Paper Direitos Humanos e Cidadania

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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA 
 
 
Claudionor José da Silva 
Geraldo da Silva 
Jessé Santiago de Oliveira 
Jhonatan de Pieri Correa 
Marciano Lourenço Machado 
Professor-Tutor Externo Deivid Santos Matei 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso de Licenciatura em História - Prática do Módulo 2 
06/11/2016 
 
 
RESUMO 
 
Os Direitos Humanos se relacionam intimamente com o exercício da Cidadania. Mas para que isso 
possa ocorrer efetivamente é necessário conhecer: que direitos são esses, como se relacionam com 
a história do Brasil, quais desses direitos ainda não são realidades tanto a nível de país como de 
estado (Santa Catarina), além de conceituar o que é cidadania para a uma busca consciente para a 
prática desses direitos. 
 
Palavras-chave: Direitos. Direitos Humanos. Cidadania. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Ao longo das épocas cada povo estabeleceu suas próprias regras. Estabeleceu o que era 
correto, o que era justo para eles. Também estabeleceu o que cada cidadão tinha como obrigação e o 
que tinha a seu favor, em seu direito. 
Esses direitos foram mudando, segundo cada época e segundo a forma de pensar do ser 
humano. E atualmente se tem o Direito que busca ser humano, ou seja, um direito que busca ter o ser 
humano como o seu centro norteador. 
Assim que, se verá paper um pouco do mundo que originou os direitos humanos, o que 
constitui esses direitos, sua aceitação no Brasil, sua relação com a cidadania e a sua aplicabilidade a 
nível de país e de estado (Santa Catarina). 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 CONTEXTO DO MUNDO QUE ORIGINOU OS DIREITOS HUMANOS 
 
Durante a Segunda Guerra Mundial vários países se juntaram para se defenderem elaborando 
assim várias declarações de forma conjunta. Em 1º de janeiro de 1942 se utiliza o termo Nações 
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Unidas pela primeira vez, expressão criada pelo presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt 
para nomear a declaração conjunta de 26 países. Essa declaração comprometia a estes países a lutarem 
juntos contra as potências do Eixo. 
Após o fim da guerra, em 26 de julho de 1945, 50 países presentes na Conferência sobre 
Organização Internacional realizada em São Francisco, EUA, assinaram a Carta das Nações Unidas 
que tinham elaborado, entrando em vigor em 24 de outubro do mesmo ano. O Preâmbulo dessa Carta 
diz o seguinte: 
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservar as 
gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da 
nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé 
nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, 
na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações 
grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o 
respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito 
internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e 
melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla. 
E PARA TAIS FINS, praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, 
como bons vizinhos, e unir as nossas forças para manter a paz e a segurança 
internacionais, e a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos 
métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, 
a empregar um mecanismo internacional para promover o progresso 
econômico e social de todos os povos. 
RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA A 
CONSECUÇÃO DESSES OBJETIVOS. 
Em vista disso, nossos respectivos Governos, por intermédio de 
representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus 
plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram 
com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma 
organização internacional que será conhecida pelo nome de Nações Unidas. 
(ONU, 1945, p.3,4) 
Assim foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU). 
Com o término da Segunda Grande Guerra, ficou evidente a quantidade de atrocidades e 
mortes ocasionada pela guerra, que foram em torno de 55 milhões nos quase 6 anos de conflito 
(FERREIRA; FERNANDES; ALBERTI, 2000, p. 119). Com o objetivo de inibir ou nunca mais 
permitir essas crueldades é que foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos baseada na; 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão elaborado durante a revolução francesa que 
estabelece a igualdade jurídica e na Carta Magna Inglesa de 1921 que restringia o poder dos monarcas. 
 
2.2 DIREITOS HUMANOS 
2.2.1 O que é um direito 
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Segundo Silva (2003) “o termo direito provém da palavra latina directum, que significa reto, 
no sentido retidão, o certo, o correto, o mais adequado”. [...] “o direito é aquilo que uma sociedade 
ou grupamento social compreende como ideal de retidão e correto para a sua coletividade”. Também 
podemos entender direito como sendo aquilo que é facultado a um indivíduo ou a um grupo de 
indivíduos por força de leis ou dos costumes, exemplo “direito” a saúde que em muitos lugares não é 
considerado um direito senão um privilégio. 
Numa perspectiva de Kant (apud, SILVA 2003): “Direito é o conjunto de condições, segundo 
as quais, o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral 
de liberdade”. 
 
2.2.2 O que são os direitos humanos 
 
Tendo em conta essas definições, do que é um direito, vemos que a sociedade pós segunda 
guerra mundial cria uma declaração cheia de direitos, direitos estes que são considerados humanos e 
que devem ser levados a todos os países, por isso se diz que é universal. 
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos que constam dos seguintes direitos, o direito: a vida, 
a liberdade, a segurança pessoal, a não ser torturado, a ter igualdade perante a lei, a não ser 
arbitrariamente preso ou exilado, a audiência pública, a ser considerado inocente até que se prove o 
contrário, a ter garantido a sua defesa, a liberdade de locomoção, a deixar ou regressar ao país, a 
contrair matrimonio, a ter propriedade e a não ser privado arbitrariamente dela, a liberdade de 
pensamento (opinião) e de expressão desse pensamento, a liberdade de crença, a liberdade de voto, a 
um salário justo, a limitação das horas de trabalho, a férias remuneradas, a um padrão de vida que 
assegure: saúde, alimentação, vestuário, habitação, a instrução.(ONU, 1948) 
 
2.3 ACEITAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO E NO BRASIL 
2.3.1 No mundo 
 O preâmbulo da DUDH indica que todos os países que fazem parte (são Estados-Membros 
193 países atualmente) da ONU, aceitam essa declaração, “Considerando que os Estados-Membros 
se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos 
direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades” (ONU, 1948, 
p. 3) 
 
2.3.2 No Brasil 
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2.3.2.1Direitos humanos na época pré-ditadura 
 
A primeira carta da organização foi assinada por 50 países, em 26 de junho de 1945, durante 
a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional. Fundada por 51 países, entre eles 
o Brasil. Oficialmente, a Organização das Nações Unidas passou a existir a partir de 24 de outubro 
de 1945, quando a carta foi ratificada pela China, Estados Unidos, França, Reino Unido, União 
Soviética e pela maioria dos países membros-fundadores. Portanto o Brasil já fazia parta da ONU 
ainda durante o governo de Getúlio Vargas, antes dele renunciar em 29 de outubro do mesmo ano. 
 
2.3.2.2 Direitos Humanos durante o Regime Militar 
 
Durante o Regime Militar, que durou de 1964 a 1985, vários dos DireitosHumanos não foram 
respeitados; dentre eles o direito à vida, o direito à liberdade de opinião política, o direito de não ser 
torturado, o direito de não ser arbitrariamente preso, o direito a uma justa e pública audiência, o direito 
de ser considerado inocente até que se prove o contrário, o direito a defesa, o direito de regressar ao 
país quando desejasse, o direito da liberdade de pensamento, o direito da liberdade de manifestar-se, 
o direito à liberdade de opinião e expressão. 
 
2.3.2.3 Direitos Humanos no pós-ditadura 
 
Após a finalização do Regime Militar é elaborado uma nova Constituição, a de 1988. Está 
constituição no seu Art. 4º diz que um dos princípios pelos quais se rege a República Federativa do 
Brasil é, segundo o inciso II, o da prevalência dos Direitos Humanos, tornando assim os Direitos 
Humanos constitucional (CONSTITUIÇÃO, 1988, p.1). 
 
2.4 CIDADANIA 
2.4.1 O conceito de cidadania 
 Segundo Camargo, “o termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa 
‘cidade’. Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente 
articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma 
constituição”. 
Também podemos dizer que cidadania se refere a alguém que tem a condição de cidadão, ou 
seja, é um indivíduo que como membro de um Estado usufrui de direitos civis e políticos por este 
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garantidos e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos. É lutar por seus direitos, 
mas também é cumprir seus deveres. 
A relação do cidadão com o Estado é dúplice: de um lado, os cidadãos participam da fundação 
do Estado, portanto, estão sujeitos ao pacto que o criou, no nosso caso a Constituição Federal de 1988. 
Por outro lado, sendo o Estado dos próprios cidadãos, os mesmos têm o dever de zelar pelo bem 
público e participar, seja através do voto, seja através de outros meios, formais e informais, do 
acompanhamento e fiscalização da atuação estatal. 
2.4.2 Relação com os Direitos humanos 
O Exercício da cidadania no Brasil foi em algumas vezes negado, assim como vários direitos 
humanos. Atualmente esses direitos fazem parte da constituição do país, mas para que sejam 
implementados plenamente é necessário que os cidadãos lutem, exijam, fiscalizem e elejam 
representantes que prezem por tornar isso uma realidade 
2.4.3 Exemplos da situação de alguns Direitos Humanos no Brasil de hoje 
O direito à vida não é respeitado no Brasil pois só em 2014 ocorreram 59.627 assassinatos no 
país, deixando também claro que o direito a segurança pessoal não é uma realidade em nosso país. 
(Mergulhão, 2016) 
O direito a um padrão de vida adequado também não é uma realidade pois em 2015 o padrão 
de vida do brasileiro diminuiu. (Lima, Chiara, 2015) 
O direito a instrução apresenta grandes problemas na sua aplicabilidade, tendo como resultado 
27% da população brasileira analfabeta. (G1, 2016) 
 
2.4.4 Exemplos da situação de alguns Direitos Humanos em Santa Catarina 
 
O direito um padrão de vida que assegure: saúde deixa a desejar, pois o sistema de saúde é 
sustentando pela arrecadação de impostos e deve ser de livre acesso a todos, mas no estado de Santa 
Catarina a realidade é que faltam médicos, verba e aparelhos, tornando assim impossível que esse 
direito seja realidade. (G1, 2016) 
O direito a instrução em Santa Catarina ainda precisa de melhoras como fica claro ao se ver 
que 4,9% de sua população é ainda analfabeta. (Francisco) 
O direito à vida ainda tem sérias dificuldades para se cumprido quando o índice de mortalidade 
infantil é ainda de 15 a cada mil nascidos vivos. (Francisco) 
 
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesse paper foi visto que os Direitos Humanos se originaram numa época onde se cometeram 
grandes atrocidades, por isso surge como uma tentativa de inibir que isso volte a ocorrer. Mas no 
Brasil durante o Regime militar esses direitos voltaram a ser esquecidos, só tomando força na 
constituição de 88. Infelizmente o país ainda apresenta grandes dificuldades para a aplicação plena 
desses direitos que a medida que forem sendo alcançados levará a uma sociedade mais justa, mais 
igualitária e mais humana. Mas para que isso é seja possível em um futuro é necessário que a 
cidadania seja exercida hoje e sempre nesse país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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