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Anamnese Entrevista • É um encontro entre você e o paciente; • O objetivo do encontro é registrar uma Anamnese completa; • É importante para começar a identificar os pontos fortes e os problemas de saúde da pessoa e serve como ponte para a próxima etapa da coleta de dados, o exame físico; • É a primeira parte, e a mais importante, na coleta de dados; • É onde são colhidos os dados subjetivos - o que a pessoa diz sobre si mesma; • A habilidade de entrevistar consiste em colher todas as informações necessárias para uma relação bem-sucedida. Objetivo • Colher os dados subjetivos, registrar o que a pessoa diz sobre si mesma; • A história é combinada aos dados objetivos obtidos no exame físico e aos exames laboratoriais para constituir uma base de dados; • Esta é usada para formar um julgamento ou firmar um diagnóstico sobre a situação de saúde do indivíduo; • A Anamnese subsequente oferece um quadro completo da história da doença atual e patológica pregressa da pessoa. Descreve o indivíduo como um todo e a forma como ele interage com o ambiente. Os formulários de Anamnese variam, porém, a maioria contém informações nas seguintes sequências de categorias: 1. Dados Biográficos 2. Motivo para buscar atendimento 3. História da doença (patológica) atual (HDA) 4. História Patológica Pregressa (HPP) 5. História Familiar (HF) 6. Revisão dos Sistemas 7. Avaliação funcional ou atividades da vida diária (AVD) Dados Biográficos • Nome • Endereço • Telefone • Nascimento • Idade • Estado Civil • Religião • Nacionalidade • Companheiro • Telefone contato • Hábito de cuidados • Tratamentos Queixa Principal • Motivo da procura do Serviço • Linguagem do Cliente • Quadro inicial • Interferência na Vida História Clínica • Hospitalização • Doenças da Infância • Tratamento Atual • Cirurgias • Medicamentos • Alergias • Terapias Alternativas História Familiar • Avós • Pais • Irmãos História Psicossocial • Profissão • Educação • Situação Econômica • Responsabilidades • Atividade da Vida Diária • Dieta e ritmo intestinal • Exercício e Sono • Trabalho e Lazer • Uso de tabaco, álcool e outras substâncias • Crenças Religiosas Sistema Corporal • Cabeça • Olhos • Ouvido • Nariz • Garganta • Pescoço • Respiratório • Digestório • Geniturinários • Reprodutivo • Monitoramento Muscular • SNC • Endócrino • Circulação • Psicológico Exame Físico • O Exame Físico requer do examinador perícia técnica e base de conhecimentos; • A Perícia técnica instrumentaliza a coleta de dados, que são analisados à luz dos conhecimentos; • Para reconhecer um sinal significativo como significativo, é necessário saber o que pesquisar. Exame físico O enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas: • Inspeção: Consiste na observação detalhada com vista desarmada, da superfície externa do corpo bem como das cavidades que são acessíveis por sua comunicação com o exterior; • Ausculta: É o procedimento pelo qual se detectam os sons produzidos dentro do organismo, com ou sem instrumentos próprios; • Palpação: É a utilização do sentido do tato das mãos do examinador, com o objetivo de determinar as características da região explorada; • Percussão: Consiste em golpear a superfície explorada do corpo para produzir sons que permitam avaliar as estruturas pelo tipo de som produzido. Inspeção: É uma observação concentrada. É um olhar cuidadoso, atento, primeiro do indivíduo como um todo, depois de cada sistema do corpo. A Inspeção sempre inicia O EXAME FÍSICO. Uma Inspeção bem focada toma tempo e gera uma quantidade surpreendente de dados. A Inspeção exige boa luminosidade, uma exposição adequada da região observada e o uso ocasional de determinados instrumentos: Otoscópio, Oftalmoscópio, lanterna, para aumentar o campo de visão. Palpação: A Palpação acompanha e, frequentemente, confirma pontos observados durante a inspeção. Concentra os sentidos do tato na avaliação dos seguintes fatores: textura, temperatura, umidade, localização e tamanho dos órgãos, aumentos de volume, vibração ou pulsação, rigidez, presença de nódulos ou massas e existência de dor ou hipersensibilidade à palpação. Diferentes partes das mãos podem ser indicadas para avaliar esses fatores: • Ponta dos Dedos- Para discriminação tátil, como textura da pele, edema, pulsação e determinação da presença de nódulos; • Pressão entre os dedos e o polegar- Para detectar posição, formato e consistência de um órgão ou massa; • Dorso das mãos e dos dedos-Melhor para determinar a temperatura, pois nessa região a pele é mais fina do que nas palmas das mãos; • A base dos dedos (articulações metacarpo falangianas) ou a superfície ulnar da mão-Ideais para detectar vibração. A sua técnica de palpação deve ser comedida e sistemática. Faça uma abordagem tranquila e gentil. Aqueça as mãos, esfregando-as uma contra a outra. Identifique as regiões dolorosas e deixe-as por último. Comece uma palpação suave, para o paciente acostumar com o toque. Depois realize uma palpação mais profunda, orientando a pessoa a usar técnica de relaxamento, como respiração profunda. Onde for necessária uma palpação profunda (como no caso dos conteúdos abdominais), a compressão intermitente é melhor do que uma palpação contínua e duradoura. Evite situações em que a palpação profunda possa causar lesões internas ou dor. Percussão: A percussão consiste em golpear a pele da pessoa com toques curtos e firmes, para avaliar as estruturas subjacentes. Os golpes geram uma vibração palpável e um som característico, que representa a localização, o tamanho e a densidade do órgão subjacente. A Percussão tem as seguintes utilidades: • Sinalizar a densidade (ar, líquido ou sólido) de uma estrutura; • Detectar massas anormais que sejam razoavelmente superficiais; as vibrações da percussão penetram cerca de 5cm de profundidade – uma massa mais profunda não altera as notas de percussão; • Desencadear dor se a estrutura adjacente estiver inflamada, como nas regiões sinusais ou na área sobre o rim; • Desencadear um reflexo tendinoso profundo pelo uso de um martelo de percussão. Dois métodos de percussão podem ser usados: O direto e o indireto. Na Percussão direta, a mão que golpeia entra em contato direto com a parede do corpo, produzindo um som. É utilizada na percussão do tórax do lactente e das regiões sinusais do adulto. Na Percussão indireta, é usada com mais frequência, e envolve o uso de ambas as mãos. A mão que golpeia entra em contato com a outra mão, fixa e parada sobre a pele do paciente, gerando um som e uma vibração sutil. Percuta dias vezes o mesmo local, usando golpes uniformes. A força do golpe determina a intensidade da nota. Um dos princípios básicos é o de que uma estrutura com uma quantidade relativamente maior de ar (como os pulmões), produz sons mais altos, mais graves e mais longos pois vibra livremente. Uma estrutura mais densa e sólida (como o fígado), produz som mais suave, mais agudo e mais curto, pois não vibra facilmente. Ausculta: Consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo, como os do coração, pulmões e abdome. A maior parte dos ruídos corporais é muito suave e deve ser canalizada através de um estetoscópio. O estetoscópio não amplia o som, mas bloqueia os ruídos ambientais estranhos. Escolha um estetoscópio com dois tipos de terminação: diafragma e campânula. O quemais se usará é o diafragma, pois sua margem achatada é melhor para ruídos de intensidade aguda _ respiração, intestino e bulhas cardíacas normais. A campânula tem um formato mais profundo, oco. É ideal para sons suaves e de baixa frequência, como bulhas cardíacas ou sopros, Nunca ausculte sobre as vestes do paciente. A fricção da campânula ou do diafragma contra o tórax cabeludo de um paciente do sexo masculino gera um som de estertoração fina, que simula os ruídos respiratórios anormais denominados estertores ou crepitações. Para solucionar esse problema, umedeça os pelos antes de auscultar a região. Ambiente: A sala de exames deve estar aquecida e confortável, com privacidade e bem iluminada, Se possível, suprima ruídos que possam causar distração.