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VIVIANE X BOTICARIO I

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VASCONCELOS ADVOCACIA.
Drª. Maria José Vasconcelos Torres.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL.
VIVIANE ADRIANA DA SILVA FORTES, brasileira, alagoana, casada, comerciária, inscrita no RG sob o nº 1.560.577-AL, CPF/MF nº 031.859.464-13 e CTPS nº 069801 – Série 00016-AL, residente e domiciliada no Loteamento Gira Sol, 353, Barro Duro, CEP: 57.042-150, nesta capital, vem perante Vossa Excelência ajuizar RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de COMÉRCIO DE PERFUMARIA GINSENG LTDA – O BOTICÁRIO, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº 08.489.643/0001-52, com endereço à Rua Desportista Humberto Guimarães, 343, Ponta Verde, Maceió-AL, CEP: 57.035-030, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 39, I E 242 DO CPC:
Art. 39. CPC – Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
I – declarar, na própria petição inicial ou contestação, o endereço em que receberá intimação. (grifos nossos).
Art. 242. CPC – O prazo para interposição de recurso conta-se data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
§1º. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.
§2º. Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação. (grifos nossos).
Ad cautelam, para maior segurança processual, requer a Reclamada que, quando forem realizadas notificações – utilizando-se do teor contido no Art. 39, inciso I e Art. 242, ambos do CPC – sejam esta encaminhadas para o endereço abaixo, tudo objetivando o ilibado e célere andamento processual.
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, Maceió-AL. CEP.: 57.020-580.
 
DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E DO CONTRATO DE TRABALHO
A Reclamante foi admitida em 08 de junho de 2005 para exercer a função de vendedora externa, consistindo seu labor, basicamente, na visita às casas de clientes com o intuito de expor e vender a linha de produtos da Reclamada. Para tal função, foi estabelecida a remuneração fixa anotada na CTPS da Reclamante de R$ 490,00 (quatrocentos e noventa reais), sem contar as comissões, pagas “por fora” que em média totalizavam R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais. 
Em 08 de julho de 2009, a Reclamante foi demitida sem justa causa, sem, no entanto receber de forma correta suas verbas rescisórias, tendo que recorrer a esta Especializada para a obtenção de seus direitos. 
DA JORNADA DE TRABALHO, DAS HORAS-EXTRAS E FERIADOS LABORADOS. 
Até a data de sua demissão injustificada, a Reclamante perfazia a seguinte jornada de trabalho: de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h e aos sábados, das 08h às 13h. Ocorre que nem todo o tempo a Reclamante atuava na função de vendedora externa, sendo obrigada a trabalhar de forma não prevista em seu contrato de trabalho nas lojas de maior movimento da Reclamada, dentre elas: Loja do Shopping Iguatemi, Loja da Ponta Verde, Loja do Bompreço na Buarque de Macedo, dentre outras.
Quando laborava como vendedora interna, geralmente o fazia nos seguintes feriados: dia das mães, dia dos pais, dia dos namorados e festas natalinas.
Também ocorria de, uma vez por semana, a Reclamante laborar no SAC da Reclamada (DISK – O Boticário), localizado na recepção do escritório da empresa no seguinte horário: das 7:30h às 17h, tendo apenas 20 (vinte) minutos para descanso e alimentação. Tal situação perdurou até a data da dispensa da Reclamante. 
Portanto, ante a jornada de trabalho exercer a jornada legal de 44 horas semanais, a Reclamante faz jus ao Recebimento das horas extras laboradas, bem como as dobras dos feriados laborados, devendo também refletir sobre as seguinte verbas: 13º salário, férias com 1/3, RSRs, FGTS + multa de 40%, aviso prévio. 
DAS ANOTAÇÕES DAS COMISSÕES NA CTPS 
Observe que a Reclamada incorre em prática usual e viciosa no que tange às devidas anotações na CTPS da Reclamante. Infelizmente, é comum que as empresas desconsiderem as comissões auferidas por seus colaboradores, quando estes trabalham recebendo remuneração variável. Tal costume consiste num vitupério à Legislação Trabalhista, principalmente no que preceitua o Art. 457, §1º da CLT.
Presume-se que, subjetivamente, a Reclamada que assim se comporta numa relação de trabalho visa, futuramente, alegar a própria torpeza em benefício próprio, a fim de não arcar com as verbas trabalhistas que a ela serão impostas na ocasião de um eventual rompimento do contrato de trabalho. Sequer é preciso ressaltar que tal comportamento deve ser repudiado e inibido pela lidima Justiça do Trabalho.
Desta feita, REQUER a Reclamante que seja anotado em sua CTPS o valor médio de R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais, por ela auferidos a título de “comissões” desde o início até o término de seu contrato de trabalho. 
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO.
 
Devidamente anotada a CTPS da Reclamante, cabe a este tópico iniciar a série de pedidos de retificação das verbas rescisórias recebidas pela mesma, com base nos valores de comissões desconsiderados quando do término do contrato de trabalho, justamente pelo fato de a Reclamada não haver anotado os valores das comissões na CTPS da Reclamante.
Assim, REQUER a Reclamante que lhe seja concedida a diferença das comissões sobre o aviso-prévio indenizado, no valor de 01 (uma) parcela de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE O SALDO DE SALÁRIO DE 05 (CINCO) DIAS.
 
Relativamente ao saldo de salário de 05 (cinco) dias pago à Reclamante, entende-se que o valor a ela dispensado foi insuficiente, por não se haver considerado as comissões como parte integrante deste saldo de salário.
Destarte, REQUER a Reclamada o pagamento da diferença das comissões sobre o saldo de salário de 05 (cinco) dias que totaliza o valor de R$ 83,33 (oitenta e três reais e trinta e três centavos).
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE OS 13º SALÁRIOS, INCLUSIVE O PROPORCIONAL (7/12 avos).
 
No que pertine ao pagamento dos 13º salários de todo liame empregatício, deve-se também acrescer o valor das comissões não anotadas na CTPS da Reclamante pela Reclamada, bem como o 13º salário proporcional, que desde logo REQUER.
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE AS FÉRIAS VENCIDAS + 1/3 CONSTITUCIONAL.
 
As férias vencidas foram pagas à Reclamante como sendo férias proporcionais. Não obstante o erro formal de nomenclatura há de se considerar aqui que foi paga apenas a quantia de R$ 490,00 (quatrocentos e noventa reais) anotados na CTPS da Reclamante a título de férias vencidas.
Desta feita, por se tratarem as comissões de parte integrante da remuneração para todos os efeitos legais, conforme dispõe a CLT em seu artigo 457, §1º, REQUER a Reclamante o pagamento da diferença das comissões sobre as férias vencidas R$ 500,00 (quinhentos reais) mais 1/3 constitucional, de todo pacto laboral. 
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE O FGTS + 40%
 
Deve-se atentar também que os depósitos feitos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço também foram feitos a menor, devendo ser calculada a diferença relativa ao valor das comissões percebidas pela Reclamada. 
REQUER a Reclamante o pagamento de forma indenizada do valor da diferença das comissões sobre o FGTS + 40% no valor de R$ 2.688,00 (dois mil seiscentos e oitenta e oito reais), correspondente a todo período laborado.
DA DIFERENÇA DAS COMISSÕES SOBRE O SEGURO-DESEMPREGO
 
Da mesma forma, o valor das parcelas do seguro-desemprego foram calculadas através do valor anotado na CTPS da Reclamante, devendo, portanto, ser recalculada a diferença das comissões sobre estas parcelas.
Assim, a Reclamante REQUER o pagamento da diferença das comissões sobre as parcelas do seguro-desemprego, ou seja, 05 (cinco) parcelas no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentosreais), que devem ser pagas de forma indenizada pela Reclamada.
DAS COTAS DO SALÁRIO FAMÍLIA
 
É devido à Reclamante pela Reclamada 03 (três) cotas relativas ao salário família, que, de acordo com a portaria interministerial, nº 48 de 12 de fevereiro de 2009, tem o valor de R$ 18,08 (dezoito reais e oito centavos) por cota.
Assim, REQUER a Reclamante o pagamento de R$ 54,24 (cinqüenta e quatro reais e vinte e quatro centavos) relativos ao pagamento de 03 (três) cotas do salário-família que não foram pagos quando da rescisão de seu contrato de trabalho.
DO PAGAMENTO DO SALÀRIO RELATIVO AO MÊS DE AGOSTO DE 2008.
 
Aqui se vislumbra, mais uma vez, um ato de irresponsabilidade e desrespeito da Reclamada para com a Reclamante. No mês de agosto de 2008, a Reclamante gozava de licença maternidade, no entanto, foi indevidamente convocada para laborar neste mês.
Ocorre que em todo o mês de agosto há um considerável aumento no movimento da Reclamada em decorrência deste mês ser comemorado o “mês dos pais”. Assim, talvez para não ter “despesas” na contratação de pessoal temporário, resolveu a Reclamada convocar a Reclamante que encontrava-se em pleno gozo de licença-maternidade. 
Receosa em não atender à convocação da Reclamada, a Reclamante aceitou trabalhar no referido mês, no entanto, nada recebeu por este labor.
Desta feita, REQUER a Reclamante o pagamento da quantia de R$ 990,00 (novecentos e noventa reais), referentes ao que receberia no mês de agosto, caso a Reclamada não acreditasse estar isenta da contraprestação devida pelo labor da Reclamante, que prontamente se dispôs a laborar, mesmo estando afastada de licença-maternidade.
DA RESTITUIÇÃO DE VALORES DESCONTADOS DA RECLAMANTE A TÍTULO DE PAGAMENTO DE EXAME DEMISSIONAL.
 
A Reclamada descontou da Reclamante o valor de R$ 20,00 (vinte reais) que serviram para pagar o exame demissional. Ora, o exame demissional deve correr à custa da Reclamada, nos termos do que preceitua o artigo 168, II da CLT.
REQUER a Reclamante a restituição do valor de R$ 20,00 (vinte reais), indevidamente descontados pela Reclamada quando da rescisão contratual.
DA MULTA DO ART. 467 DA CLT
 
REQUER a Reclamante o pagamento da multa prevista no artigo supra, em caso de, na data da audiência, não serem pagas as verbas incontroversas pela Reclamada. 
DA MULTA DO ART. 477, §8º DA CLT
 
O pagamento das verbas rescisórias, de fato ocorreu, no entanto, de forma indevida, ou seja, a menor. Desta feita, cumpre aqui à Reclamante REQUERER o pagamento dos R$ 500,00 (quinhentos reais), devidos à Reclamante pelo fato de as comissões integrarem sua remuneração e não haverem sido consideradas para o cálculo da referida indenização.
DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA.
 
A Reclamante declara ser pobre na forma da lei, não podendo arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem comprometer o próprio sustento e de seu dependente. REQUER a Reclamante, portanto, seja abarcada pelo benefício e isenções da assistência jurídica gratuita, no estrito cumprimento do que dispõe o artigo 5º, LXXIV da CF e a Lei 1.060/50.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
 
REQUER a Reclamante seja condenada a Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% sobre o valor da condenação.
DO PEDIDO
 
Ante o exposto, a Reclamante requer que Vossa Excelência condene a Reclamada nos seguintes pedidos:
Concessão do benefício da assistência judicial gratuita;
Anotação das comissões recebidas pela Reclamante durante todo o pacto laboral no valor médio de R$ 500,00 (quinhentos reais);
O pagamento da diferença das comissões sobre o aviso-prévio indenizado no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais);
Pagamento da diferença das comissões sobre o saldo de salário de 05 (cinco) dias no valor de R$ 83,33 (oitenta e três reais e trinta e três centavos);
Pagamento da diferença das comissões sobre os 13º salários de todo pacto labora, inclusive o proporcional de 7/12 avos; 
Pagamento da diferença das comissões sobre as férias vencidas + 1/3 constitucional, de todo pacto laboral;
Pagamento da diferença das comissões sobre os depósitos para o FGTS + 40%;
Pagamento da diferença das comissões sobre as parcelas do seguro-desemprego em 05 (cinco) parcelas de R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais;
Pagamento das cotas do salário-família no valor de R$ 54,24 (cinqüenta e quatro reais e vinte e quatro centavos);
Pagamento do salário relativo ao mês de agosto de 2008, no total de R$ 990,00 (novecentos e noventa reais);
Condenação de horas-extras e adicional, de todo labor;
Reflexos das horas-extras sobre os 13º salários, férias com 1/3, RSRs, FGTS + 40%, aviso prévio; 
Pagamento dos feriados laborados com a dobra de 100% e seus reflexos legais.
Pagamento da multa do artigo 467 da CLT;
Pagamento da multa do artigo 477, §8º da CLT;
Restituição de valores descontados pela Reclamada da Reclamante a título de pagamento de exame demissional no valor de R$ 20,00 (vinte reais);
Honorários advocatícios no importe de 20% sobre o valor da condenação.
CONCLUSÃO
REQUER a Reclamante que Vossa Excelência julgue procedente esta Reclamatória em todos os seus pedidos, intimando a Reclamada para que esta, querendo, compareça à audiência e venha a contestar a presente ação, sob pena de incorrer em revelia e confissão sobre matéria de fato nos termos do artigo 844 da CLT. REQUER que ao final, a Reclamada seja condenada ao pagamento de todos os pedidos supra-relacionados.
Por fim, protesta a Reclamante pela produção de todos os tipos de provas admissíveis em direito, sobretudo as documentais, testemunhais e depoimento pessoal, tudo com vistas na boa fluidez do processo.
Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00(cinqüenta mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió (AL), 14 de setembro de 2009.
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES.
ADVOGADA – OAB/AL 5.543.
ELISABELA VASCONCELOS DA COSTA
ESTAGIÁRIA
FELIPE PIMENTEL CAVALCANTI ASMAR
ESTAGIÁRIO.
Av. Dep. Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, Maceió – AL. Fone: (82) 3326-1328. Cels. : 9301-1149. E-mail: Vasconcelosadv@ofm.com.br
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