Buscar

evicção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Civil III
Evicção e relatividade dos contratos
Aulas 9 e 10.
Professora: Paula Regina P. de A. Martins
Evicção
● É a perda da propriedade, posse ou uso de um bem que é 
atribuído a terceiro por força de sentença judicial. Desta 
forma, pode-se afirmar que ela consiste na perda total ou 
parcial de uma coisa em consequência de uma 
reivindicação judicial promovida pelo verdadeiro dono ou 
possuidor. A evicção independe de cláusula expressa e 
opera de pleno direito, já que deriva diretamente do 
contrato.
● Fundamentação:
● Arts. 447 a 457 do CC
● Art. 70, I do CPC
Evicção
● Um exemplo éX a venda de um automóvel pela 
pessoa X a uma pessoa Y, sendo que posteriormente 
se verifica que na verdade o automóvel pertence à u 
ma pessoa Z. 
● A pessoa Y pode sofrer evicção e ser obrigada 
por sentença judicial a restituir o automóvel a pessoa 
Z. 
● A pessoa Y tem direito a indenização, pela pessoa X, 
pelo prejuízo sofrido com a evicção.
Evicção
● Na evicção, as partes são:
● A) alienante: responde pelos riscos da evicção;
● B) evicto: adquirente do bem em evicção;
● C) evictor: terceiro que reivindica o bem.
Evicção
● Salvo estipulação em contrário, o evicto tem direito a 
restituição integral do preço ou quantias pagas além 
de indenização dos frutos que foi obrigado a restituir; 
indenização de despesas com contratos e prejuízos 
relacionados à evicção; e indenização de custas 
judiciais e honorários do advogado por ele 
constituído. 
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
O princípio da relatividade dos efeitos dos 
contratos tem por base o fundamento de que 
terceiros não envolvidos na relação contratual 
não estão submetidos ao efeito deste (res inter 
alios acta neque prodest). 
Dessa maneira, a eficácia contratual só é 
aplicável às pessoas que dele participam.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Dessa forma só estão obrigadas as partes contratantes, 
assim vinculadas pelo pacto contratual. Caso a 
obrigação seja personalíssima, não se transmite aos 
sucessores, não os vinculando.
Contudo, esse princípio não é absoluto. Pois está 
submetido ao já citado princípio da função social do 
contrato, pois o contrato possui um papel social e não 
pode ser ignorado por terceiros.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
O princípio da relatividade do contrato representa uma 
segurança às pessoas, pois ninguém ficará amarrado a 
um contrato, a menos que a lei o determine, ou a própria 
pessoa o queira.
Segundo Ulhoa Coelho: “Pelo princípio da relatividade, 
o contrato gera efeitos apenas entre as partes por ele 
vinculadas, não criando, em regra, direitos ou deveres 
para pessoas estranhas à relação […]. (COELHO, 
Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de 
Empresa. 18ª. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2007).
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
No contexto jurídico a palavra relativo quer exprimir o 
sentido de não completo, não integral, parcial, 
opondo-se ao sentido de absoluto, inteiro, pleno.
Desta forma, podemos dizer que este princípio não é 
absoluto.
E porque não? O princípio da relatividade dos contratos 
não é absoluto, pois em determinados casos, pessoas 
estranhas ao contrato podem ser atingidas por seus 
efeitos, comportando exceções a regra.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
 Podemos dizer que esta extensão das consequências 
jurídicas dos contratos em face de terceiros, se deu 
primordialmente, com o advento da função social do 
contrato.
A luz da função social do contrato chegou-se a 
conclusão de que os contratos produzem efeitos, de 
duas formas distintas. O primeiro efeito, diz respeito 
aos próprios contratantes, que é o efeito normal. O 
segundo, conecta-se à coletividade anônima da 
sociedade, ora para protegê-la das obrigações 
contraídas pelos contratantes, ora para atribuir 
responsabilidade aos não-contratantes ofensores.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Para fins de ilustração, vamos analisar o contrato de 
seguro facultativo de responsabilidade civil. O contrato 
de seguro é conceituado como um pacto através do qual 
uma das partes (o segurador) se vê obrigada a 
resguardar interesses da outra parte (o segurado), o que 
se dá através do pagamento de um prêmio, por esta em 
favor daquela. Este interesse pode ser relativo a pessoas 
ou coisas, contra riscos predeterminados. A maioria dos 
contratos de seguro também possui cláusula protetiva 
contra terceiros, para os casos de acidente que 
prejudique outrem.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
 Assim, tenta cuidar-se de proteger os terceiros das 
obrigações contraídas pelos contratantes, ou seja, é a chamada 
eficácia protetiva de terceiros, que a rigor não são terceiros, mas 
sim partes não-subscritoras, que não participaram da formação do 
contrato, mas tem sua esfera jurídica por este alterada.
Outra questão que podemos citar é o caso da responsabilidade por 
vício do produto e do serviço, previsto no Código do 
Consumidor, em seus artigos 18 e 20. De acordo com esta norma 
o fabricante é obrigado a reparar os danos decorrentes dos 
produtos que coloca em circulação, e de desta forma, poderá o 
fabricante do produto responder em face de alguém que, em 
momento algum, com ele estabeleceu vínculo contratual.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Vamos tomar como exemplo, um consumidor 
que adquire um veículo em uma Concessionária. 
Nesta situação, o consumidor contrata apenas 
com a Concessionária, e nunca diretamente com 
o Fabricante. Mas ainda que o consumidor não 
tenha contratado diretamente com o Fabricante, 
poderá acionar este, no caso do veículo adquirido 
vir a apresentar defeitos de fabricação, tendo em 
vista a responsabilidade citada acima.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Em nosso ordenamento jurídico atual, temos algumas 
figuras legais na qual, as partes, valendo-se de sua 
liberdade de contratar, podem estipular que os reflexos 
de seu contrato atinjam terceiros, como por exemplo, 
no caso da estipulação em favor de terceiro; na 
promessa de fato de terceiro; 
Desta forma, resta demonstrado que o princípio da 
relatividade dos contratos na concepção tradicional gera 
efeitos apenas às partes dele participantes, podendo, em 
via de exceção, produzir efeitos na esfera jurídica de 
terceiros não inseridos no vínculo contratual.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
A estipulação em favor de terceiros constitui uma exceção 
ao princípio da relatividade dos contratos, segundo o qual, 
somente as partes são alcançadas pelo contrato. Assim, 
ocorre estipulação em favor de terceiros quando uma pessoa 
convenciona com outra que esta concederá uma vantagem 
em favor daquele, que embora não sendo parte do contrato, 
receberá o benefício.
Pessoas citadas no contrato, em cujo conteúdo consta 
benefício em favor de terceiros:
a) o estipulante: determina a quem caberá o beneficio
b) o promitente: promete transferir a vantagem
c) o beneficiário (não pertencente ä relação contratual).
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Trata-se de contrato sui generis, artigos 436 a 438, pois a 
prestação não é em favor do próprio estipulante, o que seria 
natural, mas em benefício de outrem, que não participa da 
relação contratual.
Em relação ao estipulante e ao promitente, devem ter 
capacidade para contratar e o pacto deve atender às 
disposições do artigo 104 do código civil.
Do beneficiário não se exige capacidade civil, podendo 
qualquer pessoa ser contemplada com a estipulação.
Este tipo de contrato só se completa no instante em que o 
beneficiário aceita o benefício.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
A promessa de fato de terceiro está prevista nos 
artigos 439 e 440 do Código Civil e ela implica 
no fato de que uma pessoa se compromete com 
outra a obter o consentimento de uma terceira 
pessoa na conclusão de um contrato sem ter 
recebido preliminarmente o consentimento desta 
última pessoa para a conclusão deste contrato. A 
eficáciadeste contrato depende da ratificação 
posterior da terceira pessoa que não está, a priori, 
obrigada a nada. 
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
A pessoa que se compromete com outra a obter o 
consentimento de uma terceira pessoa 
normalmente assume este compromisso porque 
tem um bom relacionamento com esta última, 
seja ele decorrente de amizade ou de laços de 
família. Desta forma, para realizar a venda de um 
imóvel que se encontra indivisível quando um 
dos coproprietários é ausente ou menor, os outros 
coproprietários se comprometem a obter sua 
ratificação posteriormente.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
A promessa de fato de terceiro possui uma fase 
de antecipação onde não existe ainda a conclusão 
do contrato em virtude da ausência do 
consentimento da terceira pessoa e uma segunda 
fase onde existe a decisão da terceira pessoa.
Na fase de antecipação o objetivo é o de realizar 
um contrato válido que possa ser executado, 
substituindo-se a vontade de uma das partes 
ainda não expressa, que é justamente a da 
terceira pessoa.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
O contratante que se compromete a obter o 
comprometimento da terceira pessoa assume uma 
responsabilidade pessoal pelo fato prometido. Neste 
momento existe um contrato imperfeito e válido porque 
ainda não houve a ratificação pela terceira pessoa, 
ficando somente os contratantes obrigados.
A promessa feita pela pessoa que se compromete a obter 
o consentimento de um terceiro para a conclusão do 
contrato acarreta uma intromissão no patrimônio deste 
último devido a uma representação desprovida de 
poderes a qual depende da ratificação do representado.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Segundo o artigo 440 do Cciv, "nenhuma 
obrigação haverá para quem se comprometer 
por outrem, se este, depois de se ter obrigado, 
faltar à prestação. " Com a ratificação a 
obrigação daquele que se comprometeu em obter 
o consentimento do terceiro deixa de existir. O 
promitente assume somente a responsabilidade 
que ocorrerá a ratificação e não que o contrato 
será executado pelo terceiro. 
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
A falta de ratificação acarreta a responsabilidade por perdas 
e danos (desde que provados) do promitente frente a seu 
co-contratante, conforme estabelece o caput do artigo 439 do 
Cciv, em virtude de que este se comprometeu em obter o 
consentimento do terceiro.
A falta de ratificação acarreta a responsabilidade contratual 
e ela não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, 
dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde 
que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum 
modo, venha a recair sobre os seus bens, consoante 
estabelece o parágrafo único do artigo 439 do CCiv.
Extinção dos contratos
“As obrigações, direitos pessoais, têm como 
característica fundamental seu caráter transitório. 
A obrigação visa a um escopo mais ou menos 
próximo no tempo. Atingida a finalidade para a 
qual foi criada, a obrigação extingue-se. Essa é a 
exata noção presente no contrato.”
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil Vol. 3. 
10ª edição.São Paulo: Atlas, 2010, p 505.
Extinção dos contratos
Podemos dizer que todo contrato, quando se acaba, está extinto, 
esta palavra pode ser usada como um termo genérico para 
identificar o fim de todos os contratos. 
Extinção dos contratos pelo modo normal: Execução
É quando as obrigações são todas cumpridas, as partes recebem o 
que prometeram umas às outras e o contrato tem seu fim 
alcançado e seu conteúdo esgotado.
Mesmo assim, podem ainda se subdividir nas seguintes 
modalidades:
Extinção dos contratos
Execução Completa e Instantânea
O contrato se extingue na hora, mesmo que o 
pagamento seja feito posteriormente. Por exemplo, 
quando você compra um computador, paga o valor à 
vista e o recebe em mãos (execução completa e 
instantânea imediata) ou quando você recebe o 
computador e combina de pagar metade agora e 
metade semana que vem (execução completa e 
instantânea diferida), nestes casos o contrato 
está executado.
Extinção dos contratos
Execução Completa Continuada ou Periódica
O contrato exige obrigações durante um certo 
tempo, mas, finalizado este tempo, encerra-se o 
contrato. Por exemplo, quando o prédio que 
você mora contrata uma empresa para prestar 
um serviço de limpeza pelo período de um ano. 
Finalizado este período, o contrato 
está executado.
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
Acontece quando o contrato se extingue por algum fato 
ocorrido ou previsto, anteriormente ou contemporaneamente 
ao contrato. Pode ser subdivido da seguinte forma:
1) Invalidade Contratual:
Verifica-se quando existe uma das causas de invalidade 
contratual (teoria das nulidades) previstas nos 
artigos 166, 167 (tornando o contrato nulo) e 171 (tornando 
o contrato anulável) do Código Civil como, por exemplo, se 
ele foi celebrado por pessoa absolutamente incapaz, o objeto 
dele é ilícito, impossível ou indeterminável, o motivo 
determinante do contrato é ilícito, tiver por objetivo fraudar 
a lei, houver simulação ou coação física ou ainda, 
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
for assinado mediante erro, dolo, coação moral, estado 
de perigo, fraude contra credores, etc. Nos casos de 
nulidade o contrato não é capaz de gerar nenhum 
efeito e é considerado nulo de pleno direito (não 
precisando de decisão judicial) desde a data de sua 
formação. Isto quer dizer que nada que o contrato 
gerou tem validade, devendo tudo voltar ao status quo 
ante (situação anterior). Já nos casos de anulação, os 
efeitos somente cessam a partir da data em que a 
anulação for declarada em juízo.
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
2) Cláusula de Arrependimento:
Ocorre quando, no contrato, já existe uma cláusula 
possibilitando o arrependimento de uma das partes. São 
proibidas em alguns contratos em razão de proteção 
legal (ao consumidor, e ao trabalhador, por exemplo). 
Com a cláusula de arrependimento, não há qualquer 
descumprimento no contrato e está convencionado que, 
caso uma das partes decida, por qualquer motivo que 
seja, extinguir o contrato, terá este direito potestativo 
(ou seja, sem contestação pela outra parte). 
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
Ainda assim é possível que se estabeleça uma 
multa penitencial, que o desistente terá que 
pagar caso desista do contrato; multa esta que 
não se confunde com a cláusula penal, que é o 
valor pago por uma das partes quando 
descumpre o contrato. Cumprida a cláusula de 
arrependimento, o contrato está extinto.
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
3) Cláusula Resolutiva Expressa:
Ocorre quando o contrato traz uma cláusula que 
o extingue no caso de acontecer um evento 
futuro e incerto (condição). Funciona assim: 
uma cláusula do contrato assegura que, caso o 
pagamento não seja feito até o dia X, o negócio 
restará desfeito e, por consequência, o contrato 
estará resolvido.
Extinção dos contratos por fato anterior ou 
contemporâneo à sua celebração: Anulação, Extinção 
Simples e Resolução Expressa
Entende-se que esta cláusula também se opera de 
pleno direito (sem necessidade de decisão 
judicial) e sem necessidade de notificar a parte 
que não cumpriu com a obrigação, porém, nos 
casos de compromisso de compra e venda de 
imóveis loteados, arrendamento mercantil e 
leasing a jurisprudência entende que é necessária 
a notificação para constituira parte devedora em 
mora.
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
Esta modalidade de extinção está ligada ao 
descumprimento do contrato (Resolução) e à 
possibilidade legal de desistir do contrato (Resilição). 
Podem ser assim divididas:
1) Resolução por inexecução voluntária:
Acontece quando uma das partes, por culpa ou dolo, não 
executa suas obrigações no contrato, podendo o credor 
exigir em juízo a resolução do contrato por este motivo 
(ou seu cumprimento forçado), devendo a parte 
inadimplente o ressarcir pelas perdas e danos sofridos 
– danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, 
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
estéticos e outros danos imateriais. 
Imprescindível citar que existe a Teoria do 
Adimplemento Substancial, que diz que, caso o 
contrato tenha sido executado em sua maioria (por 
exemplo, tenha sido feito 90% do pagamento devido) 
não caberia a extinção do contrato, apenas alguns 
ressarcimentos, visando sempre a manutenção dos 
contratos.
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
2) Resolução por Inexecução Involuntária:
É o caso em que ocorre a impossibilidade do 
cumprimento da obrigação em decorrência de caso 
fortuito (evento totalmente imprevisível) ou força 
maior (evento previsível, mas inevitável). Neste caso, 
a parte credora não poderá pleitear perdas e danos, 
somente podendo requerer em juízo a devolução dos 
valores pagos e o retorno ao status quo ante (situação 
anterior à formação do contrato). 
Há, porém, exceções em que, mesmo nestes casos, 
haverá o devedor de indenizar as perdas e danos 
(artigos 399, 393 e 583 do Código Civil por exemplo).
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
3) Resolução por Cláusula Resolutiva Tácita:
Diferente da cláusula resolutiva expressa, que é 
contemporânea ao contrato, esta ocorre 
posteriormente e, por virtude de lei, gera a 
resolução do contrato caso haja um evento futuro 
e incerto, geralmente relacionado ao 
inadimplemento contratual por uma das partes. 
Esta cláusula necessita de decisão judicial para 
ser reconhecida.
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
Um exemplo de cláusula resolutiva tácita é a exceção de 
contrato não cumprido (exceptio non adimpleti 
contractus). O artigo 476 do Código Civil trata do tema 
e diz que nos contratos bilaterais (onde há obrigações 
para as duas partes) uma parte somente pode cobrar da 
outra o cumprimento do contrato se também houver 
cumprido sua obrigação, ou seja, como defesa em ação 
judicial de cobrança, uma das partes pode alegar 
a exceptio non adimpleti contractus dizendo que não 
está pagando o contrato porque a outra não cumpriu 
com sua obrigação, exigindo assim a resolução do 
contrato.
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
4) Resolução por Onerosidade Excessiva:
Nos contratos de execução continuada ou periódica 
(em que as obrigações avançam no tempo), caso a 
prestação de uma das partes se demonstre 
excessivamente onerosa, criando extrema vantagem 
a outra parte, em decorrência de um evento 
extraordinário e imprevisível (uma Guerra Mundial, 
um desastre natural, uma revolução no governo, etc) 
é possível que o devedor peça em juízo a resolução 
do contrato, sendo que os efeitos da sentença 
retroagirão à data da citação.
Extinção dos contratos por fato posterior à sua 
celebração: Rescisão (termo que inclui a resolução e 
resilição)
5) Resilição Bilateral:
É quando as partes, por mútuo acordo, resolvem por fim ao 
contrato, fazendo um novo instrumento (que deve ter a mesma 
forma do contrato original, sob pena de nulidade). Este novo 
instrumento contratual tem o nome de distrato.
6) Resilição Unilateral:
Somente acontece nos casos em que a lei permite (por 
exemplo: na locação, na prestação de serviços, no mandato, no 
comodato, no depósito, na doação, na fiança, etc). A resilição 
unilateral é fato jurídico em que uma das partes do contrato, 
por exercício de um direito potestativo (ou seja, sem 
contestação da outra parte), notifica a outra dizendo de sua 
desistência em continuar na relação contratual. 
 Extinção dos contratos por 
morte: Cessação.
Por fim, existe a extinção dos contratos pela morte de 
um dos contratantes, chamada de cessação.
Pela regra geral, as obrigações assumidas por um 
contratante se transmitem a seus herdeiros a partir do 
momento de sua morte. Ocorre que existem algumas 
obrigações que, por serem personalíssimas, geram a 
extinção do contrato de pleno direito (ou seja, sem a 
necessidade de decisão judicial) quando uma das partes 
falece.
Extinção dos contratos por 
morte: Cessação
Como exemplo existe o contrato de fiança, que não 
transmite aos herdeiros a obrigação de continuar como 
fiadores no contrato principal. Também é um exemplo o 
contrato de prestação de serviços artísticos, por 
exemplo, que com a morte do artista contratado (cantor, 
pintor etc.) extingue-se o contrato, devendo serem 
devolvidos os valores eventualmente pagos, deduzidos 
das despesas já efetuadas, pois o contrato se extingue no 
exato momento da morte do contratante nestes casos.

Outros materiais