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Aerossolterapia e Oxigenioterapia 2016 Alunos

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17/05/2016
1
AEROSSOLTERAPIAAEROSSOLTERAPIA
AEROSSOL: suspensão de gotículas de líquidos ou
de partículas sólidas num meio gasoso. Durante a
nebulização medicamentosa, o agente
farmacológico é a substância dispersa e o gás
(oxigênio, ar comprimido), sendo inalado pelo
paciente e se deposita nas vias aéreas.
OBJETIVO: liberar doses terapêuticas do agente
selecionado no local de ação desejado.
Sistema básico
Um dos objetivo da inalação é corrigir a
hiperviscosidade e a hiperaderência das
secreções brônquicas, a partir da hidratação
do muco estagnado nas vias aéreas. Serão
utilizadas substâncias diluentes como água ou
soluções salinas capazes de diluir a
concentração do muco por adição de
solventes.
VantagensVantagens
• Liberação de uma dose terapêutica do agente 
selecionado no local de ação desejada (forte e 
localizada), minimização dos efeitos colaterais 
sistêmicos. 
• Menor dose do medicamento, início rápido da 
ação e menor efeito sistêmico.
• EFICÁCIA E SEGURANÇA.
IndicaçõesIndicações
• Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas
e densas;
• Administração de broncodilatores - para obter a atenuação ou
resolução de espasmos brônquicos;
• Administração de corticosteróides (antiinflamatório e anti-
exsudativa).
Deposição das PartículasDeposição das Partículas
TAMANHO DA PARTÍCULATAMANHO DA PARTÍCULA
MÉTODO DE INALAÇÃOMÉTODO DE INALAÇÃO
GRAU DE OBSTRUÇÃO DO FLUXO AÉREOGRAU DE OBSTRUÇÃO DO FLUXO AÉREO
17/05/2016
2
Características dos Aerossóis
• Tamanho da partícula: depende da substância nebulizada e/ou do
nebulizador. Existem nebulizadores que produzem partículas de
tamanho semelhante (pouco comuns, usados nos laboratórios de
pesquisa, chamados monodispersos) e outros que produzem
partículas com grande variação de tamanhos (maioria dos
nebulizadores, chamados heterodispersos).
Características dos Aerossóis
• Deposição: ocorre quando as partículas entram em contato
com o trato respiratório e são retidas. O local de deposição
depende do tamanho, forma e do movimento das partículas,
assim como das características das vias aéreas.
IMPACTAÇÃO INERCIALIMPACTAÇÃO INERCIAL
Ocorre quando as partículas colidem contra superfície.
Pela inércia, quanto maior a massa e velocidade da
partícula suspensa, maior sua tendência de
continuar se deslocando ao longo da via
estabelecida. Se uma partícula de massa elevada se
desloca inicialmente numa corrente gasosa com
certa direção. Se a corrente mudar a direção, a
partícula tende a permanecer na sua via inicial e
colide contra a superfície da via.
Além disso, a velocidade também interfere na
impactação, quanto maior o fluxo de uma corrente
gasosa, maior será a tendência das partículas
impactarem e depositarem nas vias aéreas.
17/05/2016
3
• Fluxo turbulento, passagens convolutas, bifurcação
das vias aéreas e altos fluxos inspiratórios aumentam a
deposição das partículas.
• O fluxo turbulento e bifurcações das vias aéreas faz
com que as partículas maiores do que 5 a 10µm se
depositem nas grandes vias aéreas superiores.
SEDIMENTAÇÃO
Ocorre quando as partículas do aerossol se separam da
suspensão pela gravidade. Quanto maior a massa da
partícula, mais rapidamente ela se separa. Principal
mecanismo de deposição das partículas com 1 a
5µm. Sustentar a inspiração após inalar o aerossol
colabora para aumentar a sedimentação (aumento
de até 10%).
DIFUSÃODIFUSÃO
Principal mecanismo de depósito de partículas pequenas
(menor que 3µm) principalmente na região alveolar.
Nesta região o fluxo gasoso é interrompido e a inércia
das partículas é muito baixa. Nesta região, as partículas
têm massa muito reduzida e colidem com moléculas
do gás carreador. Estas colisões favorecem a deposição
nas superfícies circundantes.
Conclusão
HÁ UMA RELAÇÃO INVERSA ENTRE TAMANHO
DA PARTÍCULA E PROFUNDIDADE DA PENETRAÇÃO
NO TRATO RESPIRATÓRIO. Assim, o aerossol deveria
conter partículas de diferentes tamanhos.
Conclusão
Partículas maiores (5 - 10µm) se depositam por
impactação na orofaringe e vias aéreas superiores. Em
direção às vias mais distais o fluxo aéreo se torna mais
lento e as partículas menores (1- 5 µm) se depositam nas
pequenas vias aéreas e alvéolos pela sedimentação
gravitacional e difusão (intensificada quando se prende a
inspiração).
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RISCOS DA AEROSSOLTERAPIA
1) Infecção: infecções nosocomiais. Causas: soluções
contaminadas, mãos dos profissionais de saúde,
secreções dos pacientes.
2) Reatividade das vias aéreas
- Aerossóis frios e de alta densidade: pode causar
broncoespasmo
- Medicamentos como acetilcisteína, esteróides, água
destilada têm sido associados ao aumento da
resistência das vias aéreas (broncoespasmo). Uso
prévio de broncodilatador pode ser uma medida
preventiva.
PERIGO
O processo de nebulização está mais
associado com infecções respiratórias do que
a simples oxigenioterapia, já que as partículas
são bem menores e penetram mais
profundamente nas vias aéreas. A
esterilização da máscara e circuito utilizados é
essencial para evitar infecções pulmonares.
RISCOS DA AEROSSOLTERAPIA
���� O conhecimento destes efeitos colaterais
indica necessidade de ausculta antes e
após uso destes medicamentos e
observação do paciente (padrão
respiratório, aspecto geral).
3) Dificuldade para eliminar secreções deve ser
observada e corrigida (aspiração).
4) Reconcentração da droga: medicações
nebulizadas por período prolongado (maior que
10 a 15 min) produzem maior concentração do
soluto, expondo paciente à maior concentração
de medicamento durante aerossolterapia.
Formas de realizar Aerossolterapia
�Nebulizadores: à jato e US
�Spray Broncodilatador : Inalador com dosímetro
� Inalador de pó seco: Nebulímetro Liofilizado
Formas de realizar Aerossolterapia
�Spray Broncodilatador (Inalador com dosímetro):
líquido medicamentoso é armazenado em um
recipiente de alumínio sob uma alta pressão de gás
propelene. Associado à inspiração profunda, pode
ser utilizado com um espaçador.
17/05/2016
5
Inaladores com Dosímetro Técnica: Spray
Permite administração de broncodilatadores
e corticosteróides. A técnica é importante para maior
aproveitamento.
� Antes de ser utilizado o frasco deve ser agitado para distribuir
igualmente a drogas. O inalador é mantido em posição vertical.
� O paciente expira suavemente, não é preciso expiração total, e
no início da inspiração coloca o bucal no inalador e pressiona.
� A inspiração deve ser lenta, profunda e mantida por 10
segundos, antes da expiração nasal suave.
� Deve haver intervalos entre inalações de cerca de 1 minuto
(15 a 20 segundos).
� A técnica é importante pois apenas 10% alcançam o pulmão.
� Cerca de 80% da dose impacta e deposita na orofaringe.
� Deposição pulmonar varia de 10-20%. Dependente da
técnica.
� Há alta deposição na faringe, por isso podem ser utilizados
espaçadores que aumentam a distância entre inalador e
paciente, permitindo expansão da nuvem do aerossol e que
os propelenes se evaporem antes de alcançar a orofaringe.
Reduz impactação na orofaringe (as partículas maiores
caem no espaçador em vez da orofaringe) e aumenta
deposição pulmonar (cerca de 15%).
Formas de realizar Aerossolterapia
�Nebulização: transformação de líquido em partículas
de aerossol (1 a 15µm de diâmetro) suspensas num
meio gasoso. O objetivo é administrar uma dose
terapêutica da droga prescrita na forma de partículas
inaladas. Utilizada por pacientes com obstrução
crônica para fluidificar as secreções.
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Nebulizadores
Utilizados para inalação de drogas, converte
uma solução em gotículas de aerossol,
suspensasnuma corrente de ar. Permitir
distribuir dose terapêutica de droga prescrita
como um aerossol por cerca de 10min. Dois
tipos: a jato e ultrassônico.
Nebulizadores: Tipos
Nebulizador a jato
Utiliza um gás
dirigido (ar
comprimido ou O2 de
cilindro, rede
hospitalar) é forçado
por um orifício
estreito.
O gás é forçado através de um orifício estreito. A pressão
negativa em torno do orifício atrai para cima a solução
medicamentosa do tubo do reservatório de líquido e o jato de
gás fragmenta o líquido em gotículas (Bernoulli). As partículas
menores serão inaladas e as maiores caem novamente na
solução.
Nebulizador ultrassônico
Aerossol criado por
ondas mecânicas de alta
freqüência. Uma corrente
elétrica é aplicada a um
cristal piezoelétrico que vibra
e produz as vibrações ultra-
sônicas.
Vantagens: menor ruído,
inalação não precisa ser na
posição vertical.
O tamanho da partícula varia
com a freqüência de
oscilação do cristal.
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Produz as partículas menores de até 0,5µ e o líquido é
fragmentado pela intensa vibração. A passagem de corrente
elétrica aplicada a um cristal piezelétrico causa vibrações
ultra-sônicas de alta freqüência (1–2 MHz). As ondas sonoras
são transmitidas através de um líquido para a superfície onde
produz o aerossol.
O tamanho das partículas é inversamente
proporcional à freqüência das vibrações.
Ao contrário dos nebulizadores à jato, a
temperatura da solução colocada no
nebulizador aumenta durante utilização
(concentração da droga se eleva – efeito
indesejável), mais silencioso.
Ventilação Colateral
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À jato x US
Inaladores de Pó Seco
Inaladores de Pó Seco
�Paciente deve produzir elevado fluxo
inspiratório (>30l/min)
�Dispersão do pó depende do esforço do paciente
�Baixo fluxo favorece deposição em boca e faringe
�Requer participação dos pacientes (consciente)
�Pode ser difícil em crianças e idosos
(compreensão)
Medicamentos utilizados
� Broncodilatadores: presença de broncoespasmo.
�Mucolíticos: capacidade de “quebrar” partículas do muco.
Importante para pacientes com secreção espessa e
dificuldade para realizar tosse. Agentes conhecidos:
acetilcisteína e bicarbonato a 2%.
A acetilcisteína deve ser usada com cuidado (prescrição médica, dose teste), pois a redução da
viscosidade do muco nem sempre está associada à expectoração do catarro (broncoespasmobroncoespasmo). É
inativadainativada pelopelo OxigênioOxigênio, devendo ser nebulizada com ar comprimido.
� Corticóides
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OXIGENIOTERAPIA
A oxigenioterapia consiste na oferta adicional de
oxigênio ao paciente, tendo para tal uma indicação
precisa e conhecimento dos efeitos deletérios
associados.
OBJETIVO BÁSICO: garantia da oxigenação
adequada aos tecidos.
Oxigenioterapia: oferta adicional de oxigênio além
da FiO2 do ar ambiente (>21%).
Definição: administração de 
Definição: administração de Definição: administração de 
Definição: administração de oxigênio em 
oxigênio em oxigênio em 
oxigênio em 
concentrações maiores do que a do ar 
concentrações maiores do que a do ar concentrações maiores do que a do ar 
concentrações maiores do que a do ar 
ambiente
ambienteambiente
ambiente com objetivo de tratar ou 
com objetivo de tratar ou com objetivo de tratar ou 
com objetivo de tratar ou 
evitar os sintomas e manifestações da 
evitar os sintomas e manifestações da evitar os sintomas e manifestações da 
evitar os sintomas e manifestações da 
hipóxia
hipóxiahipóxia
hipóxia.
..
.
Transporte dos Gases na 
Membrana Respiratória:
Membrana Respiratória
- Camada de células epiteliais na
superfície alveolar;
- Espaço intersticial;
- Camada de células endoteliais
(forma capilar).
Guyton, Fisiologia Humana.
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Difusão dos Gases na Membrana Respiratória
�Diferença de Pressão
�Área da membrana alveolar (70-100 m2)
�Espessura da Membrana (0,5 μm)
�Solubilidade do Gás na Membrana
Guyton, Fisiologia Humana.
Indicações
– Correção da hipoxemia aguda (aumento dos
níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio).
– Correção dos sintomas da hipoxemia crônica
(DPOC, pacientes com hipoxemia crônica).
– Diminuir trabalho cardiopulmonar causado
pela hipoxemia (aumento da ventilação e do
débito cardíaco).
Indicações (AARC)
• Hipoxemia comprovada (PaO2<60m Hg ou Sat 
O2< 90%);
• Situações agudas com suspeita de hipoxemia
• Traumatismo grave
• Infarto agudo do miocárdio
• Terapia de curto prazo (pós anestesia)
Hipoxemia
Caracterizada pela redução do aporte de O2
aos tecidos. Pode haver comprometimento da
ventilação, perfusão ou difusão.
Causas da hipoxemia arterial: FiO2 reduzida,
hipoventilação alveolar, alteração da difusão
alveolar, alteração da relação V/Q (Ef. Shunt).
Sinais Clínicos da Hipoxemia
Sinais Respiratórios taquipnéia, dispnéia, palidez, cianose
(mais grave).
Sinais Cardiovasculares
Precoce: vasoconstrição periférica, taquicardia e arritmia, hipertensão .
Severa: redução do débito cardíaco, vasodilatação periférica, arritmias, aumento
da pressão arterial pulmonar, aumento do trabalho cardíaco.
Sinais Neurológicos agitação, desorientação, cefaléia e desinteresse nos casos
leve a moderado; sonolência, confusão, visão borrada, perda de coordenação
e comprometimento de julgamento, tempo de reação mais lento e COMA
nos casos graves.
Efeitos Fisiológicos da 
Oxigenioterapia
- Melhora Troca Gasosa Pulmonar
-Vasodilatação arterial pulmonar (reduz
resistência arterial pulmonar)
- Reduz pressão arterial pulmonar
- Melhora Débito Cardíaco
- Reduz trabalho cardíaco
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Riscos da Oxigenioterapia
Toxicidade do Oxigênio
Relacionada: FiO2 e tempo de exposição.
Quanto maior FiO2 e tempo de exposição, maior chance de lesão.
Efeitos deletérios
Lesão dos pneumócitos tipo I e proliferação dos pneumócitos tipo
II. Segue fase exsudativa, redução da relação V/Q e hipoxemia.
Na fase final há formação de membranas hialinas na região
alveolar, com fibrose e hipertensão pulmonar.
Lesão inicial do endotélio capilar → edema intersticial →
espessamento da barreira alvéolo capilar.
FASES E CARACTERÍSTICAS DA 
LESÃO: Depende da FiO2
FASE INICIAL: Ausência ou mínimas lesões ( 24 a 72 hs).
FASE EXSUDATIVA: Preenchimento alveolar por edema, depósito de
material proteináceo, membrana hialina e microatelectasias.
FASE INFILTRATIVA: PMN e Plaquetas ativadas.
FASE PROLIFERATIVA: proliferação dos pneumócitos tipo II, reação
fibroblástica, infiltração de macrófagos e depósito de colágeno.
A toxicidade do oxigênio é causada pela liberação de
radicais livres de oxigênio. A presença excessiva destes radicais
pode lesar ou matar as células. Temos enzimas especiais que
neutralizam estes radicais (superóxido mutase) e outros agentes
antioxidantes (vit. E e C, beta-caroteno).
A presença de alta FiO2 promove produção excessiva de
radicais livres e os sistemas antioxidantes se tornam
insuficientes. A lesão celular ativa o sistema imune, havendo
infiltração de neutrófilos e macrófagos, com liberação de
mediadores inflamatórios e piora da lesão inicial.
“Limite a exposição do paciente ao oxigênio a
100% em menos de 24hr sempre que
possível. FiO2 elevada podem ser aceitável, se
a concentração puder ser diminuída a 70%
em dois dias e a 50% ou menos em cinco
dias.”
Stoller et al
Situações
Especiais
Pacientes DPOC ou retentores de CO2
O aumento do inspirado por estes
pacientes tende a reduzir sua ventilação. Há
uma supressão do estímulo fornecido pela
hipoxemia.
Conseqüência??? Aumento dos níveis de
PaCO2. Suprime respostas dos quimioceptores
periféricos e deprime estímulo ventilatório,
com elevaçãodo CO2.
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Neonatos prematuros ou de 
baixo peso
Podem desenvolver retinopatia da prematuridade por receber
suplementação de oxigênio.
Retinopatia da prematuridade: excesso de Oxigênio produz
vasoconstrição retiniana (necrose dos vasos). Em resposta há
formação de novos vasos e em maior quantidade. A hemorragia
destes novos vasos provoca formação de cicatrizes atrás da retina
(descolamento da retina e cegueira).
ATELECTASIAS por Absorção
Risco quando FiO2 acima de 0,5. Em condições normais,
ao respirar em ar ambiente (21% O2), o Nitrogênio apresenta
maiores níveis no sangue e no ar alveolar.
EFEITO SHUNT aumenta: os alvéolos serão perfundidos e não
ventilados. Há piorapiora dada oxigenaçãooxigenação sanguínea.
Os riscos da atelectasia por absorção aumentam quando
paciente inspira baixos volumes (sedação, dor, cirurgia
abdominal), com maior tendência ao colapso alveolar mesmo
sem altas frações de O2.
APARATO
Sistemas de baixo (podem ter reservatório) e de 
alto fluxo. 
Sistemas de baixo fluxo
Fornecem oxigênio com fluxo menor que a
demanda do paciente. Há diluição do O2 com
o ar inspirado. A fração de O2 fornecida varia
com o volume minuto do paciente: Se o VM
diminuir, a concentração de O2 aumenta; se o
VM aumentar, a concentração de O2 reduz.
Aparato: cânula nasal, catéter nasal, máscara
facial simples e transtraqueal.
Presença de 
FLUXÔMETRO e 
importância da 
UMIDIFICAÇÃO!
Cânula Nasal
Dispositivo plástico com duas pontas inserida no nariz,
ligado diretamente a um fluxômetro ou um
umidificador.
� Desvantagens: instável, risco de deslocamento; fluxos
elevados são desconfortáveis; pode causar
ressecamento/sangramento; desvio do septo pode
bloquear o fluxo.
� Uso: paciente estável que necessite de baixa FiO2; uso
domiciliar.
Fluxo varia de ¼ - 8 l/min, com variação de FiO2 de 22-
45% O2.
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13
Cânula Nasal
Cânula Nasal Cateter Nasal
Tubo plástico com orifícios na ponta, inserido atrás da
úvula. Deve ser fixado à ponta do nariz após sua
colocação. Quando for inserido às cegas deve ser
colocado a uma profundidade igual à distância entre
nariz e lobo da orelha. Evitar posicionamento muito
profundo (reflexo de vômito). Trocar a cada 8 hs.
� Desvantagens: requer troca regular, pode provocar
reflexo de vômito se mal posicionado, deglutição de ar,
difícil inserção.
Fluxo varia de ¼ - 8 l/min, com variação de FiO2 de 22-
45% O2.
Cateter Nasal
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14
Cateter Transtraqueal
Cateter transtraqueal é colocado diretamente na traquéia,
o Oxigênio aumenta na traquéia e nas vias aéreas
inferiores.
Comparado com a cânula nasal, o cateter transtraqueal
necessita de um fluxo de oxigênio 40 a 60% menor para
alcançar uma determinada PaO2, diminui risco de
irritação da mucosa nasal. Alguns pacientes com fluxo de
apenas 0,25l/min alcançam a oxigenação desejada
(econômico).
� Desvantagens: infecções, tampão mucosa.
Fluxo varia de ¼ - 4 l/min, com variação de FiO2 de 22-35%
O2.
Cateter Transtraqueal
ESTIMATIVA DA FiO2
Regra Simples (Stoller, J. et al):
“Para os pacientes que com freqüências e
profundidades respiratórias normais, cada
litro por minuto de oxigênio nasal eleva a
concentração de oxigênio em cerca de 4%. Por
exemplo, um paciente que utiliza cânula nasal
e inspira 4l/min tem FiO2 aproximada de 37%
(16+21).”
A estimativa da FiO2 nos sistemas de baixo fluxo
pode ser obtida por fórmulas, mas representa uma
aproximação. Este valor pode mudar a cada incursão
respiratória e diversas variáveis produzem
interferências.
PROBLEMAS
Fluxos inexatos (fluxômetros de fluxo baixo),
vazamentos e obstruções do sistema, deslocamento
do dispositivo, irritação nasal.
A análise da gasometria e oximetria permitem avaliar os
resultados da oxigenioterapia.
Sistemas com Reservatório
Apresentam um mecanismo associado de
coleta e armazenamento de Oxigênio entre as
inspirações do paciente. Este suprimento
“extra” será utilizado pelo paciente quando o
fluxo fornecido pelo sistema for insuficiente.
Estes componentes reduzem o efeito da
diluição e podem ofertar maiores frações de
oxigênio que o sistema de baixo fluxo simples.
• Cânulas com reservatório: nasal e pendente
(melhor efeito estético). Reduzem o uso de
oxigênio em até 75%.
• Máscaras com reservatório: máscara simples,
máscara de reinalação parcial e máscara de
não-reinalação.
17/05/2016
15
Máscara Simples: unidade plástica com fluxo de
entrada de 5 a 12 l/min. Se for necessário mais
que 12 l/min, o dispositivo pode ser trocado. O
uso de fluxo menor de 5 l/min faz com que o
volume da máscara atua como espaço morto e
causa reinalação de CO2. Fornece FiO2 de cerca de
35-50%.
A magnitude da FiO2 é variável. Varia com
fluxo de entrada de O2, padrão respiratório,
volume da máscara, extensão do escape de ar.
Máscara Facial Simples
Máscara de reinalação parcial e de não
reinalação: design semelhante, ambas com
bolsa reservatória de 1litro ligada à entrada
de oxigênio. A bolsa em ambas as máscaras
aumenta a FiO2 ofertada.
�A diferença entre estas máscaras é a presença
de válvulas.
Máscaras: válvulas
Máscaras: válvulas A máscara com reinalador parcial não tem
válvulas. Na inspiração o ar entra diretamente para
máscara e passa ao paciente; na expiração, como
não existem válvulas, parte do ar expirado retorna à
bolsa (primeiro terço, restantes 2/3 saem pelas
portas de expiração). É válido lembrar que este
primeiro terço que alcança a bolsa é proveniente do
espaço morto. Fornece FiO2 de cerca de 35-60%,
com fluxo de 6 a 10 l/min.
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16
A máscara de não reinalação possui uma válvula
unidirecional. Uma válvula inspiratória encontra-se
no topo da bolsa, enquanto as válvulas expiratórias
cobrem as portas expiratórias. É um sistema fechado
e fornece FiO2 de cerca de 55-70%, com fluxo de 6
a 10 l/min.
PRINCIPAL PROBLEMA DAS MÁSCARAS: escape
de ar, em torno da máscara e nas portas
expiratórias (não valvuladas), são dispositivos
de segurança se fonte de ar falhar.
Máscara de tenda (HUDSON) ou 
macronebulização:
Muito usada na prática. Consta de um
sistema simples: copo umidificador
para criar névoa, traquéia e máscara
propriamente dita.
Objetivos: ofertar O2 e umidificar vias
aéreas.
O sistema de macronebulização
também é utilizado acoplado à peça
T para paciente com TOT ou com
TQT. Na prática é bastante usado
durante o desmame.
Tenda Facial x Colar de TQT
• Conhecida como máscara de
macronebilização.
• Oferta de 21 a 40% de FiO2,
fluxos de 6 a 15 l/min.
• Fluxos menores que 5 l/min
favorecem reinalação do CO2.
• Indicadas para pacientes com
trauma facial ou que não toleram
a máscara facial.
• Máscara de TQT.
• Alcança FiO2 de 35 a 60% com
fluxo de 6 a 15 l/min.
• Indicados para pacientes com
TQT, posicionado diretamente
sobre a cânula.
Considerações
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SISTEMAS DE ALTO FLUXO
Fornecem determinada concentração de Oxigênio em fluxos
iguais ou maiores que fluxo inspiratório máximo do paciente.
FiO2 fornecida é precisa e constante.
“Para qualificar um dispositivo de alto fluxo, o sistema deve
fornecer um fluxo total de no mínimo 60l/min. Este critério
de fluxo é baseado no fato de que o fluxo inspiratório
máximo do adulto médio, na ventilação corrente, é de
aproximadamente 3 vezes o volume minuto. Como 20 l/min
está próximo do limite superior do volume minuto
sustentável pelas pessoas doentes, um fluxo de 3x20 ou 60
l/min deve ser suficiente. Em raras situações, as
necessidades são iguais ou superiores a 100 l/min.”
Máscara com Sistema Venturi
Consta de um adaptador a jato entre a máscara e
a fonte de O2. Por meio de um sistema de adaptação
própria é possível controla a FiO2 deste sistema.
O sistema Venturi é baseado no princípio de
Bernouilli:administrar um jato de gás sob pressão no
sistema, haverá desenvolvimento de pressão
subatmosférica lateralmente ao pequeno orifício, que
propicia entrada do gás que se encontra próximo ao
jato pelos orifícios laterais.
Especificações: máscara transparente, flexível, atóxica com elástico
para ajuste facial e orifícios laterais; traquéia; 6 diluidores coloridos para
diferentes concentrações de % de FIO2, nas cores azul (24%), amarelo
(28%), branco (31%), verde (35%), rosa (40%), laranja (50%) e copo
(branco) com entrada para ar comprimido, prolongamento de oxigênio.
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Máscara de Venturi
Oxigênio NASAL DE ALTO FLUXO:
�Técnica recente em adultos.
�Fluxo fornecido de 40 a 60 L/min com pronga
larga, sem desconforto ou lesão da mucosa.
�Efeito de PEEP, FiO2 constante, boa
umidificação/aquecimento.
Marino, Compêndio de UTI.
http://www.myoptiflow.com/#gsc.tab=0
Cortesia Dr. Marcelo Alcantara
CTI do Hospital Monte Klinikum, Fortaleza, Brasil
17/05/2016
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�Total: 310 pacientes com Insuficiência Respiratória
Aguda Hipoxêmica (P/F< 300 mmHg) em 23 UTIs na
França e Bélgica.
�Terapias: oxigenioterapia convencional por máscara,
VNI e Cânula Nasal de Alto Fluxo.
INTUBAÇÃO:
�38% (40 dos 106 patients) Cânula Nasal de Alto Fluxo
�47% (44 de 94) Terapia Padrão
�50% (55 de110) VNI
Referências:
� Fundamentos da Terapia respiratória, Egan.
� FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA, Bruno Presto.
� Bases da Fisioterapia Respiratória - Terapia Intensiva e Reabilitação, 
Maria da Glória
� Fisioterapia Respiratória No Paciente Crítico, Sarmento
� O ABC da Fisioterapia Respiratória, Sarmento.
� Fisioterapia na UTI, Presto & Presto.
� Fisioterapia para Problemas Respiratórios e Cardíacos, Pryor.
� Fisio Respiratória - Uma Nova Visão, PRESTO & PRESTO.

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