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Falsificação e metodologia dos programas de investigação científica

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Falsificação e metodologia dos programas de investigação científica
Ciência: Razão ou Religião?
Poucos são os cientistas que consideram atualmente que o conhecimento necessita ser comprovado, entretanto, ao longo de vários séculos acreditou-se o contrário, sendo necessário o máximo de comprovação e mínimo de especulação. Porém, não se pode simplesmente mudar o ideal de verdade comprovada para verdade provável ou mutável. Popper defende a eliminação de erros, e considera que uma teoria será científica se for falseável. Kuhn, por sua vez, rejeita a ideia de verdades eternas e reconhece o insucesso do justificacionismo e falsificacionismo em descrições do desenvolvimento científico, além de possuir a revolução como sendo excepcional, enquanto Popper considera a ciência como uma revolução em permanência e a mudança científica como racional.
Fabilismo versus falsificacionismo
Para os justificacionistas, para ser conhecimento, era necessário a comprovação do mesmo, havendo a discordância de axiomas (cujo valor de verdade constituía a base empírica da ciência) que eram comprovados por meios extralógicos (revelação, intuição intelectual e experiência, que eram utilizados por intelectualistas clássicos), e aceitando a refutabilidade de uma teoria universal com um enunciado expressando um fato sólido. O ceticismo justificacionista resultou no irracionalismo através da ridicularização do pensamento objetivo. Houve então a compreensão de que a ciência teórica não é comprovável, sendo necessária a elaboração do probabilismo como substituição. O falsificacionismo torna-se uma mudança de pensamento e representação de avanço.
Falsificacionismo dogmático (ou naturalista). A base empírica
É o falsificacionismo empirista, mas não indutivista, e a contra-evidência é o árbitro único que julga uma teoria, além do reconhecimento de que teorias são pressupostas, sendo que a ciência não pode prova-las, mas pode refuta-las. Tem-se então como honestidade científica que se a experiência tiver um resultado diferente do que se esperava teoricamente, esta deverá ser abandonada. De acordo com tal ideal, a ciência se desenvolve a partir de destruição de teorias, ou seja, a cada teoria derrubada com fatos “sólidos”, uma especulação sobrepõe-se a essa, tomando-se como verdadeira até que seja substituída por outra menos refutável. Entretanto, tal falsificacionismo é insustentável,pois rejeita radicalmente “uma base empírica a partir da qual a falsidade comprovada possa ser transmitida pela lógica dedutiva à teoria sendo testada”.

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