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Aula 03 - Tubarão

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Aula 03 - Tubarões
Origem e evolução
400 milhões de anos
Fóssil de tubarão (dentes, espinhos e dentículos dérmicos)
1° tubarão: a boca era localizada na parte frontal da cabeça, espinhos (1° dorsal) e ausência de nadadeira anal. 
Maior tubarão: aprox. 13m (Charcharhodon megalodon) com dentes de 15 cm (parente do atual tubarão-branco).
Dentes
Estrutura:
 Esmalte 
					 
 Dentina 
					 Cavidade vascularizada
16 séries de dentes com até 08 funcionais
Quando há perda, há substituição, podendo ser em 8 dias ou levar 1 ano
Quantidade ao longo da vida: 30 mil.
O crescimento do dente é proporcional ao crescimento do indivíduo.
Forma do dente: altamente especializados e usados na identificação do tubarão – cortar, perfurar, triturar, agarrar (raias e tubarão-lixa), vestigiais (filtradores), esmagar (tubarão-cachorro), mistos [agarrar + cortar] (alguns do gênero Carcharhinus).
Alimentação
Hábitos alimentares: geralmente peixes, outros elasmobrânquios (canibalismo), moluscos e crustáceos. Eventualmente mamíferos, aves, tartarugas, plânctons. 
Quantidade de alimento: 2% do peso corporal por dia. Ex: um tubarão de 45kg come ao equivalente a 05 hambúrgueres por dia.
O fígado funciona como uma reserva nutritiva (alguns tubarões passam até 1 ano sem se alimentar)
Horário de alimentação: período noturno mais intenso
Tipos de alimentação dos tubarões
Planctófagas (filtradoras): tubarão boca-grande, tubarão-baleia e tubarão-peregrino
Oportunista: tubarão-tigre
Seletivo: tubarão-martelo (raias), tubarão-de-chifre (ouriço) e tubarão-zebra (moluscos). 
Tempo de digestão:
Carcharhinus plumbeus (corre-costa) – 70 a 90h
Squalus acanthias (cação-bagre) – até 18 dias
Galeocerdo cuvier (tigre) – até 02 meses
Processo alimentar: 
Garganta (larga) Esôfago Estômago (grande em forma de ‘’J’’) Suco gástrico fortíssimo Intestino curto (diferente dos invertebrados)
Idade e crescimento
Média de vida: de 20 a 25 anos. Porém, Squalus acanthias já chegou a viver 70 anos. 
Comprimento da maioria dos tubarões chega a 1,5m.
Maior tubarão do mundo: tubarão-baleia – 18m.
Menor tubarão do mundo: tubarão-lanterna – 20cm. 
Como se estima a idade de um tubarão?
Sacrifica-se o animal
Coleta-se a vértebra
Corta-se uma fatia, usando uma serra metalográfica
Faz-se a coração, usando um corante específico
Realiza um corte em formato de gravata
Observação das lâminas em microscópio
Contagem dos anéis das vértebras
Biologia sensorial
Sentidos do tubarão: olfato, gustação, visão, tato, audição e eletrorrecepção (6° sentido). 
Olfato
Narinas – órgão exclusivamente sensorial, sem função respiratória
Os tubarões possuem uma elevada sensibilidade através do olfato, conseguindo detectar até uma gota de sangue em mil litros de água.
O olfato possui maior sensibilidade para certas substâncias, como aminoácidos (proteínas)
Através do olfato, os tubarões conseguem perceber diferenças sutis na salinidade da água
Provavelmente, os tubarões possuem um estímulo sexual olfativo. 
Gustação
Os tubarões possuem papilas gustativas na boca e na faringe.
Os botões gustativos são as estruturas responsáveis pela gustação
A gustação serve como decisão final na captura da presa
Barbilhões: com provável função de paladar e tato. Ex: tubarão-lixa
Visão
Altamente eficiente 
Grande sensibilidade visual em ambiente com pouca luz (10x maior que o Homem)
Os tubarões possuem dois tipos de células fotorreceptoras: os cones (responsáveis pelas cores) e os bastonetes (responsáveis pelo preto e branco, luz e contraste da imagem) 
Os tubarões possuem placas refletoras de luz atrás da retina que aumenta a sensibilidade dos bastonetes. 
Possuem a capacidade de focalizar a imagem 7x melhor que o Homem
Através de sua visão, conseguem distinguir listras verticais de horizontais e triângulos de quadrados
Principais adaptações: tamanho do olho x profundidade e tamanho da pupila circular ou oval quando aberta
Na luz brilhante, a pupila pode se tornar tanto circular quanto ser uma fenda vertical ou horizontal
Presença de membrana nictante
Tato
Corpo coberto pelo couro com dentículos dérmicos embutidos
Dentículos dérmicos possuem variadas formas
Os tubarões possuem terminais sensitivos ao longo de toda sua superfície corpórea
Linha lateral – percebe os estímulos mecânicos. Ex: quando o tubarão foi ferido ou está nadando de modo irregular
Sensação de tato, dor e temperatura: possui maior concentração sensitiva. Principalmente nas nadadeiras pélvica e caudal e depois na cabeça e no focinho (identificação de textura)
Eletrorrecepção (6° sentido)
Recepção de estímulos elétricos 
Estruturas responsáveis Ampolas de Lorenzini
Localização: focinho, parte inferior da boca e ao redor dos olhos
O poro é a abertura do canal. O canal é preenchido por uma subs. gelatinosa que é condutora da eletricidade
Capacidade sensorial captura as presas através de seus impulsos elétricos
Audição
Ausência de orelhas
Sistema auditivo interno capta frequência baixa
Ligação externa: poros no alto da cabeça
Musculatura 
Tubarões apresentam 02 tipos de musculatura:
Vermelha – camada fina abaixo da pele, rica em vasos sanguíneos e é responsável pela natação lenta
Branca – pouco irrigada, responsável pela natação rápida. Baixa densidade e maior flutuabilidade
Natação e flutuabilidade
Cartilagem: menor peso e maior flutuabilidade
Fígado (em 80% dos tubarões, ocupa 25% da cavidade celomática)
Dentículos dérmicos – reduz o atrito
Ausencia de bexiga natatória
Função das nadadeiras
Nadadeira caudal – É o principal propulsor. Realiza a mudança de direção (para frente). Espécies que possuem lobos são mais velozes.
Nadadeiras peitorais e pélvicas – responsáveis pelo suporte de planagem, oferecem suporte durante a natação e realiza o direcionamento vertical
Nadadeiras dorsais - estabilidade
Respiração
Circulação
Seio venoso átrio ventrículo cone arterial (músculo fibroso com válvulas que impede o refluxo)
Reprodução
O clásper é a estrutura reprodutora masculina, enquanto a fêmea utiliza a cloaca como estrutura reprodutiva
A fertilização é interna e a gestação dos embriões ocorre dentro de uma casca resistente 
Algumas espécies de fêmeas são capazes de armazenar espermatozoides
Tubarões apresentam diferentes estratégias reprodutivas e formas de desenvolvimento embrionário
Apresentam baixa fecundidade, maturação sexual tardia e dimorfismo sexual 
Tipos de reprodução
Ovípara
É o tipo de reprodução mais primitiva, onde o embrião se desenvolve fora do corpo da mãe.
O ovo fecundado é recoberto por uma cápsula resistente e liberado em ambiente marinho
A forma do ovo é geralmente retangular com filamentos na extremidade. Ex: tubarão-lixa e tubarão-gato. Mas também pode ser cônico (para se encaixar em fendas). Ex: tubarão-porco
A gestação dura de 3 a 18 meses
Nutrição do embrião: vitelo dentro do ovo
Vivípara														O desenvolvimento do embrião ocorre dentro do corpo da mãe e sua nutrição é bastante variada, o que determina diferentes tipos de reprodução vivípara.
Vivípara lecitotrófica: é o tipo mais comum entre os tubarões. O embrião se nutre do vitelo (uma bolsa presa ao embrião por uma haste). Quanto maior o embrião, menor é o vitelo. O número de embriões por gestação pode chegar até 300 (média de 10-20). Tamanho ao nascimento: de 15 a 70 cm. Ex: tubarão-tigre e tubarão-anjo. 
Vivípara ovofálgica: o embrião se nutre dos outros ovos fertilizados (canibalismo intra-uterino). Número de embriões por gestação: 02. Tamanho ao nascimento: 1,30m. Ex: tubarão-branco e tubarão-raposa. 
Vivípara placentária: ligação direta do embrião à placenta materna, através de um cordão umbilical, de onde retira seus nutrientes. Parto natural. Número de embriões por gestação de 2 a 35 (média 8 a 16). Ex: tubarão- azul, tubarão cabeça-chata e tubarão-martelo. 
Aproveitamento 
É o recurso pesqueiro capturado em todo o mundo, conhecido como ‘’o boi do mar’’, devido sua carnevaliosa.
Concentração de ureia na forma de amônia
A barbatana é a parte mais valiosa, onde o preço da nadadeira é mais alto que o tubarão inteiro. 
Sopa de barbatana de tubarão é um dos pratos mais caros e no Oriente é conhecido por ser afrodisíaco. 
Indústria pesqueira oriental realiza o comércio de nadadeiras
O fígado contém grande quantidade de óleos e rico em vitamina A utilizado em cosméticos e lubrificantes. 
As suas cartilagens são usadas em pesquisas médicas (polêmicas e preliminares). Há estudos que algumas substâncias presentes têm capacidade de inibir células tumorais cancerígenas. 
O condroiteno (uma das substâncias de sua cartilagem) é utilizado na síntese de pele artificial. 
A córnea é utilizada em transplante para os seres humanos
As vísceras são usadas na fabricação de farinha para ração de animais domésticos.
Os dentes e arcadas dentárias podem ser usados no artesanato (enfeites, adornos e lembranças)
O couro é usado na fabricação de bolsas, cintos, sapatos, etc. 
O próprio animal pode ser colocado em aquários de visitação pública (Dois Irmãos - PE, fechado).
Ecoturismo: observação dos tubarões em gaiolas de metal (filmagem/fotografia) ou pesca em barcos turísticos. 
Ex: Califórnia (tubarão-azul), Austrália e países do Oceano Índico (tubarão-baleia) e Ilhas Galápagos (cardumes de tubarão-martelo)
Conservação 
Não tem simpatia pública, em comparação às baleias, golfinhos e tartarugas, pois ‘’tubarão bom é tubarão morto’’. 
Falta de conhecimento
O tubarão é importante para o ambiente marinho, pois é o topo da cadeia alimentar e mantém o equilíbrio 
Importante recurso pesqueiro (prejudicado pela pesca)
Maturação sexual tardia (morte antes de perpetuar a espécie)
Conhecimento através da pesquisa
Lei de proteção: Presente na África do Sul, Austrália, EUA (tubarão-branco), Índia (tubarão-tigre) e tentativa no Brasil
Ataques
É o aspecto que mais chama atenção da mídia. 
1° ataque conhecido: 1580
Ataque de interesse público – II Guerra Mundial (1939-1945)
Comportamento de ataque:
 Postura normal Postura de ataque
Possíveis causas responsáveis pelo aumento no número de ataques:
Construção do Porto de Suape
Degradação ambiental – destruição de manguezais, dragagens, aterros e alteração do curso dos rios (Ipojuca e Merepe), redução da oferta de alimentos e quebra da cadeia trófica
Tráfego marítimo – ação atrativa para os tubarões
Degradação generalizada dos ecossistemas costeiros
Elevação do número de surfistas e banhistas ao longo do tempo (aumenta a probabilidade do encontro Homem x tubarão)
Pesca de arrasto de camarão próximo da praia (possível atração para os tubarões)
Configuração topográfica submarina no litoral da RMR (canal adjacente à praia)
Alterações climáticas influenciando o regime dos ventos e precipitação em anos recentes
Fatores potenciais de risco:
Lua Nova e Cheia (maior amplitude das marés, favorecendo a aproximação dos tubarões)
Em períodos de ventos sul e sudeste fortes
Período de águas muito turvas
Como se prevenir dos ataques?
Sempre estar em grupo, pois a maioria dos ataques ocorre a banhistas solitários. 
Não se afastar muito da costa, pois estará isolado e longe de assistência
Evitar nadar durante o amanhecer e ao anoitecer, quando os tubarões se tornam mais ativos
Não entrar na água se estiver sangrando ou menstruada
Não usar joias brilhantes ao entrar na água
Não se bater muito na água, nem se banhar com animais domésticos
Apenas permanecer em profundidade onde os pés conseguem tocar no chão
Evitar entrar quando a água estiver turva

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