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TRABALHO DE TRATAMENTO ONCOLOGICO

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Alice Santos
Erizângela Amorim Farias
Ernilde Gomes Lima 
Leidiane Vieira das Neves
Rosilda Rodrigues de Souza Silva
Palmas - 2018
TRATAMENTO ONCOLOGICO
Palmas – 2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................1
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................2
2.1 O CANCER INFANTIL e INFANTO-JUVENIL..............................................2
3 TIPOS DE TRATAMENTO...............................................................................3
3.1 QUIMIOTERAPIA..........................................................................................3
3.2 RADIOTERAPIA............................................................................................3
3.3TRATAMENTO CIRURGICO.........................................................................4
3.4 FINALIDADES DO TRATAMENTO CIRUGICO...........................................4 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................6 REFERÊNCIAS...................................................................................................7
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 O Câncer Infantil e Infanto-Juvenil
O câncer é uma doença no qual as células anormais (malignas) se multiplicam de maneira desordenada, podendo ocorrer em qualquer local do organismo e estender aos órgãos e tecidos adjacentes, com possibilidade de provocar outros tumores em outros locais (metástase). 
O câncer infantil não pode ser considerado uma simples doença, mas sim como uma gama de diferentes malignidades. O câncer varia de acordo com o tipo histológico, localização primária do tumor, etnia, sexo e idade.
Câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).
O câncer que acomete a criança e ao adolescente, até 19 anos de idade, é considerado raro quando comparado aos tumores que afetam os adultos. Cerca de 1% a 3% de todos os tumores malignos na maioria das populações ocorrem em crianças e adolescentes. 
Com base em referências dos registros de base populacional, são estimados mais de 9000 casos novos de câncer infanto-juvenil, no Brasil, por ano. Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. 
O câncer infanto-juvenil é uma segunda doença com maior causa de morte de crianças e adolescentes no País, atrás apenas da categoria que engloba acidentes e violência. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), todos os anos, 12 mil crianças e jovens são diagnosticados com câncer no Brasil, dos quais 70% dos pacientes possuem chance de cura se diagnosticados precocemente.
Devendo se atentar para alguns sinais e sintomas que são: febre prolongada sem causa definida, emagrecimento, palidez inexplicada, manchas rosa, sangramentos anormais sem causa definida, vômitos seguido de dor de cabeça, diminuição da visão ou desiquilíbrio, crescimento do olho podendo ser acompanhado de manchas rosa no local, dores nos ossos e articulações sem edemas, caroço no corpo podendo ser em qualquer parte, mas principalmente na barriga, dor generalizada, adenomegalia entre outros. 
Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
 
3 TIPOS DE TRATAMENTOS
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto. Para que isso aconteça, é necessário um laboratório confiável acompanhado de exames de imagens. Por ser um tratamento de alta complexidade, devendo ser feito em centro especializado. Compreende três modalidades principais de tratamentos. a quimioterapia, cirurgia e radioterapia, sendo aplicado de forma direcional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão e gravidade da doença. Tendo em vista um tratamento complexo, é preciso de um trabalho coordenado de vários especialistas como: oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radio terapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, comprovado cientificamente que é determinante para o sucesso do tratamento.
3. 1 QUIMIOTERAPIA
Segundo o Instituto Nacional de câncer (INCA), O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Dentro do corpo humano, cada medicamento age de uma maneira diferente. Por este motivo são utilizados vários tipos a cada vez que o paciente recebe o tratamento. 
Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliada a outros, como radioterapia e/ou cirurgia.
O tratamento é feito via oral sendo eles em comprimidos, capsulas, líquidos, podendo ser feito em casa.
Via endovenosa com cateter na veia, medicamento aplicado diretamente por injeção ou no soro.
Intramuscular a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.
Subcutânea a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele. 
 Intracraneal pela espinha dorsal e é menos frequente, podendo ser aplicada no líquor, pelo próprio médico ou no centro cirúrgico.
Tópico: o medicamento é líquido ou pomada é aplicado na região afetada.
A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso, ainda que o paciente sinta qualquer mal-estar, as aplicações de medicamento não devem ser suspensas. Somente o médico indicará o fim do tratamento. 
A aplicação da quimioterapia não causa dor, o paciente deve sentir apenas a “picada” da agulha na pele. Algumas vezes, certos remédios podem causar uma sensação de desconforto, queimação na veia ou placas avermelhadas na pele, como urticária. O médico deve ser imediatamente avisado de qualquer reação.
Os efeitos colaterais e reações mais comuns durante o tratamento de quimioterapia são: tonteiras, vômitos, queda de cabelos, distúrbios na menstruação, fraqueza, diarreia, aumento de peso, perda de peso, feridas na boca, entre outros.
Existem cuidados especiais para o paciente que está em tratamento, como fazer a barba, o paciente deve ter cuidado para não se cortar, evitar retirar cutículas e cuidado ao cortar as unhas. Caso sinta ressecamento da pele ou descamação, pode passar hidratante que geralmente é indicado pelo médico ou enfermeiro, usar desodorantes que não contenham álcool e ingerir muito liquido, no caso com da criança oferecer, ter cuidados com tipos de brinquedos, para não se machucar. A equipe de enfermagem e o médico devem ser informada sobre qualquer situação de sintomas em que o paciente venha sentir.
3. 2 RADIOTERAPIA
A radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem, as radiações não são percebidas durantea aplicação, e o paciente não sente dor. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.
A radioterapia tem benefícios, que na maioria dos pacientes que são tratados com ela, ficam curadas, segundo pesquisas feita pelo o Instituto nacional de câncer, sendo que para alguns pacientes um meio bastante eficaz na cura do tumor, ou no controle da doença.
 Provado pelo INCA, mesmo que não haja cura, o tumor diminui causando uma melhoria da qualidade de vida desses pacientes, devido diminuir a dor e assim causando mais conforto a esse paciente.
A aplicação da radioterapia pode varia de acordo com a extensão do tumor e localização, ela é feita de duas formas: uma delas o aparelho ficam afastados do paciente, que é chamado de Teleterapia ou Radioterapia externa. A outra o aparelho fica em contato com o organismo do paciente, chamado de Braquiterapia ou Radioterapia de contato. Esse tipo trata tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiroide e da próstata. As aplicações podem ser feitas em ambulatório, mas no caso de tumores ginecológicos, há necessidade de hospitalização de pelo menos três dias. Pode ser necessário receber primeiro a Radioterapia Externa e depois a Braquiterapia.
Os efeitos da radioterapia varia da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área radiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado. Geralmente aparecem na 3ª semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são: Cansaço, perda de apetite, reação na pele, podendo ser melhorados com cuidados que devem ser orientados a fazer.
3.3 TRATAMENTO CIRURGICO
O câncer, em sua fase inicial, pode ser controlado e/ou curado, através do tratamento cirúrgico, quando este é o tratamento indicado para o caso. O planejamento cirúrgico deve incluir todos os cuidados referentes aos princípios gerais da cirurgia e ao preparo do paciente e seus familiares sobre as alterações fisiológicas e/ou mutilações que poderão advir do tratamento.
Existem cuidados específicos para cirurgia oncológica tais como: 
• incisão cirúrgica ampla e adequada; 
• proteção da ferida operatória com campos secundários; 
• realização de inventário minucioso de cavidades; 
• laqueação das veias antes das artérias; 
• dissecção centrípeta da peça operatória; 
• isolamento do tumor com compressas; 
• manuseio cuidadoso da área afetada; 
• cuidados para não se cortar o tecido tumoral; 
• remoção tumoral com margem de segurança; 
• ressecção em bloco do tumor primário e das cadeias linfáticas, quando indicada; 
• troca de luvas, de campos operatórios e de instrumental cirúrgico, após o tempo de ressecção tumoral; 
• marcação com clipes metálicos, sempre que necessário, para orientar o campo de radioterapia pós-operatória.	
3. 4 FINALIDADES DO TRATAMENTO CIRURGICO
O tratamento cirúrgico do câncer pode ser aplicado com finalidade curativa ou paliativa. O tratamento cirúrgico é considerado curativo quando indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. É um tratamento radical, que compreende a remoção do tumor primário com margem de segurança e, se indicada, a retirada dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão-sede do tumor primário.
A margem de segurança, na cirurgia oncológica, varia de acordo com a localização e o tipo histológico do tumor. Ao contrário do tumor benigno, cuja margem de segurança é o seu limite macroscópico, o câncer, pelo seu caráter de invasão microscópica, exige ressecção mais ampla. São exemplos de margens de segurança adequadas: 
 • melanoma maligno - 5 cm ao redor da lesão, incluindo a fáscia em profundidade, nos tumores de tronco e membros; 2,5 cm, se em pele de face; 
• sarcoma - incluir as inserções dos músculos comprometidos; 
• tumor de pulmão - um lobo ou todo o pulmão; 
• tumor de cólon - 5 cm de margem distal e 10 cm de margem proximal, ou hemicolectomia.
	Após o exame histopatológico por congelamento terá a certeza se a margem de segurança foi atingida.
O tratamento cirúrgico paliativo, por sua vez, tem a finalidade de reduzir a população de células tumorais ou de controlar sintomas que põem em risco a vida do paciente ou comprometem a qualidade da sua sobrevivência. 
São exemplos de tratamentos paliativos: a descompressão de estruturas vitais, o controle de hemorragias e perfurações, o controle da dor, o desvio de trânsitos aéreo, digestivo e urinário, e a retirada de uma lesão de difícil convivência por causa de seu aspecto e odor.
Hormonioterapia. 
É uma modalidade terapêutica que tem como objetivo impedir a ação dos hormônios em células sensíveis. Algumas células tumorais possuem receptores específicos para hormônios, como os de estrógeno, progesterona e andrógeno e em alguns tipos de câncer, como o de mama e de próstata, esses hormônios são responsáveis pelo crescimento e proliferação das células malignas. Portanto a hormonioterapia é uma forma de tratamento sistêmico que leva à diminuição do nível de hormônios ou bloqueia a ação desses hormônios nas células tumorais, com o objetivo de tratar os tumores malignos dependentes do estímulo hormonal. A hormonioterapia pode ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
Transplante de Medula Óssea.
 A medula óssea é encontrada no interior dos ossos e contêm as células-tronco, responsáveis pela formação dos componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. O transplante de medula óssea (TMO) é a coleta da medula óssea para o tratamento de alguns tipos de câncer, por exemplo, leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Após quimioterapia em altas doses, associada ou não à radioterapia, o paciente (receptor) recebe a medula óssea por meio de uma transfusão, provenientes do próprio paciente ou de um doador. O transplante de medula óssea pode ser: alogênico (quando a medula ou as células precursoras provêm de outro indivíduo (doador), o doador e o receptor são pessoas diferentes) ou autólogo (quando a medula ou as células precursoras provêm do próprio indivíduo transplantado, o doador e o receptor são a mesma pessoa). 
Medicina Personalizada.
É um conceito que visa tratar a saúde do paciente de maneira exclusiva, analisando cada caso individualmente, levando em conta informações individualizadas em relação à história e dados clínicos, genéticos (genes), genômicos (DNA) e ambientais do paciente. A medicina personalizada considera cada paciente único e pode ser utilizada para entender a genética de uma pessoa e compreender a biologia do tumor. Com base nessas informações, os médicos esperam identificar estratégias de prevenção, rastreamento e tratamento que possam ser mais eficazes e com menos efeitos colaterais do que seria esperado em tratamentos convencionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
http://sobope.org.br/apex/f?p=106:13:19833387360628::NO::DFL_PAGE_ID:201
http://www.tucca.org.br/cancer-infanto-juvenil
http://www.tucca.org.br/tratamento-humanizado-e-essencial-para-bem-estar-de-criancas-com-cancer/ 
Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993.
 www.oncoguia.org.br

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