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08/09/2017 1 Prof. Alexandre Coelho Machado Curso de Odontologia Disciplina de Ciências Odontológicas PREVALÊNCIA DE CÁRIE • 5 anos: 46,6% 53,4% • 12 anos: 56,5% • 15 a 19 anos: 76,1% • 35 a 44 anos: 99,1% • 65 a 74 anos: 99,8% Aos 12 anos, 38,8% dos jovens apresentam OCLUSOPATIAS. PREVALÊNCIA DE DOENÇA PERIODONTAL • 12 anos: 37% • 15 a 19 anos: 49,1% • 35 a 44 anos: 82,2% • 65 a 74 anos: 98,2% CÂNCER BUCAL: 13.470 novos casos por ano Charadram et al., 2013 Processo dinâmico que ocorre na superfície dentária coberta por biofilme, e se caracteriza pelo desequilíbrio entre esse biofilme e os tecidos duros do dente, resultando, ao longo do tempo, em perda mineral (esmalte, dentina e cemento). Desmineralização Sinal clinicamente detectável (mancha branca ativa ou cavidade) Diagrama de Keyes adaptado por Newbrum Fatores que contribuem diretamente para a perda mineral. Não estão relacionados diretamente à etiologia da doença, mas relevantes para sua ocorrência 08/09/2017 2 A cariogenicidade do biofilme está relacionada com o aumento de populações de espécies bacterianas acidogênicas e acidúricas em resposta à alta frequência de acidificação do meio como resultado do metabolismo de carboidratos dietéticos. Streptocccus mutans: • Capacidade de colonizar o dente (formação de glicanos) • Mais relacionado à lesões iniciais Lactobacillus; • Predominância do Lactobacillus casei; • Efeito principal em dentina e lesões profundas • Dificuldade de aderir superfícies lisas • Manutenção do órgão dentário; • Anatomia Dentária; • Fluxo Salivar; • Capacidade Tampão Manutenção do órgão dentário: Anatomia Dentária: • Áreas de cicatrículas e fissuras são mais propensas ao acúmulo de bactérias e mais difíceis de higienizar; EQUILÍBRIO DESMINERALIZAÇÃO REMINERALIZAÇÃO pH Neutro próximo de 7 Remineralização Capacidade tampão e ausência da sacarose; Ganho de cálcio e potássio Flúor ajuda na remineralização pH crítico < 5,5 Início da desmineralização Perda de Cálcio e Potássio Necessário a presença de sacarose DESMINERALIZAÇÃO REMINERALIZAÇÃO DESEQUILÍBRIO Gonçalves & Pereira, 2003 XEROSTOMIA DIMINUIÇÃ O DO FLUXO SALIVAR E CAPACIDAD E TAMPÃO PROCESSO DES- RE E NEUTRALIZAÇÃO DE ÁCIDOS AFETADO Paciente com xerostomia ou hiposalivação têm maiores chances de desenvolver cárie; 08/09/2017 3 A dieta exerce influência local e direta sobre os dentes, reagindo com a superfície dos mesmo ou servindo de substrato para os microrganismos. Dieta cariogênica: principal carboidrato degradado é a sacarose; O maior consumo por parte do indivíduo está relacionado com maior oferta de sacarose para os microrganismos; A fermentação de carboidratos resulta na produção de ácidos (principalmente lácticos). O aumento da concentração de íons de hidrogênio irá promover um pH ácido e irá promover a subsaturação de íons cálcio e fosfato e consequentemente a desmineralização da estrutura dentária. • Tipo de carboidrato; • Frequência de ingestão; Ao consumir açúcar, o pH decresce e aproximadamente após 10 minutos começa a voltar ao normal. Sendo que a cada ingestão, o pH permanece de 15 a 20 minutos abaixo do crítico (5.5). Esse equilíbrio depende da frequência de ingestão de carboidrato, composição da saliva, quantidade e qualidade do biofilme, suscetibilidade da estrutura dentária e concentração de flúor no ambiente. Redução do cárie está relacionada com a disseminação do uso do flúor; Ação cariostática; Baseia-se na interferência ativa no processo de desmineralização dos tecidos duros do dente; pH crítico de 5.5 na ausência de flúor para 4.5 na presença de flúor. Após 1 semana: Clinicamente: nenhuma alteração Microscopicamente: dissolução das superfícies dos cristais, perda de 20 a 100 micrometros. Após 14 dias: Clinicamente: mancha branca esbranquiçada e opaca Microscopicamente: aumento da porosidade, perda dos minerais localizados na porção mais profunda Após 3 a 4 semanas: Clinicamente: início das cavitações; Microscopicamente: dissolução mais marcante e irregularidades; Segundo alguns estudos, o nível socioeconômico pode estar relacionado com maior risco do indivíduo apresentar cárie, como: 08/09/2017 4 O termo “doença periodontal” é usado num sentido amplo para abranger todas as condições patológicas inflamatórias que acometem as estruturas do periodonto de proteção e/ou sustentação. Doença Periodontal Periodonto Saudável Gengivite Periodontite Doença Periodontal Estão relacionadas a tipos diferentes de biofilme e não somente ao estágio de evolução A agressão aos tecidos periodontais ocorre pela liberação o de mediadores inflamatórios, produtos bacterianos, toxinas ou alergênicos. Biofilme Supra Gengival Biofilme Sub Gengival Parei aqui noturno 1 • É a forma mais prevalente e mais comum de doença periodontal; • Rubor, edema e sangramento; • Estreptococos, Actinomicetes e Espiroquetas. Acúmulo de biofilme • Inflamação restrita ao tecido gengival marginal (maior acúmulo de bactérias do biofilme); Parei aqui matutin o Loe, et al., 1965 (Gengivite experimental em humanos) Acúmulo de Biofilme Aproximadamente 21 dias Gengivite Restabelecimento Higiene Regressão inflamação Acúmulo de biofilme • Reações inflamatórias em níveis mais profundos; • Danos irreversíveis ao tecido de suporte; • O Biofilme subgengival é o desencadeador. O Biofilme é o fator etiológico Primário: A principal bactéria é: Phorphyromonas gingivalis; 08/09/2017 5 Ocorre a migração apical do epitélio juncional (migração patológica) e perda de inserção conjuntiva pode estar presente. Higiene Oral Deficiente: Fatores etiológicos secundários (contribuem para a inflamação local): Presença de Cálculo: Presença de Cáries Cervicais: Iatrogenia: Fumo: Oclusão (apinhamento): Alterações Sistêmicas: Invasão do espaço biológico Qualquer alteração maligna com localização no: BRASIL: • 2006: 472 mil novos casos de câncer • 2,8% ocorrem na cavidade bucal (13.470) • 75% acometem o gênero masculino • Tumor de língua: 40% 08/09/2017 6 • TABAGISTA: 4 a 15 x mais probabilidade de desenvolver câncer de boca; • O risco também é alto em tabacos sem fumaça (rapé e tabaco para mascar); • 4700 substâncias tóxicas e 60 apresentam ação carcinogênica; • Ação contínua ao calor potencializa as agressões sobre a mucosa (aproximadamente 850ºC na ponta do cigarro); ALCOOLISMO: Muito associados ao câncer de assoalho bucal e língua; Consumo frequente: principalmente cachaça e vinho de má qualidade; Risco de 8,5 a 9,2 vezes maior do que pessoas que não consomem; Álcool associado ao tabaco: 141,6 vezes maior risco de desenvolver câncer bucal. EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO SOLAR: • Principalmente câncer do lábio inferior; • Pessoas de cor clara com pouca pigmentação melânica; • Exposições periódicas por mais de 15 anos aos raios UV; • Não utilização de protetor solar labial; • Agricultores, pescadores, trabalhadores de salinas, carteiros; • Risco adicional quanto ao aparecimento do câncer bucal; • Ainda não existe um consenso na literatura, mas provavelmente está relacionado à maior proliferação de células. MÁ HIGIENIZAÇÃO: 08/09/2017 7 IRRITAÇÃO MECÂNICA CRÔNICA: • Próteses dentárias desadaptadas; • Câmaras de sucção; • Dentes fraturados e raízes residuais • Irritação constante e prolongada da mucosa oral. • Idade superior a 40 anos; • Sexo masculino; • Tabagista crônico; • Etilista crônico; • Má higiene bucal; • Desnutridose imunodeprimidos; • Portadores de próteses mal-adaptadas; • Consumidores em excesso e prolongado de chimarrão; • Alta exposição ao sol. O diagnóstico precoce é bastante dificultado por dois motivos: 1. Lesão assintomática nas fases iniciais; 2. Raramente identificadas pelos examinadores; Oclusão normal: encontro ótimo entre os dentes superiores e inferiores durante a função com nenhuma maloclusão presente (Associação Americana de Ortodontistas). OCLUSOPTIAS OU MALOCLUSÃO: alteração da oclusão normal nas relações intramaxilares ou intermaxilares dos dentes. 08/09/2017 8 • Hereditariedade: padrão de crescimento facial e desenvolvimento dentário; • Defeitos de origem desconhecida ou embrionários raros; • Traumatismo; • Agentes físicos (exodontias prematuras dos decíduos e alimentos fibrosos); • Distúrbios respiratórios; • Perda dentária precoce (cárie ou doença periodontal); • Hábitos (onicofagia, morder canetas, etc) alexandrecoelhomachado@gmail.com Curso de Odontologia Disciplina de Ciências Odontológicas
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