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Profª. MSc. Carolyne Pimentel Rosado Nutricionista (INU/UERJ) Mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde (INU/UERJ) Doutoranda em Alimentação, Nutrição e Saúde (PPG-INU/UERJ) Barista (Casa do Barista)do Barista) Objetivos da Aula • Conhecer o histórico e a finalidade da higiene e legislações de alimentos, legislação e órgãos oficiais; • Conhecer rotulagem de alimentos (objetivos, elementos obrigatórios, opcionais, alergênicos); • Noção de cálculo da informação nutricional nos rótulos. Histórico – C. de Qualidade de Alimentos 1202 Inglaterra: 1ª legislação sobre alimentos, a qual proibia a adulteração do pão com feijões e outros ingredientes; e apreensão de alimentos estragados Brasil: Participação de rotas comerciais, necessitando controle sanitário para evitar doenças endêmicas e aceitação de produtos brasileiros no mercado internacional. 1808 1915 Início dos anos 60 Lei n°128: Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária de Produtos de Origem Animal. 1950 Criação do Ministério da Agricultura Influência do Codex alimentarius Histórico – C. de Qualidade de Alimentos 1977 1ª tabela nacional de composição de alimentos Resolução Normativa n°12/78: estabelece termos obrigatórios no rótulo de alimentos embalados. 1979 1993 1997 Portaria nº1428, MS: Adoção dos métodos de BPF, assegurando controle de qualidade dos alimentos Portaria nº326, MS: Dispõe sobre BPF em estabelecimentos da área de alimentos Denúncias na área de alimentos e medicamentos Início dos anos 90 Controle de Qualidade dos Alimentos Previne a contaminação de alimentos Sistema de Qualidade Garantia da Qualidade Controle de Qualidade Controle de Qualidade dos Alimentos CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS Abate Colheita Processamento Transporte Armazenamento Distribuição Alimentos Sadios para Consumo Higiene dos Alimentos “Conjunto de medidas necessárias para garantir a segurança, salubridade e sanidade dos alimentos” (FAO,1998). • É nesse contexto que os serviços de alimentação norteiam suas atividades, visando minimizar os riscos das doenças transmitidas por alimentos (DTAs). • Dentre as ações de controle de alimentos executados estão: a inspeção dos estabelecimentos e analises de natureza fiscal dos produtos. Higiene de Alimentos Atividades > Inspeção Legislação sanitária Legislação de Alimentos • Proteger o consumidor; • Orientar o produtor na fabricação dos alimentos Objetivos Legislação de Alimentos BPF APPCC PIQ “As BPF abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam determinadas categorias de alimentos.” (ANVISA, 2015) Legislação de Alimentos Legislação de Alimentos Legislação Geral de Alimentos Abrange todos os tipos de alimentos. www.anvisa.gov.br • Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998 - Altera os dispositivos do Capítulo III do Título VIII do Código Penal, incluindo na classificação dos delitos considerados hediondos crimes contra a saúde pública, e dá outras providências. • Lei nº 7.967, de 22 de dezembro de 1989 - Dispõe sobre o valor das multas por infração à legislação sanitária, altera a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e dá outras providências. Legislação Geral de Alimentos • Lei nº 6.726, de 21 de novembro de 1979 - Dá nova redação ao parágrafo único do art. 27 do Decreto-lei nº 7.841 de 8 de agosto de 1945 - Código de Águas Minerais. • Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 - Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. (*Atualizado pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) Legislação Geral de Alimentos • Decreto-lei nº 986, de 21 de outubro de 1969 - Institui Normas Básicas sobre Alimentos (*Atualizado pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) • Decreto-lei nº 7.841, de 8 de agosto de 1945 - Código de Águas Minerais • Portaria MS/GM nº 710, de 10 de junho de 1999 - Aprova a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. • Portaria nº 579/MS/SNVS, de 17 de novembro de 1997 - Determinar que a publicação no Diário Oficial da União do registro dos produtos afetos à área de alimentos Legislação Geral de Alimentos • Portaria nº 326/SVS/MS de 30 de julho de 1997 - Aprova o Regulamento Técnico; "Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos". • Portaria nº 1428/MS, de 26 de novembro de 1993 – Aprova regulamento técnico para inspeção sanitária de alimento; diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos; e regulamento técnico para estabelecimento de padrão de identidade e qualidade para serviços e produtos na área de alimentos. Legislação Geral de Alimentos • Resolução - RDC nº 204, de 6 de julho de 2005 - Regulamenta procedimento das petições submetidas à análise pelos setores técnicos da ANVISA e Revoga a RDC nº 349, de 3 de dezembro de 2003 • Resolução nº 8, de 1971 - Resolve fixar os seguintes requisitos a serem obedecidos para permissão para expor à venda ou distribuir alimentos elaborados, em caráter experimental destinados à pesquisa de mercado. • Resolução - RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores /Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. Legislação Geral de Alimentos • Resolução – RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviço de Alimentação. Legislação Específica de Alimentos Informam e estabelecem parâmetros para cada tipo de alimento • Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia • Contaminantes • Embalagens • Promoção Comercial de Alimentos Infantis • Regulamentos Técnicos por Assunto • Rotulagem de Alimentos • Açúcares e produtos para adoçar • Água • Alimentos Enriquecidos • Alimentos com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde no Rótulo • Alimentos e Bebidas Preparados com Vegetais • Alimentos Congelados e outros www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/index.htm http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/alimentos Legislação Sanitária Legislação Sanitária Legislação Sanitária Legislação Sanitária Legislação Sanitária Alterações e Fraudes em Alimentos Objetivos da Aula • Conhecer PIQ, os tipos de alterações nos alimentos, classificar alimentos (próprios, impróprios, contaminados, alterados, falsificados adulterados/ fraudados). • Conhecer os tipos de fraudes em alimentos, fiscalização. • Conhecer tipos de análise e controle de qualidade de alimentos. O que é Alimento? Substâncias naturais ou elaboradas que aportam minerais e energia Substâncias que se ingerem por costume NÃO INCLUI: Tabaco, cosméticos que se ingerem por via oral, medicamentos Alimentos Próprios e Impróprios para consumo Alimentos Próprios para consumo São os alimentos que apresentam suas características de identidade e de qualidade preservadas. Assim, sendo, deve-se conheceras Características de Identidade e de Qualidade dos Alimentos que podem ser: 1) Gerais 1.1) Rótulo 1.2) Características sensoriais 1.3) Pesos e Medidas 1.4) Índices físicos e químicos Alimentos Próprios para consumo 2) Nutricionais 2.1) Carboidratos 2.2) Proteínas 2.3) Lipídios 2.4) Vitaminas 2.5) Minerais 2.6) Água Alimentos Próprios para consumo 3) Inocuidade 3.1) Constituintes naturais indesejáveis – Ex: Alimentos → Flora natural → Toxinas (mofo, fungos, bactérias) 3.2) Aditivos e Coadjuvantes – Ex: Sulfitos 3.3) Contaminantes a) Origem microbiana Ex: Coliformes fecais b) Resíduos de metais tóxicos – Ex: Contaminação de pescados e mariscos por metais pesados c) Resíduos de pesticidas, herbicidas, antibióticos, anabolizantes e outros Alimentos Próprios para consumo 4) Integridade Está diretamente relacionada com o resultado decorrente de todas as outras características Padrão de Identidade e Qualidade Cada tipo de alimento possui um padrão de identidade e de qualidade específico, de acordo com sua natureza. Ex: Leite de Vaca – tipo A: Padrão de Identidade e Qualidade tipo B: Padrão de Identidade e Qualidade tipo C: Padrão de Identidade e Qualidade Leite de Vaca – tipo A, marca X tipo A, marca Y tipo A, marca Z Devem apresentar tanta Padrão de Qualidade quanto Padrão de Identidade dentro dos limites para o leite tipo A Padrão de Identidade e Qualidade • PIQ – estabelecido pelo órgão competente do Ministério da Saúde dispondo sobre a denominação, definição e composição de alimentos, matérias-primas alimentares, alimentos in natura e aditivos intencionais, fixando requisitos de higiene, normas de envasamento e rotulagem, métodos de amostragem e análise. (Decreto–Lei nº986/69) Padrão de Identidade e Qualidade Será aprovado para cada tipo ou espécie de alimento um padrão de identidade e qualidade dispondo sobre: • I - denominação, definição e composição, compreendendo a descrição do alimento, citando o nome científico quando houver e os requisitos que permitam fixar um critério de qualidade; • II – requisitos de higiene, compreendendo medidas sanitárias concretas e demais disposições necessárias à obtenção de um alimento puro, comestível e de qualidade comercial; Padrão de Identidade e Qualidade • III - aditivos intencionais que podem ser empregados, abrangendo a finalidade do emprego e o limite de adição; • IV - requisitos aplicáveis a peso e medida; • V - requisitos relativos à rotulagem e apresentação do produto; • VI - métodos de colheita de amostra, ensaio e análise do alimento. Padrão de Identidade e Qualidade • Padrão de Identidade ou Norma de Identidade – é o conjunto de parâmetros relacionados com o produto, inclusive os métodos de análise. LAUDO 1. Higiene 2. pH 3. Acidez 4. Método analítico 5. Coleta da amostra Embalagem •Tipo •Tamanho Peso •Líquido •Drenado Rótulo •Data de fabricação •Marca •Fabricante •Data de validade •Constituintes •Aditivos Padrão de Identidade e Qualidade • Padrão de Qualidade – diz se respeito aos constituintes estarem corretamente dentro do seu padrão de identidade Leite de várias usinas (identidade) Com carga microbiana baixa Leite tipo C Leite de ordenha mecânica (identidade) Com carga microbiana alta Leite tipo A Alimentos próprios ao consumo • Genuínos • Alimento naturais ou “in natura” Alimentos Genuínos São aqueles que respondendo às exigências das leis vigentes: Não contenham • Substâncias não autorizadas • Nem agregados que configurem adulteração • Indicações, desenhos, figuras que possam enganar a respeito de sua origem, natureza e qualidade Contenham • Denominação e rótulos legais Alimentos in natura Todo alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato se exija, apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação. Alimentos impróprios ao consumo São aqueles que por diferentes causas não estão dentro das especificações da lei. • Podem ser: 1) Alimentos contaminados 2) Alimentos alterados 3) Alimentos falsificados 4) Alimentos adulterados Alimentos Contaminados • Micro-organismos (bactérias, fungos, parasitas/ vetores); • Agentes físicos ( Lascas de madeira); • Agentes químicos (produtos de limpeza, pesticidas). Alimentos Alterados As pequenas e grandes alterações nos alimentos refletem diretamente sobre: • Características sensoriais; • Composição química; • Composição nutricional; • Estado físico; • Estado de sanidade NÃO INTENCIONAL Alimentos Alterados 1. Biológicos - Ex: Causas naturais; 2. Químicos – Ex: Embalagem 3. Físicos - Ex: Tratamento tecnológico não adequado. Os principais agentes causadores: Alterações em Alimentos Alterações que podem ocorrer em alimentos durante a manipulação, processamento ou armazenamento: Característica Alteração Textura Perda de solubilidade, perda de capacidade de retenção de água, endurecimento, Sabor Desenvolvimento de rancidez (hidrolítica ou oxidativa), sabor cozido ou caramelo, odores indesejados Cor Escurecimento, branqueamento Valor Nutricional Perda, degradação ou alteração da biodisponibilidade de proteínas, lipídios, vitaminas, minerais Segurança Formação/ Inativação de substâncias tóxicas Alimentos Adulterados • Privados de elementos úteis ou característicos; • Adição ou retirada de elementos; • Ocultar alterações. INTENCIONAL Alimentos Falsificados • Características gerais de um produto legítimo; • Produzidos clandestinamente; • Locais não autorizados. Próprios Alterados Contaminados ALIMENTOS Alimento Seguro (sem riscos) Alimento Alterado (nutritivamente) Alimento Contaminado (riscos à saúde) Fraudes em Alimentos Fraudes em Alimentos Se produz quando os alimentos são deliberadamente Diluição Mal etiquetados ou Falsificados Manipulados Substituídos com outro produto Alimentos Fraudados por alteração • Alteração/ Modificação de um alimento → PIQ e Valor nutritivo • Ocorre sem a interferência de indivíduos • Alimentos alterados com consumo autorizado: “Queijo com mofo”, Leite acidificado Alimentos Fraudados por alteração CAUSAS • Falhas na coleta e obtenção do produto • Má conservação • Inadequações do material de envase Alimentos Fraudados por alteração CLASSIFICAÇÃO • Alterações enzimáticas • Alterações por agentes químicos • Alterações por agentes físicos • Alterações macrobianas • Alterações por microorganismos Alimentos Fraudados por adulteração “aquele que foi privado em forma parcial ou total, de seus elementos úteis ou característicos, substituídos ou não por outros inertes ou estranhos, que tenha sido adicionado de aditivos não autorizados ou submetidos a tratamento de qualquer natureza, para dissimular ou ocultar alterações, deficiente qualidade de matéria- prima ou defeitos de elaboração” (EVANGELISTA, 1989) Alimentos Fraudados por adulteração • Realizado intencionalmente • Pouca modificação nas características sensoriais • Modificação valor nutritivo • Necessita de análises específicas para sua detecção Alimentos Fraudados por adulteração Pode ser encontrada em diferentes modalidades: 1. Por adição ao produto de alimentos ou substâncias inferiores 2. Por adição de elementos não permitidos ou adição de substâncias não reveladas 3. Por subtração de constituintes dos alimentos 4. Por subtração e adição de constituintes, simultaneamente 5. Por substituição noproduto, de um ou mais de seus constituintes 6. Por substituição de alimento original, por outro elaborado artificialmente 7. Por substituição da matéria-prima anunciada na embalagem, por outra parecida, porém de menor valor 8. Por simulação de quantidade de alimento especificada Alimentos Fraudados por adulteração Pode ser encontrada em diferentes modalidades: 9. Por omissão de constituintes constantes da fórmula de registro de fabricação 10. Por aproveitamento de alimentos degenerados 11. Por recuperação fraudulenta de alimentos Alimentos Fraudados por adulteração 1. POR ADIÇÃO AO PRODUTO DE ALIMENTOS OU SUSBTÂNCIAS INFERIORES Produtos Adulterados Causas de Fraudes Café moído Cevada, milho, raízes, caramelo Farinha de trigo comum Gesso, bicarbonato Leite Água Mate Gravetos de erva-mate Pão de sêmola Farinha com raspa de mandioca Picles Ácido acético no vinagre Pimenta do reino Semente de mamão seca e moída Sal e açúcar Areia Alimentos Fraudados por adulteração 2. POR ADIÇÃO DE ELEMENTOS NÃO PERMITIDOS OU ADIÇÃO DE SUSBTÂNCIAS NÃO REVELADAS Elemento Adicionados Fraudes Estereato Usado em massa alimentícia para dar brilho Cloreto de cálcio Utilizado em macarrão para evitar a formação de goma Nitrosina Dar coloração em envoltórios de salsicha Anilina Em aves para dar coloração amarela e vender como frango caipira Alimentos Fraudados por adulteração 3. POR SUBTRAÇÃO DE CONSTITUINTES DOS ALIMENTOS Produtos Adulterados Causas de Fraudes Café Extração de cafeína Farinha de mandioca Nos casos não previstos, transgressão na retirada da fécula Leite Retirada do creme; para a fabricação de manteiga Alimentos Fraudados por adulteração 4. POR SUBTRAÇÃO E ADIÇÃO DE CONSTITUINTES SIMULTANEAMENTE Produtos Adulterados Causas de Fraudes Azeite de Oliva Parte do azeite é retirado e substituído por óleos vegetais Bombons e produtos recheados A manteiga de cacau é substituída por gorduras hidrogenadas Alimentos Fraudados por adulteração 5. POR SUBSTITUIÇÃO NO PRODUTO, DE UM OU MAIS DE SEUS CONSTITUINTES Produtos Adulterados Causas de Fraudes Embutidos A carne utilizada, geralmente moída, é substituída ou misturada com outras não usualmente empregadas na alimentação humana Massa de bolo, macarrão O ovo constante da especificação do rótulo é substituído por corante Pão de centeio A farinha integral e a de centeio são trocadas por mistura de açúcar caramelizado e remoído • Pode ser confundida com fraude de falsificação • Adulteração – substituição do produto declarado em rótulo por outro • Falsificação – falsa alegação da natureza do produto Exemplos: Guaraná: solução açucarada, contendo aditivos acidulante, flavorizante. Suco de uva: preparado com adoçante, essência, acidulante. Alimentos Fraudados por adulteração 6. POR SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTO ORIGINAL, POR OUTRO ELABORADO ARTIFICIALMENTE Alimentos Fraudados por adulteração 7. POR SUBSTITUIÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA ANUNCIADA NA EMBALAGEM, POR OUTRA PARECIDA, PORÉM DE MENOR VALOR Exemplos: • Glicose por mel • Cação por filé de bonito • File de cação por peixe fino • Badejo por filé de viola • Amido por gelatina Alimentos Fraudados por adulteração 8. POR SIMULAÇÃO DE QUANTIDADE DE ALIMENTO ESPECIFICADA ❑ Objetivo: obter preços mais baratos ❑ Exemplos • Doces em pasta (especialmente goiabadas) acrescidos de vegetais como chuchu, banana e abóbora; • Conservas com seu conteúdo diminuído, em favor do líquido de cobertura; • Produto embalado em pacotes, com menor quantidade da que se encontra em produtos concorrentes Alimentos Fraudados por adulteração 9. POR OMISSÃO DE CONSTITUINTES CONSTANTES DA FÓRMULA DE REGISTRO DE FABRICAÇÃO 10. POR APROVEITAMENTO DE ALIMENTOS DEGENERADOS • Prejudica Nutricionalmente e sanitariamente os alimentos • Exemplo: Óleos rancificados Alimentos Fraudados por adulteração 11. POR RECUPERAÇÃO FRAUDULENTA DE ALIMENTOS Produtos Adulterados Causas de Fraudes Produtos cárneos Adicionadas de SO2 para disfarçar seu mau odor e tingidas por corantes Alimentos Fraudados por falsificação “é o que tenha a aparência e caracteres gerais de um produto legítimo, protegido ou não por marca registrada e se denomina como este, sem sê-lo, ou que não proceda de seus verdadeiros fabricantes ou zona de produção conhecida e/ou declarada” (EVANGELISTA, 1989) Alimentos Fraudados por falsificação Objetivo: enganar o consumidor Pode ocorrer de diferentes maneiras: 1. Quanto à qualidade 2. Quanto ao peso 3. Quanto à apresentação 4. Quanto à procedência 5. Quanto à propaganda Alimentos Fraudados por falsificação 1. QUANTO À QUALIDADE Produtos Falsificados Causas de Fraudes Carne Cortes de segunda ou terceira, vendido como de primeira, ou misturados ou com excesso de pelancas Laranja De qualidade inferior (azedas), como se fossem “seleta” Peixe De categoria inferior, vendido como peixe fino 2. Quanto ao peso Exemplos: • Carnes com maior volume de sal e elevado teor de umidade (molhagem) • Pesagens de produtos em balanças não aferidas convenientemente • Carnes pesadas com pelancas, cartilagens, sebo ou carnes de qualidade inferior Alimentos Fraudados por falsificação 3. QUANTO À APRESENTAÇÃO ❑ Objetivo de enganar os consumidores Novos produtos ou de qualidade inferior, utilizando mesmo tipo de embalagem • Cor, letras, formato, símbolos. Alimentos Fraudados por falsificação Alimentos Fraudados por falsificação 4. QUANTO À PROCEDÊNCIA DO PRODUTO Produtos Falsificados Causas de Fraudes Bebida Bebidas nacionais, vendidas como estrangeiras Café Venda de café africano, como brasileiro ou colombiano Chá Venda de chá brasileiro, como asiático 5. QUANTO À PROPAGANDA DO PRODUTO Preço e peso inseridos na embalagem de maneira a ludibriar o consumidor Exemplos: • a abreviatura ¼, faz o comprador julgar que se trata de meio quilo • a abreviatura 1 dz., é confundida com 1 dúzia Alimentos Fraudados por falsificação Alimentos Fraudados por sofisticação ▪ É uma falsificação mais sofisticada ▪ Consumidor não consegue perceber a falta de autenticidade ▪ Produtos falsificados aproveitam: rótulos, etiquetas, embalagens ▪ Falsas características, exaltando qualificações que o alimento não detém → “único”, “ideal”, integral ASSISTIR O DOCUMENTÁRIO FOOD, INC. DISPONÍVEL NO LINK https://www.youtube.com/watch?v=_bFQHXCtn3Y
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