Buscar

Questionário para AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

� INCLUDEPICTURE "http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTlzEsfAOs7FECPBSYbP4fZ1u_R0PVj8ClaiZWCstsE3GSAzZYC" \* MERGEFORMATINET ����Curso de Direito
Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������História do Direito Brasileiro
Prof.: Lucas Victor Silva�Disciplina:
CCJ0002��Trab:
001�Aluno:
Waldeck Lemos de Arruda Júnior�Folha:
�PAGE \* MERGEFORMAT �1� de �NUMPAGES \* MERGEFORMAT �9��Data:
10/04/2012��
� INCLUDEPICTURE "http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTlzEsfAOs7FECPBSYbP4fZ1u_R0PVj8ClaiZWCstsE3GSAzZYC" \* MERGEFORMATINET ����Curso de Direito
Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������História do Direito Brasileiro
Prof.: Lucas Victor Silva�Disciplina:
CCJ0002��Trab:
001�Aluno:
Waldeck Lemos de Arruda Júnior�Folha:
�PAGE \* MERGEFORMAT �9� de �NUMPAGES \* MERGEFORMAT �9��Data:
14/03/2012��
Questionário para AV1
	
	Responder
	1. Disserte sobre documentos jurídicos (tratados, cartas régias, forais, etc) e sobre a estrutura jurídica portuguesa trazida quando do período colonial.
RESPOSTA: Alguns autores indicam a Bula Inter Coetera (de 1493) e o Tratado de Tordesilhas (de 1494) como sendo os documentos que trazem a posição de primeiros documentos jurídicos que afetaram o que é hoje o Brasil. Mesmo antes da viagem de Colombo houve um Tratado celebrado entre Portugal e Espanha em 6 de março de 1480, o Tratado de Toledo, que dava a Portugal a exclusividade de águas e terras ao sul das Canárias.
Como Portugal tinha a necessidade de tomar posse de suas terras na América para não perdê-las a solução encontrada foi uma espécie de privatização da colonização: As Capitanias Hereditárias.
Nesse momento houve o surgimento dos primeiros documentos jurídicos – as Cartas de Doação que indicavam a condição de posse das capitanias. Os donatários recebiam, também, os Forais que indicavam os seus direitos (recebimento de taxas, distribuição de terras, nomeação de autoridades administrativas e juízes) e deveres (todas as despesas da colonização e a ajuda a povoadores). Os donatários eram obrigados a seguir as leis do Reino e as Cartas Forais que delimitavam suas funções. Os forais eram importantes documentos jurídicos da época do Brasil Colonial, pois elas indicavam os direitos e deveres dos donatários.
“A Carta de Foral, no Brasil como em Portugal e noutras partes do Império Português, tratava, entre outras coisas, dos tributos a serem pagos pelos colonos, ou aqueles de que destes ficavam isentos. O seu nome é originário de o documento régio estabelecer os foros (direitos, deveres, liberdades e garantias) dos povoadores ou habitantes de uma terra a ser fundada, ou que recebia mercê nova por seu desenvolvimento. Assim, cada carta de Foral estabelecia os direitos e deveres particulares desses colonos, habitantes ou povoadores na vida municipal, exercício da Justiça, privilégios da terra, organização social e administrativa, etc. Definia ainda o que pertencia à Coroa e ao senhor donatário, quando o houvesse. Geralmente, se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do pau-brasil e de especiarias. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando-se assim colonos. Uma Carta de Foral, ou Foral, é o documento real de concessão de aforamento ou foro jurídico próprio, isolado, diverso, aos habitantes medievais de uma povoação européia (no caso português, também a qualquer nova localidade fundada no seu Império) que se queria libertar ou manter livre do poder senhorial ou feudal, erigindo-se em conselho, com autonomia municipal, ou seja, colocando-se no domínio e jurisdição exclusivas da Coroa Portuguesa, sob proteção pessoal específica concedida pelo Rei, mas sem ser incorporada no domínio patrimonial senhorial da Casa Real. O foral concedia terras baldias para uso coletivo da comunidade, regulava impostos, postagens, taxas, multas, estabelecia direitos de proteção e obrigações militares para serviço real. As cartas régias de foral concederam-se em Portugal desde o século XII ao XVI. As concessões de foral podiam também ser coletivas, copiando-se os forais de umas terras para as outras, como procedeu D. Manuel I. A concessão de um foral constituiu muitas vezes uma medida de fomento, visando incentivar o povoamento em terras difíceis de desbravar e incrementar as culturas menos rendosas, como a da vinha, pela concessão, ao cultivador, de garantias de liberdade e dignidade pessoal que compensassem os seus esforços, numa época em que grande parte da população é ainda serva da gleba ou escrava. O foral de Arouca foi dado pela Rainha Santa Mafalda”.
Quanto à estrutura jurídica Brasil colônia, principalmente depois da Ordenação Filipina, podemos descrever o seguinte:
• Ouvidor – além das funções administrativas cabia-lhe conhecer e julgar os processos cíveis e criminais.
• Juiz Ordinário ou da Terra – eleito entre os homens bons, tinham como função processar e julgar os processos cíveis e criminais.
• Juiz de Vintena – cabia-lhe julgar em processo verbal as questões de pequena monta.
• Almotacéis – competia-lhes questões sobre servidões urbanas e nunciações de obras novas.
• Juiz de Fora – substituía o juiz ordinário nas causas cíveis cujo valor não ultrapassasse mil réis nos bens móveis e nas localidades de até 200 casas.
• Juiz de Órfãos – cabia-lhe processar e julgar inventários, partilhas, causas decorrentes deles ou em que fosse parte deles menores ou incapazes, assim como as causas envolvendo tutela e curatela. 
Para o segundo e terceiro graus de jurisdição o órgão máximo era a Casa da Suplicação, com sede em Lisboa. Outros eram: o Desembargo do Paço, a Casa do Porto, a Mesa da Consciência e Ordens, o Conselho Ultramarino, a Junta de Comércio, o Conselho do Almirantado, o Tribunal da Junta dos Três Estados, o Régio Tribunal ou Fazenda e o Tribunal do Santo Ofício.
	Responder
	2. A estrutura jurídica portuguesa não foi a única presente no Brasil colonial. Flávia Lages Castro descreveu algumas destas construções jurídicas alternativas à legalidade trazida pela Coroa Portuguesa. Descreva estas outras culturas jurídicas.
RESPOSTA: O Direito sob o domínio holandês no nordeste brasileiro. Entre os anos de 1580 e 1640, Portugal se encontrava sob o domínio espanhol, sob o comando do rei Felipe II. Unindo a questão da incompatibilidade religiosa e a necessidade sempre crescente de afluxo de dinheiro, o rei Felipe adotou uma postura extorsiva no tocante aos impostos cobrados dos flamengos que se rebelaram, e fundaram um novo país na Europa, a “República das Províncias Unidas”. Este país já nascia como a maior potência comercial do mundo, possuindo uma frota de navios mercantes bem maior que a soma dos navios de todos os outros países.
Os flamengos eram os distribuidores dos produtos coloniais na Europa e financiadores de empresas nas colônias. O nascimento da República das Províncias Unidas não ocorreu de forma pacífica, durante toda a segunda metade do século XVI eles lutaram contra Felipe II pela independência. Essa luta gerou a proibição tácita do rei Felipe II dos holandeses comercializarem com quaisquer de suas possessões, incluindo-se a região do açúcar no Brasil.
O fracasso da primeira tentativa de invasão ao território brasileiro não desanimou a Companhia das Índias Ocidentais, órgão holandês que detinha um monopólio – dado pelo governo da República das Províncias Unidas – do comércio da África e da América.
Com a conquista de quatro importantes capitanias pelos holandeses: a de Pernambuco, a de Itamaracá, a da Paraíba e a do Rio Grande do Norte, iniciou-se o período conhecido como “Brasil Holandês”. 
Os holandeses do nordeste brasileiro adaptarama estrutura jurídico-administrativa seguindo o modelo das instituições políticas holandesas. Foram instalados os Conselhos de Escabinos em substituição às Câmaras Municipais.
A legislação da Holanda deste período bem como a legislação que os holandeses impuseram na região brasileira que dominaram é pouco conhecida.
Havia pena de morte para alguns delitos. A pena de morte era executada de várias maneiras como enforcamento, morte pela espada, pela fogueira, entrega aos índios, esquartejamento.
Outras penas, um pouco menos severas. Eram aplicadas para extorsão, jogos de azar, incesto e adultério.
Eram considerados delitos também não plantar o número de covas de madioca ordenado por lei, vender carne ou matar gado sem licença, casar-se ou amigar-se com índios, realização por padre católico de casamento sem a observância das determinações do governo holândes, escarnecer o judeu, cristão de outra denominação ou blasfemar.
	Responder
	3. Observe a estrutura da organização judiciária do Brasil, no Século XVI, e escolha a alternativa que descreve CORRETAMENTE características pessoais e/ou funcionais do Juiz Ordinário:
(a) Homem bom, nativo, que presidia também a Câmara Municipal.
(b) Bacharel em direito indicado pelo Rei.
(c) Apreciavam questões relativas aos interesses de menores, inventários e tutorias.
(d) Apreciava demandas acerca de terras.
RESPOSTA: (a) Homem bom, nativo, que presidia também a Câmara Municipal.
	Responder
	4. Como sabemos, o filme Desmundo é um significativo documentário sobre a formação da sociedade colonial da América portuguesa. Reveja as suas anotações, relacione o filme ao texto de Flávia Lages e disserte sobre como o filme permite refletirmos sobre a construção jurídica colonial.
RESPOSTA: O filme “Desmundo” mostra o início da formação da sociedade colonial da América portuguesa e a situação de inferioridade e submissão vivida pelas mulheres no Brasil Colonial.
Ele revela que a mulher no Brasil colonial não é dona nem de seu corpo, nem de sua alma. Ela é apenas um objeto, usado pelo seu marido para suprir seus desejos.
Porém Oribela, uma das jovens órfãs enviadas para o Brasil com o objetivo de contraírem matrimônio e assim manterem a raça européia pura, ao contrário de muitas mulheres que não contestavam o poder do patriarca, mostrou-lhe resistência ao fugir duas vezes. Entretanto, logo foi encontrada e novamente submetida à severa opressão.
Nota-se a partir do filme, que a mulher no Brasil Colonial se comportava de maneira submissa, e desta forma, representava um ser inferior na família patriarcal. Além disso, ele mostrou que um simples olhar ou um toque não intencional a outro homem poderia resultar em violência, como por exemplo, na cena que Oribela leva uma surra de seu marido.
Portanto, percebe-se, conforme foi abordado no filme, que só cabe ao ser insignificante da mulher obedecer ao todo poderoso patriarca.
	Responder
	5. Depois da leitura e da pesquisa procedida na bibliografia indicada, responda as questões abaixo:
Nos textos que se seguem, encontramos, em primeiro lugar, alguns exemplos de leis que, durante séculos, regulamentaram a economia brasileira. Em seguida, temos fragmentos de um Decreto, a "Carta Régia" de janeiro de 1808.
Texto 1 - As Leis:
1591: decreto fecha os portos do Brasil aos navios estrangeiros.
1603: o governo português decreta o monopólio real da pesca da baleia.
1642: a Coroa portuguesa estabelece o monopólio sobre o tabaco.
1658: é imposto pela Coroa o monopólio do sal.
1682: o governo português cria a Companhia de comércio do Maranhão.
1731: Carta Régia estabelece o monopólio sobre a extração de diamantes.
1785: o governo português proíbe as manufaturas de tecidos no Brasil.
RESPOSTA: Todas as leis são de Restrição.
Texto 2: Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, promulgada pelo príncipe regente D. João [...] ”Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros,fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, [...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]”
A)- Que mudanças podemos identificar analisando as leis, elencadas no texto 1, e o Decreto de 1808?
RESPOSTA: monarquia burguesa restringe. O Reino controla e restringe a atividade econômica da colônia.
B)- Analise as situações políticas de Portugal e do Brasil que levaram à promulgação da Carta Régia de 1808.
RESPOSTA: O Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas foi uma carta régia promulgada pelo Príncipe-regente de Portugal Dom João de Bragança, no dia 28 de Janeiro de 1808, em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos, no contexto da Guerra Peninsular. Foi a primeira Carta Régia promulgada pelo Príncipe-regente no Brasil, o que se deu apenas quatro dias após sua chegada, com a família real e a nobreza portuguesa, em 24 de janeiro de 1808.
Por esse diploma era autorizada a abertura dos portos do Brasil ao comércio com as nações amigas de Portugal, do que se beneficiou largamente o comércio britânico. Foi a primeira experiência liberal do mundo após a Revolução Industrial.
A carta marcou o fim do Pacto Colonial, o qual na prática obrigava a que todos os produtos das colônias passassem antes pelas alfândegas em Portugal, ou seja, os demais países não podiam vender produtos para o Brasil, nem importar matérias-primas diretamente das colônias alheias, sendo forçados a fazer negócios com as respectivas metrópoles.
Para poder ter sua independência em relação a França Napoleônica, Portugal precisou da escolta britânica para fugir ao Brasil sob a condição de que fossem abertos os portos para as nações amigas, pondo fim ao pacto colonial, passando a ser possível o comércio direto dos produtos brasileiros.
C)- Como podemos relacionar o Decreto de 1808 e os tratados com a Grã-Bretanha em 1810?
RESPOSTA:
A transferência da família real foi realizada nos patrocínios da Inglaterra que em plena Revolução Industrial auferiu vantagens econômicas em troca do apoio político e militar a Dinastia de Bragança. Nesse contexto, ocorrem a Carta Régia de abertura dos portos (1808) e, em 1810, a assinatura do Tratado de Aliança Amizade, Comércio e Navegação, vantajoso para a Inglaterra. Lei da Continuidade - com o estreitamento dos laços entre Inglaterra e Portugal e a influência da Inglaterra cada vez maior para o Brasil.
	Responder
	6. Reflita sobre as conseqüências para o Brasil e para sua estrutura jurídica da invasão napoleônica na península ibérica em 1807 e da transferência da família real portuguesa em 1808.
RESPOSTA:
Consequências:
Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, decorrente da pressão exercida em virtude do avanço das tropas francesas na Europa e a expansão do império Napoleônico, o Brasil é elevado de colônia à condição de Reino Unido, com foque no surgimento e desenvolvimento do ensino jurídico brasileiro. Foi considerável o crescimento do Brasil.
Vejamos algumas das vantagens que esta opção estratégica trouxe para este território, então português, visto numa perspectiva brasileira:
1. De repente, sem guerra e do modo mais honroso, acabaram os tempos coloniais; em 1808, o Brasil não somente cessou de ser colônia, mas se tornou até o centro da monarquia portuguesa e, em 1815, foi oficialmente elevado á categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves.
2. Nossa pátria foi preservada dos horrores das guerras civis e da anarquia, que assolaram todas as republicas da America do Sul quando realizaram a sua independência; sem a providencial chegada da família real, os mesmos fragelos podiam nos acabrunhar também.
3. OBrasil todo, desde o extremo norte até o extremo sul ficou unificado num só bloco, adquiriu coesão em todas as suas partes; até então, a autoridade do Vice‑rei, se extendia pouco além do Rio; separadas umas das outras, as capitanias que não dependiam do Vice‑rei e obedeciam cada uma de seu lado, ao Conselho Ultramarino e á Mesa de Consciência de Lisboa. Com a vinda de D. João, a atenção e as vontades dos Brasileiros em peso se dirigiram para a nova capital, para o coração do próprio país. Foi a mais natural centralização política, o convergimento das forças sociais e das atividades para o mesmo foco, a fusão das antigas capitanias numa só nação, homogêneas em tudo: língua, religião, aspirações, tendências, nação dotada de vida própria e já emancipada da antiga metrópole. Essa vinda de D. João foi o acontecimento que mais contribuiu para rematar e intensificar a admirável e preciosa coesão do povo brasileiro, apesar da imensidade de nosso rico território; para nós, essa união é um dos mais fatores de progresso, uma causa de força e um motivo de patriótico jubilo. [...].
4. O franqueamento completo de nossos portos para o comercio, 1.º decreto assinado por D. João em terra brasileira.
5. A autorização dada aos navios de Brasil de ir para qualquer país estrangeiro, outorgada em 1814.
6. O livre exercício de qualquer industria, mesmo a de ourives, permitido a 1.º de abril de 1808.
7. A proteção para a indústria nacional e dos inventores de máquinas novas e a preferência concedida aos produtos nacionais para as compras do governo.
8. O fomento agrícola por meio de prêmios dados aos que aclimatassem no Brasil plantas exóticas úteis á indústria ou ao comercio.
9. No Rio, a criação da Imprensa Régia, com nosso primeiro periódico, um diário, chamado Gazeta; de uma Escola anatômica cirúrgica e médica, de um laboratório químico, de um instituto de vacinação, do Jardim Botânico perto da Lagoa de Rodrigo de Freitas, de uma Biblioteca Pública, das Academias de Marinha, de Ciências e de Belas Artes; uma fabrica de pólvora, na Lagoa de Rodrigo de Freitas, transferida mais tarde para lugar mais apropriado na raiz da Serra da Estrela; o calçamento e a iluminação das ruas; o aumento da cidade além do Campo de Sant’Anna, etc.
A população do Rio deve a D. João um serviço de grande utilidade para a alimentação pública: foi ele que mandou vir sardinhas da França e povoou os viveiros de sua Quinta do Cajú, donde se espalharam pela Bahia e fora, fornecendo ótimo e abundante alimento.
10. A Relação do Rio foi elevada a Casa de Suplicação; criou uma Junta de Comercio e o Banco do Brasil com o capital de 1200 contos de reis distribuídos em 1200 ações, isentas de penhora, etc.
11. As províncias melhoraram também com a fundação de duas novas Relações, uma no Maranhão e outra em Pernambuco; de uma tipografia na Cidade do Salvador e na autonomia local concedida às capitanias do Espírito Santo (1812), Piauí (1814), Santa Catarina (1817), Rio Grande do Norte (1817) e Sergipe (1820); etc.
	Responder
	7. A Assembléia Constituinte foi marcada por uma disputa entre D. Pedro I e a aristocracia rural. Nessa assembléia havia três grupos com idéias diferentes: o grupo português, que era composto por comerciantes militares e que defendia a monarquia absolutista para D. Pedro I; o grupo brasileiro (ala moderada),formado pela aristocracia rural que defendia a centralização e maior limitação aos poderes monárquicos; e, ainda, outro grupo brasileiro, mais radical que o anteriormente citado, que possuía facções da aristocracia rural - principalmente nordestina - menos privilegiada. A grande disputa ocorreu em torno da limitação do poder de D. Pedro I, já que este queria poderes absolutos, o que contrariava as idéias da aristocracia rural. Como resultado, surgiu o projeto de “Constituição da Mandioca” cujas características fundamentais eram: uma monarquia constitucional com 3 poderes; limite ao poder do imperador; valorização do parlamento que não podia ser vetado pelo próprio imperador. Porém, esse projeto não vingou, já que a Assembléia foi dissolvida e uma nova Constituição foi elaborada por um Conselho de confiança escolhido por D. Pedro I.
Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros, que redigiu a Primeira Constituição brasileira. Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, ela foi outorgada em 25 de março de 1824.
Analise as assertivas abaixo e marque a opção que apresenta com correção as características da Constituição de 1824:
I. A centralização do poder e um governo monárquico e hereditário.
II. O catolicismo como religião oficial do país.
III. O estabelecimento do sufrágio universal.
IV. A existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judicial e moderador.
(a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas.
(b) apenas as assertivas I, III e IV são corretas.
(c) apenas as assertivas II, III e IV são corretas.
(d) todas as assertivas são corretas.
RESPOSTA: (a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas.
	Responder
	8. Numa aula sobre a estrutura política do Império brasileiro, o professor apresentou a seus alunos o trecho da Constituição de 1824 e a charge reproduzidos abaixo.
Constituição Política do Império do Brasil (1824) (Adaptado de: Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824)
CAPITULO I. Do Poder Moderador.
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.
Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma.
(...)
Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador.
I. Nomeando os Senadores (...).
V. Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral, e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado; convocando imediatamente outra, que a substitua.
VI. Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado.
VII. Suspendendo os Magistrados (...). 3.
NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil para principiantes: de Cabral a Cardoso, 500 anos de novela.
São Paulo: Ática, 1997. p. 150.
Depois de pedir aos alunos que lessem os artigos da Constituição selecionados, o professor apresentou a charge acima, com as devidas ressalvas quanto ao anacronismo presente na caricatura. A seguir, sugeriu à turma que relacionasse a Constituição de 1824 à interpretação da charge. Ao final da aula, os alunos resumiram suas discussões às quatro afirmações apresentadas abaixo.
I - A charge confirma a Constituição de 1824, que garante amplos poderes ao Imperador.
II - A charge contesta o texto da Constituição, que estabelece a submissão do Estado à Igreja.
III - A charge contraria o texto da Constituição, que afirma o caráter Sagrado da pessoa do Imperador.
IV - A charge ratifica o texto da Constituição de 1824, que assegura a supremacia do Poder Moderador sobre os demais poderes.
Estão corretas APENAS as afirmativas:
(a) I e II 
(b) I e III 
(c) I e IV
(d) II e III
(e) III e IV
RESPOSTA: (c) I e IV
	Responder
	9. Disserte sobre as características do regime político instaurado através da Constituição de 1824 comentando as seguintes questões:
a) Regime político;
b) Divisão de poderes;
c) O poder moderador;
d) direito ao voto no Império do Brasil.
RESPOSTA: Visando oferecer uma aparência liberal, a Constituição de 1824 empreendeu a divisão de poderes políticos entre Legislativo, Executivo e Judiciário. Entretanto, a mesma lei que oficializava essas esferas de poder autônomo, também instituiu a criação do chamado Poder Moderador. Exercido unicamente pela figura do imperador, esse poder tinha a capacidade de desfazer e anular as decisões tomadas pelos outros poderes. Desse modo, nosso governo combinava ambíguostraços de liberalismo e absolutismo.
O sistema eleitoral era organizado por meio de eleições indiretas, onde os eleitores de paróquia votavam nos chamados eleitores de província. Esses, por sua vez, votavam na escolha dos deputados e senadores. Para exercer tais direitos, o cidadão deveria pertencer ao sexo masculino e ter mais de 25 anos de idade. Além disso, deveria comprovar uma renda mínima de 100 mil-réis anuais para poder votar. Desse modo, percebemos que o sistema eleitoral do império excluía grande parte da população.
Tomada por suas desigualdades, a Constituição de 1824 estava longe de cumprir qualquer ideal de isonomia entre a população brasileira. O imperador tinha amplos poderes em suas mãos e poderia exercê-lo segundo suas próprias demandas. Não por acaso, vemos que essa época foi tomada por intensas discussões políticas e revoltas que iam contra essa estrutura de poder fortemente centralizada. De fato, essa constituição só perdeu a sua vigência ao fim do período imperial.
	Responder
	10. Do ponto de vista das punições, quais as mudanças existentes entre as penas previstas pelas Ordenações Filipinas (castigo exemplar) e as penas previstas pelo código criminal de 1830.
RESPOSTA: As penas previstas nas Ordenações Filipinas eram consideradas severas e bastante variadas, destacando-se o perdimento e o confisco de bens, o desterro, o banimento, os açoites, morte atroz (esquartejamento) e morte natural (forca). Mas, como típica sociedade estatal da época, não poderia ser submetida às penas infamantes ou vis os que gozassem de privilégios, como os fidalgos, os cavaleiros, os doutores em cânones ou leis, os médicos, os juízes e os vereadores.
É de salientar que a aplicação do direito no vasto espaço territorial do Brasil-Colônia não fazia parte das preocupações portuguesas, já que o objetivo da Metrópole era principalmente assegurar o pagamento dos impostos e tributos aduaneiros, mas mesmo assim as Ordenações Filipinas foram a base do direito no período colonial e também durante a época do império no Brasil. Foi a partir da nossa Independência, em 1822, que os textos das Ordenações Filipinas foram sendo paulatinamente revogados, mas substituídos por textos que, de certa forma, mantinham suas influências. Primeiro surgiu o Código Criminal do Império de 1830, que substituiu o Livro V das Ordenações; em seguida foi promulgado, em 1832, o Código de Processo Criminal, que reformou o processo e a magistratura; em 1850 surgiram o Regulamento 737 (processo civil) e o Código Comercial. Os Livros I e II perderam a razão de existir a partir das Revoluções do Porto em 1820 e da Proclamação da Independência brasileira.
Nas Ordenações Filipinas as punições (castigo exemplar) ou seja, os castigos físicos – incluindo a pena de morte - podiam ser acompanhada por tortura, decepamento de membros e esquartejamento. No Código Criminal de 1830 (Código Criminal do Império) - a pena de morte é mantida, mas só pela forca, sem tortura ou exposição dos cadáveres. Na justiça militar, vale o fuzilamento.
	Responder
	11. Nos códigos comercial e penal, a figura do escravo aparece como “coisa” e como “pessoa”. Disserte sobre estes usos jurídicos que aparecem na ordem constitucional imperial.
RESPOSTA: A situação jurídica do escravo negro era diversa dos demais homens, pois ele não era considerado pela lei como ser humano, mas era designado como “coisa”, não passava de um objeto de propriedade. Tanto é que sobre eles são admissíveis institutos jurídicos utilizados para tutelar os bens, como usufruto, condomínio e um conjunto de direitos dominicais (inerentes ao domínio). O escravo era um ser sem personalidade, considerado um bem, era desprovido de toda sua capacidade civil. Direitos consagrados, atualmente, pela Carta Maior em seu artigo 5 e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos essenciais a todos os homens eram totalmente desconsiderados em relação aos escravos para eles não existia liberdade, tampouco igualdade em direitos e dignidade.
__________________________________
Waldeck Lemos de Arruda Junior
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0002/Trab-001-Questionário/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0002/Trab-001-Questionário/WLAJ/DP

Outros materiais