CRITERIOS DE CONCESSÃO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA (1)

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ESTADO DE GOIÁS 
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE GOIÁS 
 
Rua 72, nº. 312, Fórum Des. Fenelon Teodoro Reis, Térreo, Jardim Goiás, CEP 74.805-480 - Goiânia/GO 
Telefone: (62) 3018-8102, FAX: (62) 3213-5722 – defensoria-publica@defensoriapublica.go.gov.br 
 
 
PORTARIA Nº 016/2011 – GDPG 
 
 
 
 
 
 
 O Defensor Público-Geral do Estado de Goiás, no uso 
de suas atribuições legais, e 
 
 
 Considerando que a atuação da Defensoria Pública do 
Estado de Goiás visa, na forma da lei, a prestação de assistência jurídica gratuita 
aos considerados hipossuficientes; 
 
 Considerando que a condição de hipossuficiência está 
condicionada à comprovação, quando solicitada; 
 
Considerando que deve ser rigorosamente observada 
a condição do atendido, em todas as suas informações de hipossuficiência, sob 
as penalidades legais; 
 
 Considerando que, nos termos do parágrafo único do 
art. 1º da Lei Complementar nº. 51/2005, é conferido à Defensoria Pública do 
Estado o direito de verificar o estado de carência de seus constituintes; 
 
 Considerando os critérios e requisitos exigidos pelo 
Governo Federal, por meio do Decreto nº 6.135/2007, para acesso da população 
nos seus programas sociais, em especial a limitação de renda familiar mensal de 
até três salários mínimos, e assim considerados, por analogia, hipossuficientes; 
 
 Considerando que a tabela de isenção do Imposto de 
Renda, de que trata a Lei nº. 12.469/11, aplicada e utilizada pelo Governo 
Federal, considera isento do tributo quem tem rendimento aproximado de até 03 
(três) salários mínimos mensais, e assim também por analogia são considerados 
hipossuficientes; 
 
 Considerando que, para as questões patrimoniais, 
devem ser levados em consideração os requisitos de isenção do ITCD previstos 
no Código Tributário do Estado de Goiás (Lei nº. 11.651/1991); 
 
 Considerando a necessidade de planejamento e 
estruturação da atuação da Defensoria Pública Estadual; 
 
 
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 R E SO L V E: 
 
 Art. 1º - Fica estabelecido como critério para o 
atendimento na Defensoria Pública do Estado de Goiás a percepção, pelo 
beneficiário, de renda mensal bruta de até 03 (três) salários mínimos vigentes no 
país. 
 
 § 1º - É conferido à Defensoria Pública Estadual o 
direito de verificar a capacidade financeira da parte a ser atendida, sendo 
obrigatória a apresentação de documentos próprios, tais como contracheque/ 
holerite, carteira de trabalho, declaração completa do Imposto de Renda, para 
comprovação da renda mensal. 
 
 § 2º - Em todas as situações, os que comprovarem 
renda e os que se declararem autônomos, deverão estar enquadrados como 
isentos do Imposto de Renda, cuja comprovação dar-se-á por meio de 
certidão/declaração emitida pelo site da Receita Federal, além da obrigatoriedade 
de firmar declaração própria de incapacidade financeira, até o limite previsto no 
caput deste artigo, sob as penas da lei. 
 
 § 3º - As pessoas que declararem Imposto de Renda 
somente poderão ser proprietárias de um único bem imóvel, destinado à sua 
moradia, devidamente comprovado, somado ao requisito de limite do rendimento 
mensal previsto no caput deste artigo, para terem direito ao atendimento pela 
Defensoria Pública. 
 
 § 4º - Todo aquele que não se enquadrar no critério 
estabelecido para a presunção da necessidade poderá requerer a assistência 
jurídica gratuita demonstrando que, apesar de sua renda ultrapassar o limite 
estabelecido no caput deste artigo, não tem como arcar com os honorários de 
advogado e com as custas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento ou 
de sua família. 
- Parágrafo acrescentado pela Portaria n.º 030/2013 GDPG, de 13-05-2013. 
 
 Art. 2º - Nas ações em que se discutem questões 
patrimoniais, o valor da cota-parte correspondente ao bem em discussão deverá 
obedecer ao limite estabelecido no art. 79 do Código Tributário do Estado de 
Goiás, atualmente em R$ 25.000,00, sem prejuízo do disposto no art. 1º e seus 
parágrafos desta Portaria. 
 
 Art. 3º - É vedado ao advogado com atuação na 
Defensoria Pública Estadual atuar como advogado contratado nos autos que já 
teve patrocínio da Defensoria, ainda que, por solicitação da parte interessada, 
tenha havido renúncia ao mandato. 
 
 
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 Art. 4º - Nas ações em tramitação e patrocinadas por 
advogado particular, em que haja renúncia ao mandato, a participação da 
Defensoria Pública Estadual em favor de qualquer das partes está condicionada 
ao preenchimento dos requisitos desta Portaria. 
 
 Art. 5º – É vedado aos Defensores e aos Advogados da 
Defensoria Pública Estadual atuarem ad hoc quando haja advogado constituído 
nos autos, salvo nos casos de carta precatória, desde que a parte esteja assistida 
pela Defensoria Pública em outra unidade da Federação. 
 
 Artigo 6º - É vedado aos Defensores Públicos 
Estaduais e aos advogados da Defensoria Pública Estadual a prática de atos para 
as quais não tenham sido previamente intimados, inclusive os resultantes de 
nomeações em caráter provisório ou para o efeito do ato. 
 
 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 Dê-se ciência, publique-se e cumpra-se. 
 
 Gabinete do Defensor Público Geral do Estado de 
Goiás, em 18 de outubro de 2011. 
 
 
 
 
JOÃO PAULO BRZEZINSKI DA CUNHA 
Defensor Público-Geral do Estado