Buscar

Deflação de Séries Temporais e Taxas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Contas Nacionais
Deflacionamento 
Prof. Fernando Pozzobon
fernando.esag@gmail.com
1
Data
ICV (% a.m.)
ICV
Índice
2011.01
-
-
100
2011.02
0,41
0,0041
100,41
2011.03
0,91
0,0091
101,32373
2011.04
0,80
0,0080
102,13432
2011.05
0,04
0,0004
102,17517
2011.06
-0,34
-0,0034
101,82778
2011.07
0,44
0,0044
102,27582
2011.08
0,39
0,0039
102,6747
2011.09
0,69
0,0069
103,38315
2011.10
0,31
0,0031
103,70364
2011.11
0,52
0,0052
104,2429
2011.12
0,50
0,0050
104,76411
2012.01
1,32
0,0132
106,147
2012.02
0,13
0,0013
106,28499
2012.03
0,59
0,0059
106,91207
2012.04
0,68
0,0068
107,63907
2012.05
0,43
0,0043
108,10192
2012.06
0,46
0,0046
108,59919
Já sabemos converter as taxas de variações de índice preço relativo para o índice de preço relativo de ligação, com base fixa.
Atividade 1:
Abrir o site do IPEADATA: www.ipeadata.gov.br
Utilizando a Base de Dados “Macroeconomia”
Pesquisar : Inflação IGP-DI mensal 
Clicar em OPERAR
Marcar início 1 de 2010 e término 10 de 2013.
Clicar em Exibir
Ajustar os dados no Excel
Transformar os dados com base fixa em janeiro de 2010.
Transformar os dados com base fixa na média de 2011.
Quando analisamos variáveis que indicam valor ao longo dos anos, devemos ter o cuidado de remover dessa série os efeitos das variações de preços.
Um índice de valor (como o PIB) tem dois componentes:
P x Q = Valor
Variações nos preços são variações nominais.
Variações nas quantidades são variações reais.
Deflação de uma série temporal
As variações de preço, causadas por inflação ou deflação, podem obscurecer as variações de quantidade. Isso significa que às vezes o que parece ser um crescimento das vendas ou produção pode ser na verdade flutuações de preços do que realmente a acréscimos nas quantidades vendidas.
Ainda pior:ƒ Se examinarmos longas séries temporais, incluindo vários anos (considerando, no caso do Brasil, as grandes mudanças estruturais que a economia sofreu, o problema torna-se ainda mais sério). É preciso fazer a deflação da série temporal.
Devemos remover os efeitos da inflação!
Como fazer?
Se tratar de alguma atividade, por exemplo, uma empresa que vende diretamente ao consumidor final, no varejo, deve-se utilizar como deflator um índice de preços ao consumidor, como: como o IPC-A do IBGE ou o IPC da FIPE, etc.
Ainda, se considerar, por exemplo, uma empresa de vendas de bens de capital ou de vendas no atacado, deve-se utilizar um índice que retrate as flutuações de tal mercado, como: o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, do qual 60% deve-se ao Índice de Preços por Atacado, calculado pela mesma instituição.
Assim...
É importante ressaltar que é preciso ter os números índices de base fixa. Se apenas os relativos de ligação forem disponíveis é necessário aplicar o procedimento visto anteriormente para obter os números índices de base fixa.
Independente do deflator (índice) escolhido, o procedimento é bastante similar:
Atividade 2:
Deflacionar a série Consumo final - famílias - R$ (milhões) , dados anuais de 1997 a 2012 com base na Inflação - IPC (FGV) - (% a.a.). 
Tomar 2012 como base.
Faça um gráfico comparando os pares de séries.
O que podemos concluir?
Assim, é possível...
Analisar uma série de valores monetários, em termos de suas variações e eliminar uma das causas (variação de preço ou variação de quantidade). 
O uso de um deflator permite analisar a evolução do faturamento apenas em função da variação da quantidade, eliminando da série os efeitos decorrentes de variação de preço.
Na tabela ao lado encontra-se o 
faturamento hipotético de uma 
Indústria. Encontre o índice de 
inflação (IGP-M) para o período e: 
a) Determine o faturamento real 
da empresa no período, a preço 
de 2013.09; 
b) Determine a taxa real de 
Variação do faturamento, 
ano a ano; 
Data
FaturamentoHipotético Industria
2012.08
103751.2
2012.09
104591.6
2012.10
106348.8
2012.11
110780
2012.12
113988.8
2013.01
111926
2013.02
115058.4
2013.03
112078.8
2013.04
96493.2
2013.05
105279.2
2013.06
116128
2013.07
105737.6
2013.08
115898.8
2013.09
115287.6
Taxa Real e deflator implícito
Não são apenas séries temporais que devem ser deflacionados...
É importante também deflacionar taxas.
Taxa REAL
Exemplo 1: 
Uma pessoa adquiriu um título da dívida pública por R$720,00 no presente, com promessa de pagamento de R$1000,00 no seu vencimento. Caso a inflação do período apresente uma variação de 35%. Calcule a taxa real de juros.
Taxa REAL
Exemplo 2:
Depois de muita greve, o salário dos funcionários dos correios foi aumentado em 60% em um dado período, enquanto a inflação acusou uma elevação de 77% em igual período. 
Qual foi a perda de poder aquisitivo dos salários desses funcionários dos correios? 
O salário mínimo em 2010 era de R$ 510,00. Em 2011 ele aumentou para R$ 545,00. 
Sabendo que o INPC registrou uma inflação de 6,47% neste mesmo período, qual foi o aumento real de salário? 
Deflator implícito de preço
É um índice de preço calculado a partir de dados da Renda Nacional e do Produto Nacional, comumente denominado Deflator Implícito de Preços.
Para separar os impactos dos componentes de preço e de quantidade, do resultado do valor da Renda Nacional ou do Produto Nacional, existem dois caminhos: 
a) Faz-se uma estimativa direta do componente quantidade, deduzindo o componente preço, dividindo o índice de valor pelo índice de quantidade estimado; 
b) Estima-se o componente preço, deduzindo a componente quantidade, dividindo o índice de valor pelo índice de preço. 
Como assim?
O primeiro passo é definir o Índice de Quantum (IQ0,t), que nada mais é do que o comportamento da produção física de bens finais de uma economia entre dois ou mais períodos de tempo. 
Para isso, usaremos o Índice de Laspeyres de Quantidade.
O Índice de Valor, Vo,t já é nosso conhecido.
Fica fácil calcular o Deflator Implícito da renda Nacional ou Produto é o Índice de Preço, que chamaremos de DI0,t. 
Como é de nosso conhecimento, esse deflator implícito é um índice de preço de Paasche. (Lembram porque?)
Deflator Implícito
Exemplo 3:
Os Produtos Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 2011 e 2012, foram, respectivamente, iguais a 4143013,338 de milhões de reais e 4402537,109 milhões de reais. Em 2012, relativo a 2011, a taxa de crescimento real do PIB, medido pelo critério de Laspeyres foi de 0.87199151192%. Obter a partir desses dados, o Deflator Implícito e o PIB em Reais de 2011 para os dois anos.
Índice de Quantum
O produto interno Bruto do Brasil é calculado (estimado) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Ele é estimado de acordo com os setores de atividade da economia brasileira; 
Os cálculos são feitos a partir de índices do produto real (Índice de Quantum, IQt-1,t Laspeyres com base móvel).
Para obter o Índice de Quantum é feita a agregação dos principais setores produtivos da economia brasileira. 
São eles:
Antes disso..... Laspeyere Modificado...
O Índice de Laspeyres modificado com base móvel consiste em calcular o índice em cadeia, a partir de índices intermediários, os quais são obtidos mediante o emprego de médias aritméticas, em vez de geométricas.
Trata-se de um índice com sistema de ponderação fixo em uma época básica fixa;
O Índice de Laspeyres de Base Móvel apresenta um sistema de ponderação fixa em uma época básica fixa e com base de comparação móvel.
Índice de Quantum
i. Agricultura: Lavoura; Produto Animal e de Derivados; 
ii. Indústria: Produção Extrativa Mineral; Indústria de Transformação; Construção Industrial e Serviços de Utilidade Pública; 
iii. Comércio; 
iv. Transportes e Comunicações. 
A agregação das mudanças nos principais setores da economia sobre o Índice de Quantum é feita através de uma média aritmética ponderada sobre os índices setoriais, cada um com seus respectivos pesos.
Índice de Quantum - Proposta
Exemplo 4:
Pesquisar os dados do PIB - R$ (milhões) do Brasil, dados anuais
de 2000 a 2012. 
Pesquisar PIB - var. real anual - (% a.a.) do Brasil, de 2000 a 2012.
Formar o Índice de Quantum, tomando como base 2000 (=100), para o período de 2000 a 2012.
Encontrar o o PIB em Reais de 2000 e o DI do período.
Exemplo 5
Pesquisar os dados do Consumo final das famílias, dados anuais de 1997 a 2012. 
Pesquisar Consumo final das famílias: var. real anual, de 1997 a 2012.
Formar o Índice de Quantum, tomando como base 2012 (=100), para o período de 1997 a 2012.
Encontrar o Consumo final das famílias em R$ de 2012 e o DI do período.
Fazer uma análise comparativa das séries em valores nominais e reais.
Exemplo 6
Com base nos dados mensais do Salário Mínimo e Salário Mínimo Real, de janeiro de 2009 a outubro de 2013, coletados no WebSite do IPEADATA, responda:
A) Construa um índice de preço com base em outubro de 2013.
B) Calcule a variação de preço mês a mês.
C) Compare sua resposta na Letra B com os seguintes índices de preço: IPCA, IGP-M, INPC, IGP-DI. O que se pode concluir?
Exemplo 7
Usando os dados anuais do PIB - var. real anual - (% a.a.) e PIB - R$ (milhões), encontre o DI do PIB dos últimos 10 anos.
Depois, compare seus valores com a série PIB - deflator implícito - var. anual - (% a.a.) (fornecida diretamente no WebSite do IPEADATA).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes