o queira. Segundo Ulhoa Coelho: “Pelo princípio da relatividade, o contrato gera efeitos apenas entre as partes por ele vinculadas, não criando, em regra, direitos ou deveres para pessoas estranhas à relação […]. (COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 18ª. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2007). RELATIVIDADE DOS CONTRATOS No contexto jurídico a palavra relativo quer exprimir o sentido de não completo, não integral, parcial, opondo-se ao sentido de absoluto, inteiro, pleno. Desta forma, podemos dizer que este princípio não é absoluto. E porque não? O princípio da relatividade dos contratos não é absoluto, pois em determinados casos, pessoas estranhas ao contrato podem ser atingidas por seus efeitos, comportando exceções a regra. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Podemos dizer que esta extensão das consequências jurídicas dos contratos em face de terceiros, se deu primordialmente, com o advento da função social do contrato. A luz da função social do contrato chegou-se a conclusão de que os contratos produzem efeitos, de duas formas distintas. O primeiro efeito, diz respeito aos próprios contratantes, que é o efeito normal. O segundo, conecta-se à coletividade anônima da sociedade, ora para protegê-la das obrigações contraídas pelos contratantes, ora para atribuir responsabilidade aos não-contratantes ofensores. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Para fins de ilustração, vamos analisar o contrato de seguro facultativo de responsabilidade civil. O contrato de seguro é conceituado como um pacto através do qual uma das partes (o segurador) se vê obrigada a resguardar interesses da outra parte (o segurado), o que se dá através do pagamento de um prêmio, por esta em favor daquela. Este interesse pode ser relativo a pessoas ou coisas, contra riscos predeterminados. A maioria dos contratos de seguro também possui cláusula protetiva contra terceiros, para os casos de acidente que prejudique outrem. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Assim, tenta cuidar-se de proteger os terceiros das obrigações contraídas pelos contratantes, ou seja, é a chamada eficácia protetiva de terceiros, que a rigor não são terceiros, mas sim partes não-subscritoras, que não participaram da formação do contrato, mas tem sua esfera jurídica por este alterada. Outra questão que podemos citar é o caso da responsabilidade por vício do produto e do serviço, previsto no Código do Consumidor, em seus artigos 18 e 20. De acordo com esta norma o fabricante é obrigado a reparar os danos decorrentes dos produtos que coloca em circulação, e de desta forma, poderá o fabricante do produto responder em face de alguém que, em momento algum, com ele estabeleceu vínculo contratual. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Vamos tomar como exemplo, um consumidor que adquire um veículo em uma Concessionária. Nesta situação, o consumidor contrata apenas com a Concessionária, e nunca diretamente com o Fabricante. Mas ainda que o consumidor não tenha contratado diretamente com o Fabricante, poderá acionar este, no caso do veículo adquirido vir a apresentar defeitos de fabricação, tendo em vista a responsabilidade citada acima. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Em nosso ordenamento jurídico atual, temos algumas figuras legais na qual, as partes, valendo-se de sua liberdade de contratar, podem estipular que os reflexos de seu contrato atinjam terceiros, como por exemplo, no caso da estipulação em favor de terceiro; na promessa de fato de terceiro; Desta forma, resta demonstrado que o princípio da relatividade dos contratos na concepção tradicional gera efeitos apenas às partes dele participantes, podendo, em via de exceção, produzir efeitos na esfera jurídica de terceiros não inseridos no vínculo contratual. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS A estipulação em favor de terceiros constitui uma exceção ao princípio da relatividade dos contratos, segundo o qual, somente as partes são alcançadas pelo contrato. Assim, ocorre estipulação em favor de terceiros quando uma pessoa convenciona com outra que esta concederá uma vantagem em favor daquele, que embora não sendo parte do contrato, receberá o benefício. Pessoas citadas no contrato, em cujo conteúdo consta benefício em favor de terceiros: a) o estipulante: determina a quem caberá o beneficio b) o promitente: promete transferir a vantagem c) o beneficiário (não pertencente ä relação contratual). RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Trata-se de contrato sui generis, artigos 436 a 438, pois a prestação não é em favor do próprio estipulante, o que seria natural, mas em benefício de outrem, que não participa da relação contratual. Em relação ao estipulante e ao promitente, devem ter capacidade para contratar e o pacto deve atender às disposições do artigo 104 do código civil. Do beneficiário não se exige capacidade civil, podendo qualquer pessoa ser contemplada com a estipulação. Este tipo de contrato só se completa no instante em que o beneficiário aceita o benefício. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS A promessa de fato de terceiro está prevista nos artigos 439 e 440 do Código Civil e ela implica no fato de que uma pessoa se compromete com outra a obter o consentimento de uma terceira pessoa na conclusão de um contrato sem ter recebido preliminarmente o consentimento desta última pessoa para a conclusão deste contrato. A eficáciadeste contrato depende da ratificação posterior da terceira pessoa que não está, a priori, obrigada a nada. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS A pessoa que se compromete com outra a obter o consentimento de uma terceira pessoa normalmente assume este compromisso porque tem um bom relacionamento com esta última, seja ele decorrente de amizade ou de laços de família. Desta forma, para realizar a venda de um imóvel que se encontra indivisível quando um dos coproprietários é ausente ou menor, os outros coproprietários se comprometem a obter sua ratificação posteriormente. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS A promessa de fato de terceiro possui uma fase de antecipação onde não existe ainda a conclusão do contrato em virtude da ausência do consentimento da terceira pessoa e uma segunda fase onde existe a decisão da terceira pessoa. Na fase de antecipação o objetivo é o de realizar um contrato válido que possa ser executado, substituindo-se a vontade de uma das partes ainda não expressa, que é justamente a da terceira pessoa. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS O contratante que se compromete a obter o comprometimento da terceira pessoa assume uma responsabilidade pessoal pelo fato prometido. Neste momento existe um contrato imperfeito e válido porque ainda não houve a ratificação pela terceira pessoa, ficando somente os contratantes obrigados. A promessa feita pela pessoa que se compromete a obter o consentimento de um terceiro para a conclusão do contrato acarreta uma intromissão no patrimônio deste último devido a uma representação desprovida de poderes a qual depende da ratificação do representado. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS Segundo o artigo 440 do Cciv, "nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. " Com a ratificação a obrigação daquele que se comprometeu em obter o consentimento do terceiro deixa de existir. O promitente assume somente a responsabilidade que ocorrerá a ratificação e não que o contrato será executado pelo terceiro. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS A falta de ratificação acarreta a responsabilidade por perdas e danos (desde que provados) do promitente frente a seu co-contratante, conforme estabelece o caput do artigo 439 do Cciv, em virtude de que este se comprometeu em obter o consentimento do terceiro. A falta de ratificação acarreta a responsabilidade contratual e ela não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens, consoante estabelece o parágrafo único do artigo 439 do CCiv. Extinção dos contratos “As obrigações, direitos pessoais, têm como característica fundamental seu caráter transitório. A obrigação visa a um escopo mais ou menos próximo no tempo. Atingida a finalidade para a qual foi criada, a obrigação extingue-se. Essa é a exata noção presente no contrato.” VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil Vol. 3. 10ª edição.São Paulo: Atlas, 2010, p 505. Extinção dos contratos Podemos dizer que todo contrato, quando se acaba, está extinto, esta palavra pode ser usada como um termo genérico para identificar o fim de todos os contratos. Extinção dos contratos pelo modo normal: Execução É quando as obrigações são todas cumpridas, as partes recebem o que prometeram umas às outras e o contrato tem seu fim alcançado e seu conteúdo esgotado. Mesmo assim, podem ainda se subdividir nas seguintes modalidades: Extinção dos contratos Execução Completa e Instantânea O contrato se extingue na hora, mesmo que o pagamento seja feito posteriormente. Por exemplo, quando você compra um computador, paga o valor à vista e o recebe em mãos (execução completa e instantânea imediata) ou quando você recebe o computador e combina de pagar metade agora e metade semana que vem (execução completa e instantânea diferida), nestes casos o contrato está executado. Extinção dos contratos Execução Completa Continuada ou Periódica O contrato exige obrigações durante um certo tempo, mas, finalizado este tempo, encerra-se o contrato. Por exemplo, quando o prédio que você mora contrata uma empresa para prestar um serviço de limpeza pelo período de um ano. Finalizado este período, o contrato está executado. Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa Acontece quando o contrato se extingue por algum fato ocorrido ou previsto, anteriormente ou contemporaneamente ao contrato. Pode ser subdivido da seguinte forma: 1) Invalidade Contratual: Verifica-se quando existe uma das causas de invalidade contratual (teoria das nulidades) previstas nos artigos 166, 167 (tornando o contrato nulo) e 171 (tornando o contrato anulável) do Código Civil como, por exemplo, se ele foi celebrado por pessoa absolutamente incapaz, o objeto dele é ilícito, impossível ou indeterminável, o motivo determinante do contrato é ilícito, tiver por objetivo fraudar a lei, houver simulação ou coação física ou ainda, Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa for assinado mediante erro, dolo, coação moral, estado de perigo, fraude contra credores, etc. Nos casos de nulidade o contrato não é capaz de gerar nenhum efeito e é considerado nulo de pleno direito (não precisando de decisão judicial) desde a data de sua formação. Isto quer dizer que nada que o contrato gerou tem validade, devendo tudo voltar ao status quo ante (situação anterior). Já nos casos de anulação, os efeitos somente cessam a partir da data em que a anulação for declarada em juízo. Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa 2) Cláusula de Arrependimento: Ocorre quando, no contrato, já existe uma cláusula possibilitando o arrependimento de uma das partes. São proibidas em alguns contratos em razão de proteção legal (ao consumidor, e ao trabalhador, por exemplo). Com a cláusula de arrependimento, não há qualquer descumprimento no contrato e está convencionado que, caso uma das partes decida, por qualquer motivo que seja, extinguir o contrato, terá este direito potestativo (ou seja, sem contestação pela outra parte). Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa Ainda assim é possível que se estabeleça uma multa penitencial, que o desistente terá que pagar caso desista do contrato; multa esta que não se confunde com a cláusula penal, que é o valor pago por uma das partes quando descumpre o contrato. Cumprida a cláusula de arrependimento, o contrato está extinto. Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa 3) Cláusula Resolutiva Expressa: Ocorre quando o contrato traz uma cláusula que o extingue no caso de acontecer um evento futuro e incerto (condição). Funciona assim: uma cláusula do contrato assegura que, caso o pagamento não seja feito até o dia X, o negócio restará desfeito e, por consequência, o contrato estará resolvido. Extinção dos contratos por fato anterior ou contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção Simples e Resolução Expressa Entende-se que esta cláusula também se opera de pleno direito (sem necessidade de decisão judicial) e sem necessidade de notificar a parte que não cumpriu com a obrigação, porém, nos casos de compromisso de compra e venda de imóveis loteados, arrendamento mercantil e leasing a jurisprudência entende que é necessária a notificação para constituira parte devedora em mora. Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) Esta modalidade de extinção está ligada ao descumprimento do contrato (Resolução) e à possibilidade legal de desistir do contrato (Resilição). Podem ser assim divididas: 1) Resolução por inexecução voluntária: Acontece quando uma das partes, por culpa ou dolo, não executa suas obrigações no contrato, podendo o credor exigir em juízo a resolução do contrato por este motivo (ou seu cumprimento forçado), devendo a parte inadimplente o ressarcir pelas perdas e danos sofridos – danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) estéticos e outros danos imateriais. Imprescindível citar que existe a Teoria do Adimplemento Substancial, que diz que, caso o contrato tenha sido executado em sua maioria (por exemplo, tenha sido feito 90% do pagamento devido) não caberia a extinção do contrato, apenas alguns ressarcimentos, visando sempre a manutenção dos contratos. Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) 2) Resolução por Inexecução Involuntária: É o caso em que ocorre a impossibilidade do cumprimento da obrigação em decorrência de caso fortuito (evento totalmente imprevisível) ou força maior (evento previsível, mas inevitável). Neste caso, a parte credora não poderá pleitear perdas e danos, somente podendo requerer em juízo a devolução dos valores pagos e o retorno ao status quo ante (situação anterior à formação do contrato). Há, porém, exceções em que, mesmo nestes casos, haverá o devedor de indenizar as perdas e danos (artigos 399, 393 e 583 do Código Civil por exemplo). Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) 3) Resolução por Cláusula Resolutiva Tácita: Diferente da cláusula resolutiva expressa, que é contemporânea ao contrato, esta ocorre posteriormente e, por virtude de lei, gera a resolução do contrato caso haja um evento futuro e incerto, geralmente relacionado ao inadimplemento contratual por uma das partes. Esta cláusula necessita de decisão judicial para ser reconhecida. Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) Um exemplo de cláusula resolutiva tácita é a exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus). O artigo 476 do Código Civil trata do tema e diz que nos contratos bilaterais (onde há obrigações para as duas partes) uma parte somente pode cobrar da outra o cumprimento do contrato se também houver cumprido sua obrigação, ou seja, como defesa em ação judicial de cobrança, uma das partes pode alegar a exceptio non adimpleti contractus dizendo que não está pagando o contrato porque a outra não cumpriu com sua obrigação, exigindo assim a resolução do contrato. Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) 4) Resolução por Onerosidade Excessiva: Nos contratos de execução continuada ou periódica (em que as obrigações avançam no tempo), caso a prestação de uma das partes se demonstre excessivamente onerosa, criando extrema vantagem a outra parte, em decorrência de um evento extraordinário e imprevisível (uma Guerra Mundial, um desastre natural, uma revolução no governo, etc) é possível que o devedor peça em juízo a resolução do contrato, sendo que os efeitos da sentença retroagirão à data da citação. Extinção dos contratos por fato posterior à sua celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e resilição) 5) Resilição Bilateral: É quando as partes, por mútuo acordo, resolvem por fim ao contrato, fazendo um novo instrumento (que deve ter a mesma forma do contrato original, sob pena de nulidade). Este novo instrumento contratual tem o nome de distrato. 6) Resilição Unilateral: Somente acontece nos casos em que a lei permite (por exemplo: na locação, na prestação de serviços, no mandato, no comodato, no depósito, na doação, na fiança, etc). A resilição unilateral é fato jurídico em que uma das partes do contrato, por exercício de um direito potestativo (ou seja, sem contestação da outra parte), notifica a outra dizendo de sua desistência em continuar na relação contratual. Extinção dos contratos por morte: Cessação. Por fim, existe a extinção dos contratos pela morte de um dos contratantes, chamada de cessação. Pela regra geral, as obrigações assumidas por um contratante se transmitem a seus herdeiros a partir do momento de sua morte. Ocorre que existem algumas obrigações que, por serem personalíssimas, geram a extinção do contrato de pleno direito (ou seja, sem a necessidade de decisão judicial) quando uma das partes falece. Extinção dos contratos por morte: Cessação Como exemplo existe o contrato de fiança, que não transmite aos herdeiros a obrigação de continuar como fiadores no contrato principal. Também é um exemplo o contrato de prestação de serviços artísticos, por exemplo, que com a morte do artista contratado (cantor, pintor etc.) extingue-se o contrato, devendo serem devolvidos os valores eventualmente pagos, deduzidos das despesas já efetuadas, pois o contrato se extingue no exato momento da morte do contratante nestes casos.
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