Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
19/03/2017 1 Recomendações atuais A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses e complementada por 2 anos ou mais. Aleitamento Materno Exclusivo Um lactente é amamentado de forma exclusiva quando recebe somente leite materno (de sua mãe ou ordenhado) e não recebe quaisquer outros líquidos ou alimento sólido a exceção de vitaminas, minerais ou medicamentos. Benefícios para o bebê Alimento padrão ouro para o bebê Melhor digestão Maturação do sistema digestivo Nutrientes balanceados Anti‐corpos Ausência de alergênicos Vínculo mãe‐bebê Mata a sede do bebê Desenvolvimento cranio‐facial Benefícios para a mãe Não tem custo É limpo e pronto Diminui sangramento pós parto Recuperação mais rápida do peso Menor prevalência de câncer de mama, ovário e endométrio Contraceptivo* Ajuda na retração uterina Mitos Necessidade de oferecer água ou chá para o bebê. O leite materno é fraco. Se o leite cair no chão, o leite da mãe seca. Amamentar faz a mama cair. Cerveja preta e canjica aumentam a produção do leite. Bebê rejeitou o seio materno. Não se pode amamentar se faz uso de pílula. Se a mama feriu não pode amamentar. Redução de mama ou silicone não pode amamentar. 19/03/2017 2 Comparação leite humano x de vaca Leite humano Leite de vaca Energia (Kcal/dl) 71 69 Proteína (g/dl) 1,1 3,3 (sobrecarga de proteína, eliminada pelo rim, RN tem capacidade limitada de concentrar urina por isso tem que receber muita água) Caseína (%/dl) 36 82 (proteína de difícil digestão) Soro (%/dl) 64 (alfalactoalbumina humana é não alergênica) 18 (betalactoglobulina de vaca é proteína alergênica presente no soro) Gordura (g/dl) 4,5 (gordura de mais fácil digestão pois tem lipase, enzima ativada no tubo digestivo) (ácido graxo importante para sintetização da mielina) 3,8 Comparação leite humano x de vaca Leite humano Leite de vaca Lactose (g/dl) 7,0 (fezes mais líquidas) (aumenta a absorção de Ca) 4,8 (prisão de ventre) Sódio (mEq/dl) 4,1 15 (sobrecarga de Na para o rim) Fatores protetores Fatores antibacterianos e antivirais Imunoglobulinas ambiente específicas; Lisozima – enzima que destrói bactérias; Lactoferrina – liga‐se ao ferro impedindo que seja usado no metabolismo de bactérias; Fator bífido – estimula crescimento de lactobacilos. Ausentes, pois a vaca necessita de bactérias para digestão da celulose E as fórmulas lácteas? São adequadas? Adequado é o leite materno. São caras. Apresentam muita proteína, especialmente as de 2º e 3º trimestre. Colostro Primeira secreção produzida Amarelado e espesso 18‐24 hs até o 7º dia Rico em proteínas, sódio, potássio, anticorpos, vit A. Pouco teor de lactose e gordura 2 a 20 ml por mamada (suficiente) Ajuda a eliminar mecônio (previne icterícia) Pré‐colostro (último trimestre da gestação) Leite materno Leite de transição 7º ao 15º dia Entre colostro e leite maduro Leite maduro Em média a partir do 15º dia Consistência densa e cremosa ao final da mamada 70 kcal/100 ml Volume médio de 700 a 900 ml/dia Leite materno Composição: 160 substâncias Sais mineirais: Ferro Ácidos graxos insaturados e essenciais Vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, C e K, Niacina e Ácido Fólico Anticorpos A amamentação natural dispensa administração de água. 19/03/2017 3 Leite de pré‐termo Mais proteínas, lipídios e calorias. Menos lactose. Apropriado para o RN prematuro que tem mais necessidades de proteínas e menos capacidade de digestão de lactose. Não supre necessidade de Ca, P e proteínas em RN muito baixo peso → suplemento Frações do leite Leite anterior: rico em água Leite posterior: rico em gordura Necessidade de esvaziar a mama Quantidade de gordura é maior ao final do dia Anatomia das mamas Tecido conjuntivo Gordura (tamanho) Tecido glandular 15 a 20 lobos Cada lobo com 10 a 100 alvéolos Canais/ductos Seios lactíferos Mamilo Aréola (glândulas – proteção e lubrificação) Mama madura (±20 anos) Anatomia das mamas Hormônios Glândula hipófise Prolactina: produção do leite Produzida pela Adeno‐hipófise Desencadeada pela sucção – terminações nervosas no mamilo. Atua depois que a criança mama. Secretada em maior quantidade durante a noite. Amamentar a noite ajuda a produção de leite. A gestante apresenta níveis elevados de prolactina, mas não produz leite abundantemente devida à ação de estrogênio e progesterona produzidos pela placenta. Hormônios Glândula hipófise Ocitocina: descida do leite Contração de células musculares ao redor do tecido glandular. Desencadeada pela sucção (1 min após início da sucção) Sintetizada no hipotálamo e armazenada na neuro‐hipófise. Inibida pela adrenalina Influenciada por sentimentos e pensamentos da mãe. Sentimentos positivos e confiança ajudam o leite a “descer” tranquilamente. Atua enquanto a criança suga. Contração do útero. 19/03/2017 4 Tipos de mamilos Pega correta Peristaltismo na língua Fisiologia da Sucção Fisiologia da sucção A sucção envolve a coordenação entre vários grupos musculares, gerando uma variação da pressão e a retirada do alimento e a progressão do mesmo até o estômago. Fisiologia da sucção As 5 fases da sucção: 1. Reflexo de busca 2. Orientação ‐ movimentos da maxila e língua posicionando o mamilo no alto do palato 3. Sucção ‐ aplicação do RN da pressão negativa com a boca, modelando o mamilo e aréola 4. Expressão ‐ movimentos simultâneos da mandíbula para cima e a língua empurrando o mamilo contra o palato para obter a expressão do leite 5. Deglutição – mecanismo reflexo que harmoniza movimentos de maxilares e mandíbula Fisiologia da sucção SNN – rápida e vigorosa – 2 sucções por segundo – 7 sucções por deglutição – apropriada para a estimulação da ocitocina SN – lenta e regular – 1 sucção por segundo – 1 ou duas sucções por deglutição. Se o RN não abocanha a aréola, não atinge a ampola. Sem receber o leite, permanece em SNN por muito tempo, o que pode ferir o seio. A dor libera adrenalina, que inibe a ocitocina e o RN continua em SNN. 19/03/2017 5 Padrão de sucção Suckling: padrão mais imaturo, caracterização pela movimentação ântero‐posterior da língua. Sucking: padrão mais amadurecido. Canolamento de lingua e vedamento anterior mais eficaz. Características do RN que facilitam a sucção Sucking pads Pequeno espaço intraoral Retração da mandíbula Não dissociação dos movimentos de língua e mandíbula Proximidade do palato/epiglote Respiração nasal Cuidados com as mamas Antes do 6º mês de gestação, friccionar os mamilos com toalha após o banho para dessensibilizar o mamilo. Não usar sabonetes ou cremes que ressequem ou sensibilizem a pele. Não usar cremes e óleos na região alveolar Massagear as mamas antes da amamentação. Fazer a ordenha mesmo após a sucção do bebê. Cuidados com as mamas Durante a gravidez e amamentação: Deixar as mamas expostas ao sol por breves períodos (máx 30 min) entre 8 e 10 horas da manhã. Deixar as mamas expostas para ventilação. Usar sutiã para deixar a mama elevada prevenindo compressão de ductos. Manobras para formar ou everter o bico do seio Girar os mamilos entre os dedos indicador e polegar por 2 min 2x ao dia. Tracionar os mamilos 10x dia. Colocar um dedo de cada lado do mamilo sobre a aréola e pressionar para trás e para fora 3x horizontal, 3x na vertical e 3x na diagonal 1x ao dia. (Carvalho, 2002) Cuidados durante a amamentação Roupas da mãe e do bebê devem estar confortáveis e não podem restringir o movimento. Mãe deve estar confortável. A mãe deve segurar a mama em formato de um C com o dedo polegar colocado na parte superior e os outros dedos na parte inferior da mama, deixando a aréola livre. 19/03/2017 6 Postura Facilitadora Apoio para a coluna da mãe Apoio para os pés Evitar encostos flexíveis Recomenda‐se usar um travesseiro ou almofada para diminuir a distância peito‐colo RN posicionado a 45º e com postura flexora Corpo do bebê voltado para a mãe, barriga com barriga, e a cabeça deve estar apoiada no braço alinhada com o corpo do bebê. Postura O bebê precisa de um apoio externo posicional que lhe forneça uma base estável para uma movimentação funcional. Manter postura mais vertical do bebê – prevenção de otites pela posição da tuba uterina (Junqueira, 1999). Postura adequada durante alimentação é fundamental para o bom desempenho da sucção. Estabelecendo boa pega Trazer o bebê até o peito Estimular o lábio do bebê com o mamilo O bebê abre bem a boca e abocanha quase toda a aréola Lábios virados para fora Se a mama for muito grande, com o dedo, a mãe deve cuidar para que as narinas do bebê fiquem livres Realizar alternância das mamas Livre demanda no primeiro mês Modo de retirar o bebê do peito Observar se a mãe retira precocemente o bebê do SM, se ele dá sinais de fome ou permanece alerta ativo ou choro. Observar como retira o bebê do peito. Sinais de Boa pega Pega ineficaz Boca bem aberta Lábio inferior para fora Lábio superior para cima Bochechas arredondadas Queixo do bebê toca o peito Aparece mais aréola acima da boca do bebê Boca pouco aberta Lábio inferior voltado para dentro Aparece mais aréola abaixo da boca do bebê A mãe sente dor Mamas ingurgitadas Mamas prolongadas Bochechas tensas ou para dentro Manual de Observação das mamadas 19/03/2017 7 Condição materna Parto normal: mãe cansada, desgastada fisicamente, as vezes com dor ou sob efeito medicamentoso. Recuperação rápida e apojadura mais precoce. Parto cesariano: cirurgia, mãe dopada, com muita dor, dificuldade de se movimentar, sondada, recuperação lenta e dolorida, apojadura tardia. Pós‐parto 1ª mamada: 30 min após o parto Importante para vínculo mãe‐bebê Liberação de 19 hormônios gastrointestinais para mãe e bebê. Alojamento Conjunto→Alta Duração A mamada deve durar até que o RN esteja satisfeito e solte a mama espontaneamente. O Bebê deve ficar tranquilo entre as mamadas e urinar de 4 a 6 x ao dia. Fatores que prolongam a mamada: Pega incorreta Baixa produção de leite materno por estimulação insuficiente Alteração do padrão de sucção Doença clínica do lactente Legislação trabalhista É vedada a dispensa obrigatória ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez, comprovada por atestado médico, até cinco meses após o parto. Licença maternidade de 4 meses. CLT artigo 392 parágrafo 2º ‐ Licença amamentação: Prorrogação de duas semanas mediante atestado médico pode ser concedida pelo pediatra a toda mãe que estiver efetivamente amamentando seu filho. Legislação trabalhista CLT artigo 396 garante à mãe que amamenta um intervalo de 30 minutos em cada período de trabalho para amamentação até o 6º mês. Mediante atestado médico esse prazo pode ser prorrogado. O tempo de percurso não pode ser descontado dos 30 minutos. Licença à adotante: 120 dias. Licença paternidade: 5 dias consecutivos. Licença por aborto: 30 dias. Papel do pai no AM Encorajar e incentivar o AM Participar do momento Ser paciente e compreensível Cooperar nas tarefas com o bebê e sentir‐se útil no AM Manter a calma Cuidar dos outros filhos se houver Não trazer para casa latas de leite e utensílios de oferta de leite. 19/03/2017 8 Eficiência da sucção A quantidade de leite sugado pelo RN em relação ao tempo gasto difere entre os RNs e está relacionada com o padrão de sucção e com a produção láctea materna. Geralmente considera‐se 1ml/min em RNs com boa sucção e mãe com boa produção láctea. Ordenha 1. Coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola; 2. Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo; 3. Comprima suavemente um dedo contra o outro repetindo esses movimentos várias vezes até o leite começar a sair. Ordenha Ordenha No caso de bebês prematuros ou enfermos a mãe precisa ordenhar o leite de 8 a 12 x ao dia, especialmente na primeira semana, para manter produção láctea adequada. Por que a ordenha é tão importante? Se a glândula mamária não for esvaziada, o acúmulo de leite reduz a sensibilidade das células à prolactina e, ainda que o nível de prolactina esteja elevado, a nutriz apresenta diminuição da produção de leite. Fissuras mamilares Decorrente de pega incorreta Fissura no local de maior pressão poio da gengiva Mais freq em mamilos semi protrusos ou invertidos Primiparidade Deixar a ferida seca Mamas expostas sol para ajudar na cicatrização Mudar a posição e ordenhar antes Passar o próprio leite 19/03/2017 9 Bloqueio dos ductos lactíferos Sintomas: dor e desconforto. Não tem febre. Causa: esvaziamento incompleto das mamas, intervalo prolongado entre mamadas Tratamento: Não interromper o aleitamento. Diminuir intervalo entre as mamadas. Esvaziar a mama fazendo massagens circulares na região. Ordenha manual de alívio. Ingurgitamento mamário Sintomas: dor, desconforto e dificuldade de esvaziamento da mama. Mamas inchadas, brilhantes e tensas. Causa: abundância de leite, início tardio da amamentação, pega ineficaz, remoção do leite pouco frequente. Tratamento: Ordenha e ajuste na pega. Compressas frias regulares por 15min depois das mamadas (diminuir a prolactina que chega à mama). Mastite Sintomas: dor intensa, calor, hiperemia no local, febre, mal estar geral Causa: o entupimento dos canais e entrada de bactérias na mama, através de feridas no mamilo. Tratamento: Medicamentoso: antibiótico cefalexina. Esvaziamento completo da mama. Amamentação não é contra‐indicada, pois a bactéria está no estroma conjuntivo e não no tecido glandular. Abscesso mamário Sintomas: Coleção de pus localizada abaixo da pele, atrás da aréola ou nas estruturas atrás da mama. Cinco a 10 % das mastites evoluem para abscesso. Causa: o entupimento dos canais e entrada de bactérias na mama, através de feridas no mamilo. Tratamento: Medicamentoso e cirúrgico. Se estiver drenando pus próximo ao mamilo a amamentação é contra indicada. Amamentação do bebê com Fissura lábio palatina Posicionar o bebê verticalmente com a face voltada para o peito e ocluir a fenda labial com o dedo indicador. Posicionar o Bebê no peito do lado oposto ao da fissura labial. Amamentação do bebê com S. Down AM indicado Hipotonia Sucção fraca Fadiga em curto espaço de tempo Mamadas longas 19/03/2017 10 A grávida deve comer por dois? Alimentação das gestantes Normal: aumento de 9 a 12 Kg Alimentação balanceada Mais proteínas (carnes, leites e derivados) Mais minerais e vitaminas (frutas e verduras) Fazer várias refeições ao dia reduz náuseas, vômitos e azia Muito líquido Evitar frituras, doces, refrigerantes, temperos picantes, sal (pré‐eclâmpsia, eclâmpsia) É comum prisão de ventre na gravidez (progesterona). Tomar líquido, ameixas, cereais ricos em fibra. Desmame precoce Desinformação Mitos e crenças Trauma mamilar Chupetas Preocupações estéticas Falta de apoio e incentivo da família Relatos de experiências negativas e fracassadas Práticas inadequadas nos serviços de saúde Trabalho maternofora do lar Mamadeira Menos movimentos mandibulares Manutenção do retrognatismo fisiológico Menos movimentação da língua Exige higienização e trocas (1x mês) Favorece cáries dentárias Maior probabilidade de doenças Furo aumentado: diminui o esforço Má‐oclusão Látex x silicone (mais durável) Comum x ortodôntico (mais fisiológico?) Chupeta Má‐oclusão Vício/dependência Higienização Tipos de bicos Não deixar a criança dormir com a chupeta Utilizar a chupeta como exercício Não pendurar objetos Não passar mel ou outros alimentos no bico Copinho Evita confusão de bicos Simples, prático e de baixo custo Fácil esterelização Favorece manutenção do aleitamento Diminui risco de otite media aguda pois bebê alimenta‐se sentado Pode ser usado com bebês prematuros Bebê alerta Busca ativa Contra‐indicações****** Galactosemia do lactente Psicose puerperal (depressão pós‐parto) Quimioterapia oncológica da mulher Fenilcetonúria – É permitido volume restrito HIV Alcoolismo ou drogas Medicamentos contra‐indicados durante amamentação Fase aguda de Doença de Chagas Citomegalovirus em prematuros<32 semanas Lesões orais do lactente por Herpes Simples Lesões mamárias por herpes simples Tuberculose (MS não contra‐indica/máscara) Varicela (Catapora) Hanseníase – Hepatite A proximidade Não é contraindicado amamentar na mastite. 19/03/2017 11 `Prevalência de AM no Brasil Banco de Leite Humano Iniciativa: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz Missão: incentivar, proteger e promover o AM, diminuindo os índices de morbimortalidade infantil Executa atividades de coleta, processamento e controle de qualidade de colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição. Banco de Leite Humano Quem pode doar? A mulher que produzir leite além do suficiente para o seu bebê Não está em uso de medicação Cartão da gestante atualizado Resultado de exames Ser saudável Dispor‐se a ordenhar e doar o leite excedente. Volume em litros de leite humano (coletado e distribuído); número de doadora e de receptor de leite humano nos bancos de leite humano do Brasil. Volume em litros de leite humano (coletado e distribuído); número de doadora e de receptor de leite humano nos bancos de leite humano do Brasil. 19/03/2017 12 Brasil é reconhecido como referência mundial em doação de leite materno País recebe placa da OPAS/OMS. Estudo europeu aponta políticas brasileiras de aleitamento como as mais avançadas no mundo. Brasil possui 213 unidades de Bancos de Leite espalhadas pelo território nacional, o que representa 72,9% dos sistemas de armazenamento do mundo. Entre 2008 e 2014, foram coletados 1,1 milhão de litros de leite doados, e as mulheres brasileiras foram responsáveis por 89,2% desse total. Além da maior quantidade de doadoras de leite, o Brasil também teve posição de destaque na questão da amamentação. Brasileiras amamentam mais que britânicas, americanas e chinesas. No Brasil, a taxa de amamentação exclusiva para crianças até 6 meses é o dobro do verificado na China, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Como preparar o frasco para coletar o leite humano? 1. Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese; 2. Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem; 3. Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura); 4. Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo; 5. Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue; 6. Você poderá usar quando estiver seco Como se preparar para retirar o leite humano (ordenhar)? 1‐ Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais; 2‐ Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço; 3‐ Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca; 4‐ Lave as mãos e antebraços com água; 5 ‐ Seque em uma toalha limpa. Estocagem O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer. Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado e ao terminar acrescente este leite no frasco que está no freezer ou congelador. O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias (congelador) 30 (freezer). Não congelar 2ªx. Leite cru 30 min (AA), 12 hs (geladeira). 19/03/2017 13 Hospital Amigo da Criança Idealizado em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo UNICEF para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Para isso, foram estabelecidos os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Hospital Amigo da Criança – 10 passos 1 – Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço. 2 – Treinar toda a equipe, capacitando‐a para implementar essa norma. 3 – Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação. 4 – Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto. 5 – Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos. Hospital Amigo da Criança – 10 passos 6 – Não dar a recém‐nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica. 7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia. 8 – Encorajar a amamentação sob livre demanda. 9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas. 10 – Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar. Hospitais Amigo da criança em BH HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS HOSPITAL SOFIA FELDMAN MATERNIDADE ODETE VALADARES SANTA CASA DE BELO HORIZONTE HOSPITAL JULIA KUBITSCHEK
Compartilhar