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22/09/2018 1 Docente: Celina Carvalho Borges Universidade Estácio de Sá Faculdade de Nutrição História e Antropologia da Nutrição Unidade IV: Análise interpretativa e aspectos históricos 4.1 Antropologia da alimentação: breve apresentação. 4.2 Influências históricas na construção dos significados (pré-história, Antiguidade e Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea. 4.3 Etnografia: experiências no campo da alimentação e nutrição. 22/09/2018 2 Antropologia Física ou Biológica X Antropologia Cultural Estudo do comportamento do ser humano, crenças religiosas e sistema simbólicos. Uma possibilidade de compreendermos quem somos por intermédio da observação atenta do comportamento do outro. Estuda os aspectos comportamentais e biológicos dos seres humanos, seus parentes primatas não humanos e seus ancestrais hominídeos extintos. As comidas têm histórias sociais, econômicas e simbólicas complexas, e o gosto do ser humano pelas substâncias não é inato. Alimentação x Nutrição 22/09/2018 3 Ao se analisar a alimentação do ponto de vista nutricional, percebe-se que a diversidade alimentar garante uma dieta equilibrada e aporte necessário de macro e micronutrientes. Porém, ao se analisar os caminhos encontrados pelo homem para satisfazer às suas necessidades nutricionais no decorrer de sua evolução, caminhos estes que são vários, percebe-se que o resultado disso é uma variedade de combinação de alimentos e uma estrutura simbólica que compõe cada sistema alimentar e culinário, os quais não coincidem, necessariamente, com a definição do que é comestível e do que não é comestível nas diferentes culturas. A interação entre o biológico, o cultural e as experiências individuais explica as escolhas alimentares. Dessa maneira, as características biológicas do homem onívoro são incorporadas pela cultura e, justamente por fazerem parte da cultura, são introduzidas novamente em cada nova geração de indivíduos. Integração da Alimentação... 22/09/2018 4 • A diversidade dos sistemas alimentares, ou seja, a forma como se estabeleceram a utilização, a combinação de ingredientes e as maneiras de preparar os alimentos nas diversas sociedades; • As pressões que operam sobre as escolhas alimentares; • As mediações socioculturais de procedimentos e práticas relacionados à alimentação são constituídas e reconstituídas; • A maneira como dado repertório de alimentos é considerado comestível por algumas sociedades e, ao mesmo tempo, não é considerado comestível por outras; • O impacto das diferentes composições alimentares derivadas de combinações estabelecidas por diferentes culinárias sobre a saúde; • As formas como as tecnologias podem transformar a cadeia alimentar. A identidade cultural, a condição social, memória familiar, de como se come, dos desejos por certos alimentos e preparações, do lugar em que se come, dos modos de preparar a comida, os costumes alimentares locais e regionais, diferentes fases da vida, pressões sociais, as informações, publicidade, escassez alimentar, a alimentação na infância e no adoecimento. 22/09/2018 5 A palavra “comensalidade” deriva do latim “mensa” que significa “conviver à mesa”, o que envolve o padrão alimentar, ou seja, “o que” se come e, principalmente, “como” se come. Dessa maneira, a comensalidade não é considerada apenas uma consequência de fenômenos biológicos ou ecológicos, e se torna um dos fatores estruturantes de uma organização social. Fazer refeições em família contribui para o bom estado nutricional, relacional e para melhor qualidade de vida, principalmente entre jovens. Em 1970, os autores Allen, Patterson e Warren realizaram um estudo acerca desta temática, no qual analisaram a frequência de refeições que estudantes realizavam junto a família, a qualidade da comida, o apetite dos estudantes e o membro da família que cozinhava. Neste trabalho, o grau de comensalidade da família foi positivamente relacionado à interação dos pais na tomada de decisão, à percepção do quanto se é amado, ao desempenho do papel familiar e às notas do estudante na escola. 22/09/2018 6 Projeto promovido pelo fotógrafo Peter Menzel e sua esposa Faith D’Aluision, intitulado: “Hungry Planet: What the World Eats”. Eles rodaram o mundo e fotografaram 36 famílias de diferentes países ao redor de suas mesas, com tudo aquilo que costumam comer no período de uma semana. O ensaio revela não só o que comem, mas as diferenças culturais e sociais dessas famílias, como o local onde vivem, a aparência, a condição econômica, etc. Enquanto uma família de quatro pessoas na Alemanha, por exemplo, gasta £ 320 (R$ 996) por semana, 12 pessoas no Butão usam £ 3,20 (R$ 9,96) para comprar comida. Cuba: 22/09/2018 7 Noruega: Egito: 22/09/2018 8 Butão: México: 22/09/2018 9 Mali: Estados Unidos: 22/09/2018 10 Equador: Alemanha: 22/09/2018 11 Japão:
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