Buscar

Alimentação infantil Parte 1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
Prefeitura Municipal de Montenegro
Alimentação Infantil
Serviço de Nutrição e Alimentação Escolar
2016
*
*
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE
A alimentação saudável deve possibilitar crescimento e desenvolvimento adequado, otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos e atuar na prevenção de doenças em curto e longo prazo (ex: anemia, obesidade, doenças crônicas não transmissíveis).
*
*
Para planejar a alimentação da criança é necessário considerar as limitações do organismo dos lactentes. Durante os primeiros meses de vida, o trato gastrointestinal, os rins, o fígado e o sistema imunológico encontram-se em fase de maturação.
A seguir veremos os dez passos para alimentação saudável.
*
*
*
*
Aleitamento Materno
*
*
*
*
Alimentação complementar
A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno.
A partir dessa idade, a criança já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos.
Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos de idade.
Com a introdução dos alimentos complementares é importante que a criança receba água nos intervalos.
A partir dos 6 meses o reflexo de protusão da língua diminui progressivamente, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos
*
*
Início da Introdução da Alimentação Complementar
Alimentação COMPLEMENTAR deve ser iniciada de forma lenta e gradual, entre 4-6 meses de idade 
Quantidade pequena - volume gástrico: 20-30ml/kg/peso. 
Inicialmente: baixa aceitação -> tudo novo: colher, consistência, sabor. Há crianças que se adaptam facilmente e aceitam muito bem os novos alimentos . Outras precisam de mais tempo, não devendo esse fato ser motivo de ansiedade e angústia. No início da introdução dos alimentos, a quantidade que a criança ingere pode ser pequena.
Exposição frequente facilita aceitação do alimento
Influencia na aceitação dos alimentos posteriormente
*
*
Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação do brasileiro.
Ao completar 6 meses de idade os alimentos complementares devem ser oferecidos 3 vezes ao dia (papa de fruta, papa salgada e papa de fruta).
*
*
A partir dos 7 meses deve ser acrescentada a segunda papa salgada.
A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite materno reduz significativamente , por esse motivo a introdução de carnes, mesmo que seja em pequena proporção é importante.
*
*
Dificuldade para distinguir o desconforto sentido pela criança em decorrência da sensação de fome ou outros fatores, como sede, incômodo causado por fraldas sujas e molhadas, calor ou frio, necessidade de carinho.
Geralmente há uma expectativa muito maior sobre a quantidade de alimentos que as crianças necessitam comer.
*
*
É recomendável oferecer a alimentação complementar sem rigidez de horários, com intervalos regulares para que a criança sinta a necessidade de se alimentar (fome).
São desaconselháveis práticas nocivas premiação ou castigo para conseguir que as crianças comam. Algumas crianças precisam ser estimuladas a comer e não forçadas.
*
*
Permitir que a criança tenha contato com os alimentos tocando-os, cheirando-os e degustando-os.
A partir dos oito meses, podem ser oferecidos os mesmos alimentos preparados para a família, desde que amassados, desfiados, picados ou cortados em pedaços pequenos.
 
*
*
As refeições, quanto mais espessas e consistentes, apresentam maior densidade energética, comparadas com as dietas diluídas, do tipo suco e sopa ralas.
Como a criança tem capacidade gástrica pequena e consome poucas colheradas no início da introdução dos alimentos complementares, é necessário garantir o aporte calórica com papas de alta densidade.
*
*
Aos 6 meses, a trituração complementar dos alimentos é realizada com as gengivas que já se encontram suficientemente endurecidas.
A introdução da alimentação complementar espessa vai estimular a criança nas funções de lateralização da língua, jogando os alimentos para os dentes trituradores e no reflexo de mastigação.
*
*
Com 8 meses , a criança que for estimulada a receber papas com consistência espessa, vai desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação. Assim ela aceitará com mais facilidade a comida da família a partir dessa idade.
Importante não utilizar o termo sopa de legumes pois dá a idéia de consistência líquida e semilíquida, contraindicada para crianças.
*
*
Papa de fruta
 
*
*
Papa salgada
A) Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela.
B) Amassar com o garfo. A consistência terá o aspecto pastoso (papa/purê). A utilização do liquidificador e peneira é totalmente contraindicado porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência, sabores e cores.
*
*
Alimentos liquidificados não vão estimular a mastigação.
A primeira papa salgada pode ser oferecida no almoço ao completar 6 meses e quando o bebê completar 7 meses introduzir a segunda papa salgada.
*
*
Papa amassada x papa liquidificada
*
*
*
*
Colher pequena
Pouca quantidade
Criança tem auto regulação – pais e cuidadores podem “atrapalhar”
*
*
Alimentação variada = nutrição adequada
Cereais e tubérculos: energia
Verduras e legumes: vitaminas, minerais e fibras
Frutas: vitaminas, minerais e fibras, energia
Leite: cálcio, proteína
Carnes e ovos: proteína, ferro
Leguminosas: proteína, ferro
*
*
Oferecer duas frutas diferentes por dia, selecionando as frutas da estação.
A papa deve conter um alimento de cada grupo: cereais ou tubérculos, leguminosas, legumes e verduras e carne e ovo. A cada dia oferecer um novo alimento.
Sempre que possível oferecer a carne nas refeições pois são boas fontes de ferro.
*
*
*
*
As frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas , minerais e fibras.
*
*
Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, inicialmente, pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente elas aceitam melhor os alimentos com sabor doce. As frutas devem ser oferecidas in natura, amassadas, ao invés de suco. O consumo de suco natural deve ser limitado, 100 ml ao dia, após as refeições principais e não como lanches ou refeição, pois contem pouca densidade calórica.
*
*
Técnicas inadequadas usadas na introdução dos alimentos complementares podem também prejudicar a aceitação desses alimentos como:
- a desistência de oferecer os alimentos que a criança não aceitou bem nas primeiras vezes, por achar que ela não os aprecia. Oferecer de 8 a 10 vezes o mesmo alimento.
*
*
- o uso de misturas de vários alimentos, normalmente liquidificados ou peneirados, dificultando à criança testar os diferentes sabores e texturas dos novos alimentos que estão sendo oferecidos.
- Não substituir a refeição por bebidas lácteas quando ocorre a primeira recusa do novo alimento, o que pode ocasionar anemia e excesso de peso.
*
*
Leite de vaca
Proteína inadequada 
Alergias
Anemia
Sobrecarga renal
*
*
Mel
Contaminação: bactéria Clostridium botulinum;
Botulismo - doença que atinge os nervos e músculos;
Até 1 ano, o sistema imunológico da criança não está desenvolvido para combater essa bactéria.
*
*
*
*
Sucos 
Geralmente bem aceito,
 porém faz com que criança coma menos alimentos sólidos - prejuízo na ingestão calórica e de nutrientes
Pode usar como fonte de vitamina C após 
refeição, em quantidade muito pequena -> 
melhora absorção do ferro
Quantidade máxima recomendada: 100ml/dia
*
*
Esquema Alimentar 
*
*
*
*
PREFERÊNCIAS ALIMENTARES
Doce e salgado: predisposição em aceitar -> função protetora: sabores mais aceitos são identificado
como sinal de fonte de energia (maior densidade energética = maior saciedade); 
Ácido e amargo: maior rejeição -> sabores rejeitados são percebidos como um risco da presença de toxinas. 
Preferências inatas -> Expressões faciais de aversão:
Não é uma rejeição definitiva!
Oferecer o mesmo alimento de 8-10 vezes para a criança.
*
*
FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES 
Açúcar: quando um alimento é familiar na versão sem açúcar, o consumo dele com açúcar posteriormente não vai aumentar a aceitação do mesmo. Entretanto um alimento não-familiar terá maior aceitação apresentado pela primeira vez em uma versão mais doce.
Alimentos oferecidos com frequência nos primeiros anos de vida passam a fazer parte do hábito alimentar.
*
*
NEOFOBIA ALIMENTAR
Medo dos alimentos novos;
Crianças de 2 a 5 anos são mais neofóbicas do que crianças de 4-7 meses -> aproveitar essa “janela de oportunidades”;
Preferência pelo sabor doce é inato. Não precisa ser aprendido!!! 
*
*
O bebê deve mamar sob livre demanda , ou seja, todas as vezes que quiser, sem horários fixos determinados.
*
Previne anemia: melhor biodisponibilidade de ferro que LV – 50% x 10%
*
No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela, sob a forma de papas/purês de legumes/cereais/frutas. São os chamados alimentos de transição.
Sopas e comidas ralas/moles não fornecem energia suficiente para a criança.
*
Para temperar os alimentos, recomenda-se o uso de cebola, alho, óleo, pouco sal e ervas (salsinha,cebolinha, coentro).
*
Autocontrole no consumo energético: práticas coercivas ou de restrição dos pais podem atrapalhar. Pais são responsáveis pelo que é oferecido à criança, e criança é responsável por quanto e quando comer.
*
*
Carnes: ferro de boa biodisponibilidade. Receio de que criança não consiga triturar ou engasgue: movimentos orofaciais e pressão das gengivas iniciam processo mastigatório. Criança tem defesas motoras que a faz expelir alimentos que não consigam engolir.
Recomenda-se uso de carne moída, ou desfiada e misturar a batata, aipim ou arroz.
Crianças de 4 meses e com características motoras pouco desenvolvidas: caldo de carne.
*
Quantidades excessivas de proteína além de proteínas complexas de difícil digestão que tendem a agredir a mucosa intestinal do bebê, podendo provocar alergia ao leite de vaca, perda sanguínea visível ou mesmo imperceptível nas fezes e anemia. 
O bebê de 6 a 12 meses de vida tem alta necessidade de ferro e o leite comum contém baixa concentração deste mineral. 
Além disso, a quantidade de sódio no leite comum é superior à recomendada, podendo sobrecarregar os rins do bebê.
Não oferecer até 1 ano.
*
A preocupação é porque o produto pode estar contaminado com, responsável pela transmissãesporos da bactéria Clostridium botulinumo do botulismo, doença que atinge os nervos e músculos. Embora seja rara, é grave. “Até 1 ano, o sistema imunológico da criança não está desenvolvido para combater essa bactéria”
*
Antes a indicação era após 1 ano.
alergias. 
*
Em função das preferências inatas já destacadas anteriormente, as crianças exibem expressões faciais que influenciam os pais quanto à oferta de alimentos. Assim, as expressões de aversão são logo interpretadas pelos pais como sendo uma rejeição definitiva por determinado alimento, fazendo com que eles parem de oferecer à criança .
É necessário que a criança seja exposta ao alimento de oito a dez vezes antes que se considere que o alimento não é de sua preferência. A maioria das mães oferecem menos de 5 vezes um novo alimento a seus filhos.
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais