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Ação de Arguição de Direito Constiucional Seção 5

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EXCELENTISSÍMO (A) SENHOR (A) MINISTRO (A) DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, com sede em Brasília/DF à rua...nº...., CEP, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, §1º da CF e na Lei 9.882/99, propor a presente:
AÇÃO DE ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
(com pedido de medida cautelar)
Com o objetivo de que seja reconhecida ofensa ao preceito fundamental do juiz natural, pelo Decreto Y/2019, promulgado pelo GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, para a nomeação do senhor Martiniano Santos para o cargo de Secretário Estadual de Meio Ambiente, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DA LEGITIMIDADE ATIVA:
Como dispõe o artigo 2º, inc I da Lei 8.882/99, podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental os legitimados para propor a ação direta de incostitucionalidade, dentre os quais se inclui o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, conforme previsão do artigo 103, VII da CF.
Resta clara, portanto, a legitimidade ativa do Conselho autor para propor ao representante ação.
DO CABIMENTO DA ADPF:
A argüição de descumprimento de preceito fundamental tem previsão no artigo 102 §1º da CF e é regida pela Lei 9.882/99, que assim dispõe:
A ADPF é portanto a ação direta cabível para realização de controle de abstrato e concentrado de constitucionalidade de ato de Poder Publico, que resulte em ofensa a preceito constitucional fundamental, sempre que a lesitividade não puder ser sanada por meio de outra ação.
Dissertar sobre a ADPF...
DO ATO IMPUGNADO
A Lei 8.992/99 exige, dentre outros requisitos, que a petição inicial contenha a indicação do ato questionado, no artigo 3º, II.
Como já apontado, o ato impugnado pela presente ação é o Decreto Y/2019 promulgado pelo GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, para nomear o senhor Martiniano Santos para o cargo de Secretario Estadual do Meio Ambiente.
O ato impugnado representa grave ofensa ao preceito fundamental do juiz natural, na medida em que revela utilização de prerrogativa do Governador do Estado de nomear Secretário de Estado em intuito de burlar o sistema de repartição constitucional de competência, violando assim princípios basilares da Republica, como o principio da isonomia e do Estado Democrático de Direito.
D PRECEITO FUNDAMENTAL VIOLADO- O DESRESPEITO AO PRINCIPIO DO JUIZ NATURAL (artigo 5º, XXXVII e LII, da CF/88)
Considerando, pois, que o principio do juiz natural decorre de preposições constitucionais expressas, topograficamente localizadas no mais conhecido rol dos direitos fundamentais da Constituição vigente, inequívoca sua qualificação, como um preceito fundamental.
Tal principio consolida a idéia de que a competência jurisdicional de ser estabelecida mediante regras rígidas para garantir a independência e imparcialidade do julgador.
Sabe-se que a CF, ao mesmo tempo que consagra o principio do juiz natural, também prevê hipóteses de foro especial por prerrogativa de função, contidas nos artigos 29,X; 102,I,’b’ e ‘c’; 105, I, ‘a’ e 108, I, ‘a’. Apesar das controvérsias acerca dessa prerrogativa, é certo que ela somente pode ser aplicada nesses casos expressamente previstos em lei, sob pena de configurar grave violação ao preceito do juiz natural, da isonomia e ameaça ao Estado Democrático de Direito.
Excelentissimos Ministros, em que pese a CF autorizar a prerrogativa de foro, em alguma hipóteses ele de forma alguma autoriza que qualquer individuo, independentemente de cargo ou função que ocupe, venha a escolher o juízo pelo qual será julgado.
Tal situação pode ser comprovada mediante as provas documentais em anexo, que demonstram com clareza que o senhor Martiniano Santos esta sendo acusado do cometido crime, e que o senhor Governador tinha conhecimento deste fato.
DO PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR
Nos termos do artigo 5º,§1º da Lei 9.882/99, o Ministro relator, em caso de extrema urgência, pode conceder monocraticamente a liminar em ADPF, com posterior referendo do Plenário. O deferimento da medida tem como pressuposto a configuração de fumus boni iuris e do periculum in mora, e tem o condão de suspender liminarmente o ato impugnado.
No presente caso, estão presentes ambos os requisitos da medida cautelar, motivo pelo qual seu deferimento é medida que se impõe.
O caso, portanto é de extrema urgência, que necessariamente demanda aplicação do artigo 5º,§1º da Lei 9.882/99. Em face disso, requer-se a concessão de medida liminar para suspender os efeitos do Decreto Y/201, e, conseqüentemente ao posse agendada.
DOS PEDIDOS
Diante do disposto, requer-se:
Liminarmente, a concessão de medida cautelar para suspender a vigência e efeitos do Decreto Y/2019, que nomeou o senhor Martiniano Santos ao cargo de Secretário Estadual do Meio Ambiente, bem como para impedir a sua posse agendada para o dia 15/02/2019.
Seja notificado o senhor o senhor Governador do Estado de Pernambuco para que preste as informações que entender necessárias.
Seja julgado procedente a presente ADPF para declarar a inconstitucionalidade do Decreto Y/2019
Nestes termos, pede deferimento.
Brasilia, data e ano.
ASSINATURA
(PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA OAB)
OAB/DF...

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