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EXMO. SR. DR. JUIZ DA 1ª VARA DO TRABALHO DE BENTO GONÇALVES/RS
Reclamatória trabalhista – Rito sumaríssimo
..............................., firma individual, inscrita no CNPJ sob n. 05274839/0001-31, estabelecida na Rua General Osório, 95, bairro centro, na cidade de Garibaldi/RS, por seus procuradores, nos autos da Reclamatória Trabalhista proposta por .................................., vem, respeitosamenteà presença de V. Exa., CONTESTAR os termos da inicial, com base nos seguintes fatos e fundamentos: 
Com a devida vênia, as pretensões do reclamante não merecem prosperar, eis que improcedentes, como será cabalmente demonstrado.
I. DAS NOTIFICAÇÕES
A reclamada requer que todas as notificações do presente processo sejam feitas em nome da ............., inscrita na OAB/RS ............, com escritório profissional na ...................., onde recebe intimações, sob pena de nulidade. 
II. DO MÉRITO
- DO RECONHECIMENTO DE VINCULO 
 Não prospera a pretensão do autor que seja reconhecida a relação de emprego entre a ora contestante e o mesmo, eis que não estão presentes os requisitos contidos no artigo 3º da CLT, autorizadores da relação empregatícia.
O autor nunca foi empregado da contestante e jamais estabeleceu qualquer tipo de vinculação que pudesse justificar a pretensão de vínculo empregatício. 
Aliás, a reclamada nega a prestação de qualquer serviço do reclamante a seu favor, já que a desconhece, nunca a contratou, assalariou ou demitiu.
O artigo 3º da CLT dispõe que é empregado toda a pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Ou seja, é empregado aquele que presta pessoalmente serviços de natureza contínua, subordinada e mediante salário.
O reclamante, ao contrário, nunca executou seus serviços sob ordens da reclamada e não manteve qualquer pressuposto basilar que ensejasse o pretendido vínculo empregatício, seja pessoalidade, subordinação ou remuneração. 
Para se configurar uma relação de emprego, quer tácita, quer expressa, se faz mister a cumulação de todos os seus elementos característicos e que lhe dão traço diverso das outras relações jurídicas que também têm por objeto a prestação de serviços. Na falta de um só deles, tem-se como desconfigurado o contrato de trabalho (relação de emprego).
Afastada assim qualquer hipótese de caracterização de relação de emprego, porque, no caso dos autos, os elementos caracterizadores de tal relação jurídica não estiveram presentes.
A inexistente subordinação
Jamais houve subordinação do reclamante em relação à contestante. A subordinação, isto é, o exercício de uma atividade profissional sob o poder e direção de outrem, está ausente na relação alegada na inicial, eis que o reclamante jamais realizou as tarefas referidas na exordial para a contestante.
Não havendo subordinação, não há que se falar em relação de emprego.
Ausência de exclusividade
Tendo em vista a inexistência de vinculo empregatício, bem como a inexistência de labor do reclamante para com a contestante, não há o que se falar no pressuposto da exclusividade da prestação laboral, o que por si só descaracteriza a suposta relação de emprego.
 A legislação pátria é taxativa ao determinar que na caracterização da relação de emprego, deve vislumbrar-se a exclusividade da prestação laboral exigida por lei.
Não havendo exclusividade, não há como ser a reclamada responsabilizada pelos fatos alegados na peça vestibular, sequer como tomadora de serviços, menos ainda como empregadora.
Ausência de pessoalidade
Inexiste nos autos o requisito legal da pessoalidade, ou seja, que a alegada prestação de trabalho, tenha ocorrido "intuitu personae".
A contestante desconhece o reclamante, sendo que jamais houve a prestação de serviço pela mesma nas dependências da reclamada. 
Inexistência da onerosidade
Também não se encontra presente o requisito legal da onerosidade, vez que a reclamada jamais foi responsável pelo pagamento da remuneração do reclamante.
O reclamante não traz aos autos nenhuma prova no sentido de que a reclamada era responsável pelo pagamento de sua remuneração, quiçá no valor de R$ 1.200,00. 00 ora impugnado. 
Portanto, o que se denota é que para configurar uma relação de emprego, quer tácita quer expressa, se faz mister a cumulação de TODOS os seus elementos característicos e que lhe dão traço diverso das outras relações jurídicas que também tem por objeto a prestação de serviço. Tais elementos são: pessoalidade; onerosidade e subordinação jurídica. Na falta de um só deles ou de todos – COMO É O CASO! -, tem-se como desconfigurado o contrato de trabalho (relação de emprego).
Portanto, deverá ser improcedente o pedido de reconhecimento de vinculo empregatício, com a assinatura da CTPS de toda a contratualidade, conforme item “a” do petitório.
- OS DEMAIS PEDIDOS
Caso sejam refutados os argumentos anteriores, passa a ora reclamada a contestar um a um os demais pedidos, apenas por prudência e em atenção ao princípio da eventualidade, na medida do possível e com os elementos que possui, o que certamente não será chancelado por este MM. Juízo.
- DO CONTRATO DE TRABALHO
Inverídicas as alegações do reclamante de que teria sido contratado na data de 01/02/2010, na função de técnico de refrigeração e, despedida sem justo motivo em 09/10/2010, recebendo à quantia de R$ 1.200,00.
Conforme, anteriormente, referido o reclamante nunca foi empregado da reclamada, razão pela qual impugna as alegações do reclamante especialmente o salário, pois é publico e notório que os funcionários que trabalho no ramo de mecânica possui u piso bem menor. 
 Sendo assim, não há que falar em salário nestes patamares. 
- DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Totalmente descabidas e fantasiosas as alegações do reclamante que não teria recebido as verbas rescisórias, pelo simples fato de que o mesmo não era funcionário da reclamada.
Não tendo havido qualquer vínculo de direito material entre as partes, máxime sob a regência do diploma consolidado, não há falar em pagamento de rescisórias por parte das contestantes, improcedendo, via de conseqüência, o pleito em tela.
O pleito em questão deverá ser declarado improcedente, diante da inexistência de vinculo empregatício, bem como deverá ser afastada da pretensão do reclamante, no sentido de ver deferido o pagamento de verbas rescisórias, tais como: aviso prévio, 13º salário, férias com adicional de 1/3 constitucional, FGTS e multa de 40%, conforme itens “b”, “c”, “d” e “e” do petitório. 
- MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
As parcelas rescisórias que alega fazer jus o demandante não podem ser deferidas, tendo em vista a inexistência de vinculo empregatício com a reclamada, sendo descabido o pagamento da multa prevista no art. 477, parágrafo 8º, da CLT.
Por lado em sem tratado de matéria controvertida, não há falar em aplicação da referida multa.
Improcedente o pedido. 
- ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
 
Alega o reclamante que desenvolveu sua atividade exposto e em contato direto e permanente com agentes insalubres, postulando o pagamento de adicional de insalubridade durante toda a contratualidade, além dos reflexos incidentes. 
Entretanto, totalmente improcedente tal pedido.
A reclamada impugna de forma expressa as alegações contidas na exordial, eis que totalmente inverídicas. O autor nunca prestou quaisquer tipo de serviços e/ou foi empregado da reclamada, fato esse que afasta qualquer pretensão ao recebimento de adicional de insalubridade. 
Assim tendo em vista que o reclamante não era empregado da reclamada, bem como inexistiu vinculo empregatício entre as partes, não faz jus o reclamante ao pagamento de qualquer adicional neste sentido.
Portanto, é indevido o pagamento de adicional de insalubridade e reflexos postulados no itens “f”, “g”, “h” e “i”da exordial.Da base de cálculo da insalubridade 
Quanto a base de cálculo do adicional de insalubridade, caso deferida a pretensão obreira, o que ora se admite somente a titulo de argumentação, deve ficar atrelada ao salário mínimo nacional, pois é a lei e a jurisprudência quem definiram tal critério, que se encontra presente no artigo 192 da CLT. 
Nessa linha, diante da suspensão da Súmula 228, entende-se que, não obstante a declaração de inconstitucionalidade, enquanto a lei não fixar nova base de cálculo para o adicional de insalubridade, prevalece aquela do artigo 192 da CLT, ou seja salário mínimo.
Cabe salientar ainda que o cálculo do adicional, pretendido sobre a remuneração do autor não pode restar deferido por ausência de fundamento legal, já que o artigo 7º, inciso XXIII, da CF/88 é taxativo no sentido de estabelecer (sic) “...adicional de remuneração” e não sobre a remuneração como quer o autor.
Sendo assim, não há falar em pagamento de adicional de insalubridade sobre o salarial contratual, devendo ser improcedente o pedido.
- DAS HORAS EXTRAS 
O reclamante adita a inicial buscando o pagamento de horas extras, contudo, deverá ser improcedente a referida pretensão uma vez que o autor não era empregado da reclamada, não havendo o que se falar em pagamento de horas extras.
Em razão da inexistência do vinculo empregatício entre as partes, devera ser considera improcedente o pedido de pagamento de horas extras. 
- DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS
Na eventual hipótese de deferimento de que qualquer valor à autora, o que se admite apenas por amor ao debate, os descontos em tela devem ser feitos sobre o total de eventual valor devido à reclamante.
O crédito eventualmente deferido à reclamante deverá sofrer as competentes deduções de descontos fiscais e previdenciários, por determinação expressa dos artigos 114, § 3o, 153, III e 195, II da Lei Magna, 27 da Lei nº 8.212/91, 46, § 2o da Lei nº 8.541/92, e 43 e 44 da Lei 8.212/91, observando-se, ainda, o Provimento da CGJT nº 01/96, bem assim a Súmula 368 do TST.
- JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
Admitindo, para argumentar, o acolhimento (ainda que parcial) das pretensões da autora, os juros, se devidos, devem ser aplicados de forma simples, e não capitalizados, face ao que dispõem os artigos 192, § 3º da Constituição Federal e 39, § 1º da Lei 8.177/91.
Quanto à correção monetária, devem ser aplicados os índices de correção monetária do mês subseqüente ao da prestação de serviços, e não do mês trabalhado, em conformidade com os ditames do artigo 459, da CLT, e o previsto na Lei n. 8.177/91.
- BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Descabe a pretensão ao benefício da gratuidade de justiça, eis que no caso dos autos, não estão preenchidos os requisitos previstos no parágrafo 3 do artigo 789 da CLT.
- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A reclamada requer que seja indeferida a pretensão atinente ao pagamento de honorários advocatícios, porque no caso dos autos, não foram preenchidos os requisitos legais para tanto, qual seja a juntada da credencial sindical, o que enseja a aplicação da Súmula nº 329 do TST, que confirmou a anterior de nº 219.
De qualquer forma, jamais poderia ser deferido o percentual requerido no particular, porque sem amparo legal. 
III. OS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, a reclamada requer a improcedência da presente ação e a condenação do reclamante, ao pagamento das custas e demais despesas processuais.
Requer, por fim, o depoimento pessoal do reclamante, sob pena de confissão, e a produção de todos os meios de prova em Direito admitidos.
Pede deferimento.
Bento Gonçalves, 24 de novembro de 2010
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