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Histologia I

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Histologia I
Aula 01 
Anatomia microscopia
-Técnica Histológica – conjunto de procedimentos realizados para obter o preparado histológico (fatia de tecido colocado sobre a lâmina).
Etapas da técnica histológica
-Obtenção do material
-Fixação (preservação do material e de suas características)
-Obtenção do bloco de parafina (para ajudar a cortar)
-Microtomia (corte)
-Coloração
-Montagem
Obtenção do material
-Biópsia 
-Autópsia/necropsia
Se a amostra de tecido:
-Não se fixa: ocorre autólise
-Se fica: conservação das características
Fixação
-Preservação da morfologia e da composição química dos tecidos.
-Fixação química Ex: formol, álcool.
-Fixação física Ex: congelar
Histologia -> tecidos normais
Anatomia patológica -> tecidos patológicos
Obtenção do bloco de parafina (mais fácil de cortar)
Desidratação (banhos de álcool)
Clarificação (“xilol”) 
Impregnação (da parafina)
Inclusão em parafina
Corte em micrótomo
Banho Maria (água a mais ou menos 40°C)
Lâminas
Coloração
Montagem
Coloração 
-Corante -> substância capaz de ligar o corante a outras estruturas.
-Corantes utilizados: hematoxilina (básico) azul/roxo Ex:núcleo
 Eosina (ácido) rosa Ex:citoplasma
Microscopia de luz -> até 1000x
Microscopia eletrônica -> 100000-200000x
Aula 02 – 26/02/13
TECIDO EPITELIAL
CARACTERÍSTICAS:
-Células justapostas (uma grudada á outra) 
-Pouca substância intercelular (pouco espaço)
-Avascular (Dependência do tecido conjuntivo, por isso um tecido fica perto do outro)
O tecido conjuntivo dá o suporte físico e metabólico para o tecido epitelial. Físico, pois ele sustenta e protege o tecido epitelial e Metabólico, pois ele nutre e remove excretas do tecido. 
-Células polarizadas (polaridade funcional e morfológica)
A célula contém lados diferentes. Polo apical, lateral e basal.
APICAL voltado para o meio externo ou para cavidade de um órgão (como o digestório, respiratório, genito-urinário).
LATERAL em contado com as células vizinhas.
BASAL voltada para o tecido conjuntivo/membrana basal.
FUNÇÕES:
-Revestimento e proteção do corpo.
Em relação ao meio externo ele seleciona o que passa por ele. Cria uma barreira. É uma imunidade inata (nasce com o ser humano, não é adquirida como as outras imunidades).
Protege contra a perda de água para o meio externo.
Exemplo clínico: Na Queimadura, se faz um buraco enorme na pele, a pessoa pode morrer por infecção, pois pode entrar microorganismos, a pessoa também pode ficar desidratada pela perda de água. 
-Absorção 
Algumas moléculas atravessam o tecido epitelial para irem para o tecido conjuntivo. Aminoácidos, água, monossacarídeos, etc. (principalmente no intestino).
-Transporte 
De superfície cílios (dobras da membrana que realizam movimento e carregam algo, como o muco) passa por fora da célula.
Endocitose e exocitose Por dentro da Célula.
-Secreção/excreção 
Excreção temos como exemplo as glândulas sudoríparas.
-Percepção de estímulos
NEUROEPTÉLIOS mistura de tecido epitelial com o nervoso.
ESPECIALIZAÇÕES DE SUPERFÍCE DAS CÉLULAS
APICAL
Microvilosidades 
-Dobras da membrana.
-Normalmente são CURTAS.
-Aumentar a superfície de absorção/contato e transporte.
-Existe no Intestino.
-Contém filamentos de actina que servem para mantê-las em pé.
-As actinas se ligam ao topo da membrana plasmática através de uma proteína chamada VITINA.
-As actinas se ligam entre si através da FIMBRINA, FASCINA, ESPINA.
-As actinas se ligam a membrana lateral através da MIOSINA I.
-Actinas ancoradas na base (TRAMA TERMINAL). Os filamentos de actina encontram-se perpendiculares, prendendo através da ESPECTRINA E MIOSINA II.
A base realiza movimentos/contrações através da MIOSINA II para ajudar as microvilosidades a absorver maior número de substancias.
 
 Estereocílios (falsos cílios)
-Diferença entre microvilosidades e estereocílios => estereocílios tem dobras LONGAS e RAMIFICADAS, enquanto as microvilosidades são curtas e únicas. 
-Porém, os estereocílios tem praticamente a mesma função das microvilosidades.
-Encontrados em túbulos genitais masculinos (ducto aferente e epidídimo) e na tuba auditiva (papel sensorial, associado a neurônios).
O epidídimo armazena espermatozoides (o testículo só fabrica). Então, os espermatozoides que se encontram mortos no epidídimo, os estereocílios absorvem para o corpo (eles aproveitam as proteínas, os açúcares, etc. É um tipo de reciclagem).
-Contém também filamentos de actina como as microvilosidades. 
-PERDEM a proteína VILINA, as actinas não conseguem se prender ao topo.
-Proteína ERSINA que prende a actina na membrana lateral. NÃO tem MIOSINA I (não contrai).
-TRAMA TERMINAL proteína ALFA-QUITININA (PERDE também a MIOSINA II [perde a movimentação]).
-Comunicação (ponte citoplasmática) formadas por actina perpendiculares.
 
Cílios
-Diferença entre microvilosidades e cílios -> as dobras dos cílios são MAIORES.
-Diferença entre estereocílios e cílios -> as dobras dos cílios são MENORES.
-Contém microtúbulos no seu interior no lugar da actina. (o microtúbulo é o que detém diâmetro maior em comparação aos outros citoesqueletos)
-Microtúbulos -> nove pares em volta e mais um par no centro.
-Os microtúbulos se desorganizam e se organizam novamente gerando um movimento ritmado, proporcionando um transporte (corrente de fluido ou de partículas na superfície do epitélio). 
- Parede da TRAQUÉIA -> ajudam as “sujeiras, poeiras” a não irem para o pulmão. Batem o muco até a faringe e de lá ela é eliminada ou digerida.
-Cílios da CAVIDADE NASAL – batem para dentro as impurezas. 
ELEMENTOS DE DOMÍNIO LATERAL
 Zônula de oclusão 
-Une uma célula á outra e veda o espaço intercelular.
-Duas proteínas vedam esse espaço a CLAUDINA e a OCLUDINA.
-Filamentos de queratina.
Zônula de adesão 
- Ligar, unir células vizinhas
-Muito parecida com os desmossomos.
-Filamentos de actina.
-DESMOPLAQUINA – fixa a CADERINA à membrana.
-CADERINAS – são como velcros (igual ao desmossomos)
Diferença entre desmossomos e zônula de adesão desmossomos tem queratina tornando-se assim mais espessos, havendo maior ancoragem, tem uma força maior. Já a zônula de adesão contém actina. 
Desmossomos
-União maior, mais forte por conta da queratina.
Ex: células da pele.
Junções comunicantes
-Canal, túnel, chamado de CONEXOS. Proteína CONEXINA.
- CONEXOS -> área de passagem de moléculas entre as células. Íons, principalmente o cálcio que passa muito bem.
RESUMO:
BASAL
Hemidesmossomos 
-1/2 de um desmossomos. Só um lado.
-Unir células epiteliais á lâmina basal.
Membrana Basal
-Separa o epitélio do tecido conjuntivo.
-Existem duas camadas: a LÂMINA BASAL E A LÂMINA RETICULAR.
-A lâmina basal está mais próxima ao epitélio.
-A lâmina reticular está mais próxima ao conjuntivo.
-Seleciona quem atravessa de um lado para o outro. 
-Moléculas grandes não passam (macromoléculas), nem moléculas de carga negativa, pois a membrana é negativa.
-Glomérulo renal -> além de ter uma função de suporte, a membrana basal tem um papel importante na filtração do plasma. 
-Pode também ocorrer tumores por conta dessa membrana basal.
Lâmina Basal
-Lâmina Basal -> Lâmina densa e Lâmina lúcida. A densa contém colágeno IV, matriz amorfa, Laminina, proteoglicanos. Já a lúcida ainda não se encontrou substancias/elementos.
Lâmina Reticular
-Fibras reticulares -> colágeno III
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO EPITELIAL
Formato, número de camadas e se tem especialização de membrana na superfície ou não.
Camadas
-Simples ou estratificado.
Forma celular
-Cuboidal, colunar, pavimentoso.
Tipos especiais
-Pseudo-estratificado e transição.
FORMATO:
-Pavimentoso -> largura maior que a altura.
-Cúbica -> núcleo esférico, lados mais ou menos do mesmo tamanho.
-Cilíndrico -> largura é menor que a altura. 
-Transição -> formato de uma “raquete”.
Nº DE CAMADAS:
-Simples -> todas as células tocam a membranabasal.
-Estratificado -> só a primeira camada toca a membrana basal. Células de formatos diferentes. Para nomear deve-se observar a camada superficial.
TIPO ESPECIAL:
-Pseudoestratificado -> todas as células tocam a membrana basal. A maioria é cilíndrica, por isso não se usa a denominação cilíndrica. As células menores/pequenas funcionam como células de reserva/células tronco. 
-Transição -> “formato de uma raquete”. As células mudam de formato de acordo com o momento do órgão. Temos como exemplo a bexiga e o ureter.
EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO:
-Rins -> epitélio cúbico simples.
-Uretra-> epitélio cilíndrico estratificado.
-Intestino -> epitélio cilíndrico simples com microvilosidades.
-Esôfago -> epitélio estratificado pavimentoso.
Obs: O pavimentoso pode ser classificado ainda como queratinizado ou não queratinizado.
Aula 03 (05/03/12)
Continuação do Tecido Epitelial
Epitélio Glandular
Classificação:
-Parâmetros:
 ->Quanto ao nº de células:
 -Glandular unicelular e multicelular.
 ->Quanto ao local onde a secreção é lançada:
 -Glândula endócrina Não tem ducto secretor. Auxilio da corrente sanguínea como via de condução das secreções.
 -Glândula exócrina apresenta um ducto/canal para passagem da excreção. Pode ser para fora do corpo ou para outra cavidade. 
 -Glândula anfícrina endócrina e exócrina ao mesmo tempo. Ex: Pâncreas e Fígado
*Desenvolvimento glandular – eram células de revestimento que se proliferaram e penetraram (dobraram para dentro) na membrana basal e formaram um potencial de secreção exócrina ou endócrina (margeando a corrente sanguínea).
-Endócrina cordonal é mais rápida do que a endócrina vesicular.
Glândula endócrina unicelular
Ex: Testículo tem uma célula chamada Leyden que fabrica testosterona.
-São várias células, mas elas não ficam juntas, não se agrupam, por isso unicelulares.
OBS: a maioria das glândulas endócrinas fabricam hormônios. Mas o fígado produz algumas proteínas (que não é hormônio). Além da bile (exócrina). Fígado é anfícrina.
Glândula exócrina unicelular 
-Célula caliciforme. (formato de “cálice”) Ex: Sistema respiratório e intestino. Produz um muco viscoso.
Glândula multicelular exócrina
-Ducto excretor
Classificação:
-Quanto a morfologia de suas porções: Ducto Excretor e Porção Secretora
Ducto Excretor
->Simples
->Composta – ramificado
Porção Secretora
->Simples e composta
->Acinosa ou aveolar, tubulosa, tuboacinosa.
-Acinosa -> arredondada
-Tubulosa ->lembra um tubo de ensaio. Enovelada – várias voltas no tubo.
-Tuboloacionosa -> bem arredondada no final do tubo
Classificação
Quanto ao modo de secretar:
->Merócrina, Apócrina e holócrina
-Merócrina -> célula libera o produto de secreção por exocitose. Ex: a maioria das glândulas. Pâncreas.
-Apócrina -> exocitose e sai um pouco do citoplasma apical. Ex: glândula mamária.
-Holócrina – a célula inteira é lançada como produto de secreção. Ex: glândulas sebáceas.
Classificação
Quanto ao tipo de secreção
->Serosa ou Mucosa
-Serosa -> secreção proteica. Tem afinidade com o corante eosina ( é acida). Núcleo na região mais basal. Secreção é mais fluida.
-Mucosa -> secreção glicoproteica. Mais viscosa (mais pesada), por isso empurra o núcleo e ele fica mais achatado e basal. Não tem afinidade com o corante ácido, da aspecto que a célula está vazia.
-Mista -> serosa e mucosa na mesma glândula.
Glândulas endócrinas multicelulares
Classificação
-Cordonal -> células enfileiradas ao redor da corrente sanguínea.
-Vesicular -> células formam uma vesícula, e ao redor da vesícula contém os vasos sanguíneos. 
Colóide – mistura de hormônio e da proteína.
TECIDO CONJUNTIVO
Origem: mesoderma, mesênquima (células mesenquimais) tecido conjuntivo.
-Mesmo adulto pode-se utilizar do mesênquima, pois ele funciona como uma célula tronco.
-Célula mesenquimal também dará origem as células musculares, mas não é colocado nesta classificação de tecido conjuntivo pois não tem matriz extracelular.
Tecido conjuntivo -> mesma origem embrionária e células com matriz extracelular.
-A própria célula fabricou sua matriz extracelular para proteger, nutrir, servir como mordia para ela. 
Ex de tecidos conjuntivos: Adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo.
Características:
-Células dispersas e imersas em gel (ligações com moléculas de água) altamente hidratado.
-Abundante substância intercelular (material celular). 
-Altamente vascularizado.
-Variedade celular.
-Presença de fibras (proteínas organizadas).
Funções:
-Preenchimento e suporte para outros tecidos e órgãos. Ex: Estroma x Parênquima. O estroma apoia e dá suporte para células do parênquima que realizam a função do órgão.
-Transporte de nutrientes, metabólicos e produtos de excreção entre os tecidos e o sistema circulatório.
-Sustentação (Ex: sustentação do tecido epitelial).
-Armazenamento de gordura e íons. (Ex: tecido adiposo ou células adiposas [pois células adiposas podem aparecerem isoladas, não formando tecidos]).
-Defesa (inflamação)
-Processo de reparo (cicatrizes)
Ex: em alguns casos, esse reparo não é benéfico, como no infarto. No miocárdio o tecido conjuntivo preenche espaços vazios que seriam para a regeneração do músculo e não permite então, o movimento(contração) e o coração para. O tecido conjuntivo regenera mais rapidamente que o muscular.
Componentes:
-Diversos tipos celulares.
-Abundante material extracelular.
 Fibras do conjuntivo: colágenos, reticulares e elásticas
 Substância fundamental (gel composto de proteoglicanos e glicoproteinas).
Tecido Conjuntivo Propriamente dito
Componentes:
Células: Residentes (fixas) e Transitórias (saem do sangue para o tecido conjuntivo).
Matriz extracelular: Fibras, Substância fundamental e glicoproteínas.
Matriz extracelular
-Combinação de açúcares com proteínas.
Componentes:
-Gag’s (glicozaminoglicano e proteoglicanos)
-Proteínas fibrilares (colágeno, fribronectina, elastina e laminina).
Funções:
-Estrutural e adesiva adesão, migração, forma, sobrevivência, atividade e diferenciação.
-Co-receptor
-Reservatório e proteção
Sistema Colágeno
-Corresponde a 30% das proteínas do organismo.
-Produzido por diversos tipos celulares.
-Unidade proteica: tropocolágeno (3 cadeias alfa).
Existem cerca de 27 tipos de colágeno:
-Colágenos que formam fibrilas: I,II,III.
-Colágenos associados a fibrilas: IX, XII.
-Colágenos que formam redes: IV (lâminas basais).
-Colágenos de ancoragem: (VII fibrilas de ancoragem).
Fibras colágenas:
-São brancas no estado fresco.
-Fornece resistência às trações.
-Formadas pelo colágeno tipo I.
-Fibrilas fibras feixes
-Presença de estriação transversal ao ME (microscópio eletrônico).
-Acidofilia - fibrila colágena. (eosina) (rosado)
-HE
Ex: pele, tendão.
-Colágeno é formado por três cadeias, duas cadeias peptídicas alfa e uma tipo alfa 2.
-Tropocolágeno -> fibrilacolágeno -> fibras -> feixes
Biossíntese do colágeno
-Formação do RNAm no núcleo.
-Início da síntese da pró-cadeia alfa 1.
-Síntese da pró-cadeia alfa no RER.
-Hidroxilação dos resíduos de prolina e lisina (Vitamina C) e clivagem das sequências de sinal RER.
-Glicolisação (adição de açúcar nas proteínas) de resíduos de hidroxilisil específicos no RER.
-Formação de moléculas de hélice tríplice de pró-colágeno a partir de um C-terminal e N-terminal semelhante a um zíper.
-Estabilização da hélice por pontes de Hidrogênio.
-Transporte de moléculas de pró-colágeno em vesículas para o Complexo de golgi.
-Embalagem das moléculas de pró-colágeno pelo Complexo de golgi em vesículas secretoras.
-Vesícula sai para a a Membrana Plasmática (ainda não pronta).
-Exocitose das moléculas de pró-colágeno
Fora da célula:
-Clivagem dos domínios pró-colágeno N-helicoidal e do pró-colágeno C globular a partir de proteinases.
-Polimerização das moléculas de colágeno em fibrilas na enseada (término da formação).
-Incorporaçãode outros colágenos na fibrila.
Obs. sobre a Vitamina C: por só ocorrer a hidroxilação na presença de vitamina C, quem sobre de escorbuto sofre da falta de colágeno.
Doença Genética relacionada a síntese de colágeno:
-Síndrome de Ehlers-Danlos	
Mutação nos genes codificantes da cadeia alfa 1 e 2 do Colágeno I, envolvendo a região N-terminal, interferindo na conversão do pró-colágeno para colágeno. Defeito na formação das ligações cruzadas com consequente redução da força tênsil dos tendões e da pele. 
-Colágeno instável.
Fibras Reticulares
-Colágeno III associado à glicoproteínas e proteoglicanos. 
-Apresentam estriação transversal em ME.
-Fibras argirófiras (afinidade pela prata)
-Fibras delgadas que se dispõe em rede.
-órgãos linfoides, epiteliais, células musculares.
Ex: fígado, baço.
Sistema elástico
-Fibras delgadas que cedem as trações, mas retornam a sua forma.
-Demonstradas por métodos seletivos Ex: orceína
-Elastina + fibrilina-> fibra elástica. 
-A elastina é produzida pelos fibroblastos e células musculares lisas dos vasos sanguíneos.
-As fibras elásticas são encontradas na pele, pulmão, bexiga.
-As membranas elásticas fenestradas são encontradas nos vasos sanguíneos.
Doença genética:
-Síndrome de Marfan – defeito na hora de formar fibrilina. Secção da aorta, parede de vaso não torna-se tão elástico.
Dedos longos, membros longos.
Substância fundamental
-Gel transparente e muito hidratado.
Funções:
-Preencher espaços e promover a união entre as células e as fibras.
-Facilitar á penetração de microorganismos.
-Constituintes: glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas adesivas.
Glicosaminoglicanos (gag’s)
-Atraem grande quantidade de água. Por conta disso, fornece resistência à compressão.
-Facilita a difusão de nutrientes e gases.
-Polímeros lineares de dissacarídeos (ácido hexurônio + hexosamina) distribuídos de forma alternada na cadeia, apresentando resíduos de sulfato. Sulfato ajuda a fazer ligação com a água.
Proteoglicanos
-São formados por moléculas de Gag’s associados a um core proteico (proteína central)
-Fixam diversas moléculas sinalizadoras 
Funções:
-Poliânios (alta densidade de carga negativa).
-Resistentes à compressão (alta pressão osmótica).
-Restringem o fluxo de água (água se liga as moléculas de gag’s).
-Limitam a difusão de solutos.
-Microorganismos parasitas podem interagir com moléculas de gag’s.
-Podem estimular ou inibir a mobilidade e a adesão celular.
-Regulam a associação de fibrilas colágenas.
-Podem modular a organização das fibras e das células do tecido conjuntivo.
-Proteoglicanos de membranas ligam as células fibronectina ao colágeno.
-Participam de armazenamento e da liberação de fatores de crescimento da matriz extracelular.
-Anti-coagulante (heparina, heparan, sulfato).
Glicoproteínas adesivas
-Porção proteica associada a glicídios.
-Se liga a superfície da célula e a outros elementos da matriz (proteoglicano e colágenos) (fita dupla face)
Degradação da matriz:
-Por metaloproteases (quebra da matriz) para renovar a matriz, dee-se abrir caminho para passagem de elementos.
Colágenos I, II e III
Estromelisinas 1, 2 e metaloelastase
Gelatinases A e B
Metaloproteinases de membrana (MT-MMP)
CLASSIFICAÇÃO GERAL:
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO
-Todos os elementos, sem predomínio em relação a matriz.
-Muitos vasos sanguíneos, sempre acompanha o tecido epitelial.
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO
-Predomínio das fibras colágenas.
-Maior resistência
-Feixes desorganizados.
TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO
-Feixes organizados
-Fibras colágenas
TECIDO CONJUNTIVO MUCOIDE
-Predomínio de Gag’s (subst. Fundamental).
-Consistência gelatinosa
-Só no cordão umbilical
TECIDO CONJUNTIVO RETICULAR
-Predomínio de fibras reticulares
TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO
-Predomínio de fibras elásticas
Aula Prática 
Lâmina de rim -> tecido epitelial cúbico simples
Lâmina de Pele -> tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado
Lâmina do Testículo e Epidídimo -> tecido epitelial pseudoestratificado estereociliado. 
-O foco estava no epidídimo. O testículo a imagem é mais bagunçada.
Lâmina da Traquéia -> tecido epitelial pseudoestratificado ciliado com células caliciformes. 
-Têm células caliciformes
Lâmina de bexiga -> tecido epitelial de transição.
Lâmina de língua -> tecido epitelial pavimentoso não queratinizado.
Tomar cuidado, pois um lado tem queratina e outro não.
Lâmina supra-renal -> epitélio glandular endócrino cordonal
Células justapostas, bolhas (fabricando algo), células epiteliais secretoras circundando no vaso sanguíneo.
Lâmina de tireoide -> epitélio glandular endócrino vesicular.
Células epiteliais formando uma vesícula no meio (coloide [mistura de hormônio])
Lâmina do Intestino (Duodeno) -> tecido epitelial cilíndrico simples com células caliciforme com microvilosidades.
Glândula exócrina acinosa mucosa 
Empurra o núcleo para a base, parece que a célula esta vazia, pois não tem afinidade com a eosina.
Lâmina da pele -> Derme profunda -> tecido conjuntivo frouxo e denso não modelado.
TECIDO CARTILAGINOSO
Tecido conjuntivo especial (células + componentes extracelulares).
Matriz extracelular -> fibras + substância fundamental (gel firme e rico em água).
-É similar com a do tecido conjuntivo, porém a quantidade de elementos que vai mudar. Substitui-se um pouco de fibras por substancia fundamental. 
Não apresenta vasos (sanguíneos e linfáticos) e terminações nervosas.
-Foge a regra do tecido conjuntivo, é o único que não tem.
Circundando pelo pericôndrio (ao redor da cartilagem) - contém tecido conjuntivo denso não modelado.
-Os nutrientes vem do pericôndrio. É a matriz extracelular que permite a passagem de nutrientes entre elas.
Flexibilidade + resistência = amortecedor
-O tec. Conj. Propriamente dito é flexível, mas não firme.
-O tec. Ósseo é firme, mas não é flexível.
-O tec. Cartilaginoso é flexível e firme (como se fosse uma gelatina com pouca água).
Tem muita água presa aos glicosaminoglicanos, mas não na forma líquida.
FUNÇÕES:
Suporte de tecidos moles. Ex: nariz, orelha. 
A pele é sustentada pela cartilagem.
Revestimento de superfícies articulares (ligando dois ou mais ossos) para a absorção de choques e facilitação de deslizamentos (movimentos).
-Diminui o atrito facilitando o movimento.
-O osso é bem liso onde tem cartilagem.
Ex: epífises. Cobertas por cartilagem articulares. 
Participação da formação e crescimento dos ossos longos. 
-Entre a epífise e a diáfise tem cartilagem.
-Cartilagem pode sofrer um processo de ossificação, formando ossos no seu lugar.
Crescimento rápido + consistência = material esquelético no desenvolvimento fetal (molde)
-No desenvolvimento fetal o processo de classificação do crescimento do osso é endocondral(dentro da cartilagem) e formam ossos longos.
CÉLULAS
a)Condrogênicas
-Origem mesenquimal (célula tronco/célula mãe/célula fonte).
É um estágio intermediário, a célula pode não se diferenciar e começa a se comprometer com a cartilagem. Ainda não fabrica, não faz nada para a cartilagem.
-Fusiformes e estreitas, núcleo ovoide.
b)Condroblastos
-Originário de células mesenquimais e condrogênicas.
-São arredondadas.
-Fabrica pouca matriz extracelular. Essa célula fica presa na própria matriz e vira condrócito.
-Apresentam organelas correspondentes a síntese.
c)Condrócito 
-Condroblastos circundados pela matriz, habitando lacunas.
-Síntese/manutenção elevada (ao contrário do condroblasto). 
-Degradação da matriz extracelular -> liberação de fatores que degradam a matriz onde ela mesmo está. (ela própria fabrica e libera).
-Grupos isógenas: condrócitos se dividem e podem formar grupos de até 32 células. 
Condrócitos podem estar separados ou em grupos (mitoses).
Há duas formas de formar condrócitos: Processo mesenquimal e mitoses (ocupam a mesma lacuna e depois se separam).
-Vivem com baixa concentração de oxigênio. Não suporta alteração ambientalao contrário das condrogênicas que são mais novas. 
OBS: todo ponto que tem tecido conjuntivo tem célula mesenquimal.
-Oxigênio e nutrientes chegam por difusão.
-In vivo ocupam toda a lacuna, mas nos preparados histológicos ficam retraídos. (no microscópio se vê a lacuna por isso – aterfato de técnica, não apresenta realidade) .
CRESCIMENTO
Intersticial 
-Do meio para a borda.
-Divisão de condrócitos -> mitose -> grupos isógenos -> formação de matriz -> distanciamento -> ocupa outra lacuna -> aumenta a cartilagem por dentro.
Aposicional
-Da borda para o meio.
-Células condrogênicas do pericôndrio -> diferenciação em condroblastos -> síntese de componentes da matriz extracelular -> cresce por acréscimo da periferia. 
HISTOGÊNESE (como se forma no corpo)
-Células mesenquimais (muitos prolongamentos) -> retraem prolongamentos -> arredondadas e reunidas em massas -> centros formadores de cartilagem.
-Diferenciação em condroblastos -> síntese de matriz -> células em lacunas -> condrócitos.
-Condrócitos ainda se dividem em -> grupos isógenos (por mitose).
PERICÔNDRIO
-Bainha do tecido conjuntivo denso (em sua maior parte) que envolve a cartilagem, exceto fibrocartilagem e cartilagem articular.
Duas camadas:
->Externa – fibrosa (colágeno tipo I) com fibroblastos e vasos sanguíneos.
->Interno – celular (células condrogênicas)
Funções:
-Fonte de novos condrócitos para o crescimento (fonte de novas células/renovação celular)
-Nutrição da cartilagem.
MATRIZ CARTILAGINOSA
Substância fundamental
-Principalmente água (75%) -> ajuda na resistência à compressão.
-Proteoglicanos (agrecana) que se ligam ao ácido hialurônio (não tem sulfato), condromodulina (adesivo) e condroctina.
Fibrilas 
-Colágeno tipo II (exclusivo da cartilagem)
-Colágeno tipo IX (superfície das fibrilas de colágeno).
-Colágeno tipo XI (interior das fibrilas)
-Colágeno tipo VI (pericelular – aconcorar células e matriz e organizar fibrilas de colágeno II).
-Colágeno tipo X – estrutura em rede - (cartilagens sujeitas a calcificação).
Classificação:
-Matriz Pericelular
Imediatamente ao redor do condrócito
Acabou de ser fabricado
Colágeno tipo VI e tipo IX, proteoglicanos sulfatados, glicoproteínas
-Matriz territorial
Afastamento da matriz -> territorial
Ao redor do grupo isógeno
Menos colágeno do tipo (X e VI, proteoglicanos, etc)
-Matriz interterritorial
Entre a matriz territorial / entre grupos isógenos.
TIPOS DE CARTILAGEM
Hialina, Elástica e Fibrocartilagem.
Hialina
-Tipo clássico (base de todas as características).
-Aspecto vítrio e azulado.
-Cartilagens costais, parte do esqueleto nasal, na laringe, traquéia, brônquios e superfícies articulares.
-Forma pequenos moldes dos futuros ossos.
-Crescimento dos ossos (passa pelo processo de ossificação)
Ossificação endocrondral só acontece na hialina.
As vezes acontece ossificação na traquéia, no esterno, etc. (principalmente nos homens – pouco nas mulhers)
-Matriz homogênia (matriz misturada).
*Superfície articular – Diartroses (não tem pericôndrio, já a hialina normal tem).
-Membrana sinovial
Célula A (macrófagos) e Célula B (fibroblastos)
-Líquido Sinovial
Ácido hialurônico, glicoproteína (lubricina)
Elástica
-Similar a cartilagem hialina
Diferença: presença de fibras elásticas na matriz, por isso é mais flexível do que a hialina.
Ex: orelha externa, epiglote.
Fibrocartilagem
-Não apresenta pericôndrio
-Matriz apresentando colágeno tipo I (resistente à tração).
-Discos intervertebrais, sinfise púbica, cartilagem articular.
-Condrócitos em fileiras.
Hérnia de disco – relação com a fibrocartilagem e discos intervertebrais que se desgastam com o tempo e o uso repetitivo – aperta o nervo.
TECIDO ÓSSEO
-Tecido conjuntivo especial (células + matriz extracelular).
-Matriz é bem diferente, é mineralizada -> rigidez.
Mineral: fosfato de cálcio (principal componente da matriz óssea).
-Matriz óssea orgânica – capaz de sintetizar.
-Matriz óssea inorgânica – não é capaz de sintetizar.
FUNÇÕES DOS OSSOS:
-Suporte, sustentação.
-Proteção – protege o cérebro, medula espinhal e órgãos.
-Movimento – alavanca juntamente com o músculo.
-Reservatório de minerais – especialmente cálcio e fósforo.
-Formação de células do sangue – hematopoese ocorre dentro da cavidade medular dos ossos.
O tecido ósseo participa da hematopoese, pois libera fatores que a controlam. 
O osso é formado por vários tecidos, mas o principal é o ósseo. Sem ele, o osso não suporta o corpo, não armazena íons, não protege, não sustenta, não participa da hematopoese, etc.
Métodos de estudo do tecido ósseo
-É difícil de estudar a microscopia, tem que utilizar a técnica:
 do desgaste (liga o osso) (não preserva elementos orgânicos, só a disposição dos minerais onde as células estavam).
da descalcificação (ácidos fortes que se ligam ao mineral e desfazem suas ligações, os minerais vão para o ácido) (somente parte orgânica).
-O ácido pode acabar saturando pela falta de íon (tem que trocar toda hora) -> osso fica maleável -> fácil para corte -> fica apenas a parte orgânica.
Osso x Tecido ósseo
 -Osso -> vários tecidos, também pode apresentar cartilagem hialina.
Estrutura dos ossos:
-Ossos compactos 
Sem cavidades visíveis 
Arranjo lamelar concêntrico
Encontrado nas diáfises de ossos longos, na periferia dos ossos curtos e nas tábuas dos ossos chatos.
-Ossos esponjosos (poroso)
Trabéculas – arranjo paralelo das lamelas.
Reveste a cavidade medular
Encontrado nas epífises dos ossos curtos e chatos. 
Localização do tecido hematopoético (medula vermelha)
-Medula amarela – presença de adipócitos
-Medula vermelha – células do sangue em estágios de desenvolvimento (bebê tem em maior quantidade)
Na infância a medula óssea vermelha é encontrada na cavidade medular da diáfise em todas as áreas do osso esponjoso.
Adultos a medula vermelha é encontrada no esterno e ilíaco e na cabeça do fêmur e úmero.
-Transplante de medula -> crista ilíaca (principalmente) e esterno -> as duas são menos evasivas que as outras áreas, pois estão em um estagio bem gelatinoso (fácil para sucção).
Coloca a medula no sangue periférico e ela migra para o seu local – processo conhecido como “home” (procura sua casa).
Um tumor ocorre principalmente em células que realizam renovação intensa, em intensa atividade.
Membranas ósseas
-Periósteo ->dupla camada de membrana protetora. Pontos de ancoragem dos tendões e ligamentos.
-Endósteo ->membrana de tecido conjuntivo que recobre a superfície interna do osso – também contém osteoblastos e osteoclastos.
Composição dos ossos
a)Osteoprogenitoras
-Derivadas das células mesenquimais.
-CBF alfa 1 -> fator de transcrição óssea 
-Encontradas nas superfícies externa e interna dos ossos e microvasculatura.
-Células achatadas com núcleo ovoide ou alongado e coloração suave.
-Diferenciam-se em osteoblastos.
b)Osteoblastos
-Responsável pela síntese da parte orgânica da matriz. Síntese elevada dos elementos orgânicos (cheio de organelas)
-Apresentam-se cúbicos ou cilíndricos.
-Respondem a estímulos mecânicos para mediar alterações no crescimento ósseo e modelado.
Tem aspecto do tecido epitelial.
c)Osteócito
-Células maduras, presas na matriz óssea que ele mesmo fabricou, aprisionados em lacunas.
-Baixa síntese essenciais na manutenção.
-Célula alongada.
-Apresenta prolongamento do osteócito dentro dos canalículos (nutriação/comunicação) vão para a superfície ou um ponto onde tem vasos sanguíneos.
Um prolongamento se une ao prolongamento de outras células para comunicação.
d)Osteoclásto
-Não tem mesma origem das células dos ossos. Derivadas de precursores mononucleados. 
Mesma célula mãe do macrófago. 
-Células grandes, multinucleadas (fusão de várias células). Derivados de precursores mononucleados.
-Reabsorção da matriz, Lacunas de Howship (osteoclastos em atividade).
-Inúmeros lisossomos.
-Secretam ácido (H+) e várias enzimas (colagenases, hidrolases) liberando cálcio (desfaza ligação cálcio e fosfato).
-Cálcio livre -> osteoclasto fagocita o cálcio na corrente sanguínea.
Objetivo: liberar o cálcio. É muito importante. Modifica-se a matriz para pegar o cálcio. (reabsorção e remodelamento ósseo).
Osteoclastogênese
Resumo:
-Precursos (unidade formadora de colônia) CFU é estimulado.
-Rank L é um ligante, se liga à um receptor (Rank)
->Rank L molécula que se espelha (ligante) (fechadura).
->Rank fica na superfície (receptor) (chave).
Quem libera Rank L para estimular o processo? Pré-osteoclastos ou osteoclastos muito jovem (imaturo – inativo)
-Rank L se liga ao precursor e estimula a produção de osteoclasto.
-> Aumento de Rank L se liga ao Rank -> osteoclasto -> ativo.
-> Diminuição de Rank L -> dificuldade em formar osteoclasto.
-Osteoprotegerina (OPG) se liga ao Rank L e o bloqueia. Ajuda a regular a quantidade de Rank L, pois tem que ter um equilíbrio, não pode ter muito, nem pouco.
-Fatores induzem a formação de osteoclastos que agem indiretamente se ligando as células estromais da medula óssea, que por sua vez, induzem um amento da expressão de Rank L que, então, se liga ao receptor de Rank L no precursor de osteoclasto e induz a formação óssea.
Obs: Câncer de mama – perda óssea muito grande. Qual a relação?
-No tumor de mama existe um estimulo no aumento de linfócitos que acaba indo para a medula óssea e ocupa a área de osteoblastos ativos, então terá muito osteoclasto inativo. Assim, há um aumento de Rank L (liberação) e consequentemente, aumento da reabsorção óssea.
MATRIZ ÓSSEA ORGÂNICA
-Maior percentual da matriz (30% mais ou menos).
-Colágeno I (resiste ao forças de tração) (+ de 30%)
-Outros tipos V, XI, XIII, III.
-Substância fundamental: glicoproteínas, glicoglicanos, gel, proteoglicanos(forças compressivas)
-Osteocalcina – captura o cálcio da circulação e atrai osteoclasto para o processo de reabsorção.
-Osteóide – matriz orgânica que o osteoclasto acabou de fabricar.
PARTE INORGÂNICA
-Principalmente fosfato de cálcio (cristais hidroxiapatita).
-Mg, Na, K.
-Resistência do osso (aguenta o peso por conta desses cristais e os colágenos).
-Esta sendo estudado pelos dentistas principalmente. Relacionado à fraturas, ajuda no processo de reparo ósseo (cicatrização) (coloca nas áreas da fratura).
MEMBRANAS ÓSSEAS – Periósteo e Endósteo.
Periósteo 
-Dupla camada de membrana protetora, encontramos fibras nervosas, sangue e vasos linfáticos.
-Se fixam ao osso pela fibra de Sharpey (colágeno).
Camada externa -> mais fibrosa (tec. Conjuntivo Denso não modelado)
Camada interna -> mais células (osteoblastos, osteoclastos, osteoprogenitoras).
-Ponto de ancoragem dos tendões e ligamentos.
Endósteo
-Membrana de tecido conjuntivo que recobre a superfície interna do osso, também contém osteoblastos e osteoclastos.
-Ponto/ligação entre o osso e a medula óssea 
-Placas de periósteo cobrem o osso compacto do lado externo com o endósteo revestindo o osso esponjoso internamente.
-Apresenta medula óssea entre as trabéculas.
Estrutura do osso:
Osso Primário ou imaturo
 -Primeiro osso que acaba se formando durante a vida fetal e durante o processo de reparo ósseo.
Características: ausência de lamelas (camadas), matriz dispersa, menos mineralizado que o secundário.
-No adulto fina nas áreas de suturas, alvéolos dentários, pontos de inserção de tendões. 
-Fibras colágenas dispostas em várias direções, sem organização (não confundir com o tec. Conj. Denso não modelado) (essa estrutura vai mudar, é a formação inicial apenas).
Osso secundário ou maduro
-Lamelas paralelas ou concêntricas, matriz mais resistente (diáfises principalmente, pois tem muita pressão)
-Do vaso sanguíneo (periósteo) para a periferia. (crescimento) – Pois, as células progenitoras estão perto do vaso.
-Entre uma lamela e outra tem osteócitos que tem prolongamentos para dentro dos canalículos, traz nutrientes entre uma lamela e outra. 
-Sistema de Havers ou Osteon – unidade estrutural do osso compacto -> lamelas mais concêntricas + canal central. Canal com vasos sanguíneos, tem endósteo -> lamela concêntrica.
-Lamela -> constituída por matriz (forma tubular – como colunas), substância mineralizada depositada em camadas.
-Canal de Havers – canal central contendo vasos sanguíneos e nervos. Sempre paralelos.
-Canal de Volkman – une canais de Havers de ósteons adjacentes. Apresentam orientação oblíqua ou perpendicular aos canais de Havers.
-Osteócitos – células maduras.
-Lacunas – cavidades nos ossos contendo osteócitos.
-Canalículos – canais que interconectam as lacunas entre si e com o canal central.
 
Osteogênese ou ossificação
-O processo de formação do osso leva:
->Formação do esqueleto do embrião.
->Crescimento do osso até a idade adulta.
->Espessura do osso, remodelamento e reparo.
Através do Tecido Conjuntivo(intramembranosa/endoconjuntiva) ou cartilagem (endocondral).
-Antes da 8ª semana, não tinha osso. O esqueleto de um embrião humano consiste em uma membrana fibrosa e cartilagem hialina. Nesse estágio quem da sustentação é o tecido conjuntivo ou cartilagem.
->Ossificação intramembranosa/endoconjuntiva – osso se desenvolve a partir de membrana de tecido conjuntivo (formada por células mesenquimais) EX: ossos do crânio(frontal, parietal, temporal, occipital) e clavícula.
-Aparece um centro de ossificação na membrana fibrosa do tec. Conj. (células mesenquimais se aglomeram e se diferenciam em osteoblastos)
-Começa a formar matriz óssea. É secretada dentro da membrana fibrosa.
Osteoblastos secretamos osteóide, que se torna mineralizado. (osteoblastos -> osteócitos)
-Tecido ósseo (rede de trabéculas) e periósteo (mesenquima vascularizado)
-Formação do colar ósseo do osso compacto (depois substituído por osso secundário).
-Aparece na medula óssea vermelha.
->Ossificação endocondral – osso é formado pela troca de cartilagem hialina como padrão. Ex: ossos longos.
-Ocorre a partir de uma cartilagem hialina.
-Mais complexa que a ossificação intramembranosa.
-Começa com um centro de ossificação primário – pericôndrio se torna vascularizado e as células mesenquimais se diferenciam em osteoblastos.
-As células progenitoras do pericôndrio formam o colar periósteo. (Pericôndrio vira periósteo)
-Calcificação e deterioração da cartilagem hialina no centro da diáfise.
-Invasão de vasos sanguíneos do periósteo e formação do osso esponjoso.
-Formação da cavidade medular a partir da destruição do complexo cartilagem calcificada/tecido ósseo.
-Centro secundário de ossificação se estabelece.
-Toda a cartilagem epifisária é substituída por osso, exceto a cartilagem articular.
-Estimulado pelo condrócito há libera de Ihh (proteína) -> pericôndrio + Ihh -> formação do periósteo -> pelas paredes dos vasos sanguíneos vem migrando células mesenquimais -> vão para dentro da lacuna -> diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos -> síntese de matriz orgânica -> mineralização da matriz -> osteócitos em lacunas. Através do sangue vem também macrófagos -> degradação da matriz cartilaginosa no meio para formar a cavidade medular.
Obs: as células mesenquimais sabem que tem que virar osso pela presença dos vasos sanguíneos. (cartilagem não tem).
-Condrócito hipertrófico (aumenta de tamanho).
Aumento de Oxigênio -> aumento do condrócito (hipertrofia)
Hipertrófico libera VEG-F -> vasos sanguíneos no periósteo, invade a matriz -> condrócito morre por aumento na quantidade de oxigênio. Pois ele vive com baixa de oxigênio.
Zonas de Ossificação endocondral
-Zonas de repouso – cartilagem hialina sem alterações morfológicas.
-Zonas de proliferação – aumento da quantidade de condrócitos enfileirados.
-Zonas hipertrófica – condrócitos hipertróficos e calcificação da matriz territorial.
-Zonas de cartilagem calcificada – matriz apresenta-se calcificada sob a forma de finos tabiques (fina matriz).
-Zonas ossificação – invasão de células osteoprogenitoras e diferenciação em osteoblastos. Já tem tec. Ósseo.
CRESCIMENTOLongitudinal: cartilagem cresce continuamente e é substituída por osso. 
 -Regulação hormonal.
Durante a infância, a atividade da placa epifisária é estimulada pelo GH.
Durante a puberdade, testosterona e estrógenos regulam o crescimento ósseo. 
Hormônios sexuais bloqueiam o crescimento da cartilagem.
FRATURA
-Rompimento do vaso -> formação de hematoma.
-Crescimento de capilares em direção ao tecido e início do trabalho de células fagocíticas.
-Ligação da fratura por um calo cartilaginoso. Ocorre quando: fibroblastos secretam fibras colágenas e osteoblastos iniciam a formação de osso esponjoso.
-Calo fibrocartilaginoso vira tecido ósseo e é substituído por Calo ósseo ( é quando libera da imobilização/do gesso), mas o osso ainda não está 100%.
-Remodelamento ósseo -> ativa osteoclastos e osteoblastos (do lado oposto), limpando de um lado e colocando no outro (estresse mecânico) -> matriz óssea no meio para ligar as duas partes. 
Obs: estrutura final é remodelada pois responde ao estresse mecânico.
Mecanismo hormonal que mantém a homeostasia do cálcio no sangue.
Forças gravitacionais e mecânicas atuam no esqueleto.
OSTEOPOROSE
-Perda do equilíbrio em relação a osteoclastos e osteoblastos.
-Maior absorção, menos deposição.
-Tratamento: reposição hormonal (estrogênio), suplemento de cálcio e VITD, aumento de exercícios.
TECIDO SANGUÍNEO
-Tecido conjuntivo especializado.
-Matriz extracelular líquida, basicamente formado por água.
-Sempre flui por compartimentos fechados -> vasos.
-Fluido vermelho, viscoso, levemente alcalino (pH +ou- 7).
-Responsável por aproximadamente 7% do peso corporal. 
-Volume total de sangue em um adulto: 6L
FUNÇÃO:
-Transporte de: gases, nutrientes e excretas, moléculas reguladoras (ex:hormônios) e células do sistema imune.
-Regulação do pH e osmose. (através dos íons que se encontram no sangue).
-Manutenção da temperatura do corpo (através da água que custa a perder calor).
-Proteção contra elementos estranhos (carrega as células de defesa)
-Coagulação (plaquetas) – contra perda de sangue (bloqueio do vaso).
COMPONENTES:
-Elementos figurados (parte celular): hemácias oi eritrócitos (não apresenta núcleo), leucócitos (única célula verdadeira) e plaquetas (não tem núcleo e uma série de organelas).
-Plasma -> matriz extracelular.
Obs: Hemácias e plaquetas atuam só no sangue, já os leucócitos não tem atuação quando circundam no sangue, estão lá só para serem transportados.
-Tubo de ensaio -> centrífuga -> separação dos elementos do sangue.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PLASMA
-Água, proteínas (albuminas, globulinas, fibrogênio), eletrólitos (Na+, K+, Ca++, Mg++, Cl-, HCO3-, etc), substancias nitrogenadas não proteicas (ureia, creatinina, ácido úrico), nutrientes (glicose, lipídeos e aminoácidos), gases sanguíneos (CO2 e nitrogênio...) e substancias reguladoras (hormonios e enzimas).
Proteínas:
-Albumina: metade das proteínas do plasma, Exerce gradiente de concentração entre sangue e LEC. Extravasamento de albumina -> acúmulo de liquido nos tecidos -> edema. 
-Globulinas: imunoglobulinas (anticorpos) e não imunoglobulinas (ajuda a manter a pressão osmótica e transportadora de diversas substâncias – cobre, ferro, Hb.)
-Fibrinogênio – fibrinogênio solúvel transforma-se em fibrina (coagulação) para formar a rede de fibrina.
Hemácias – Eritrócitos
-Eritrócito maduro - é uma célula anucleada e sem organelas.
-Apresenta-se como disco com formato bicôncavo ->proporciona a célula grande área de superfície, em relação ao seu volume, aumentando a capacidade de troca gasosa.
-Vida média de 100 a 120 dias. Membranas tornam-se frágeis -> são removidas da circulação pelo baço (principalmente).
-Principal função: conter a hemoglobina -> pigmento encarregado de transportar gases respiratórios (O2 e CO2) para todos os tecidos.
-Hemoglobina -> proteína formada através da combinação de 4 moléculas (radicais heme) com uma proteína (globina). Radical Heme -> Complexo metálico contendo ferro, responsável pela cor (pigmento). Oxigênio se ligará ao ferro da hemoglobina. Globina -> proteína incolor formada por dois pares de cadeias polipeptídicas.
-A hemoglobina fica bem abaixo da membrana para se ligar aos gases.
-Elementos do citoesqueleto matem a forma de disco bicôncavo da hemácia. Defeitos nos componentes do citoesqueleto-> células de forma anômalas. 
-Glicoforina e banda 3 (Proteínas transmembranares)
-Ancorina (ancora) a rede de espectrina a banda 3.
Esferocitose hereditária -> hemácias frágeis -> transportam menos oxigênio -> anemia.
Hemácia
HbA -> 96% do total. 2 cadeias alfa e 2 cadeias beta.
HbA2 -> 1,5 a 3% do total. 2 cadeias alfa e 2 cadeias delta.
HbF -> menos de 1% do total. 2 cadeias alfa e 2 cadeias gama. (fetal)
Anemia Falciforme
-O aminoácido acido glutâmico é substituído por outra aminoácido chamado valina. Esta substituição de aminoácidos é que causa o fenômeno de afoiçamento.
-Nas hemácias dos pacientes com Anemia Falciforme 90% das hemoglobinas são hemoglobinas S.
-Quando as moléculas da hemoglobina S deixam os pulmões carregando O2, elas são enviadas ao acaso, como a hemoglobina A, mas assim que o oxigênio é liberado por essas hemácias com hemoglobina S, suas moléculas se agrupam tomando uma forma gelatinosa, formando filamentos que alongam e distorcem a membrana da hemácia dando a ela forma irregular e afoiçada. 
-É ruim, pois diminui a quantidade de transporte de O e pode bloquear o vaso sanguíneo. 
-É homozigótica – a pessoa pode carregar o gene e só se manifestar quando for para altas altitudes.
Grupos Sanguíneos
 
Obs: resíduos de carboidrato na membrana da hemácia que varia o tipo sanguíneo.
-No Rh+ tem açucares de diferentes tipos (do tipo B, C, E) e Rh- nenhum deles.
Eritoblastose fetal – mulher com Rh- e homem com Rh+. Durante a gestação se a criança tiver Rh- não tem problema, todavia se tiver o Rh+ as hemácias na hora do parto vai para a mãe e ela cria anticorpos para ele, no segundo filho se for Rh+, esses anticorpos atacam as hemácias do filho e ocorre a morte do mesmo.
-A mãe tem 72 horas para tomar o anti D. Bloqueia as hemácias do filho e não há criação de anticorpos.
LEUCÓCITOS
-Defesa do organismo.
-Vida média circulantes -> 6 a 8 horas. Tecidos ->2 a 3 dias.
-Os leucócitos não tem função no interior da corrente sanguínea, utilizando-a como meio de transporte de uma para outra região do corpo. Alcançando seu destino, abandonam a corrente sanguínea por diapedese e entram nos espaços de tec conj. Para desempenhar suas funções.
-Classificados em: granulócitos (contém grânulos específicos no citoplasma) e agranulócitos (não contém grânulos específicos no citoplasma).
-Polimorfonucleares (várias formas) ou granulares -> neutrófilo, eosinófilo e basófilo.
-Mononucleares (padrão normal do núcleo) -> linfócito e monócito.
-Neutrófilo em maior quantidade e depois linfócitos.
Neutrófilo (neutro – sem afinidade com o corante)
-Núcleo com 2 a 5 lóbulos (mesmo núcleo com lóbulos ligados entre si por cromatina).
-Capaz de realizar fagocitose nos tecidos.
-Grânulos específicos – contém diversas enzimas (Colagenase IV,...) e lisozima.
-Grânulos azurófilos – são lisossomos e contém mieloperoxidase (ajuda na produção de hipoclorito – bactericida) e defensivas (análogas a anticorpos)
-Grânulos terciários – metaloproteinases (facilitar migração pelo tec. Conj)
Eosinófilo
-Núcleo bilobulado. Granulações ovoides que se coram pela eosina. Presença em parasitoses e alergias.
-Grânulos específicos - contem histaminase, colagenase, MBP (proteína básica maior), ECP (proteína catiônica dos eosinófilos) e EPO (peroxidade de eosinófilos): efeito citotóxico em protozoários e helmintos.
-Grânulos azurófilos – são lisossomos.
Basófilos
-Núcleo geralmente em forma de letra S. Grande quantidade de grânulos.
-Grânulos específicos – contém histamina, heparina, heparansulfato, leucotrienos (constrição prolongada de músculo liso).
-Grânulos azurófilos – são lisossomos.Monócito
-Núcleo em forma de rim. Precursor de macrófago.
Linfócito
-Núcleo esférico. Escasso citoplasma. Linfócitos B (diferenciação em plasmócitos -> anticorpos). Linfócito T (destruição de células infectadas por vírus. Sinalização).
-Vacinação (linfócito B)
-Linfócitos ativado = células de memória.
 
Plaquetas 
-Não são células, são fragmentos de uma célula que finca na medula óssea (megacariócito).
Função: promove a coagulação sanguínea e auxilia na reparação dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue.
-Coagulação: mecanismo protetor necessário ao estado líquido do sangue, que estanca seu fluxo em caso de lesão na árvore vascular.
Obs: Serotonina promove a vasoconstrição (menor perda de sangue).

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