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Resumo de fenomenologia Questões centrais da Fenomenologia: A fenomenologia tem a intenção de voltar as coisas mesmas, isso quer dizer que não devemos “colocar” nos objetos aquilo que já achamos que sabemos sobre ele, suspender nossos conhecimentos e julgamentos ao entrar em contato, para que assim, as coisas possam se mostrar tais como elas são. Para Heidegger, o ser humano é lançado no mundo, somos sempre um projeto para o futuro. (fica mais fácil entender quando pensamos em nós, estamos estudando por quê? Porque temos o projeto de fazer uma prova na quarta-feira, por exemplo.). Medo e angustia: Sempre que sentimos medo, conseguimos relacionar com alguma outra coisa, é automático pensamos em medo e em algum objeto/coisa (Ente). Já a angustia não, ela é um sentimento de vazio, não tem muita explicação, é desesperança, estar perdido, e para Heidegger somente a partir da angustia que conseguimos suspender todos os nossos conhecimentos, do contrario podemos olhar desconstruidamente para o fenômeno. Sobre a Daseisanalise: Binswanger: Psiquiatra, não foi o primeiro a ligar a fenomenologia com a psiquiatria, mas foi quem cunhou o termo daseisanalise. Faz críticas à psicanálise de Freud, diz que ele se compara com o modelo natural de ciência (aquela que faz a divisão de sujeito e objeto, a nossa maneira comum de pensar). Ele pensa em uma totalidade do ser humano, não tem interesse em estudar o homem em suas minúcias, (ID, EGO e SUPEREGO). A doença em uma pergunta: “qual tem sido sua experiência com essa doença?”, não pensa em psíquico e corporal, pensa em uma coisa só, se o corpo esta machucado a nossa forma de ver o mundo também muda, pois somos uma coisa só, alterou uma altera a outra. Sonhos: como reveladores de possibilidade de existir, eles dizem respeito a uma experiência. Boss: Foi discípulo de Heidegger, diferente do primeiro apresentado. Para ele o mais importante é saber qual a experiência de estar doente e o seu sentido. A doença implica na privação de possibilidades de ser (aqui lembrar que somos um projeto para o futuro, sendo assim a doença atrapalha nossos projetos.). Não existe doença mais ou menos “pior” ela pode ser mais ou menos limitadora, mas o parâmetro vem da própria pessoa, só ela sabe das dificuldades que tem enfrentado na sua vida desde o inicio da doença, nós não. A prática tem semelhanças com a da psicanálise, o fato do paciente poder falar livremente (atenção flutuante), valorização da confiança, estabelecimento de vínculo. Não se fala em transferência, pois nesta no que compreende Boss seria re-editar situações, se fala em co-existencia: naquele momento era o único modo como a pessoa conseguia lidar com o fato, não tenta ligar com algo do passado e edita-la. Sobre a atuação clínica: Estar presente, prestar atenção no que o cliente diz, sem querer antecipar suas falas ou acreditar que já sabe o que ele está querendo dizer, sempre lembrar que, uma pessoa bonita pra mim tem um significado, já para todas as outras pessoas é totalmente diferente, cada um constrói seus significados a partir do ambiente (em fenomenologia dizemos a partir da rede de significados, ou horizonte histórico) Respeitar o tempo do cliente, não querer arrancar informações dele, tudo o que ele fala é importante, permitir se demorar, e que o paciente demore, resguardar o espaço da terapia como algo de não cobrança, já vivemos em um mundo de lógica da técnica onde tudo precisa ser rápido, objetivo e a necessidade de prescrever caminhos, não deixar a técnica ser mais importante que o homem. Não concordar ou discordar, acolher e compreender. Ente: tudo aquilo que pode ser definido, os animais, móveis, objetos, etc.. Ser/Dasein: O ser humano, ele não pode ser definido, apenas existe. (Detalhe nós enquanto Dasein, utilizamos de vários entes para nos explicarmos, por exemplo: Sou filha, estudante de psicologia... Ser filha tem uma definição, tem um papel a ser desempenhado, podemos descrever as funções, o mesmo serve ao fato de ser estudante.) Modo impróprio: isso é uma nomeação, para quando uma pessoa vive no automático, a partir do que as pessoas querem que ela seja, é da dimensão do “todo mundo”, faço o que foi destinado a mim não o que realmente é relevante pra mim. Porém isso não quer dizer algo ruim que deve ser eliminado, em muitos momentos da nossa vida viveu assim, isso é algo que nos conforta e ta tudo bem, é importante em alguns momentos refletir sobre isso não eliminar, mantenha isso em mente. Solicitude substitutiva: querer decidir pelo outro, antecipar a necessidade do outro (um bebe precisa disso pois não tem noção dos riscos já um adulto não precisa de alguém que o impeça de viver, mas sim de alguém que junto a ele avalie os riscos, assim se aprende). Solicitude libertadora: agir de maneira contraria a citada acima, lidar com o que é meu no sentido de não decidir o que eu acho melhor para o outro, essa opinião é minha e não precisa ser exposta, preciso caminhar com e não carregar. Sempre ter em mente: “Olhar e ver o que aparece, não o que eu espero que seja.”
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