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Competências e transferências

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CCN 5321 – Contabilidade Tributária I Prof. Leandro Luis Daros Página 1 de 7 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO SÓCIO ECONÔMICO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I 
 
 
Texto 1 – Competências e Transferências 
Constitucionais 
 
 
 Nas últimas décadas, a humanidade passou por um período de evolução que 
contribuiu para a melhoria da qualidade de vida da população. Isso está evidenciado 
no aumento da perspectiva de vida, no acesso da população à educação, lazer e 
saúde. Ainda que grande parte desse desenvolvimento possa ser atribuída ao 
progresso da ciência, não se pode negar a participação do Estado como fomentador 
de políticas públicas que melhoraram o padrão de vida da sociedade. 
 A oferta de bens e serviços pelo Estado à sociedade, que proporcionam a 
melhoria no padrão de vida da população, acontece por meio dos serviços públicos. 
Esses serviços públicos são prestados para atender as necessidades da população 
com saúde, habitação segurança, transporte, justiça, entre outros. Conceitualmente, 
os serviços públicos podem ser classificados conceitualmente em gerais e 
particulares. Os serviços públicos gerais são aqueles que o Estado presta sem que 
haja uma exigência e benefício individual do cidadão. Esses serviços atendem a toda 
a coletividade e são financiados por impostos e não por taxas. 
 O Código Tributário Nacional classifica os tributos em três espécies: 
• Impostos: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica ao contribuinte; 
• Taxas: têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto ao contribuinte à sua disposição; 
• Contribuição de Melhoria: é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado; 
 São exemplos de serviços públicos gerais: a defesa nacional pelas forças 
armadas, os serviços de prevenção de doenças e epidemias e os serviços judiciais. 
Os serviços públicos particulares são aqueles que o indivíduo solicita 
espontaneamente, ou é obrigado a solicitar, ou ainda os que são colocados à sua 
disposição. Pela sua característica de atenderem indivíduos específicos os serviços 
públicos particulares são financiados por taxas e não por impostos. São exemplos de 
serviços públicos particulares a taxa para emissão de carteira de motorista (o cidadão 
solicita) e a coleta de lixo (colocado a sua disposição). 
CCN 5321 – Contabilidade Tributária I Prof. Leandro Luis Daros Página 2 de 7 
 
 Existem várias formas de financiamento para o Estado atender as 
necessidades da população por meio dos serviços públicos. Nos primórdios, os 
Estados/países apropriavam-se da riqueza de outros povos por meio de invasões e 
guerras. Logo após, com a expansão da navegação, a escravidão nas terras 
conquistadas passou a ser uma forma de financiar os Estados. Atualmente, a maior 
parte dos recursos arrecadados provém da cobrança de tributos arrecadados do povo. 
 Por volta do ano de 1217 na Inglaterra, a família real cobrava tributos para 
satisfazer as suas necessidades. O rei como soberano, podia cobrar o que quisesse, 
de acordo com sua própria conveniência, já que todos os bens pertenciam ao rei. Os 
súditos, inconformados com essa situação, criaram a Carta Magna de João Sem 
Terra, como forma de limitar os poderes do rei na cobrança de impostos. Segundo a 
Carta Magna de João Sem Terra, o rei não poderia mais cobrar impostos sem a 
autorização do Conselho dos Comuns (espécie de parlamento da época) que tinha 
que aprovar a cobrança de novos impostos e determinar sua aplicação. 
 Com a criação do Conselho dos Comuns e posteriormente a aceitação do rei 
das decisões tomadas pelo parlamento, surgiu o Bill of Rights, por meio do qual o 
parlamento tinha o poder de criar e autorizar a arrecadação de impostos e também 
controlar as despesas do governo. Surgia, então, o primeiro orçamento público nos 
moldes conhecidos atualmente, onde o parlamento (Poder Legislativo) controla e 
fiscaliza os gastos que o Executivo realiza em benefício da sociedade. 
 
COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS DIRETAS 
 
 Atualmente, no Brasil, há uma repartição da competência para instituir e cobrar 
tributos entre a União, Estados e Municípios. A Constituição Federal (CF) a partir do 
artigo 153 apresenta os impostos que podem ser instituídos por cada ente da 
federação. Esses impostos são cobrados diretamente pela União, Estados e 
Municípios dos contribuintes. 
 
a) Impostos de competência da União – art. 153 da CF 
I - importação de produtos estrangeiros (II); 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados (IE); 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados (IPI); 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos 
ou valores mobiliários (IOF); 
VI - propriedade territorial rural (ITR); 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
Atenção: O imposto sobre grandes fortunas necessita ser regulamentado por lei 
complementar. Assim, apesar de constar na Constituição Federal, a União ainda não 
instituiu esse imposto. 
 
 Na competência da União, os principais impostos são o imposto de renda e o 
imposto sobre produtos industrializados que têm grande poder de arrecadação. Os 
CCN 5321 – Contabilidade Tributária I Prof. Leandro Luis Daros Página 3 de 7 
 
demais impostos: importação, exportação, IOF e ITR, têm menor potencial de 
arrecadação e geralmente são utilizados pelo governo federal para a regulação 
econômica do mercado. 
 
b) Impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal – art. 155 CF 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou 
direitos (ITCMD); 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior (ICMS); 
III - propriedade de veículos automotores (IPVA). 
 Na competência estadual, destaca-se o ICMS como principal imposto 
arrecadado e de grande influência na economia, já que é cobrado sobre a circulação 
de mercadoria e a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação. Destaca-se que o ICMS é um imposto não cumulativo, ou seja, o 
imposto cobrado nas operações de compra é compensado na venda do produto, 
sendo cobrado sobre o valor agregado à mercadoria. 
 
c) Impostos de competência dos Municípios – art. 156 da CF 
I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU); 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de 
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais 
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de 
direitos a sua aquisição (ITBI); 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 
155, II, definidos em lei complementar (ISS); 
 Nos impostos de competência municipal, o IPTU geralmente tem mais 
representatividade em cidades maiores e o ISS naqueles municípios que onde há 
grande variedade de prestação de serviços. Contudo, como veremos adiante, a maior 
parcela dos recursos dos municípios é oriunda de transferências, principalmente em 
cidades menores e do interior. 
 A Tabela 1 resume as competências de cada ente da federação no que diz 
respeito à cobrança de impostos. 
 
UNIÃO ESTADOS DISTRITO FEDERAL* MUNICÍPIOS 
Imposto de 
Importação ITCMD ITCMD IPTU 
Imposto de 
Exportação ICMS ICMS ITBI 
Imposto de Renda IPVA IPVA ISS 
CCN 5321 – Contabilidade TributáriaI Prof. Leandro Luis Daros Página 4 de 7 
 
UNIÃO ESTADOS DISTRITO FEDERAL* MUNICÍPIOS 
IPI IPTU 
IOF ITBI 
ITR ISS 
* Por determinação constitucional o Distrito Federal (DF) não é dividido em municípios. 
Dessa forma, o DF tem competência para instituir também os impostos municipais. 
 
TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS 
 
 Ao mesmo tempo em que a Constituição Federal determina a competência de 
cada ente da federação de instituir impostos, também determina que alguns impostos 
devem ser repartidos com outros entes da federação. O objetivo da constituição com 
essa repartição foi diminuir as desigualdades entre as várias regiões do país. 
 
Note que até agora falamos apenas de impostos que são cobrados pela União, 
Estados e Municípios e não foi feita nenhuma referência às contribuições sociais. 
Essas contribuições, de grande poder arrecadatório, como a CPMF, PIS, COFINS e 
tantas outras, são cobradas somente pela União e não são repartidas com os Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
 
As transferências constitucionais estão expressas na Constituição Federal e 
determinam a repartição dos recursos arrecadados de duas formas: 
� dos impostos cobrados pela União com os Estados e Municípios; 
� dos impostos cobrados pelos Estados com os Municípios. 
 
a) Transferências constitucionais dos impostos da União, para os Estados, 
Distrito Federal e Municípios 
 Uma parcela dos impostos cobrados pela União devem ser repartidos 
(transferidos) para os Estados, Distrito Federal de Municípios conforme consta na 
Constituição Federal. 
 
• Imposto de Renda Retido na Fonte 
 A Constituição Federal em seu art. 157 e 158 determina que pertencem aos 
Estados e Municípios o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e 
proventos de qualquer natureza sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias e pelas fundações que 
instituírem e mantiverem. Assim, todo o imposto de renda que for retido na fonte pelos 
Estados, Distrito Federal e Municípios são receitas desses entes. 
 
CCN 5321 – Contabilidade Tributária I Prof. Leandro Luis Daros Página 5 de 7 
 
Quando os Estados, Distrito Federal e Municípios retêm na fonte o imposto de renda 
dos salários de seus servidores, essa retenção torna-se receita do Estado, Distrito 
Federal e Município sem necessidade de repassar o recurso à União. O mesmo 
acontece quando Estados, Distrito Federal e Municípios fazem a retenção de imposto 
de renda sobre a prestação de serviços que lhes são prestados. 
 
Apesar de se falar de transferência constitucional nesse caso do imposto de renda, 
não se trata especificamente de uma transferência, já que a União simplesmente abre 
mão do recurso (imposto de renda) quando ele é cobrado na fonte por Estados, 
Distrito Federal e Municípios sem que haja de fato um processo de transferência. 
 
• Fundo de Participação 
 A União deve destinar mensalmente o percentual de 48% do produto da 
arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados para a constituição do Fundo de Participação de Estados e 
Municípios. 
Assim, do total arrecadado com esses dois impostos (imposto de renda e produtos 
industrializados) a União destina 48% para a formação de um fundo. A distribuição dos 
recursos acontece na seguinte proporção: 
a) 21,5% (vinte e um inteiros e cinco décimos por cento) ao Fundo de Participação 
dos Estados e do Distrito Federal; 
b) 23,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) ao Fundo de 
Participação dos Municípios; 
c) 3% (três por cento), para aplicação em programas de financiamento ao setor 
produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições 
financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de 
desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos 
recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer. 
 
• Desoneração das exportações 
 Com o objetivo de incentivar Estados exportadores, a Constituição Federal 
prevê que do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados (IPI), 
a União entregará 10% (dez por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, 
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. 
Além do IPI, a União também deve indenizar (mensalmente) os Estados e o Distrito 
Federal pela isenção concedida pela Lei Kandir do ICMS (imposto estadual) sobre 
mercadorias destinadas ao exterior. Contudo, salienta-se, que na prática os recursos 
transferidos pela União para os Estados e Distrito Federal não tem sido no montante 
adequado. 
 
• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 
 A CIDE (de competência da União) foi uma contribuição de intervenção no 
domínio econômico criada pela Lei 10.336/01 (e alterações posteriores) que incide 
sobre o preço dos combustíveis, criada para, entre outros, financiar programas de 
infra-estrutura de transportes a conservação e manutenção das estradas brasileiras. 
 A União deve destinar do produto da arrecadação da contribuição de 
intervenção no domínio econômico 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o 
CCN 5321 – Contabilidade Tributária I Prof. Leandro Luis Daros Página 6 de 7 
 
Distrito Federal, distribuídos na forma da lei. Destaca-se que os Estados e o Distrito 
Federal devem também aplicar os recursos que receberem da CIDE em programas de 
infra-estrutura de transportes a conservação e manutenção das estradas. 
 
Quando você, ou alguém de sua família, vai ao posto de combustível abastecer o 
carro está pagando, embutido no preço do combustível, o valor referente à CIDE que 
deveria ser aplicado em programas de infra-estrutura de transportes a conservação e 
manutenção das estradas. Então, quando algumas pessoas dizem que são favoráveis 
a cobrança de pedágios nas rodovias, é bom lembrá-las que o valor do pedágio, para 
conservação e manutenção das rodovias, já é pago todas as vezes que abastecemos 
nossos automóveis. 
 
• Impostos residuais 
 A União deve entregar aos Estados e Distrito Federal 20% (vinte por cento) do 
produto da arrecadação do imposto que instituir no exercício da competência residual. 
 
Competência Residual: competência que a União, e somente ela, dispõe para, 
mediante lei complementar, criar novos impostos não previstos, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos já 
discriminados na Constituição. 
 
Como a União nunca instituiu novo imposto por meio de sua competência residual, os 
Estados e o Distrito Federal não recebem essa transferência constitucional. 
 
• Imposto Territorial Rural - ITR 
 O produto da arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR) de competência da 
União deve ser repartido com os municípios onde os imóveis estiverem situados na 
proporção de 50% (cinqüenta por cento), cabendo a totalidade (100%) na hipótese ser 
fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que 
não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia. 
 
• Ouro como definido como ativo financeiro 
 A Constituição Federal estabelece que o ouro, quando definido em lei como 
ativo financeiro ou instrumento cambial, se sujeita exclusivamente à incidência do IOF 
devido na operação de origem. A alíquota mínima será de 1% (um por cento), 
assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
� 30% (trinta por cento) para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, 
conforme a origem; 
� 70% (setenta por cento) para o Município de origem. 
 
b) Transferências constitucionais dos impostos dos Estados para os 
Municípios 
 Os Estados devem transferir parte dos impostos que arrecadam para os 
Municípios situados dentro de sua região geográfica conformeestabelece a 
Constituição Federal. 
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• Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA 
 Os Estados devem repassar aos municípios 50% (cinqüenta por cento) do 
produto da arrecadação do imposto de competência estadual sobre a propriedade de 
veículos automotores (IPVA) licenciados em seus territórios. 
 Assim, apesar do IPVA ser um imposto estadual, metade desse imposto 
retorna ao município onde o veículo foi licenciado (emplacado). Por esse motivo, é 
comum observarmos, principalmente em municípios próximos a grades cidades, 
campanhas publicitárias incentivando as pessoas e emplacarem seus carros em seus 
municípios de origem. 
 
• Imposto sobre a circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação 
(ICMS) 
 A Constituição Federal estabelece que os Estados entreguem 25% (vinte e 
cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto estadual sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação aos municípios. O cálculo da parcela 
a cada um dos municípios tem o seguinte critério: 
� ¾ (três quartos) para o município onde está localizado o contribuinte do 
imposto ou onde aconteceu o fato gerador (no caso de energia elétrica ou 
telecomunicações); 
� ¼ (um quarto) geralmente segundo critério definido em lei estadual, que pode, 
por exemplo, ser o do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ou seja, 
municípios mais pobres recebem maior retorno do ICMS. 
 
• Desoneração das exportações 
 Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por 
cento) dos recursos que receberem da União referente ao imposto de produtos 
industrializados de desoneração das exportações, assim como 25% do ICMS recebido 
em função da indenização da Lei Kandir. 
 
• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 
 Os Estados entregarão aos seus respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por 
cento) dos recursos que receberem da União referente contribuição de intervenção no 
domínio econômico (CIDE).

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