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Princípios da Ciência em Química e Física Prof. Cássio Luís Fernandes de Oliveira 002 Centro Universitário de Lins – Unilins Nota Preliminar e Ficha de Estudo 02 1. Carga e matéria. 2. A relação entre força, distância e carga. 3. Alteração da trajetória de uma partícula carregada Introdução Por meio da observação por Tales de Mileto (600 a.C) de que um pequeno pedaço de âmbar, quando atritado, atraia pequenos pedaços de palha é que surgiu a ciência da eletricidade. Já a ciência do magnetismo surgiu da observação de que certos minerais naturais (magnetita) possuíam a capacidade de atrair o ferro. Embora tenham surgido e suas ciências tenham se desenvolvido independentemente, Hans C. Oersted (1777-1851) percebeu que havia uma interelação entre elas, tudo isso devido a observação de que a corrente elétrica provocava modificação na agulha imantada de uma bússola, dando o surgimento da ciência do eletromagnetismo. Muitos pesquisadores a partir daí deram seguimento a esta nova ciência, entre eles: M. Faraday (1791-1867), James C. Maxwell (1831-1879), Oliver Heaviside (1850- 1925), H. A. Lorenz (1853-1928), Heinrich Hertz (1857-1894) Carga e matéria Pode-se mostrar que existem duas espécies de cargas: aquela de surgem quando se esfrega um pedaço de seda a dois bastões de vidro, eles se repelem (cargas de mesma natureza) e aquelas que se desenvolve quando se esfrega um pedaço de ebonite (resina sintética plástica como o PVC, PET, etc) com lã e que atrai o vidro (cargas de natureza opostas) e que por sua vez repele outro bastão de ebonite atritado com lã. Foi Benjamim Franklin (1706-1790), que chamou de positiva a eletricidade que surge no bastão de vidro e negativa aquela que surge no bastão de ebonite. Como conclusão podemos dizer que: cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem. O surgimento das cargas pode ser conseguido de várias formas de atrito e surgem devido a uma destruição da neutralidade elétrica inicial. Questões: 1. Se ao invés de vidro ou ebonite, se fosse atritado uma haste metálica com lã ou seda, surgiriam cargas elétricas? 2. O que são estas “cargas” positivas e negativas? 2. Relação entre força, distância e carga. Coube a Charles A. Coulomb (1736-1806) a medição das forças elétricas (repulsivas e atrativas) assim como o estabelecimento da lei que as descreve. Para tal, Coulomb usou uma “balança de torção” contendo duas pequenas esferas suspensas por um fio, que eram carregadas eletricamente onde se media a torção no fio necessária para anular a força de atração ou repulsão entre as esferas, ou seja, o que Coulomb media era a força de repulsão ou atração entre as cargas desenvolvidas nas esferas. Os primeiros resultados de Coulomb podem ser representados por: 𝐹 ∝ 1 𝑟2 Onde F é a força que atua em cada uma das cargas sobre as esferas e r é a distância que as separam. A força entre as cargas dependem também dos valores das cargas (q1 e q2), sendo proporcional ao produto das mesmas: 𝐹 ∝ 𝑞1 × 𝑞2 𝑟2 O símbolo “” significa proporcional, ou seja, F é inversamente proporcional ao quadrado da distância (r2) entre as cargas e diretamente proporcional ao produto das cargas q1 e q2. q1 e q2 podem ser positivas ou negativas. Se tiverem os mesmos sinais (mesmas naturezas) elas se repelem, enquanto que se tiverem naturezas diferentes (sinais opostos) elas se atraem, ver figura ao lado. Quanto maior for o valore de q1 e/ou q2, maior é a repulsão ou atração. Quanto menor a distância r que as separa, maior é a repulsão ou atração. Nas figuras ao lado estão três situações diferentes. A) Uma partícula fixa com carga positiva de massa “m” e outra partícula, de mesma massa e carga, mas de sinal oposto, que se move com uma velocidade v na direção horizontal. Conforme a partícula negativa se aproxima da carga positiva fixa, a força de atração A aumenta fazendo com que a trajetória da partícula negativa seja desviada e a partícula choca-se com um anteparo colocado à frente dela, sendo o desvio da trajetória igual a “x”. B) A mesma partícula negativa do caso anterior se aproxima de uma partícula positiva fixa, de massa “m” mas agora com carga “2+”. Neste caso, também haverá desvio da trajetória e o desvio da trajetória é “y”. C) A mesma carga positiva fixa do caso “A” com massa “m” e uma partícula negativa com carga igual aos casos anteriores, mas com massa “2m”, ou seja maior que nos casos anteriores é desviada da sua trajetória de “z”. B C Pela própria figura observa-se que o desvio da trajetória depende tanto da carga como da massa das partículas: quanto maior forem as cargas das partículas maior será o desvio; quanto maior for a massa das partículas, menor é o desvio, tanto que: y > x > z. Analise em termo de desvio da trajetória o caso abaixo e faça uma comparação com os casos das figuras anteriores comparando os desvios (caso haja) dos casos anteriores com este proposto.
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