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AP1 de alfa2 2014 com gabarito

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AP1- 2014.2 DISCIPLINA: ALFABETIZAÇÃO 2
                                           AP1- 2014.2
DISCIPLINA: ALFABETIZAÇÃO 2
Responda às questões abaixo usando no máximo 10 linhas para cada resposta. Cada uma vale 2,0 pontos.
1 - No artigo da profa. Flavia Lobão, ela cita o autor Bartolomeu Campos Queirós que faz uma síntese da questão da leitura e da escrita, problematizando os procedimentos tradicionais de ensino da Língua, ao afirmar que:
Não se escreve para comprovar o domínio de uma técnica ou para expressar o entendimento de determinadas regras. Escreve-se ao ter o que dizer. Do mesmo modo, não se lê para praticar a aprendizagem do alfabeto. Lê-se para tomar posse do já desnudado pelo homem, para ampliar os limites, para apropriar-se da fragilidade, para recuar as fronteiras. Lê-se para somar-se e escreve-se para dividir-se.
Relacione as palavras do autor com o uso da literatura em sala de aula.
Flávia Lobão, ao citar Bartolomeu, compreende a leitura como possibilidade de ampliação dos limites, forma de apossar-se das construções humanas. Em nossas aulas da disciplina Alfabetização e leitura a literatura é compreendida como uma "apropriação, invenção, produção de significados" (Chartier, 1998). Nesse sentido, ao responder essa questão, o estudante deve indicar a relação entre essas duas concepções que apontam para a compreensão da leitura como produção de sentidos. O uso de literatura na sala de aula precisa, portanto, promover situações de diálogo com as provocações do texto, articulando o que cada leitor compreende.
2- Na entrevista com a prof. Cecília Goulart ela responde à pergunta sobre a importância de se trabalhar com uma diversidade de textos em sala de aula. Qual é esta importância para a autora? Você concorda? Explique sua resposta.
Cecília Goulart defende que é preciso trabalhar diversos gêneros textuais, os  de ordem prática, tipo bilhete, cartas, livros, listas e anúncios, que sejam produzidos para  a sala de aula, para informar vender, comprar alguma coisa. Os textos científicos, tais como relatórios, lendo resultados de pesquisas que saem na revista Super Interessante, Ciência Hoje das Crianças, e mesmo enciclopédias. Assim as crianças são desafiadas a compreender e o professor faz a mediação entre esses textos mais complexos da sociedade letrada e as crianças, levando em conta os conhecimentos que elas têm sobre aquele assunto de que o texto está tratando. Também devemos utilizar textos ligados a essa dimensão científica, a esses conhecimentos científicos, mesmo no jornal a gente tem informações científicas, resultados de pesquisa, e também há partes do jornal que tratam da ciência e textos de ordem literária, poesias, romances, contos, crônicas, fábulas, contos populares, literatura de cordel. É importante conhecer a origem dos textos, conhecer esses autores, conversar sobre quem produziu, quando produziu, como é que aqueles textos foram feitos, como é que eles caracterizaram a época, como caracterizam um espaço geográfico, como no caso da literatura de cordel. Esses textos têm que ser valorizados nas salas de aula e também nos cursos de formação de professores.
3 - De acordo com da profa.  Adrianne Ogêda Guedes, o trabalho com a leitura e escrita pode se articular com as outras linguagens. De que forma a poesia, um gênero textual, pode ser trabalhada articulando-se com outras linguagens?
No texto da professora Adrianne Ogêda a poesia é trabalhada na articulação com outras linguagens. Artes visuais, teatro entram como formas de expressão mobilizadas pelos sentidos que a poesia evoca. aqui nessa resposta o estudante deve indicar de que forma as linguagens podem ser articuladas, apontando para possibilidades de realização dessa articulação (como será feita?).
4 - Há muito se discute sobre a importância da literatura (infantil) no processo de formação de leitores e escritores críticos e criativos. Nesse sentido, o que fazer para não “escolarizar” a literatura no dia-a-dia da sala de aula?
A literatura não é um "objeto escolar". Ela é uma produção cultural, arte. Nesse sentido, não escolarizar a literatura significa não promover propostas que "utilizem" a literatura de forma mecânica, atribuindo um sentido único ou fazendo "provas" de conteúdos, empobrecidas, do tipo perguntas cujas respostas esperadas tenham um sentido estrito e fechado. a literatura é polissêmica, isto é, possui muitos sentidos e, portanto, deve ser compreendida em sua riqueza de sentidos.
5 - Levando em conta o que você estudou nas aulas sobre oralidade, escrita e ortografia (aulas 12, 13 e 14) responda a pergunta: "Por que não pronunciamos como escrevemos?"
A modalidade oral não corresponde biunivocamente a modalidade escrita. As palavras no contexto escrito e oral se organizam de formas distintas. A fala se apoia no contexto extralinguístico.  o discurso oral permite a observação da entonação, das pausas, das expressões de quem fala. no texto escrito não encontramos esses recursos mas sim os gráficos. além disso temos diferenças dialetais dentre outras. Não escrevemos como falamos. a escrita tem regras distintas do discurso oral.

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