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Justiça distributiva na relação com: Comunidade internacional Na comunidade internacional podem ser identificadas importantes exigências da justiça distributiva, tais como o que diz respeito à própria existência de uma comunidade internacional, capaz de assegurar a todos os Estados uma participação efetiva no bem comum em escala mundial. De forma semelhante ao próprio Estado, a organização mundial tem, em relação a seus membros, uma dupla função jurídica e social: A função jurídica consiste fundamentalmente na garantia dos direitos das diversas nações e, portanto, na defesa da paz internacional. A função social, na promoção de medidas que assegurem um mínimo de bem-estar a todos os povos da terra, tarefa de que a ONU se desincumbe diretamente ou através de instituições especializadas, como a OMS, a FAO (para alimentação e a agricultura), Unesco, OIT, entre outras. Comunidade familiar A respeito desse tipo de comunidade podem ser apontadas duas aplicações: a obrigação de fornecer as utilidades essenciais, como alimentação, roupa, medicamento, etc., com critério proporcional à “necessidade" de cada um (art. 1694, caput, do CC/2002); e a herança da distribuição dos bens patrimoniais após a morte dos parentes, pois as legislações estabelecem que a herança se reparte proporcionalmente entre os herdeiros, com base no “grau de parentesco”. Aos interessados se assegura o direito à ação em juízo. E também, proporcionalmente a seu quinhão, cada herdeiro contribui para as despesas da sucessão.(art. 1784 CC/2002, art. 2003 CC/2002, art. 1997 CC/2002) Empresas Há 2 tipos de aplicações da justiça distributiva à empresa moderna, segundo Montoro: Deveres da sociedade política para com a empresa (direitos e garantias individuais, direitos e prerrogativas do direito comercial, medidas legais e administrativas de proteção alfandegária ou tributária em favor da indústria nacional…) Deveres da empresa para com os seus membros, decorrente do caráter institucional e comunitário que a mesma vem assumindo nas transformações do direito moderno (estabilidade no emprego-art 7 CF, participação do empregado na vida da empresa , através da tríplice modalidade de participação na gestão, nos lucros ou na propriedade, modalidades de participação nos lucros) Estado A justiça distributiva é a virtude da autoridade. Ela se encontra nas principais funções do Estado: jurídica, social, administrativa e fiscal. Assim, a justiça distributiva atua como o grande princípio orientador na função jurídica do Estado, voltada para a garantia dos direitos de cada um, através da lei, da judicatura ou do poder de polícia. No âmbito da função social, observa-se a influência dos princípios dessa justiça na construção de hospitais, escolas, estradas, os quais não podem ser feitos arbitrariamente, mas devem obedecer a critérios equitativos, fundados no grau de “necessidade” e “interesse público”, assim como nos subsídios a entidades de interesse social, que devem respeitar um critério de adequação proporcional à “necessidade" e “utilidade" da instituição, e nos prêmios de estímulo às artes, às ciências ou aos esportes, que por sua vez amoldam-se proporcionalmente às qualidades do artista, pesquisador ou atleta. No campo da administração, um exemplo seria o recrutamento de funcionários só pode ser feito baseado na “capacidade" dos candidatos através de concursos como meio idôneo de avaliação, que é exigido por lei e até por disposição constitucional. Finalmente, no exercício de sua função fiscal, o Estado utiliza-se dos preceitos da justiça distributiva para a fixação de impostos e sua igualdade proporcional tem fundamento principal na "capacidade contributiva” ou "riqueza" do contribuinte.(art. 145 § 1˚ C.F.) Referências MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do Direito. 33 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.
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