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https://www.montessoriano.com.br/faculdade/o-pedagogo-e-seus-campos-de-atuacao-na-contemporaneidade/
O PEDAGOGO E SEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE.
RESUMO: Esse artigo propõe compreender a diversidade de espaços que podem servir como campos de atuação para o pedagogo, conhecer que dinâmica educacional requer esses espaços educacionais, quais os requisitos necessários para que esses profissionais possam atuar nesses espaços e se os cursos de graduação em Pedagogia os preparam para essa realidade pouco explorada. Para tal, foram realizadas entrevistas com professores que atuam em escolas, tanto em sala de aula, como na gestão, a fim de traçar um perfil tanto dos cursos de formação quanto dos profissionais egressos desses cursos.
Palavras-chave: Atuação. Currículo. Contemporaneidade. Pedagogo.
1. INTRODUÇÃO
Baseado em fatos históricos, a pedagogia tem origem na Grécia Clássica, no século XVII. A palavra grega “Paidagogos” é formada pela palavra paidós (criança) e agogos (condutor), sendo assim pedagogo é aquele que conduz a criança ao saber. Conforme Barreto e Couto, 2016, o pedagogo é o especialista em pedagogia, a ciência e a arte da educação, tendo como objetivo conduzir o comportamento das pessoas para uma formação humana, intelectual e equilibrada.
O pedagogo[7] é um profissional capacitado para atuar em diversos ramos, já que ele é graduado de forma diversificada, uma vez que, sendo assim, se qualifica para exercer suas habilidades de condução ao saber em qualquer meio ao qual o indivíduo esteja inserido. Portanto, esse artigo se justifica pela necessidade de dar visibilidade aos diversos campos de atuação do pedagogo, para desmistificar a ideia de que esse profissional só pode atuar em ambiente escolar. Outro aspecto relevante abordado neste artigo é como o pedagogo se capacita para a atuação em espaços que não sejam criados previamente para a educação escolar formal, como tais espaços são vistos e de que maneira é feito o acolhimento dos profissionais da Pedagogia.
O pedagogo é um profissional que tem sua formação acadêmica na ciência da educação e, sendo assim, pode atuar em diferentes espaços de nossa sociedade, pois a educação é cabível e indispensável em todo e qualquer lugar. Visando entender melhor esta atuação extraclasse é que este artigo foi elaborado, pois se percebe que, embora haja um entendimento e defesa desta atuação do pedagogo em diversas áreas em nossa sociedade fora do âmbito escolar, ainda se faz necessários estudos que nos exemplifiquem de forma que possam contribuir em nossa contemporaneidade para o desempenho com melhor êxito dessas atuações pedagógicas em espaços diferenciados.
A metodologia utilizada para a confecção desse artigo é uma abordagem qualitativa, quantitativa e bibliográfica, com aplicação de questionários e entrevistas com pedagogos, embasada em artigos, livros e publicações da internet, já existentes sobre essa temática.
2. ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM DIVERSOS CAMPOS
 A educação é uma mola propulsora. O mais comum é que, através dela, o indivíduo consiga atingir o sucesso em vários âmbitos da sua vida, principalmente no profissional. Mas ela não pode ser estanque, precisa correr livre, movimentando-se freneticamente. Dessa forma, o indivíduo está em constante processo de aprendizagem em todos os contextos da sua vida. Segundo Holtz, 2006,
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com  ideais e objetivos definidos. A Pedagogia também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realizá-los, de acordo com uma determinada concepção de vida (HOLTZ,2006, p 6).
Amparando-se nas ideias de Holtz (2006), é possível afirmar que o especialista em Pedagogia, ou seja, os pedagogos devem estar aptos para atuar em qualquer espaço socioeducativo formal ou não formal, pois esse profissional trabalha com a educação na integralidade do ser humano. De acordo com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), no artigo 22,
A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar- lhe  a  formação  comum  indispensável  para  o  exercício  da  cidadania   e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. (BRASIL, 1996, p 17.)
De acordo com a LDB, a finalidade da educação é desenvolver o educando, sendo assim pressupõe-se que a educação está inserida em todos os âmbitos sociais e é direito de todos para o exercício da cidadania, para a formação do indivíduo, construtor de conhecimentos.
No decorrer de sua graduação, o profissional de pedagogia se capacita para intermediar ações educacionais, essas ações podem ser aplicadas no âmbito escolar (instituições de ensino públicas e privadas) e não escolar (empresas, hospitais, residências).
De acordo com Freire, 2011, a prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Nesta perspectiva, percebe-se que a prática docente está em constante reverberar, onde mudanças ocorrem de forma constante, levando este educador se autoanalisar constantemente, para assim então atuar agindo e refletindo em suas práticas.
3. A PEDAGOGIA EMPRESARIAL E SUA IMPORTÂNCIA
 Existe um leque de possibilidades de atuação para o pedagogo que transcende as barreiras escolares. Porém, a presença desses profissionais em instituições não educacionais, ainda causa estranheza em profissionais de outras áreas, levando-os a indagar qual o papel a ser desempenhado pelo pedagogo fora da classe escolar. Esse capítulo tem como finalidade pesquisar a Pedagogia Empresarial, e quais suas contribuições para as instituições que absorvem esses profissionais.
Só no final da década de 80, que o pedagogo empresarial moldou-se ao seu perfil atual, pois, nesse período, o governo retirou o apoio financeiro dado às empresas para fins de treinamento. Dessa forma, as empresas restringiram o número desses profissionais, que antes eram muitos.  E os mesmos passaram a ser os gestores do conhecimento, buscando não mais a mecanização do indivíduo, mas sua capacidade inventiva e dedutiva, já que as empresas perceberam que o sucesso dependia do ser humano como um todo. Para Holtz, 2007:
A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em relação às pessoas, especialmente nos tempos atuais. Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos. A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à  formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos. A Pedagogia também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realizá-los, de acordo com uma determinada concepção de vida (HOLTZ, 2007, p.06).
Constata-se que, embora a empresa não seja um espaço escolar tem como fator determinante para o seu sucesso, o ensino e a aprendizagem. É nesse paradigma que surge a pedagogia com intuito de aplicar as suas doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas.
Conforme resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) – CP nº.1  de
15 de maio de 2006, que embasa o curso de pedagogia, são atribuídas ao pedagogo:
Art. 4º, parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições  englobando:
– Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da educação;
– Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não escolares;
– Produção e difusão do conhecimentocientífico tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares. (CNE, 2006)
Percebe-se, conforme resolução, a amplitude do campo de atuação do pedagogo e também como sua contribuição perpassa os ambientes escolares, influenciando também o campo empresarial, onde sua contribuição é de suma relevância. Embora haja um respaldo das Diretrizes Curriculares Nacionais (2006), referentes à atuação do pedagogo extraclasse, muitas são as dúvidas sobre o desempenho e o que de fato esses profissionais realizam nas empresas, tais como, suas funções, como esse profissional desempenhará suas atribuições, o que de diferente existe em suas efetivações profissionais.
Assim, pode-se perceber que um dos maiores desafios enfrentados pelos pedagogos, nesta área, é provar que as atribuições deles, na empresa, não são apenas preparar os materiais para treinamento dos funcionários, ou fazer dinâmicas de grupos, e sim desenvolver meios para que o funcionamento dessa equipe seja realizado com entendimento e eficácia. Para tanto, são necessários estudos sobre o ambiente ao qual o mesmo encontra-se inserido, analisar as informações obtidas através de uma observação prévia, levando-o a produção de um planejamento e escolha da metodologia que será aplicada, para que a meta que foi proposta pela empresa, possa ser alcançada.
Segundo Holtz, são responsabilidades do pedagogo:
Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a otimização da produtividade das pessoas humanas – o objetivo de toda Empresa.2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa onde trabalha.3. Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa – dirigentes e funcionários – na direção dos objetivos humanos, bem como os definidos pela Empresa.4. Promover as condições e atividades práticas necessárias – treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc… -, ao desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal.5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade. (HOLTZ, 2007, p.9).
Diante das atribuições designadas ao pedagogo empresarial e remetendo-se ao atual currículo das instituições que oferecem o curso de Pedagogia, se  faz necessário  uma reflexão de quão preparados estão esses profissionais para estarem aptos a exercerem essa função.
Após o discorrido nesse capítulo, compreende-se a relevância do trabalho desenvolvido pelo pedagogo empresarial e, sua contribuição efetiva no sucesso organizacional e produtividade da empresa. Já que busca treinar (educar) o funcionário (educando) na sua integralidade, respeitando a sua singularidade e seus interesses. Destacando que em nenhum momento esse profissional deve ser confundido com psicólogo ou administrador, pois o mesmo é um educador, e como tal, deve ser visto como um incentivador a transformação do ser humano elevando-o à sua totalidade.
4. A PEDAGOGIA NO AMBIENTE HOSPITALAR
Conforme proposta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação  Nacional, (MEC, 1996), toda criança precisa dispor de todas as oportunidades possíveis para que os processos de desenvolvimento e aprendizagem não sejam suspensos. Percebe-se, assim, que, apesar do enfrentamento de um tratamento hospitalar, é possível dar continuidade a ação educacional escolar, respeitando sempre o processo e o momento da criança, aos seus estudos extraclasses, a saber: em uma classe hospitalar. Neste sentido, consoante determinação do MEC (1994), entende- se que:
Classe hospitalar é o ambiente hospitalar que possibilita o atendimento educacional de crianças e jovens internados que necessitam de educação especial e que estejam em tratamento hospitalar. (BRASIL, 1994, p.20).
E é nesta perspectiva de dar continuidade ao processo ensino- aprendizagem da educação que outrora fora interrompido por ocasião de um diagnóstico médico, é que entra em cena a pedagogia hospitalar e o profissional de atuação, que é o pedagogo hospitalar. Ainda pelo viés de entender o que significa, de fato, a pedagogia hospitalar, acredita-se que é:
O atendimento pedagógico-educacional que ocorre em ambientes de tratamento de saúde, seja na circunstância de internação, como tradicionalmente conhecida, seja na circunstância do atendimento em hospital-dia e hospital semana ou em serviços de atenção integral à saúde mental. (BRASIL, 2002).
De acordo com Marcos Mazzotta (1996, p.38-39), a pedagogia hospitalar surge pela primeira vez no Brasil, no Estado de São Paulo, na Santa Casa de Misericórdia, que desde 1931 iniciou o atendimento pedagógico educacional para deficientes físicos, embora haja pessoas que defendam que o primeiro atendimento educacional em ambiente hospitalar no Brasil aconteceu no  Rio de Janeiro, no hospital Municipal de Jesus.
O fato que não há como ser negado é que, desde o surgimento das primeiras classes hospitalares até chegar a nossa contemporaneidade, a importância da atuação dos pedagogos nestes ambientes vem ganhando espaços, levando os pedagogos a se adaptarem a novas realidades e também estarem buscando cada vez mais o conhecimento científico, sobremodo na área educacional para uma melhor atuação neste ambiente, que, por vezes, lhe imputa, cada vez mais, a diversificação de sua prática pedagógica educacional. Por tal motivo, segundo Libâneo (1995), cabe a:
Todos os educadores seriamente interessados nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica nas varas esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo. (LIBÂNEO, 1995, p. 59).
Deste modo, fica notório que o pedagogo, que está inserido em um ambiente hospitalar, precisa desafiar-se a cada dia, na perspectiva de contribuir através de suas intervenções educativas e pedagógicas, buscando na relação com este aluno hospitalizado lhe assegurar na prática o significado desta continuidade educacional, mesmo estando em uma classe que não seja da escola na qual anteriormente o mesmo encontrava-se habituado. Percebe-se, assim, que o pedagogo hospitalar não lida singularmente com as questões de ensino-aprendizagem destes alunos. Faz-se necessário uma escuta e uma interação entre ambos que ultrapassam os planejamentos e práticas curriculares.
É perceptível que o pedagogo é contemplado por uma capacitação de currículo ímpar no que se refere a lidar com a interação social, psicossocial, sócio- afetivo e ensino aprendizagem, dentro e fora do ambiente educacional regular. Entretanto, se faz necessário também uma constante reavaliação e quando necessárias adaptações das grades curriculares, contribuindo assim na formação de pedagogos ainda mais conscientes de sua responsabilidade profissional e também dos desafios que enfrentarão todos os dias, no exercício de sua profissão.
A educação não formal
É aquela que acontece fora das instituições educativas
formais, porém apresenta certo grau de intencionalidade e sistematização, surgindo para
suprir essa lacuna. Frente à expansão do campo de trabalho para os pedagogos, que não
se restringe apenas aos espaços escolares e, por acreditar na importância deste
crescimento, definimos como problema de pesquisa a atuação dos pedagogos em áreas
de educação não formal.
Acreditamos que, mesmo o curso de Licenciatura em Pedagogia enfatizando
principalmente o campo escolar, está também preparando para atuar em espaços extraescolares,
uma vez que, se compreendermos com excelência como acontece o processoensino
aprendizagem nas escolas, também nos tornaremos capazes de ensinar em outros
âmbitos não-escolares e vice-versa.Sendo assim, as práticas realizadas em espaços não
formais podem contribuir com o campo escolar, como destaca Trilla (2008, p. 18):
O processo educativo global do individuo e os efeitos produzidos pela
escola não podem ser entendidos independentemente dos fatores e
intervenções educacionais não escolares, uma vez que ambos
interferem continuamente na ação escolar. [...] o estudo dos processos
educativos verificados fora da escola pode contribuir, inclusive, para
sua melhoria.
Portanto, essa pesquisa teve como objetivos: Compreender a atuação dos
pedagogos em áreas de educação não formal. Caracterizar os espaços que o pedagogo
está atuando na cidade de Ponta Grossa – PR. Verificar quais as atividades
desenvolvidas pelo pedagogo nos espaços não formais na cidade de Ponta Grossa – PR.
O instrumento utilizado na pesquisa foi o questionário, composto de questões
abertas e fechadas, entregues pessoalmente e enviados via correio eletrônico aos
pedagogos, a fim de analisar como é o trabalho em espaços não escolares, suas
dificuldades, quais os conhecimentos necessários para desenvolver as atividades, qual a
característica da população atendida, entre outras indagações referentes a esse tema. O
questionário foi destinado a Pedagogos atuantes em espaços educativos não formais,
como empresas públicas e privadas, ONGs e penitenciárias, situados na cidade de Ponta
Grossa – Paraná. É importante ressaltar que os trechos dos questionários utilizados neste
trabalho contemplam nomes fictícios, para não expor a real identidade dos pedagogos
entrevistados, mantendo assim a sua privacidade.
As instituições pesquisadas destinam-se em sua grande maioria à população de
baixa renda, não se enquadrando nesta categoria as empresas pesquisadas. Atendem
desde crianças até idosos, ou seja, a população que os Pedagogos pesquisados atendem
é bem variada. Sendo que contemplam desde crianças que aguardam adoção,
adolescentes que cometeram atos infracionais, população adulta carcerária,
trabalhadores em geral, pessoas com necessidades especiais, entre outros.
No que diz respeito ao gênero, pudemos perceber que a grande maioria é do sexo
feminino, com um total de 85,71% de mulheres atuantes, sendo apenas 14,29 % de
homens desempenhando o papel de educador não formal. Percebe-se que na Educação
não formal, assim como na formal, a feminização também é notável, como demonstram
os dados desta pesquisa em que a mulher é a grande maioria nestes espaços.
Sobre a formação acadêmica, obtivemos o resultado de 100% de pessoas
formadas em Licenciatura em Pedagogia. A idade dos pedagogos pesquisados varia de
30 a 47 anos, sendo assim, estes profissionais já possuem certa experiência, porém,
alguns deles, só buscaram a sua formação acadêmica recentemente de acordo com o ano
de formação acadêmica.
Quanto à função exercida desempenham várias funções, como de Facilitador de
T&D (Treinamento e Desenvolvimento), Chefe de Recursos Humanos e proprietário do
CID (Centro de inclusão digital). Mesmo as funções exercidas não sendo denominadas
com o título de “Pedagogo” foi possível perceber que em sua totalidade desempenham
atividades referentes ao desenvolvimento e gestão de pessoas, conhecimentos estes que
o pedagogo adquire no decorrer do curso de Pedagogia.
Outro ponto pesquisado foi com relação à aprendizagem obtida no período de
formação, questionando-os se o curso de Pedagogia contemplou a atuação do pedagogo
em espaços educativos não formais, e recebemos a resposta que 57,14% não tiveram
esse conhecimento adquirido no decorrer de sua formação acadêmica. Ao indagarmos se
houve a necessidade de cursos complementares para auxiliar na atuação como pedagogo
em espaços diversos aos escolares, a maioria, 85,71% das respostas, afirmou que sim.
Podemos observar que os cursos realizados são referentes a realidades diversificadas de
acordo com cada instituição, e em sua maioria realmente não são contempladas no curso
de Pedagogia por se tratarem de cursos em áreas específicas.
A Atuação do Pedagogo em Espaços Não Formais
As atividades desenvolvidas são múltiplas e variadas, e apresentam
especificidades inerentes ao campo de atuação. Na fala dos pedagogos questionados
denota-se que eles desenvolvem desde atividades administrativas, como coordenação de
RH até atividades pedagógicas educacionais, tais como: promoção de cursos, palestras e
reforço escolar.
A atividade mais citada foi à promoção e acompanhamento de cursos de
capacitação/profissionalizantes. O que nos faz evidenciar, que este profissional nas
empresas, Ong´s, enfim nos espaços educativos não formais é responsável na maioria
das vezes por disseminar o conhecimento.
5. O QUE DIZEM AS TEORIAS DO CURRÍCULO?
O currículo é um instrumento de apresentação sobre as qualificações profissionais das pessoas, sendo sempre  o resultado  de  uma  seleção
Para Silva (2011), existem três tipos de teorias de currículo; tradicionais, críticas e pós-críticas, essas teorias vem nos mostrar o percurso construído até chegar aos tipos que são vistos atualmente. Nas teorias tradicionais, os conhecimentos eram técnicos, as pessoas eram preparadas para o mercado de trabalho, não eram vistos como seres transformadores da sociedade; já a teoria crítica ressaltava a transmissão de ideologia através de disciplina, valorizando a construção do indivíduo, porém era necessário a criticidade e reflexões menos ideológicas para a construção da sociedade; na teoria pós-crítica o currículo torna-se multiculturalista, ou seja, enfatizando a liberdade de expressão da sociedade contemporânea, sendo assim, respeitando as questões de gênero, classe, etnia, raça, crença, sexualidade e diversidade cultural. Lira e Carvalho (2012) resumem as teorias de Silva (2011) e relatam que;
Teorias Tradicionais: Ênfase nos conceitos pedagógicos de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência e objetivos. O que ensinar? Como ensinar? Teorias Críticas: Ênfase nos conceitos de ideologia, poder, reprodução cultural e social, classe social, capitalismo relações sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto e resistência. Por que esse conhecimento e não outro? Teoria Pós-críticas: Ênfase nos conceitos de identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo. Por que privilegiar um determinado tipo de subjetividade ou identidade e não outra? (LIRA E CARVALHO, 2012, p.3).
Os currículos que embasam o curso de Pedagogia ainda são bastante tradicionais, pois se faz necessário uma apresentação de como de fato foi a capacitação do profissional e como o mesmo pretende atuar.
O curso de graduação em Pedagogia é regido pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta e dá a base para a educação nacional, sendo sancionada em 20 de dezembro de 1996, lei de número 9.394, porém somente em 15 de maio de 2006, essas leis vigentes foram instituídas pela Resolução do Conselho Nacional de Educação, nº 1 e reconhecida nos Pareceres CNE/CP nº. 5/2005 e nº. 3/2006. O artigo 62 da LDB estabelece que,
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (BRASIL, 1996).
Sendo assim, nota-se que o pedagogo é formado em curso superior em licenciatura ou graduação plena, podendo lecionar da educação infantil (creche e pré-escola) ao fundamental I (do primeiro ano ao quinto), incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), com o propósito de alfabetizar e tornar esse público letrado, com ênfase em propostas que julguem apropriadas.  De acordo com Cruz e Arosa (2014),
A formação por ele oferecida deve abranger integradamenteà docência a participação na gestão e avaliação de sistemas e instituições de ensino em geral, a elaboração, a execução, o acompanhamento de programas e as atividades educativas em contextos escolares e não escolares, podendo contemplar uma diversidade de temas, dentre os quais: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio, educação na cidade e no campo, educação dos povos indígenas, educação dos remanescentes de quilombos, educação das relações étnico-raciais, inclusão escolar e social das pessoas com necessidades especiais, educação dos meninos e meninas de rua, educação à distância, novas tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação  e atividades educativas em instituições não escolares, comunitárias e populares. (CRUZ E AROSA, 2014).
Assim sendo, os pedagogos são formados para uma atuação de docência em sala de aula, podendo atuar em diversas modalidades de ensino.
No entanto, existe uma inquietude muito grande dos graduandos em Pedagogia, pois os mesmos não se sentem aptos para atuação direta em outros campos depois de formados.
O quê, de fato, o currículo traz? Será que as matérias obrigatórias desse curso realmente habilitam esses profissionais? E quais essas matérias? Cruz e Arosa (2014), afirmam que,
Formar o pedagogo na perspectiva já discutida, que envolve a compreensão da realidade educacional referenciada pelos domínios de conhecimento constitutivos da área (Antropologia, Filosofia, História,  Psicologia, Sociologia, entre outros), a projeção de ações para intervir na realidade educacional, sua implementação, avaliação e redimensionamento, o que  fará emergir outro saber, nem só teórico, nem só prático, mas, essencialmente, teórico-prático. (CRUZ E AROSA, 2014).
O pedagogo é formado para atuação em diversos campos, podendo operar em diversas áreas, já que em sua grade curricular existe a preocupação de  formação social, psicológica, histórica, filosófica e prática.
Atualmente, nota-se que o currículo é um instrumento de grande valia, pois possibilita ao profissional se credibilizar perante o mercado de trabalho e assim se promover, segundo suas qualificações, competências e habilidades.
6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
 Objetivando adquirir dados atuais acerca do assunto, utilizou-se de uma pesquisa quantitativa, através da qual, foram entrevistadas 48 pessoas, sendo uma (1) do sexo masculino e quarenta e sete (47) do sexo feminino, notando-se o que se revela no senso comum, que a maioria desses profissionais é mulher, como mostra o gráfico 1. A faixa etária dos entrevistados varia de 28 a 68 anos, conforme o gráfico 2.
Gráfico 1 – Sexo/ Gênero dos informantes   Gráfico 2- Faixa etária dos entrevistados
 
De acordo com a pesquisa,  vinte e um (21) dos entrevistados disseram que a falta de experiência é o que mais tem de desafiador quando o pedagogo termina sua graduação, sendo assim, o currículo do curso não o deixa seguro para atuação docente, muito menos em áreas de menores concentração desses profissionais. A falta de oportunidades, aceitação e credibilidade também foram trazidas como desafios, pois o mercado de trabalho ainda encontra-se bastante limitado para uma atuação efetiva, como mostra o gráfico 3.
Gráfico 3- Maiores desafios para os pedagogos
Percebe-se que os pedagogos entrevistados têm consciência da sua importância como profissionais em espaços socioeducativo não formais, e das suas atribuições nesses espaços, porém a grande maioria revela que essa consciência restringe-se a teoria, pois os que se denominaram capacitados a atuarem em espaços não-escolares já passaram por algum tipo de especialização e quando indagados a respeito da estrutura curricular do curso de Pedagogia, é unanime a afirmação da fragilidade desse currículo ao que se refere a formação desses profissionais para atuarem em espaços não formais, capacitando-os apenas para docência.
Uma informação relevante é que vários dos entrevistados que afirmaram atuar ou conhecer algum pedagogo que atue fora da sala de aula, se referiam aos gestores e coordenadores pedagógicos que, embora estejam fora da sala de aula permanecem dentro do espaço escolar, como mostra o gráfico 4.
Gráfico 4 – Áreas de atuação do pedagogo.
Conforme mostram os relatos a seguir o mercado de trabalho extraclasse é?
Exemplo 1:
Um pouco restrito, concorrente com outros profissionais, como já mencionei, o próprio psicólogo. Se o pedagogo não tiver um curso de extensão, possivelmente terá muitas dificuldades. (K.S.L, 40 anos, formada em 1999). Muito restrito e com poucas oportunidades. (L.M.P, 35 anos, formado em 2006).
Exemplo 2:
O mercado é altamente exigente. Se o Pedagogo não tem experiência anterior em outras áreas, nem sempre consegue obter êxito com as novas investidas. Precisa ter um “algo a mais”! (A.B.R.Q.S, 37 anos, formada em 2009).
Exemplo 3:
O espaço existe, porém ainda é muito restrito. A maioria das pessoas que  se formam em pedagogia são absorvidas pela educação escolar. (I.C.B.C.L, 50 anos, formada em 2000).
Sendo assim, o mercado de trabalho extraclasse para o pedagogo ainda é visto como algo limitado, restrito, pois, segundo os relatos, existe uma concorrência e discriminação que limita o profissional a vivenciar outras áreas de atuação. Outro ponto que fragiliza a atuação do pedagogo em espaços fora do âmbito escolar é a inexperiência, pois na formação curricular não se trata efetivamente desses espaços e de suas atuações.
Gráfico 5 – Áreas de atuação do pedagogo extraclasse.
Pôde-se observar que 65% dos entrevistados sentem-se preparados para atuar em outras áreas, porém essas áreas, em sua maioria, são relacionadas ao ensino em espaços não formais (ONGs, hospitais, capacitação de pessoas, etc), pois embora digam que se sentem preparados para atuação em outras áreas, não se sentem seguros para trabalharem em espaços empresariais ou gerenciais (fora da escola), sendo necessária uma melhor qualificação e capacitação para tal prática.
7. CONCLUSÃO
 O objetivo maior desse artigo foi conquistado, visto que ao longo de sua confecção, conseguiu-se responder todas as questões norteadoras do mesmo, de forma a contribuir de maneira significativa na busca por um olhar abrangente do mercado de trabalho e atuações extraclasse do Pedagogo.
O Pedagogo é um profissional que abrange em sua grade curricular matérias de formação social, psicológica, histórica, filosófica e prática, apto a atuar em diversas áreas, tais como; hospitais, ONGs, empresas, ambientes socioeducacionais. Porém, no término de sua graduação, não se sente preparado para essa prática, necessitando de especializações e cursos para se qualificarem e assegurarem um bom desempenho nesses ambientes. Notou-se, porém, que o Pedagogo não possui a visibilidade de cursos de formação profissional, que o norteie e assegure a sua atuação em ambientes não escolares, tendo somente seu olhar voltado a especializações   em áreas ligadas à docência, com isso levando-os, quase sempre, a caminhos entrelaçados ao ensino em sala de aula, sejam elas em qualquer âmbito.
As pesquisas e revisões de literatura realizadas, ao longo da confecção desse artigo, indicaram a fragilidade curricular dos cursos de Pedagogia, no que se refere, principalmente, a preparação dos seus graduandos para atuação extraclasse.
Percebe-se que embora o pedagogo deva estar habilitado para atuar em qualquer espaço socioeducativo, logo após sua formação, a maioria dos mesmos só se sentem seguros para prestarem suas contribuições em salas de aula, visto que as instituições têm como foco o trabalho escolar e docente. Outro fator relevante para a ausência desses profissionais em espaços não escolares é o preconceito de profissionais de outras áreas que, por falta de conhecimentos precisos a respeito das habilidades de um pedagogo, enxergando-os somente como um concorrente, reduzindo a importância do seu trabalho unicamente à docência.
Exemplo 4:
O curso de Pedagogia de qualquer faculdade não prepara os alunos para as demandas sociais.Para que haja um mínimo de conhecimento, o próprio aluno deve buscar meios que viabilizem esse preparo. Lembro que, por não ter tido experiências sólidas anteriores, saí da faculdade com muita dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, na área de Educação. A oportunidade de lecionar em um curso profissionalizante surgiu a partir das minhas experiências anteriores ao curso, as quais se unificaram aos conhecimentos que a graduação me ofereceu, como organização de plano de aula e a didática para facilitar o ensino aprendizagem dos alunos. Mas a graduação em si não me ofereceu o que eu esperava. Minha habilitação era em Educação de Jovens e Adultos e, em nossa cidade, não há contratação de profissionais que não sejam da rede pública para tal atuação.  (A.B.R.Q.S, 37 anos, formada em 2009).
Esse relato vem demonstrar que, com o término da graduação, o pedagogo ainda se sente inseguro e despreparado para sua atuação profissional, somente com a busca por qualificação é que se pode de fato atuar em qualquer campo de trabalho.
Um ponto de bastante importância que poderá ser tratado em outro artigo referente a essa temática é quais cursos, de fato, podem ser feitos para que o Pedagogo se qualifique e sinta-se seguro para atuação em ambientes extraclasse, que valorize seu potencial.
Embora o questionário aplicado possibilite uma maior exploração de dados, optou-se por analisar, minuciosamente, apenas os que mais contribuiriam para as respostas das perguntas propostas ao longo do artigo e os demais dados coletados poderão contribuir para uma futura pesquisa relacionada ao pedagogo e suas áreas de atuação.
As diversas formas de atuar do pedagogo: uma visão contemporânea
ELEISON DIETTRICH DE SÃO CHRISTOVÃO
RESUMO: A nossa sociedade contemporânea, mais conhecida como a sociedade do conhecimento, passa por mudanças cada vez mais rápidas, graças às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’S), fazendo com que todos os profissionais tenham que se atualizar cada vez mais, ampliando seu campo de ação no tempo e no espaço. A profissão de pedagogo bem como da própria pedagogia vem assumindo um caráter multidimensional como campo de conhecimento, e por isso a extensão do seu alcance nas diversas esferas da prática social. Cada vez mais o trabalho do pedagogo é exigido para além do ambiente escolar, espaço esse considerado como da educação formal. São diversos os espaços considerados não-escolares de atuação do pedagogo, como: Organizações não-governamentais (ONGS), sindicatos, associações, justamente onde houver uma prática educativa vai haver uma ação pedagógica, e necessariamente a ação do pedagogo. Esse profissional tem sua formação regulamentada nos termos das diretrizes curriculares nacionais.
 
PALAVRAS-CHAVE: multidimensionalidade; não-escolares; diretrizes.
 
ABSTRACT: In our contemporary society, better known as the knowledge society, undergoes changes ever more rapidly, thanks to new technologies of information and communication technologies (ICT's), so that all professionals have to update themselves increasingly expanding its field of action in time and space. The professional of the pedagogy and the pedagogy has been taking as a multidimensional field of knowledge, and thus extending its reach into diverse spheres of social practice. Increasingly the work of the educator is required beyond the school environment, a space considered as formal education. There are several areas considered non-school environment for professionals of pedagogy such as: NGOs, churches, unions, clubs, associations, events, radio stations and broadcast TV, just where there is an educational practice will be a pedagogical action, and necessarily action of the professional of pedagogy. This profession has been regulated under the national curriculum guidelines.
 
KEYWORDS: multidimension, non-school, guidelines.
 
 
Introdução
 
            O pedagogo é um profissional preparado para atuar a favor de um pleno desenvolvimento do ser humano, considerando diferentes culturas e formas de aprender do ser humano, preocupado com a sua formação de forma integral, tanto intelectual quanto emocional, e por isso seu campo de atuação só se amplia, uma vez que estamos numa sociedade que se transforma muito rapidamente, cada vez mais globalizada e tomada por um número enorme de informações. Sobre essa maneira de entender a relação ensino-aprendizagem, nos ensina Morin (2001, p.10):
 
A "Educação" é uma palavra forte: "Utilização de meios que permitem assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano (...)". O termo "formação", com suas conotações de moldagem e conformação, tem o defeito de ignorar que a missão do didatismo é encorajar o autodidatismo, despertando, provocando, favorecendo a autonomia do espírito. O ensino, arte ou ação de transmitir os conhecimentos a um aluno, de modo que ele os compreenda e assimile, tem um sentido mais restrito, porque apenas cognitivo. A bem dizer, a palavra ensino não me basta, mas a palavra educação comporta um excesso e uma carência”.
 
             É exatamente nesse momento que o pedagogo vem atuar na transformação das informações em conhecimento, de uma forma sistemática, atendendo a pressupostos epistemológicos seus ou do seu entorno, de forma dialética, e por isso esse ato é político, como nos afirma Paulo Freire (1987).
            O desenvolvimento humano, dentro dessa perspectiva, não pode ser considerado como transmissão de conhecimento, nem tampouco desenvolvimento natural e espontâneo, mas como um processo mediado de atualização cultural do sujeito onde o processo de transformação é tanto do sujeito quanto de seu meio (Sacristán, 1998; Krug, 2007; Paro, 2001a e 2001b).
            Da mesma maneira os ramos das ciências humanas estão interligadas para integrar novos conceitos e novas atuações dos profissionais. Assim argumenta Ladislau Dowbor[1],
                                            
Este é um pouco o caminho que leva um economista, que percebe que os problemas da sua área exigem soluções pertencentes a um universo mais amplo, a encontrar-se de repente na mesma plataforma de discussão de um educador; que também busca respostas no econômico, no social, no político. Porque o que se coloca na realidade neste fim de século, é a questão do nosso futuro comum (Dowbor apud Freire, 2006)”.
 
            A pedagogia considerada como arte, ciência e profissão de ensinar, cujo objetivo maior é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo, tem sua formação regulamentada nos termos das diretrizes curriculares nacionais, resolução CNE/CP n° 1, de 15 de maio de 2006, e fundamentada no art. 64 da lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Alem de formar professores, a pedagogia prepara profissionais capazes de compreender e colaborar para uma educação de melhor qualidade na realidade brasileira, comprometidos com a transformação social.
            A lei n? 9.394 de 20 de dezembro de 1996, mais conhecida como LDB, lei de diretrizes de bases da educação nacional, assim nos diz com relação à formação do profissional da educação:
 
 
 A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
           
            Com relação à atuação do pedagogo em espaços não escolares, esse mesmo documento ainda ressalta que o perfil do graduado em Pedagogia deverá ter profundos conhecimentos teóricos, diversidade de práticas que se articulam ao longo do curso, sendo a sua dimensão assim enfatizada:
 
"[...] gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, que integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e de processos educativos escolares e não-escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à coordenação, ao acompanhamento, à avaliaçãode planos e de projetos pedagógicos, bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas e institucionais na área de educação”.
 
 
 
 
 
Pedagogia Hospitalar 
 
            Segundo Wolf (2007), um desses campos não-escolares da atuação do pedagogo é a pedagogia hospitalar que funciona como uma parceria entre o hospital, a universidade representada pelos estagiários e a instituição escolar de onde o paciente é oriundo. O pedagogo através da escolarização hospitalar garante a continuidade dos estudos das crianças hospitalizadas, promovendo a adaptação, a motivação, e a ocupação sadia do tempo ocioso através de atividades de leitura, garantindo o direito a educação.
            Sua atuação pode se dar na ala de recreação do hospital, ou com as crianças que necessitam de estimulação essencial, com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e no atendimento ambulatorial.
            A pedagogia hospitalar vai além do atendimento ao paciente, estendendo também a sua família que freqüentemente apresentam problemas de ordem psicoafetiva que podem interferir na adaptação no espaço hospitalar.
 
            As práticas do pedagogo como também dos profissionais da saúde, se intercalam, e Domingues (2001, p.18) assim as define:
 
                                      [...] aquelas situações     do conhecimento que conduzem à transmutação ou ao transpassamento das disciplinas, à custa de suas aproximações e frequentações, Pois, além de sugerir a idéia de movimento, da frequentação das disciplinas e da quebra de barreiras, a transdisciplinaridade permite pensar o cruzamento de especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação de especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação das fronteiras, a imigração de um conceito de um campo de saber para outro, além da própria unificação do conhecimento. Vale dizer que não se trata do caso da divisão de um mesmo objeto entre (inter) disciplinas diferentes (multi) que o recortariam e trabalhariam seus diferentes aspectos, segundo pontos de vista diferentes, cada qual resguardando suas fronteiras e ficando (em maior ou meonr grau) intocadas. Trata-se, portanto, de uma interação dinâmica contemplando processos de autoregulação e de retroalimentação e não de uma integração ou anexação pura e simples.           
 
 
 
            A prática hospitalar do pedagogo vai depender do efetivo envolvimento com o doente como também a modificação no ambiente que está envolvido junto aos programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática é tão importante que o teórico Pimenta (2001) discute a respeito da formação do pedagogo e diz que ele é um profissional que:
                                     
 
                                      Atue como gestor/pesquisado/coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da ecola; pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONG’s; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas campanhas sociais educativas sobre violência, drogas. AIDS, dengue; que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto-estudo, programas de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins.
 
 
Pedagogia Empresarial
 
 
            Acompanhando as mudanças globais passamos para uma sociedade do conhecimento, na qual o recurso controlador não é mais o capital, ou tampouco a terra ou a mão-de-obra, mas sim a capacidade e experiência dos indivíduos. No âmbito empresarial são necessários profissionais para atuarem nos processos de planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento dos funcionários dessa empresa, e é nesse momento que surge o pedagogo empresarial.
            O pedagogo empresarial visa sempre melhorar a qualidade de prestação de serviços de uma empresa. Seja planejando, solucionando problemas, formulando hipóteses, elaborando projetos, esse profissional visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, garantindo uma qualidade no atendimento de seus clientes e também dos seus funcionários. Todo esse processo tem por base a gestão de pessoas, desenvolvendo a capacidade de renovação da empresa e dos seus funcionários, buscando sempre o conhecimento de novas técnicas, a promoção de atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando sempre que a empresa obtenha excelência nos atendimento às exigências do mercado e da sociedade (Greco, 2005). Assim se posiciona Minarelli (1996, p. 17 e 18):
 
  "As grandes empresas e corporações, para sobreviver à crise econômica mundial e atender às novas demandas do mercado, eliminaram ou redesenharam cargos e, em muitos casos, operações inteiras”.E em relação às pessoas atuando dentro deste novo contexto profissional, o mesmo autor (1996, p.18) pondera: "Os trabalhadores precisarão reciclar-se periodicamente para manter seus conhecimentos atualizados e desenvolver outras habilidades”.
 
Pedagogia Social
 
        
         Mais uma vez devido às grandes transformações sociais que ocorrem nas sociedades atuais, uma nova concepção de educação tem sido exigida. Os Estudos da pedagogia social vão ao encontro daqueles sujeitos que historicamente sempre foram excluídos de todo esse processo (Paula e Machado, 2008). Estas questões estão retratadas no próprio documento do Ministério da Educação e Cultura, MEC (Brasil, 2005, p.5):
 
Enfatiza-se ainda que grande parte dos Cursos de Pedagogia hoje tem como objetivo central à formação de profissionais capazes de exercer a docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores, assim como para a participação no planejamento, gestão e avaliação de estabelecimentos de ensino, de sistemas educativos escolares, bem como organização e desenvolvimento de programas não-escolares.(grifonosso) Os movimentos sociais também têm insistido em demonstrar a existência de uma demanda ainda pouco atendida, no sentido de que os estudantes de Pedagogia sejam também formados para garantir a educação, com vistas à inclusão plena dos segmentos historicamente excluídos dos direitos sociais, culturais, econômicos e políticos.
 
 
 
            Embora ainda haja discussões em torno da formação do profissional Pedagogo ter ou não uma base na concepção de docência, essa dicotomia, no entanto têm em comum em considerar a formação do Pedagogo como base científica. O profissional da educação para atuar em espaços diversos, e também em espaços escolares, precisa saber aprender a refletir de forma crítica, científica e teórica a fim de que possa agir comprometido, competente e responsável com todas as classes sociais e diferentes contextos (Paula  e Machado, 2008) . Sobre esse tema Libâneo (2006, p.7) afirma que:
 
Todo trabalho docente é trabalho pedagógico, mas nem todo trabalho pedagógico é trabalho docente. Um professor é um pedagogo, mas nem todo pedagogo precisa ser professor. Isso de modo algum leva a secundarizar a docência, pois não estamos falando de hegemonia ou relação de precedência entre campos científicos ou de atividade profissional. Trata-se, sim, de uma epistemologia do conhecimento pedagógico. (...) Precisamente pela abrangência maior do campo conceitual e prático da Pedagogia como reflexão sistemática sobre o campo educativo, pode-se reconhecer na prática social uma imensa variedade de práticas educativas, portanto uma diversidade de práticas pedagógicas. Em decorrência, é pedagoga toda pessoa que lida com algum tipo de prática educativa relacionada com o mundo dos saberes e modos de ação, não restritos à escola. A formação de educadores extrapola,pois, o âmbito escolar formal, abrangendo também esferas mais amplas da educação não-formal e formal. Assim, a formação profissional do pedagogo pode desdobrar-se em múltiplas especializações profissionais, sendo a docência uma entre elas.
 
 
            A pedagogia social só começou a ter produções significativas a partir das últimas décadas, onde esses artigos trazem as incertezas e divergências sobre a estrutura e finalidade da educação não formal e da pedagogia social (Paula e Machado, 2008). Porém todas as discussões concordam em não desvalorizar a escola formal embora discutam os mecanismos excludentes que ela produz a partir dos seus processos formais de aprendizagem.
            Uma importante definição de Caliman (2006, p.5)que define bem a respeito da pedagogia social, onde fica clara que ela é uma ciência voltada para as classes sociais populares, argumenta da necessidade de mais estudos sobre as práticas nessa área:
 
  (...) diz respeito á diferença entre Pedagogia Escolar e Pedagogia Social. A primeira tem toda uma história e é amplamente desenvolvida pela didática, ciência ensinada nas universidades. A segunda, a Pedagogia Social, se desenvolve dentro de instituições não formais de educação É uma disciplina mais recente que a anterior. Nasce e se desenvolve de modo particular no século XIX como resposta às exigências da educação de crianças e adolescentes (mas também de adultos) que vivem em condições de marginalidade, de pobreza, de dificuldades na área social. Em geral essas pessoas não freqüentam ou não puderam freqüentar as instituições formais de educação. Mas não só: o objetivo da Pedagogia Social é o de agir sobre a prevenção e a recuperação das deficiências de socialização, e de modo especial lá onde as pessoas são vítimas da insatisfação das necessidades fundamentais. Podemos re-afirmar, portanto, que no Brasil atual a Pedagogia Social vive um momento de grande fertilidade. É um momento de criatividade pedagógica mais que de sistematização dos conteúdos e dos métodos. Em outras palavras, mais que pedagogistas, temos no Brasil educadores que colaboram com o nascimento e o desenvolvimento de um know how com identidade própria, rica de intuição pedagógica e de conteúdos. Ao mesmo tempo nos damos conta de que é chegado o momento no qual precisamos sistematizar toda essa gama de conhecimentos pedagógicos para compreender melhor e interpretar a realidade e projetar intervenções educativas efetivas.
 
 
 
 
Conclusão
 
         A educação é um processo que ocorre em vários âmbitos da sociedade, não se restringindo à escola. As escolas formadoras de pedagogos devem se preparar para capacitarem esse profissional para um cenário mais abrangente, diversificado, multicultural.
            A pedagogia sendo um instrumento da educação e tendo essa educação agora ampliado seu leque de atuação, seja em associações de moradores, de artesãos, em igrejas e ong’s, empresas tanto particulares como públicas, sua formação deve contemplar princípios epistemológicos visando a transformação da nossa sociedade numa mais justa e solidária, crítica e autônoma. Autonomia do sujeito diante das relações de poder, da vigilância de suas ações individuais, da burocratização, da racionalidade instrumental, da subjugação da subjetividade, pois como afirma Libâneo, “precisa reafirmar seu compromisso com a razão, com a busca da emancipação, da autonomia, da liberdade (...) uma pedagogia para emancipação precisa continuar apostando na possibilidade do desenvolvimento de uma razão crítica precisamente como condição para desvelar as restrições à autonomia no contexto do mundo moderno. (Libâneo, 2002 p.87-88, apud Fonseca, 2006)”.
 
 
 
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Sobre o Autor: Encontra-se estudando Licenciatura em Pedagogia na UERJ, último ano; Formado em Engenharia Elétrica na UVA em 1985; Pós-graduado em Orientação Educacional pela UCAM em 2008; Licenciado em Matemática pela UCAM em 2007; Pós-graduado em Gestão, Implementação e Planejamento em educação a distância pela UFF em 2010; Proficiência em Inglês pela Universidade de Michigan em 2005.
            Atuando somente como tutor a distância no curso de pós-graduação da LANTE/UFF e professor voluntário da Escola Municipal Antônio de Freitas em Mendes-RJ.

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