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VASCONCELOS ADVOCACIA.
Drª. Maria José Vasconcelos Torres.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA ___ VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ - ALAGOAS.
LOURIVAL LIMA ALVES JÚNIOR, brasileiro, alagoano, casado, técnico de enfermagem, inscrito no Rg nº 1501966 – SSP/Al, portador do CPF nº 031.880.524-30, CTPS nº 093940 – série 00014-AL, com PIS nº 126.835.930-17, residente e domiciliado Conjunto Climério Sarmento, bloco 12, aptº 101 – Jatiúca – CEP.: 57.036-814 – Maceió-AL. Fone: 9668-6340, vem por sua advogada legalmente constituída, conforme instrumento procuratório em anexo, com fundamento no art. 840, § 1º, da CLT, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C.C DANOS MORAIS em face da empresa FUND. HOSP. AGRO IND. DO AÇUCAR E DO ALCOOL DE ALAGOAS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 12.291.290/0001-59, com endereço na Av. Fernandes Lima, S/Nº, KM 05, Farol, CEP.: 57.050-000, Maceió-AL, pelos seguintes motivos de fato e de direitos adiante transcritos:
DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 39, I E 242 DO CPC:
Art. 39. CPC – Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
I – declarar, na própria petição inicial ou contestação, o endereço em que receberá intimação. (grifos nossos).
Art. 242. CPC – O prazo para interposição de recurso conta-se data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
§1º. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.
§2º. Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação. (grifos nossos).
Ad cautelam, para maior segurança processual, requer o Reclamante que quando forem realizadas notificações – utilizando-se do teor contido nos arts. 39, inciso I e 242, todos do CPC – sejam encaminhadas para o endereço abaixo, tudo objetivando o ilibado andamento processual.
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, Maceió-AL. CEP.: 57.020-580.
DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi admitido na Reclamada em 01 de Fevereiro de 2010, para exercer a função de Técnico de Enfermagem, executando suas atividades no setor de clínica cirúrgica feminina do SUS, percebendo salário no importe de R$ 630,00 (seiscentos reais) + 20% (vinte por cento) de Insalubridade, totalizando o valor de R$ 747,70 (setecentos e quarenta e sete reais e setenta centavos), por mês.
O Reclamante laborava em regime de escala, de 24horas x 48 horas.
O Reclamante justificará seu pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, tendo em vista que a Reclamada, não vem recolhendo os depósitos do FGTS, desde agosto de 2010.
Conforme se pode comprovar pelas informações contidas em seu contracheque e sua CTPS, o Reclamante desenvolvia suas atividades em um ambiente insalubre. E por este motivo, recebia o pagamento do adicional de insalubridade, a menor.
Em apertada síntese, estes são os fatos, que em seguida serão mais bem analisados, vejamos.
A DIFERENÇA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
O Reclamante, conforme se pode comprovar pelas informações contidas em seu contracheque e sua CTPS, desenvolvia suas atividades em um ambiente insalubre. E por este motivo, recebia o pagamento do Adicional de Insalubridade, em grau médio de 20%.
 
Todavia, a Reclamada ao efetuar o pagamento deste adicional, não pagava de forma correta, gerando assim, diferenças salariais em favor do Reclamante, no importe de R$ 8,30 (oito reais e trinta centavos), vezes 19 (dezenove) meses de labor, totalizando o valor de R$ 157,70 (cento e cinqüenta e sete reais e setenta centavos), que desde logo requer. 
Vale ressaltar que partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante n.º 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. 
Considerando a Súmula Vinculante do STF acima citada, o TST cancelou a Súmula 17 e alterou a redação da Súmula 228, senão vejamos:
“Súmula 228 do TST – Adicional de Insalubridade. Base de Cálculo (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) – Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 – republicada no DJ 08, 09 e 10.07.2008m – A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante 4, do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo”. (grifos nossos).
Portanto faz jus o Reclamante o recebimento das diferenças do adicional de insalubridade no montante acima mencionado, devendo ainda repercutir nas seguintes verbas: 13º salários, férias vencidas e proporcionais com 1/3 constitucional, FGTS, RSR, aviso prévio indenizado. 
 
DAS FÉRIAS EM DOBRO COM 1/3 CONSTITUCIONAL
O Reclamante ao adquirir ás férias do período aquisitivo de 2010/2011, teve seu período concessivo em 01 DE JULHO DE 2011, sem, contudo ter recebido ás ditas férias com + 1/3, devendo a Reclamada pagar a férias do Reclamante em dobro.
De acordo com o comando legal, inserido no art. 145, da CLT, o pagamento da remuneração das férias, deverá ocorrer até 2 (dois) dias antes do início do período concessivo, sob pena do empregador pagá-las em dobro.
Vejamos a OJ 386 – SDI-1, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho acerca do tema:
“OJ 386 – Férias. Gozo na época própria. Pagamento fora do prazo. Dobra devida. Arts. 137 e 145 da CLT. È devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluindo o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal”.
Portanto, faz jus o Reclamante o recebimento de suas férias vencidas, com 1/3 constitucional em dobro.
DA RESCISÃO INDIRETA - DANO MORAL
O art. 483 da CLT elenca diversas hipóteses de faltas graves cometidas pelo empregador, o que, uma vez configuradas, conduzem à denominada rescisão indireta do contrato de trabalho, com o conseqüente pagamento ao empregado de todas as verbas rescisórias provenientes da dispensa imotivada, inclusive o aviso prévio de forma indenizada.
Resta claro que a Reclamada infringiu o preceito legal contido no art. 483, “d”, da CLT, o qual transcrevemos in verbis:
Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 2
O Reclamante justifica seu pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, tendo em vista que a Reclamada, não vem recolhendo os depósitos do FGTS, desde agosto de 2010, conforme faz prova do extrato em anexo. 
Acerca da despedida indireta, vejamos o que diz:
EMENTA: FGTS. IRREGULARIDADE NO RECOLHIMENTO. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO. A irregularidade dos depósitos de pagamento do FGTS pelo empregador é motivo suficiente para a rescisão indireta do contrato de trabalho (art. 483, d, CLT). Processo 0095400-45.2009.5.05.0007 RecOrd, ac. nº 038070/2010, Relator Desembargador HUMBERTO JORGE LIMA MACHADO, 3ª. TURMA, DJ 03/12/2010. (Grifo nosso)
“EMENTA: DESPEDIDA INDIRETA. O afastamento espontâneo do empregado pelo fato de não serem cumpridas as obrigações legais do empregador, especialmente no que tange ao salário, implica em despedida indireta”.3(Grifo nosso)
Vale informar também que a Reclamada não vem honrando com o pagamento do salário do Reclamante, pagando sempre com atraso, chegando ao ponto de ficar 02 (dois) meses, sem receber seu salário, sendo o mês de junho/2011, o último recebido, estando sem receber os meses de agosto e setembro de 2011. O enseja também a rescisão indireta do contrato de trabalho.
Note-se MM. Julgador que a Reclamada não vem cumprindo com as obrigações do contrato de trabalho, o enseja a RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO,pelas faltas graves cometidas pelo empregador em face do empregado.
Por fim, ressaltando que a conduta da Reclamada feriu as normas pertinentes às obrigações do Contrato de Trabalho de acordo com o artigo 483, letra “d”, e parágrafo 3º da CLT, pleiteando desde a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, devendo à Reclamada pagar todas as verbas rescisórias devidas ao Reclamante, quais sejam: recolhimento do FGTS e multa de 40%; aviso prévio indenizado; férias de 2010/2011 + 1/3; férias em dobro com 1/3; férias proporcionais com 1/3; 13º salário; diferença do adicional de insalubridade recebido a menor e suas repercussões; baixa na CTPS e Seguro-desemprego ou indenização substitutivas, multa do art. 467, da CLT.
 DA JUSTIÇA GRATUÍTA. 
Nos termos do art. 14, § 1º, da Lei 5.584/70, das Leis 1.060/1950 e 7.115/1983 e do art. 790, § 3º, da CLT, o Reclamante declara para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre, encontrando-se impossibilitado e não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
 DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o Reclamante de Vossa Excelência:
a) a declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho, em face da falta grave praticada pelo empregador, com o conseqüente pagamento de aviso prévio e sua integração para todos os fins (art. 487, § 4º, da CLT), bem como pagamento das verbas rescisórias, quais sejam: saldo de salário; salários atrasados dos meses de julho/agosto e setembro de 2011; recolhimento do FGTS e multa de 40%; férias de 2010/2011 + 1/3; férias em dobro com 1/3; férias proporcionais com 1/3; 13º salário; diferença do adicional de insalubridade recebido a menor e suas repercussões; baixa na CTPS.
b) Liberação das guias de seguro-desemprego, sob pena de pagamento de indenização substitutiva, nos moldes da Súmula 389 do TST;
c) A condenação da Reclamada em honorários advocatícios, em face do art. 133 da CF, art. 20 do CPC e art. 22 da Lei 8.906/94, no percentual de 20% incidente sobre o valor da condenação.
d) Seja concedido os benefícios da justiça judiciária gratuita;
e) Multa do art. 467, da CLT.
Ex positis, requer o Reclamante seja julgada a AÇÃO TOTALMENTE PROCEDENTE em todos os seus pedidos, a notificação da Reclamada, para querendo responder a presente reclamatória, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, depoimentos pessoal do representante legal da Reclamada, desde já requerido, que no final seja a mesma condenada ao pagamento dos pedidos acima, acrescidos de juros e correção monetária, custas e demais despesas processuais.
Protesta pela produção de todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente: documentos, testemunhas, depoimento pessoal, pericial, dentre outros que se fizerem necessários ao bom andamento do processo.
Dá-se a causa o valor de R$ 11.139,37 (onze mil, cento e trinta e nove reais e trinta e sete centavos).
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Maceió (AL), 3 de outubro de 2011.
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES.
ADVOGADA – OAB/AL 5.543. 
ELISABELA VASCONCELOS DA COSTA.
 ESTAGIÁRIA. 
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, CEP.: 57.020-580. Maceió-AL. E-mail: mariajvtorres@hotmail.com.br. Fonefax: (82) 3326-1328. Cel. 9301-1149.
2 Idem. Consolidação das Leis do Trabalho (Dec. 5452/43). Art.483, alínea “d”.
3 Brasil. Alagoas. TRT 19ª Região. Proc. n° RO-187/92. Rel. Juiz Inaldo de Souza. Publ. DOAL, de 24.12.92.
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