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Resenha precisamos falar sobre Kevin

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR 
BACHARELADO EM DIREITO 
 PSICOLOGIA GERAL E JURÍDICA 
NALIM LIMA PASSOS 
 
RESENHA 
Precisamos falar sobre Kevin.Direção:Lynne Ramsay.País de origem:EUA, Reino 
Unido.Ano de lançamento:27 de janeiro de 2012​ ​.Tempo:1h 50min 
 
O filme precisamos falar sobre Kevin é baseado no livro homônimo de Lionel 
Shriver.Dirigido por Lynne Ramsay (Morvern Callar e Gasman), o filme conta a 
história de Eva Khatchadourian (Tilda Swinton)que teve sua vida transformada 
drasticamente após uma gravidez indesejada de seu filho Kevin (Rock Duer e 
Jasper Newell criança e Ezra Miller adolescente). 
 
O filme começa mostrando a vida de Eva atualmente, solitária, depressiva e abatida, 
sendo menosprezada por todos ao seu redor e atacada por vândalos é quando a 
história começa a ser contada através de ​flashbacks de sua vida, antes, durante e 
depois do nascimento Kevin. Como forma de autoajuda (de alguma maneira tentar 
se perdoar de algum erro), pois ela não entendeu o porquê aconteceu com a vida 
dela mesmo após anos do incidente. 
Kevin nos é apresentado em três fases de desenvolvimento. Quando bebê, ele não 
para de chorar, causando o stress a Eva, e calando-se somente na presença de 
Franklin, o que deixou a sensação de que o menino prefere o pai. Já a mãe ao 
longo do filme apresenta alguns problemas dentre eles por ser de classe média 
alta,ela se acha superior as outras pessoas,possuindo opiniões e comentários 
preconceituosos e após a gravidez apresentando depressão,tudo por conta de uma 
convenção da época de que mulher deveria ser mãe. 
Kevin dos quatro aos dez anos demonstra sinais de egoísmo, ironia, sociopatia e 
manipulação descarada. Ele faz questão de destruir apenas o que Eva deixa claro 
que é importante para ela testando-a até o limite. Uma das cenas marcantes é 
quando em um ato de explosão, a mãe acaba machucando o filho e o mesmo tem o 
braço quebrado. Ao voltar pra casa, o menino defende e manipulando a sua mãe na 
frente de Franklin excluindo sua culpa no acontecimento. 
Os anos se passam e o convívio de mãe e filho só piora. Ele evita as tentativas de 
sua mãe de construir uma relação com ele pelo contrário a provoca com respostas 
negativas e sarcásticas. Já quando está com Franklin (pai) é um doce, comportado 
e educado. É importante chamar a atenção de que Eva praticamente cuida sozinha 
de tudo, pois seu marido trabalhava o dia inteiro e só observava o comportamento 
do filho com um “telespectador” (o comportamento que o menino induzia o pai a 
acreditar), enquanto ela tentava entender de até mesmo solitária o “porquê” de seu 
filho ter aquele comportamento. Um exemplo é quando ela leva o menino no médico 
e o diagnóstico é de que ele está perfeitamente normal. 
Com o passar do tempo Eva fica grávida de Lucy(filha mais nova do casal), e daí se 
pode deduzir que nasce também um sentimento de exclusão em que se observa 
que a segunda gravidez foi desejada enquanto a dele não, podendo ate compara o 
tratamento dado a ele quando criança e a da menina. 
Foi nesse momento em que percebi que a história não estava contando o lado de 
Kevin e sim mostrando apenas o ponto de vista de Eva que via no menino um 
pequeno demônio, um monstrinho que faz tudo para atacar,desestruturar e atingi-la 
de todas formas possíveis.Pode então entender que ninguém ali era vilão ou vítima 
e sim que todos falharam em algum ponto seja ausência,descontrole,negação e 
falta de empatia, foi o que fez a família chegar aquele ponto e o massacre 
acontecer.Pois vários acontecimentos relevantes não foram levados em conta e que 
talvez poderiam ser evitados como:o assassinato do hamster, a cegueira de um olho 
da irmã,o incentivo dado ao menino para praticar arco e flecha. 
Já no final do filme Eva sempre visita Kevin na prisão e a cada visita dela 
percebemos até certa a proximidade entre os dois. É como se naquele momento ela 
se torna mãe e não apenas um ato de penitência, pois o fato dela ser mãe e filho 
não irá mudar independente do que aconteça. É quando chegamos a conclusão de 
que no início,nos é apresentado apenas um lado da história e me faz refletir sobre 
alguns julgamentos e preconceitos que a sociedade ainda comete como: a mulher 
não querer ser mãe , como lidar com depressão pós parto.O filme me fez passar por 
uma montanha russa de sentimentos,tristeza,alegria e angústia,apesar de ser um 
filme difícil de entender que não existe certo ou errado .

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