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AV2 - RO - JONAS X BOMPREÇO.

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABLHO DA 19ª REGIÃO.
PROCESSO Nº 00993-2008-009-19-00-9
RECORRENTE: JONAS MOAB FIGUEIREDO DA SILVA.
RECORRIDO: BOMPREÇO S/A SUPERMERCADOS DO NORDESTE.
ORIGEM: 9ª VARA DO TRABALHO
REF.: RECURSO ORDINÁRIO.
Egrégio Tribunal,
Eméritos Julgadores, 
 1 – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL.
O presente apelo deve ser conhecido, vez que é adequado, e foi interposto pela parte legítima, processualmente interessada e regularmente representada.
O recurso é tempestivo, vez que foi interposto no octídio legal previsto no art. 895, a, da CLT, haja vista que a sentença dos embargos de declaração, foi publicada no Diário da Justiça do Trabalho no dia 12.11.2008, conforme fls. 169, dos autos.
Nesse contexto, impõe-se o conhecimento do presente Recurso Ordinário, por restarem comprovados todos os pressupostos de admissibilidade recursal.
2 - DO DECISUM.
 
Não obstante o brilhantismo da sentença de 1º grau, impõe-se a reforma da r. sentença a quo, eis que prolatada em desacordo com os fatos, conforme restará evidenciado no presente recurso, senão vejamos:
JONAS MOAB FIGUEIREDO DA SILVA propôs Reclamação Trabalhista em face do BOMPREÇO S/A SUPERMERCADOS DO NORDESTE, requerendo o pagamento de horas extras e indenização por danos morais em face da revista abusiva adotada pela Recorrida.
O MM. Juízo da 9º Vara julgou PROCEDENTE EM PARTE as pretensões do Recorrente, aplicando os efeitos da revelia, uma vez que a Recorrida não compareceu a audiência inaugural, apesar de apresentar defesa, conforme sentença de fls. 156 dos autos.
O Meritíssimo Juízo a quo apesar de proferir sua sentença aplicando os efeitos da revelia, julgou improcedente as horas extras declinadas na exordial, sob o argumento de que o Recorrente em seu interrogatório de fls 113/114, deixou claro para o Juízo que não há títulos derivados da duração do trabalho a serem reconhecidos para o mesmo.
Vejamos in verbis o teor do interrogatório do Recorrente, conforma Ata de Audiência de fls. 113/114 dos autos:
“INTERROGATÓRIO DO RECLAMANTE: Inquirido pelo Juízo, disse que: era sujeito a controle de eletrônico de jornada mediante crachá com código de barras, o qual era passado no inicio e no final da jornada, inclusive para marcar o intervalo intrajornada; que, normalmente, fazia 1h30min de intervalo intrajornada;que o sistema de banco de horas da reclamada não permitia a aposição de mais de 2h extras diárias, ressaltando, então, que as duas primeiras horas extras eram registradas, mas não a partir da terceira em diante; que na função de gerenciador de setor, o seu horário de trabalho era das 13h às 22h20min, com intervalo de 1h30min; que a empresa pagava corretamente o adicional das horas noturnas realizadas;que sempre gozava 1 folga semanal.......”
A retra sentença merece reforma, no sentido de ser deferida as horas extras excedentes acima das 2 horas registradas no sistema eletrônico da Recorrida, uma vez que está explícito no interrogatório acima, que o Recorrente não registrava sua jornada a partir da terceira hora extra, tendo em vista de que só registrava no sistema de banco horas da Recorrida até 2 horas extras. 
Outro ponto da sentença que merece reforma é com relação ao quantum arbitrado referente à indenização no que pertine ao dano moral, tendo o MM. Juízo arbitrado o valor de R$ 2.430,00 (dois mil, quatrocentos e trinta reais) em favor do Recorrente. 
Cumpre destacar que a retra sentença de 1º grau acolheu o pedido de danos morais argumentando de forma explícita que houve violação a honra e a dignidade do trabalhador, submetido ao comportamento fiscalizatório abusivo e desnecessário, quando submetido à revista pessoal, pela a Recorrida.
. 
Vale ressaltar ainda, que a Recorrida têm a prática de expor seus empregados à revista abusiva, devendo ser penalizada a reparar o dano que causou ao Reclamante de forma compatível com a feição punitiva ao demandado, frente ao agravo que apenou o trabalhador de maneira cruel e exagerada. 
Ademais o Juízo a quo, não observou os critérios utilizados para fixação do valor da indenização, posto que a Recorrida além de violar literalmente o art. 5º, V e X, Constituição Federal, tem capacidade financeira para suportar uma indenização maior da que foi arbitrada pelo Juízo a quo.
Vejamos a jurisprudência do Tribunal Regional da 19ª Região acerca do tema, transcrita in verbis::
“EMENTA. 1- RECURSO ORDINÁRIO OBREIRO. FIXAÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO. MAJORAÇÃO. PROVIMENTO PARCIAL. NA QUANTIFICAÇÃO DO VALOR REFERENTE À INDENIZAÇÃO NO TOCANTE AO DANO MORAL SOFRIDO PELO RECLAMANTE, O MAGISTRADO DEVE CONSIDERAR O GRAU DE CULPA DO AGENTE, A EXTENSÃO DO DANO CAUSADO À VÍTIMA E À SUA FAMÍLIA E A EVENTUAL PARTICIPAÇÃO DA VÍTIMA PARA O RESULTADO DANOSO. QUANDO ANALISADOS E PONDERADOS ESTES ELEMENTOS PELO ESTADO-JUIZ, BEM COMO, QUANDO SE ESTIVER DIANTE DA HARMONIA ENTRE O GRAVAME SOFRIDO E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO OFENDIDO, EMERGIRÁ ESCORREITO QUALQUER PROVIMENTO JURISDICIONAL QUE FIXE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A OBSERVÂNCIA DESTES PARÂMETROS É QUE LEVA ESTE TRIBUNAL A SUFRAGAR A MAJORAÇÃO DO CONDENO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 2- RECURSO ODINÁRIO PATRONAL. INTEMPESTIVIDADE. NÃO SE CONHECE DE RECURSO ORDINÁRIO, POR INTEMPESTIVO, SOMENTE PERPETRADO APÓS O JULGAMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO AVIADOS FORA DO QÜINQÜÍDIO LEGAL, CUJOS EFEITOS NÃO INTERROMPERAM O PRAZO PARA MANIFESTAÇÃO DE OUTROS RECURSOS. RECURSO NÃO CONHECIDO.
Conclusão
ACORDAM os Juízes do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Nona Região, por unanimidade, acolher a preliminar de não-conhecimento do recurso patronal, por intempestividade, argüida em contra-razões. Mérito: por maioria, dar provimento parcial ao apelo obreiro para majorar o valor da indenização por danos morais para o montante de R$100.000,00 (cem mil reais), e deferir a antecipação dos efeitos da tutela, determinando que, no prazo de dez dias após ser intimada desta decisão, faça publicar no Jornal Gazeta de Alagoas, na página A, coluna CIDADES, e na Tribuna de Alagoas, na página também da coluna CIDADES, com área mínima do anúncio de duzentos centímetros quadrados, retratação, noticiando a inocência do recorrente, com fulcro nos art. 273 e 461, ambos do CPC, sob pena de pagamento de multa diária de R$200,00, a ser revertida em favor do obreiro, contra os votos dos Exmºs Srs. Juízes Revisor e Severino Rodrigues, que mantinham a sentença quanto aos danos morais”.
Ante os argumentos acima expendidos, vê-se, pois, que a sentença de 1º grau merece reforma, no sentido de ser majorada a fixação do valor atribuído à indenização por danos morais, no importe de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), no sentido de penalizar a Recorrida, para que tais atos não se repitam e que os trabalhadores não sofram a humilhação que o Recorrente sofreu.
3. DA SENTENÇA DOS EMBARGOS DE DECLARATÓRIOS. 
O Recorrente visando sanar a contradição na sentença de 1º grau, manejou Embargos de Declaração, tendo o Juízo a quo, no seu julgamento e considerando os referidos embargos protelatórios, arbitrou multa de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), em desfavor do Recorrente.
Ressalta-se que com tal medida o MM. Juízo atribuiu uma penalidade que o Recorrente não pode suportar, visto que o mesmo é hipossuficiente e está desempregado, tendo inclusive declarado em sua exordial de fls. 9 dos autos que é pobre na forma da Lei 1.060/1950, pleiteando os benefícios da Justiça Gratuita.
Portanto, espera o Recorrente que os Nobres Julgadores, exclua a multa imposta pelo Juízo a quo, inserta na sentença dos Embargos de Declaração, para que seja aplicado os benefícios da Justiça Gratuita imposta na Lei 1.060/50, tendo em vista que o Recorrente é pobre na forma da referida lei.
Ex positis, espera e confia o Recorrente seja conhecido e provido o presente recurso para reformar a sentença proferida pelo Juízo a quo, no sentido de ser deferida as horas extras, a partirda 3ª (terceira); majoração na quantificação do valor referente à indenização aplicada no dano moral; aplicação dos benefícios da Justiça Gratuita, de acordo com a Lei 1.060/1950, excluindo a multa de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais) arbitrada nos Embargos de Declaração pelo Juízo a quo, fazendo-se a necessária JUSTIÇA! 
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Maceió(AL), 20 de novembro de 2008.
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES.
ADVOGADA – OAB/AL 5.543.
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