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AV2 - RO - ADILMA X VIT

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19° REGIÃO.
RAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO.
ORIGEM: 9° VARA DO TRABALHO
PROCESSO: 01473-92.2010.5.19.0009
RECORRENTE: ADILMA MARIA DOS SANTOS
RECORRIDO: VIT SERVIÇOS AUXILIAR DE TRANSPORTES AÉREOS
LITISCONSORTE: INFRAERO
Egrégio Tribunal,
Eméritos Julgadores,
I - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL.
O presente apelo dever ser conhecido, vez que é adequado, e foi interposto pela parte legítima, processualmente interessada e regulamente representada, conforme instrumento procuratório em anexo.
O Recurso é tempestivo, vez que foi interposto no octídio legal previsto no art. 895, a, da CLT, haja vista que a sentença de mérito foi publicada em 29 de junho de 2011.
Neste contexto, impõem-se o conhecimento do presente Recurso Ordinário, pro restarem comprovados todos os pressupostos de admissibilidade recursal.
2 – SÍNTESE DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
 
Não obstante o brilhantismo da sentença de 1º grau, impõe-se a reforma da r. sentença a quo, eis que prolatada em desacordo com os fatos e as provas, conforme restará evidenciado no presente recurso, senão vejamos:
ADILMA MARIA DOS SANTOS propôs Reclamação Trabalhista em face do VIT SERVIÇOS AUXILIAR DE TRANSPORTES AÉREOS, objetivando a conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, com a conseqüente condenação do Recorrido ao pagamento de todas as parcelas provenientes da dispensa sem justa causa.
Além do pedido da conversação acima mencionada, a Recorrente também pleiteou INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, uma vez que foi demitida por justa causa, expondo a Recorrente em uma situação vexatória e humilhante perante seus colegas de trabalho (art. 5º, X, da CF/88).
Eis uma breve síntese o objeto da exordial.
3 - DA SENTENÇA DE PISO.
A sentença de piso JULGOU IMPROCEDENTE O PEDIDO DE INDENIZAÇÃO DOS DANOS MORAIS, sob o argumento de que a Recorrente “conhecia as normas restritivas de acesso ao pátio do aeroporto”.
A retra sentença merece reforma, uma vez que Douto Magistrado, não observou o conjunto probatório dos autos, senão vejamos:
É importante esclarecer que a atitude da Recorrente, ao tentar passar pelo portão de acesso, portando objetos metálicos, não ensejaria uma falta grave, muito menos demissão por justa causa, uma vez que era corriqueira tal situação acontecer, entre os demais trabalhadores, vejamos alguns trechos dos depoimentos das testemunhas da Recorrente:
INTERROGATÓRIO DA 1ª TESTEMUNHA ARROLADA PELA RECLAMANTE. 
Luis Eduardo Wanderley Ferreira.
“ era comum permitir a entrada de funcionário portando objeto metálico na área restrita do aeroporto; que isso acontecia com várias pessoas; que a reclamante deu azar de ser detectado o talher (garfo e faca) por uma pessoa que não tirou por menos” Grifo nosso
INTERROGATÓRIO DA 2ª TESTEMUNHA ARROLADA PELA RECLAMANTE. 
Alexandre Marcos de Souza Barbosa
“ reclamante foi demitida porque uma funcionária novata da Infraero, desconhecendo que os empregados passavam com garfo e faca para fazer refeição, acabou formalizando a ocorrência levando a demissão por justa causa da reclamante; que o próprio depoente passava com garfo e faca;” Grifo nosso
Observe MM. Julgador, que a atitude do Recorrido é reprovável, uma vez que não houve motivo relevante para tal atitude, com a Recorrente, pois a mesma sempre laborou com zelo e dedicação profissional há mais de 4 (quatro) anos, e nunca houve qualquer ato de indisciplina e nem muito menos, qualquer advertência. Assim, não merecendo a Recorrente ser tratada com tanta rigidez pelo Recorrido, pois como as próprias testemunhas indagaram acima, tal atitude, era corriqueira acontecer, entre os demais trabalhadores, passar pelo portão de acesso portando objetos perfuro - cortante.
Vejamos ainda MM. Julgadores o depoimento da 1° testemunha arrolada pela Reclamada, Kleison Pereira de França, o gerente de filial do Recorrido.
 “que a Infraero pediu o afastamento imediato da reclamante porque teria ludibriado a segurança do aeroporto; que o depoente não tem conhecimento de nenhum outro fato idêntico; que o depoente até cogitou que a punição poderia ser uma advertência, mas diante do documento da Infraero, outra alternativa não restou; que toda a prestação da VIT é dentro do aeroporto; que o depoente chegou a conversar o superintendente da Infraero, mas não teve acordo; que o depoente é gerente da VIT; que conhece a reclamante e sabe que ela estava usando o garfo e a faca para fazer refeição obviamente; que não havia em seu ato nenhuma vontade criminosa; ” Grifo nosso.
Vejamos ainda, o entendimento do Douto Magistrado, para proferir a sentença de 1º grau: 
“Não há dúvidas de que a reclamante sabia da restrição imposta pela Infraero de ingresso nas áreas restritas com instrumentos pérfuro cortantes, tanto às pessoas que trabalham no aeroporto quanto aos próprios passageiros, bem como que descumpriu tal restrição, pelo que fica caracterizado o ato de indisciplina. Entretanto, os fatos narrados não justificam a demissão por justa causa da reclamante, considerando que a prática da entrada em área restrita com talheres pelos funcionários das empresas operantes no aeroporto era prática reiterada, sem que jamais tivesse havido punição, seja por parte da Infraero, seja por parte das empresas concessionárias. Assim, a punição excessiva dirigida à reclamante fez parecer que esta foi tomada como exemplo para os demais funcionários, quando, na verdade, uma suspensão poderia surtir o mesmo efeito educativo, sem que a trabalhadora fosse privada de seu meio de subsistência. Cabe frisar, ainda, que os depoimentos das testemunhas e os argumentos lançados pela própria reclamada VIT em sua peça de defesa, esclarecem que a demissão da reclamante resultou de exigência da Infraero, que solicitou a devolução da credencial da reclamante e, consequentemente, impossibilitou seu acesso ao local de trabalho.” Grifo nosso.
Sabemos MM. Julgadores, que a aplicação da justa causa é a pena capital do direito do trabalho, onde o trabalhador terá o seu currículo profissional marcado para o resto da vida, sem falar na repercussão que isso ocasiona entre os seus colegas de trabalho e mesmo no núcleo familiar.
Segundo Jorge Pinheiro Castelo, “o dano moral é aquele que surte efeitos na órbita interna do ser humano, causando-lhe uma dor, uma tristeza ou qualquer outro sentimento capaz de lhe afetar o lado psicológico, sem qualquer repercussão de caráter econômico” (in Revista LTr 59-04/488).
Carlos Alberto Bittar, por sua vez, esclarece que “qualificam-se como morais os danos em razão da esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-se, portanto, como tais aqueles que atingem os aspectos mais íntimos da personalidade humana (o da intimidade e da consideração pessoal), ou o da própria valoração da pessoa no meio em que vive e atua (o da reputação ou da consideração social)” (in Reparação Civil por Danos Morais, editora Revista dos Tribunais, pág. 45).
Pois bem, se o “dano moral significa, apenas e tão-somente, a dor” (in Revista LTr 59-04/490), deve haver um nexo de causalidade, in casu, decorrente do contrato de trabalho, para que seja possível a condenação do agente causador do ato tido por danoso.
Neste sentido, o art. 159 do Código Civil de 1916, aplicado pelo tempus regit actum, ainda que o art. 186 do novo Código Civil não tenha mudado o seu espírito, que assim disciplinava a matéria:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.”
Do desdobramento do referido texto legal, verificamos que são pressupostos da responsabilidade civil, a saber: ação ou omissão do agente; culpa do agente; relação de causalidade e, finalmente, dano experimentado pela vítima.
Destarte, que qualquer reversão da dispensapor justa causa para a modalidade sem justa causa, por si só, dá direito ao trabalhador de reparar a sua imagem, através da indenização por danos morais, pois, sem dúvida alguma, tal situação causou um abalo na estrutura familiar do trabalhador, bem como uma repercussão exterior na sua vida profissional, vejamos:
DANOS MORAIS – JUSTA CAUSA – REVERSÃO – POSSIBILIDADE - A justa causa é a pena capital do direito do trabalho, onde o trabalhador terá o seu currículo profissional marcado para o resto da vida, sem falar na repercussão que isso ocasiona entre os seus colegas de trabalho e mesmo no núcleo familiar. Portanto, o ato do trabalhador para caracterizar a justa causa deve ter uma potencialidade lesiva de tal monta que abala a fidúcia existente no contrato de trabalho. Deve haver, outrossim, a proporcionalidade entre o ato lesivo e a pena aplicada, decorrente do poder diretivo do empregador, não podendo este último usar arbitrariamente ou abusivamente de tal direito. Na dosimetria da pena deve-se antever as situações particulares, tais como a idade do trabalhador, a concorrência do empregador na situação tida por ilícita, a coação irresistível, etc. Destarte, entendo que qualquer reversão da dispensa por justa causa para a modalidade sem justa causa, por si só, dá direito ao trabalhador de reparar a sua imagem, através da indenização por danos morais, pois, sem dúvida alguma, tal situação causou um abalo na estrutura familiar do trabalhador, bem como uma repercussão exterior na sua vida profissional. Saliente-se, en passant, que não basta que o empregador tenha ciência da autoria do fato tido por ilegal, deve comprovar, administrativamente ou judicialmente, tal autoria. Caso não tenha habilidade para fazer tal comprovação, ainda que existentes indícios da autoria, deverá reparar a imagem do trabalhador acusado.Trt/15ª região n° 00023-2006-083-15-00-3 ro. Juiz Relator: Flavio Nunes Campos.
Ademais, a Recorrente foi atingida em sua honra, sua moralidade e sua imagem, tendo seu trabalho posto a dúvidas e em público, prática esta condenada pela Constituição Federal pátria, de acordo com o art.5º, inciso X, o qual transcrevemos abaixo:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral, ou à imagem. 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Vejamos a definição do Dano Moral. 
Ensina a melhor doutrina que o dano moral é o resultado prejudicial que tem por objetivo a lesão ou menoscabo de alguns dos bens correspondentes ao âmbito estritamente pessoal da esfera jurídica do sujeito de direito, a que se ressarcem por via satisfativa, sob o critério equitativo do Juiz. (Rafael Garcia Lopez - citado no acórdão TRT/ES RO 2.134/92) 
José Aguiar Dias coloca que: 
"não é o dinheiro e nem coisa comercialmente reduzida a dinheiro, mas a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, a injúria física ou moral, em geral uma dolorosa sensação experimentada pela pessoa, atribuída à palavra dor o mais largo significado." (Da responsabilidade civil 9a. edição, RJ, Forense, 1994, v.2, § 730). Grifos nossos
E ainda continua que: 
"Consiste na penosa sensação da ofensa, na humilhação perante terceiros, na dor sofrida, enfim, nos efeitos puramente psíquicos e sensoriais experimentados pela vítima do dano, em conseqüência deste, seja provocada do defeito ou da lesão, quando não tenha deixado resíduo concreto, seja pela atitude de repugnância ou de reação ao ridículo tomada pelas pessoas que o defrontam." (op. cit. § 743). Grifos nossos.
Portanto, a definição do dano moral relata claramente todos os sofrimentos psíquicos e sensoriais que a Recorrente tem ao ser penalizada pela justa causa injustamente.
A indenização se justifica pelo fato do ofensor ter descumprido a obrigação do nemine laedere, que segundo a lição de Paulo Luiz Netto Lobo se consubstancia: “no dever de não lesar ou ofender a pessoa ou o patrimônio do outro”.
O Código Civil pátrio, em seu art.927, reza o seguinte:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. (grifos nossos).
A Constituição pátria diz ser inviolável a dignidade da pessoa humana (art.1º, inciso III), colocando a disposição daqueles que foram maculados em sua honra, sua dignidade e respeitabilidade mecanismos jurídicos aptos a punir ofensor dano material ou moral decorrente de sua violação.
Houve violação à honra e imagem da Reclamante. Tais direitos têm dignidade constitucional, ex vi do art.5°, V e X, os quais uma vez atingidos, gera ao ofensor o dever de reparação. 
Neste sentido, vejamos o que diz o STF:
“O dano moral indenizável é o que atinge a esfera legítima de afeição da vítima, que agride seus valores, que humilha, que causa dor”. Grifos nossos.
O caso sub examen coaduna-se perfeitamente ao julgado acima transcrito, tendo em vista que a Reclamante teve sua honra e imagem de boa profissional exposta em público, na presença de colegas de trabalho e pelo terrorismo psicológico experimentado na Reclamada. 
Beatriz Della Giustina afirma que: 
"Exemplo elucidativo da conduta ilícita do empregador se dá quando este despede o empregado com pecha de desonestidade, incompetência, insubordinação, etc.. (...). O abalo das acusações da despedida por justa causa desdobra-se em consequência danosa de dor, sofrimento, mágoa e tristeza humana em tempo de ultraje, trazendo consequentemente, sequelas irreparáveis ao obreiro e à sua família." (Giustina, Beatriz Della. A Reparação do Dano Moral Decorrentes da Relação de Emprego, Jorna; Trabalhista n. 564. Brasília, 10 de julho de 1995, pág. 722.) (G.N) 
A justa causa imputada falsamente a Recorrente, por se tratar de grave acusação, afeta a honorabilidade, o crédito, o bom nome profissional, o conceito social e o próprio lar da obreira além de causar prejuízo enorme financeiro.
O Judiciário não pode ser conivente com o Recorrido que imputam falsa justa causa, tendo em vista a repercussão negativa na vida econômica, moral e social da Recorrente. Além do mais, a Recorrente antes de tudo é ser humano, logo, tem seu direito a honra e a imagem garantido pela nossa Constituição Federal e de pleitear a devida indenização, principalmente contra aquele o Recorrido.
Vejamos o que considerou Varquez Villard citado por Pinho Pedreira, onde afirmou claramente a importância do dano moral na relações de Trabalho, verbis: 
"se em algum âmbito de direito o conceito de dano moral pode ter alguma aplicação é, precisamente, na do trabalho. A razão de subordinação que está sujeito o trabalhador na satisfação de seu débito leva que a atuação de outra parte, que dirige esta atividade humana, possa menoscabar a faculdade de atuar que diminui e até frusta totalmente a satisfação de um interesse não patrimonial." (Pinho Pedreira, A Reparação do Dano Moral no direito do trabalho - LTr, 55 (5):552, 1991). (G.N).
Infelizmente é de praxe algumas empresas usarem deste poder de aplicar justa causa aos funcionários, com intuito de prejudicar a vida profissional futura de seus trabalhadores e como meio mais eficaz de economizar alguns "reais" momentaneamente. Isto tem que acabar, eis que o mercado de trabalho encontra-se muito fechado, e qualquer empecilho ou qualquer mácula que o empregado candidato sofre, praticamente o retira de obter nova colocação no mercado, prejudicandode maneira significativa o obreiro e sua família, causando assim uma desordem social. 
Enoque Ribeiro dos Santos, Advogado e Professor Universitário, afirma em sua recente obra "O Dano Moral na Dispensa do Empregado" que: 
"O empregador, por algum motivo, pode interromper o curso da contratação, alegando algum fato desabonador à figura do empregado, ou mesmo se recusar a externar o motivo, seja ele oriundo interna ou externamente à empresa. Se tal fato for ilícito e vexatório ao empregado, sem sua devida comprovação na órbita do Direito, a atitude do empregador ensejará a reparação por dano moral ao empregado" (Santos E. R. "O Dano Moral na Dispensa do Empregado", editora LTr, 1998, pág. 129.) (G.N) 
Finalizando, baseando-se no art. 5.º itens V e X da Constituição Federal combinado com o artigo 159 do Código Civil, a justa causa aplicada de maneira falsa é suficiente para ensejar uma eventual ação de indenização por danos morais, tendo em vista as sérias seqüelas de natureza moral, social e financeira que tal penalidade traz a vida da Recorrente.
Portanto, é evidente que a Recorrente não praticou qualquer ato de insubordinação ou indisciplina (art.482, h, da CLT), restando claro que a dispensa efetivada pelo Recorrido foi ilegal e arbitrária.
Ressalte-se, ainda, que a dor, a angústia, a humilhação, a vergonha experimentada pela Recorrente, por envolverem direitos da personalidade, não depende de prova, surgindo à responsabilidade de reparação tão logo verificada o fato da violação. 
Ex positis, espera e confia a Recorrente seja conhecido e provido o presente recurso para reformar a sentença proferida pelo Juízo a quo, no sentido de ser deferida a INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS SOFRIDOS, fazendo-se a necessária JUSTIÇA! 
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Maceió (AL), 08 de agosto de 2011.
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES.
ADVOGADA – OAB/AL 5.543.
ELISABELA VASCONCELOS DA COSTA
BACHAREL EM DIREITO.
Av. Dep. Humberto Mendes, 796, sala 32, Centro Empresarial Wall Street, Poço, Maceió-AL. CEP.: 57.020-580. Fone/fax: (82) 3326-1328. Cel.: 9301-1149 - E-mail: mariajvtorres@hotmail.com
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