Buscar

contestação

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIRETO DA xx VARA CÍVEL DA COMARCA/UF.
Processo nº: 0000000.00.0000.0.00.0000
TERENCIO DA CRUZ, (Nacionalidade), (Estado civil), (Profissão), portado da cédula de identidade sob o nº xxxxxxxx-x, inscrito no CPF/MF sob o nº: 000.000.000-000, residente e domicialdo na (Rua), ( nº), (Bairro), Cidade/UF, CEP: 00000-000, vem, respeitosamente, a presença Vossa Excelência, por seu procurador infra assinado, com escritório profissional situado na Rua XXXXX, Nº: XX, Bairro xxxxx, Cidade/UF, CEP: 0000-000, (endereço eletrônico) onde recebe intimações, apresentar sua
CONSTETAÇÃO C/C RECONVENÇÃO
Nos autos da ação de cobrança de alugueis que lhe move MARILDO PEREIRA, já qualificado nos autos em epígrafe, o que faz com fulcro no art.335 e seguintes do Código de Processo Civil e nos argumentos fáticos e jurídicos aduzidos asseguir:
										DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
Persiste esclarecer que o Requerido trata-se de pessoa que goza de pouca condição econômica, não podendo arcar com os custos e despesas decorrentes de um processo judicial, bem como honorários advocatícios, 
sem privar a si mesmo do próprio sustento ou de seus familiares.
O presente pedido de gratuidade Judiciária está devidamente amparado pelas leis 1.060/50 e Lei nº 5478/68, bem como do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, com o fim de não afastar a distribuição da Justiça aos jurisdicionados mais carentes.
Assim, requer-se, desde já, com base no Art.98, 99 do CPC, que se digne Vossa Excelência em conceder os benefícios da assistência judiciária nos termos da legislação em vigor, vez que o Requerido, mormente por não dispor de recurso material, não tem condições de arcar com os custos e despesas processuais e honorários advocatícios.
II) DOS FATOS
Ao contrário do que tenta fazer crer o autor, o verdadeiro desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ele apresentado.
As partes firmaram um contrato de aluguel referente a um terreno na zona rural no periodo de janeiro de 2016 a janeiro de 17, com o valor de R$3.000,00 (três mil reais) mensais. Ocorre que a ré efetuou todos os pagamentos dos alugueis do início ao fim do contrato através de cheques, todos devidamente compensados, conforme comprovantes em anexo da microfilmagem dos cheques emitido e compensados
Asim sendo, o réu sem maiores transtornos desocupou o imóvel no término do contrato, conforme previsto no mesmo.
Em razão do exposto, faz se necessário a presente peça a fim de contestar todos os argumentos apresentados pelo autor da presente ação, conforme será demonstrado a seguir.
III ) – DO MÉRITO
Primeiramente esclarece a ré que o contrato celebrado entre as partes era exclusivamente de aluguel com período de Janeio de 2016 a janeiro de 2018.
Corme aduzido acima, é sabido que os alugueis referente ao contrato vinham sendo quitados através de cheques devidamente compensados. Em momento algum o réu esquivou-se em quitar os alugueis.
A alegação do autor no que tange a inadimplência do réu não merece prosperar, uma vez que o réu efetuou o pagamento do todos os alugueis referente ao período de vigência do contrato, conforme comprova-se através de documentos em anexo..
Além do mais, o autor não apresenta provas capazes de demonstrar a inadimplência do réu, são apenas alegações, o que viola o disposto no artigo 373, I, do Código de Processo Civil conforme exposto asseguir:
“Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I. Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;”
Ao analisar os autos, verifica-se a ausência de prova indicativa do direito do autor, exatamente pelo fato de não haver comprovado a inadimplência, não ultrapassando o campo das falácias e mero aborrecimento.
Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na inicial, razão pela qual conduz à sua imediata extinção.
III) - DA COBRANÇA INDEVIDA/LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
Conforme já explanado anteriormente o réu não deve ao autor nem um centavo, vez que todos os alugueis do contrato firmando entre eles foram devidamente pagos.
Porém, o autor mesmo já tendo recebido todos as alugueis ainda ajuizou a presente ação agindo de má fé. Destarte, o pedido do autor foi montado à tentativa de enriquecimento ilícito, vejamos:
A ação foi ajuizada após o pagamento da dívida, o que impossibilita a comprovação da inadimplência, por isso o autor não conseguiu comprovar a dívida, uma vez que esta não existe!
Entretanto, ressalta-se que alegações indevidas, infrutíferas e sem nenhum respaldo jurídico ou embasada por documentação hábil comprobatória, apenas tratando-se de alegações vãs, configura a litigância de má-fé. O litigante de má-fé é aquele que busca vantagem fácil, alterando a verdade dos fatos com ânimo doloso, e é o que acontece no caso em tela.
Como consequência da ambição autor, por pleitear verba da qual sabe não ser merecedor, utilizando-se do processo para obter objetivo ilegal, deve receber punição.
Pugna-se o art. 77 do Código de Processo Civil o qual impõe o dever de probidade e lealdade processual às partes e procuradores.
O litigante ímprobo, que vier descumprir tal dever, sofrerá as sanções previstas ao litigante de má fé, de que tratam os artigos 79 e 80 do CPC, podendo ser fixada multa até o teto de 10 (dez) salários mínimos a 
serem fixadas por arbítrio de Vossa Excelência, situação que cabe a aplicação do referido artigo ao autor.
O artigo 80 do CPC, I, II, III assim disciplina:
"Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;”
O Codigo de Processo Civil ainda prevê a condenação do litigante de má fé ao pagamento de multa, senão vejamos:
“Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.”
As alegações do autor de não cumprimento quanto ao pagamento do aluguel do período de Janeiro de 2016 a janeiro de 2017, não devem prosperar, pois, se trata de uma ficção aludida pelo mesmo, que agindo de má fé ambiciosamente pretende receber proveitos além dos pactuados.
Ademais, não há que se falar em descumprimento da obrigação de pagar o aluguel pela réu visto que a compensação dos cheques vislumbra o cumprimento da obrigação. Portanto não merece prosperar a cobrança de aluguel, vez que a dívida é inexistente.
Concluindo, está claro o equívoco do autor, também a ocorrência de má fé ao cobrar uma dívida já devidamente quitada.
Face ao exposto, requer-se a condenação do autor ao pagamento de multa por litigância de má fé nos termos do art.81 do CPC.
IV) – Reconvenção (CPC, art. 343)
Reconvenção é a ação do réu contra o autor no mesmo processo em que aquele é demandado. Não é defesa, é demanda, ataque. Esta ação amplia objetivamente o processo, obtendo novo pedido na presente ação.
Assim sendo, alegar reconvenção na contestação é lícito, conforme respalda o art. 343 do CPC,
Nesse sentido, o art. 343 do CPC, discorre:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Como amplamente demonstrado no decorrer desta, o réu não tem débito algum com o autor, haja vista o adimplemento da dívida antes mesmo do ajuizamento da presente ação.
O autor está cobrando uma dívida que já foi paga e nesse sentindo o art. 940 do Código Civil, prevê que o credor que demandar por dívida já paga, ficará obrigado a pagar ao devedor o dobro do que houver cobrado, senão vejamos:
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir
mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
Os comprovantes em anexo são as provas de que a dívida foi adimplida e a má fé do reconvindo já foi vastamente alegada em tópico anterior. Assim, resta comprovado o direito da reconvinte de receber em dobro do que já foi pago.
Portanto, não pode ser proferido outro julgamento senão a total procedência da presente contestação c/c reconvenção, vez que fora vastamente comprovado o pagamento da dívida e a má fé do autor. Ainda que ocorra a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame do seu mérito, não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção, conforme preceitua o § 2º do art. 343 do CPC.
V) – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, restando evidenciado o direito e interesse de agir do réu, requer-se:
a) Pretende-se o conhecimento e acolhimento das PRELIMINARES arguidas:
b) Em face do exposto, CONTESTA todos os termos da inicial, requerendo que seja julgado MPROCEDENTE os pedidos da presente ação sob pena de ENRIQUECIMENTO ILICITO;
c) Seja o pedido de reconvenção julgado TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim de condenar o reconvindo ao pagamento em dobro do valor já pago pela reconvinte referente ao aluguel do período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
									Seja o reconvindo condenado ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, conforme preceitua o art. 85, § 1º do CPC.
e) Tendo em vista que o reconvinte não tem condições em arcar com as custas e despesas processuais, requer os BENEFÍCIOS DA ASSISSTÊNCIA JUDICIÁRIA, 
f) Provarão o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do reconvinte, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de documentos, etc. Protestam por outras provas.
g) Reque ainda que todas as intimações e publicações sejam feitas em nome de seu procurador.
Cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida e juntada aos autos.
Termos em que;
Pede deferimento;
Data e local;
Advogado/OAB

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais