Metodologia Científica_Gabarito 42 Questões

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GABARITO COMENTADO SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
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GABARITO COMENTADO SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
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PERSPECTIVA QUANTITATIVA 
 
1B- O principal aspecto da pesquisa empírica é a observação de eventos, ou seja, a construção de conhecimento se dá por meio da 
coleta e da análise de dados. 
 
2D- A ciência natural representa uma forma sistemática de produção de conhecimento calcada na verificação empírica de suas 
teorias que certamente apresentam falhas, e por isso estão sujeitas a críticas. 
 
3A- A principal característica do método científico é a produção de conhecimento teórico calcado no dados coletados. Ou seja, a 
partir de um conjunto limitado de observações deve-se realizar inferências que permitam o pesquisar ir além dos dados coletados. 
 
4C- Toda inferência é calcada em uma amostra derivada de uma população. A representatividade da amostra em relação à sua 
população é fundamental para que se possa confiar nas conclusões derivadas dessa amostra. 
 
5D- Como a pesquisa empírica envolve coleta de dados, é importante que o problema a ser investigado pro essa modalidade de 
pesquisa possa ser quantificado de alguma forma. 
 
6D- A observação naturalística consiste apenas em observar o fenômeno na forma mais natural, sem qualquer interferência ou 
inferência por parte do observador. Esse método é muito utilizado por etólogos na observação de comportamento animal em seu 
habitat natural. 
 
7A- A pesquisa correlacionais caracteriza-se por tentar descobrir associações entre duas variáveis (por exemplo, X e Y). Técnicas 
estatísticas podem estimar o tipo e a força dessa associação. Nesse caso, o parâmetro correlacional apresenta dois indicadores. O 
valor da correlação indica a força da associação entre as duas variáveis e pode variar de 0,0 a 1,0. Quanto maior for o valor, mais 
forte é a associação. O sinal do parâmetro correlacional indica a sua natureza e pode ser positivo (correlação positiva) ou negativo 
(correlação negativa). Quando a correlação for positiva, diz-se que as duas variáveis (X e Y) guardam uma relação diretamente 
proporcional, ou seja, as duas variáveis apresentam o mesmo comportamento. Dessa forma, se uma sobe a outra também sobe. Se 
uma desce a outra também desce. Quando a correlação é negativa, diz-se que as duas variáveis (X e Y) guardam uma relação 
inversamente proporcional, ou seja, as duas variáveis apresentam comportamento oposto. Dessa forma, se uma sobe a outra desce e 
vice-versa. 
 
8C- O coeficiente de correlação varia de –1,00 a 1,00. Coeficiente com valor positivo indica que, se uma variável tende a 
aumentar, a outra variável também deve aumentar. Um coeficiente negativo indica que, se uma variável tende a aumentar, a outra 
variável tende a diminuir. Uma boa correlação entre duas variáveis não indica, necessariamente, uma relação de causa e efeito 
entre essas duas variáveis. 
 
9D- A presença de uma correlação entre duas variáveis não indica necessariamente que elas mantém relação de causa e efeito. 
Pode-se apenas concluir que elas estão associadas. Entretanto, calcado nessa associação, é possível prever o comportamento de 
uma variável, conhecendo-se o valor da outra, mesmo que estas duas variáveis não guardem relação de causa e efeito. Essa 
característica da correlação é denominada de regressão. 
 
10D- A pesquisa descritiva descreve características do uma questao que está sendo investigada. São exemplos de pesquisa 
descritiva a pesquisa de opinião ou pesquisa documental (análise de documentos). Já pesquisa experimental caracteriza-se pela 
manipulação das variáveis em estudo, com a finalidade de estabelecer relações de causalidade. 
 
11B-Pesquisas que busca investigar associações entre variáveis não são exploratórias. Podem ser correlacional ou experimental. 
 
12B- A pesquisa experimental testa relações de causa e efeito manipulando uma das variáveis e observado o efeito dessa 
manipulação sobre outra variável. A variável manipulada recebe o nome de Variável Independente. 
 
13E- O método experimental caracteriza-se pelo estudo de relações de causa e efeito entre variáveis. Se a variável “X” produz 
algum efeito na variável “Y”, então a manipulação da variável “X” deve produzir uma alteração na variável “Y”. A variável que é 
 
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manipulada (“X”) recebe o nome de variável independente, enquanto a variável que é observada (“Y”) recebe o nome de variável 
dependente. Dessa forma, se o tipo de liderança do supervisor altera o desempenho dos funcionários, a liderança do supervisor é a 
variável independente enquanto o desempenho dos funcionários é a variável dependente. 
 
14E- O método experimental busca descobrir relações de causa e efeito entre duas variáveis. Em um experimento, a variável 
manipulada pelo experimentador recebe o nome de variável independente. A variável que é observada e registrada recebe o nome 
de variável dependente. No entanto, podem existir variáveis estranhas capazes de exercer os mais variados efeitos sobre a variável 
dependente. Para que se possa ter certeza de que a variável dependente sofre o efeito da variável independente é necessário que se 
tenha um grupo controle onde a variável independente não é manipulada. Dessa forma, TODO EXPERIMENTO deve ter pelo 
menos DOIS GRUPOS: o grupo experimental, no qual os sujeitos são expostos à variável independente e o grupo controle, onde os 
sujeitos não são expostos à variável independente. O objetivo do grupo experimental é o de investigar se realmente a variável 
independente produz algum efeito na variável dependente. Por outro lado, o objetivo do grupo controle é o de controlar o efeito de 
possíveis variáveis estranhas sobre a variável dependente. 
 
15A- O grupo experimental é aquele que é submetido à variável independente que, no caso deste estudo, é o álcool. O grupo 
controle é aquele que não é exposto à variável independente. 
 
16E- Na técnica de duplo cego, nem o experimentador nem o sujeito experimental sabem qual a condição experimental (grupo 
controle ou grupo experimental) dos sujeitos que irão participar do experimento. Essa técnica é extremamente importante para 
impedir possíveis vieses induzidos pela expectativa do experimentador e do sujeito experimental nos resultados 
 
17C- Neste caso, a VI é a exposição a cenas de um filme violento. Para tal, deve-se criar dois grupos de crianças, distribuídas 
aleatoriamente em cada grupo. Um grupo é exposto ao filme com cenas de violência (grupo controle) e o outro grupo exposto a um 
filme sem cenas de violência (grupo controle). 
 
18D- A pesquisa experimental busca investigar se uma VI causa a VD. Para que se possa testar essa hipótese, é necessário realizar 
uma análise estatística inferencial, comparando-se a VD do grupo experimental (submetido á VI) e o grupo controle (que não foi 
submetido ä VI). Todo teste estatístico leva a um valor de “p”. Para que de fato se possa concluir que a VI de fato causou a VD, o 
valor de “p” deve ser pelo menos igual ou mneor do que 0,05. Na questão acima existem duas VI’s: sexo (masculino e feminino) e 
nível socioeconômico (alto e baixo). A analise estatística mostrou que apenas o sexo (p = 0,038), mas não o nível socioeconômico 
(p = 0,476) foi determinante na indicação profissional de adolescentes numa certa região do Brasil (VD). 
 
19A- Uma das principais técnicas utilizadas em estudos de desenvolvimento que buscam investigar efeito de fatoresambientais e 
de fatores genéticos sobre certas características mentais de uma pessoa consiste em comparar se existem diferenças significativas 
frente a uma VD (p< 0,05) em relação a dois grupos formados por gêmeos univitelinos (ou seja que compartilham as mesmas 
informações genéticas) e que foram separados desde o nascimento e criados em ambientes diferentes. A presença de diferenças na 
VD indica que essa diferença pode ser explicada por aspectos ambientais. A ausência de diferenças indica que aspectos genéticos, e 
não ambientais, são importante a importantes na expressão dessa VD. 
 
20E- Um estudo transversal é aquele em que sujeitos em diferentes estágios de desenvolvimento são comparados em um mesmo 
momento. Ao invés de utilizar uma abordagem longitudinal, pela qual o pesquisador teria que utilizar os mesmos sujeito ao longo 
de seus diferentes estágios de desenvolvimento, utilizam-se diferentes grupos de sujeitos que já estejam com idades diferentes. 
 
21D- Estudos transversais e longitudinais são empregados em pesquisas de desenvolvimento. Um estudo transversal é aquele em 
que sujeitos com diferentes idades são comparados em um determinado momento. Um estudo longitudinal caracteriza-se pelo fato 
de um mesmo sujeito ser observado por um longo período da sua vida e são comparados os diferentes momentos do seu 
desenvolvimento. As grandes vantagens dos estudos transversais estão relacionadas com o baixo custo e com o fato de consumirem 
menos tempo. 
 
PERSPECTIVA QUALITATIVA 
 
22B- De acordo com a perspectiva pós-positivistas, característica que norteia toda e qualquer pesquisa e o seu aspecto objetivo, 
especialmente naquilo se refere a quantificação de variáveis. 
 
23A– A abordagem lógico-empirista propõe que fenômenos complexos devam ser decompostos em fenômenos mais simples para 
que possam ser estudados de forma empírica. Propõe também que o observador não deva interferir no fenômeno que está sendo 
investigado (essa posição é exatamente oposta a uma abordagem qualitativa, que permite o observador interagir com aquilo que 
está sendo observado). Finalmente, essa abordagem assume uma neutralidade científica que, de certa forma, independe da 
 
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sociedade onde o processo científico é realizado. A perspectiva qualitativa, seguindo uma abordagem dialética ou sócio-histórica, 
acredita que a ciência é produto da sociedade e, por isso, sempre apresenta uma ideologia. 
 
24A- Todas as afirmativas estão corretas. A abordagem experimental busca descobrir relações de causa e efeito em forma de leis 
ou princípios gerais. Propõe também que o observador não deve interferir com o fenômeno que está sendo investigado Essa 
posição é exatamente oposta à abordagem sócio-histórica que propõe que o observador deve interagir com aquilo que está sendo 
observado. A abordagem sócio-histórica propõe também que não existem relações de causa e efeito entre os fenômenos sociais mas 
sim verdades construídas socialmente. 
 
25E- Em oposição ao método científico tradicional, a abordagem sócio-histórica acredita que a neutralidade da ciência social 
jamais pode ser implementada em sua atividade de pesquisa, uma vez que o pesquisador e o objeto de sua pesquisa se confundem. 
 
26D- De acordo com a abordagem sócio-histórica, a ciência natural é uma das várias formas de se construir a realidade. Essa 
perspectiva propõe que a produção de conhecimento é sempre histórica e ideológica, ou seja, é constituída pelas práticas de 
dominação em determinado período histórico. No caso da ciência natural, esta hegemonia se deve ao grande número de cientistas 
que tem conseguido estabelecer e utilizar uma linguagem coerente capaz de assegurar a reprodução dessa forma de conhecimento. 
 
27D- Dialética tem vários significados. Dentro de um contexto de pesquisa qualitativa, refere-se á perspectiva Hegeliana ou 
Marxista, cuja realidade social baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método 
causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos, o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou 
mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito. Nese sentido, as forças opostas são chamadas de tese e 
antítese. A resultante desse conflito é denominada de síntese, que com o tempo se tranforma nuam nova tese que eventulamente 
produz uma antítese. Este processo é denominado de movimento ou dinâmica dialética. 
 
28D- A análise institucional assume uma perspectiva sócio-histórica acerta do conhecimento científico. Essa posição é totalmente 
oposta à visão da ciência experimental que busca descobrir relações de causa e efeito em forma de leis ou princípios gerais através 
da noção de verdades universais. A abordagem sócio-histórica parte do princípio que não existem relações de causa e efeito entre 
os fenômenos sociais, mas sim verdades construídas socialmente. Dessa forma, para que se possa compreender um determinado 
sistema de conhecimento, seja ele científico ou não, deve-se procurar entender o momento histórico em que esse conhecimento foi 
produzido 
 
29C - A concepção qualitativa acredita que é impossível estudar fenômenos sociais de forma objetiva, uma vez que o próprio 
cientista social é um ator social que participa do fenômeno de estudo. A objetivação do fenômeno social destrói o sentido 
subjetivo, descaracterizando assim o que há de mais essencial do fenômeno 
 
30B- A pesquisa qualitativa envolve um processo de interação entre entrevistador e entrevistado, que constitui a forma de coleta de 
dados. A qualidade das entrevistas está diretamente ligada à formulação de perguntas abertas pertinentes, que não direcionem as 
respostas. Finalmente é importante notar que não existe a necessidade de que a amostra tenha uma representatividade em relação a 
uma população, uma vez que a pesquisa qualitativa não busca formular leis gerais. 
 
31D- A pesquisa qualitativa envolve uma coleta de dados cuja validade está que está associada à qualidade das observações 
realizadas. Esses dados, que, por via de regra, são relatos verbais, são categorizados de acordo com um determinado arcabouço 
teórico que vai se modificando conforme o processo de pesquisa vai evoluindo. 
 
32D- Hermenêutica é a área da filosofia responsável pela interpretação dos sentidos da palavra. Em psicologia há um uso 
metodológico empregado pelas pesquisas qualitativas nas técnicas de análise do discurso. Está relacionada com a interpretação e o 
significado das ações humanas em diferentes níveis. Desde o consciente até o inconsciente, seja ele pessoal ou social. Ao invés de 
simplesmente observar as generalidades do comportamento ou informações estatísticas, a hermenêutica relaciona-se com a 
interpretação da experiência e com as diversas formas de simbolismo empregadas na experiência humana para veicular significado. 
 
33A- De acordo com a metodologia qualitativa, o estudo das relações humanas deve ser realizado levando-se em conta a 
interpretação do discurso de indivíduo 
 
34C- Como a pesquisa qualitativa está calcada no relato verbal, técnicas de análise de dados buscam compreender o significado 
presente nestes discursos. 
 
35A– A análise de conteúdo é uma análise do significado de uma mensagem adquirida através de entrevista ou de material literário 
coletado em livros, revistas ou jornais. A análise de conteúdo compreende inicialmente identificar categorias que foram 
 
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previamente definidas pelo pesquisador ou desenvolvidas a partir de uma inspeção inicial dos dados. Uma vezdefinidas as 
categorias, pode-se contar o número de vezes que essas categorias ocorreram em todo o material. Essa contagem de incidências das 
categorias no material coletado caracteriza o aspecto quantitativo dessa metodologia. 
 
36B - A análise de conteúdo é uma análise dos significados de uma mensagem adquirida através de entrevista ou de material 
literário coletado em livros, revistas ou jornais. A análise de conteúdo compreende inicialmente em identificar categorias que 
foram previamente definidas pelo pesquisador ou desenvolvidas a partir de uma inspeção inicial dos dados. A reflexão crítica dos 
significados contidos nos relatos verbais indica que essas categorias não foram previamente definidas pelo pesquisador. Essas 
categorias serão definidas após a reflexão crítica dos significados do material coletado. 
 
37E- Todas as afirmativas caracterizam muito bem a técnica de análise do discurso. 
 
38E- Um dos principais aspectos da pesquisa qualitativa e a forma como os dados são coletados através da relação que se 
estabelece durante o processo da entrevista. 
 
39A- Existem várias modalidades de pesquisa quantitativa. Dentre elas destacam-se a pesquisa participante, a pesquisa-ação, 
estudos de caso e histórias de vida. Pesquisas que envolvem procedimentos quantitativos, tais como pesquisas experimentais ou 
correlacionais, que utilizam escalas ou análises fatoriais não são consideradas pesquisas qualitativas. 
 
40D- A pesquisa participante busca produzir um conhecimento acerca de uma realidade específica acerca de um grupo, buscando 
uma forma de interação entre o pesquisador e o grupo social onde a pesquisa é realizada, diferente de perspectiva positivista onde 
preconiza-se uma neutralidade pro parte do pesquisador. 
 
41A- A pesquisa participante é um processo de pesquisa no qual a comunidade participa na análise de sua própria realidade, com 
vistas a promover uma transformação social em benefício dos participantes que são oprimidos. Portanto, é uma atividade de 
pesquisa, educacional orientada para a ação. 
 
42B – A pesquisa–ação tem como objetivo a permanente negociação entre os indivíduos que participam da pesquisa (sujeitos), os 
patrocinadores da pesquisa e os próprios investigadores. Ela se opõe à pesquisa tradicional onde o pesquisador mantém posição 
neutra e objetiva frente ao seu estudo. Da característica monológica, que caracteriza a metodologia da pesquisa tradicional, a 
pesquisa-ação adota uma metodologia dialógica. Esse tipo de pesquisa é altamente desejável quando se busca uma mudança em um 
determinado sistema. Dessa forma, os pesquisadores que adotam esse tipo de metodologia são considerados agentes de mudança 
buscando, não só transformar uma determinada realidade, como também incorporar os efeitos de determinadas ações como parte 
integral do resultado da pesquisa.