Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estudo Dirigido: Bioindicadores e Bioindicação 30 de março 2015 Vanessa Falcão Amorim e Luana Garcia Ecotoxicologia Ambiental 1. O que é bioindicação? A bioindicação é o uso de seres vivos para verificar e avaliar a qualidade ambiental ou efeitos de poluição ambiental tanto do ar, como da água ou até mesmo, do solo. 2. Para que se usa a bioindicação? Na bioindicação obtém-se informações sobre efeitos no sistema biológico, podendo, eventualmente, interferir sobre a qualidade e quantidade do fator de estresse. 3. O que é bioindicador ou indicador biológico? Os bioindicadores são organismos ou comunidades cujas funções se correlacionam tão estreitamente com alguns fatores ambientais que podem ser empregados como indicadores na avaliação de uma área. 4. Porque usar bioindicador? Para verificar o impacto da poluição, integrar fatores endógenos do organismo que podem influenciar a resposta da poluição, integrar fatores externos como condições climáticas e outros poluentes que ocorram na área, detector de estresse crônico por níveis baixos de poluição, atuando por períodos prolongados, atestar o impacto sobre um ecossistema, fornecer informações sobre as causas e fatores observados, demonstrar a distribuição espacial e temporal do impacto, fornecer dados sobre um potencial risco a flora, a fauna e a população humana. 5. Classifique os organismos quanto a bioindicação e defina cada um. Organismos apontadores e indicadores ecológicos: Indicam o impacto da poluição através de mudanças no tamanho da sua população, ou através de sua presença ou desaparecimento sob certas condições ambientais (depende da sensibilidade ou tolerância de determinados organismos); Organismos testes: Indicadores padronizados, utilizados em testes toxicológicos e ecotoxicológicos; Organismos monitores: Mostram qualitativa e quantitativamente o impacto da poluição ambiental sobre o organismo utilizando para monitorar a qualidade do ar ou da água. Podem ser utilizados no monitoramento passivo, em que as espécies já se encontram no ecossistema estudado, ou no monitoramento ativo, em que os organismos são introduzidos de forma padronizada. 6. Indique o tipo de biodiversidade Espécies sentinelas são introduzidas para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema; Espécies detectoras são espécies locais que respondem ao estresse de forma mensurável; Espécies exploradoras reagem positivamente ao distúrbio ou a gente estressante; Espécies acumuladoras, acumulam agentes estressantes, permitindo avaliar a bioindicação; Espécies sensíveis, modificam acentuadamente o comportamento; Espécies bioxxxxxx são usadas em experimentação. 7. Segundo a USEPA (2000) é importante levar em consideração alguns fatores para a escolha de um organismo como bioindicador. Que fatores são estes? As populações e as espécies devem ser sedentárias e representativas na área estudada; As espécies devem acumular os poluentes sem perder a vida, abrangendo indivíduos muitos sensíveis aos mais tolerantes; Devem representar comunidades persistentes pela rápida recuperação após a ocorrência de distúrbios naturais; Devem ser de fácil amostragem e resistentes quanto à sobrevivência em laboratório; Devem permitir a comparação de resultados com a área controle (não impactada) em vários períodos de tempo; Devem mostrar grande variedade e pouca suscetibilidade diante das diferenças de micro-habitats naturais em relação aos organismos inferiores, fazendo com que sejam muito utilizados para avaliações regionais e na diferenciação de macro-habitats; Que possuam vida longa (de 2 a 10 anos ou mais), refletindo a qualidade ambiental por longo tempo. 8. Uma vez que a seleção de organismos tenha sido definida, como elaborar o retrato das respostas biológicas? É necessário compreender o funcionamento do ecossistema, identifica os fatores biológicos e abióticos naturais que controlam as populações dos organismos, também e necessário conhecer os estágios de vida críticos dos organismos e as alterações na sensibilidade destes em decorrência de exposições simultâneas ou a outros estressores no ambiente natural 9. Indicar, no mínimo, cinco grupos de organismos com a respectiva indicação da bioindicação a qual a resposta biológica da bioindicação. Líquens: Pode ser analisada: Cobertura, frequência de ocorrência das espécies, equitabilidade, abundância. São sensíveis à poluição do ar, principalmente a dióxido de enxofre, fluoretos e ozônio. Uma grande concentração dessas plantas num tronco de árvore exposto à poluição aérea é um indicativo de que nesse local o nível de poluição do ar está baixo e a qualidade do ar está adequada para as plantas e ser humano. Invertebrados: São utilizados para análise da qualidade do solo e do habitat, onde são analisadas a riqueza, a biodiversidade, a equitabilidade e a abundância de espécies. As formigas e borboletas são muito utilizadas devido à suas rápidas respostas, taxonomia conhecida, facilidade de amostragem e especialização. Aves: bons indicadores de qualidade de áreas florestais, por ser um grupo bastante estudado pela ciência. São amplamente presentes, facilmente amostradas por sua voz, cores, forma, através de técnicas simples e de baixo custo, apresentam grande variedade de respostas diante de diferentes condições ambientais, podem ser monitoradas ao longo do tempo, permitindo uma melhor compreensão sobre as transformações ambientais. Um exemplo é o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni), espécie só encontrada em áreas onde existem nascentes com água limpa. Perifítons: São uma comunidade complexa de microrganismos + detritos orgânicos e inorgânicos aderidos a substratos e rochas, troncos e vegetação aquática. É representado por uma fina camada que atua na interface entre o substrato e a água circulante. O estudo destas comunidades traz informações sobre a produtividade do ecossistema e eventuais poluentes que afetam uma massa de água costeira ou lacustre. Suas vantagens consistem em terem ciclo de vida curto, riqueza de espécies, e apresentarem diferentes preferências e tolerâncias ambientais. Suas desvantagens são necessitar de local luminoso, necessidade de substrato (pode ser artificial), e falta de especialistas. Macrófitas aquáticas: vegetação aquática que inclui desde macroalgas até plantas vasculares; podem ser livres, enraizadas ou flutuantes, desenvolvem-se significativamente em locais com disponibilidade de nutrientes, e condições ideais de temperatura e luminosidade, são bioindicadoras de eutrofização. Como absorvem os nutrientes, podem ser utilizadas na atenuação de processos de eutrofização e em tratamentos de efluentes orgânicos.
Compartilhar