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Mauricio Barbosa e Castro Interface • Elemento que proporciona uma ligação física ou lógica entre dois sistemas ou partes de um sistema que não poderiam ser conectados diretamente; • Área em que coisas diversas (dois departamentos, duas ciências etc) interagem (homem-máquina); • Fronteira compartilhada por dois dispositivos, sistemas ou programas que trocam dados e sinais; • Meio pelo qual o usuário interage com um programa ou sistema operacional Fonte: Dicionário Houaiss Interface [De inter- + face; ingl. interface.] ◦ Dispositivo físico ou lógico que faz a adaptação entre dois sistemas. ◦ Conjunto de elementos comuns entre duas ou mais áreas de conhecimento, de interesse, etc.: A interface entre a física e a química. ◦ Comun. Meio que promove a comunicação ou interação entre dois ou mais grupos: O departamento de Relações Públicas funciona como interface entre a empresa e seus diversos públicos-alvos. ◦ Ecol. Área de fronteira entre regiões adjacentes, e que constitui ponto em que interagem sistemas independentes de diversos grupos. ◦ Fís. Superfície que separa duas fases de um sistema. ◦ Inform. Interconexão entre dois equipamentos que possuem diferentes funções e que não se poderiam conectar diretamente, como, p. ex., o modem (q. v.). Dicionário Aurélio Interface ◦ É um meio de comunicação ou de transmissão de informações. ◦ É um termo bastante genérico,que pode ser usado em relação a uma interface gráfica, que facilita o uso de um programa, a uma porta de transmissão de dados, como por exemplo as interfaces IDE da placa mãe, que permitem a troca de dados entre o processador e os discos rígidos, as interfaces seriais e paralelas, que permitem a conexão de mouses e impressoras, entre outros dispositivos, ou ainda a um joystick ou teclado, que novamente formam um tipo de interface entre o usuário e o programa ou jogo que está sendo executado. Dicionário de termos de informática (Guia do Hardware) Interface (inf) ◦ União física e geralmente também lógica entre dois sistemas que não poderiam ser conectados diretamente. ◦ Diz-se da comunicação estabelecida entre o usuário e o computador. Interface gráfica (inf) ◦ Dispositivo que, por utilizar gráficos ou ícones para representar comandos e programas, minimiza a necessidade de digitação, tornando possível a operação do computador por mouse. Dicionário de Comunicação (Barbosa e Rabaça) A interface de usuário deve ser entendida como sendo a parte de um sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato – física, perceptiva ou conceitualmente ◦ (Moran, 1981 apud Prates & Barbosa, 2003, p.2) A interface é a parte do sistema computacional com a qual o usuário se comunica, ou seja, aquela com a qual ele entra em contato para disparar as ações desejadas do sistema e receber os resultados destas ações, que o usuário então interpreta, para em seguida definir suas próximas ações. A este processo de comunicação entre usuário e sistema se dá o nome interação (Preece et al. 1994 apud Prates & Barbosa, 2007, p.1). Para Cruz (2001, p.59-60) ◦ “Historicamente, as interfaces foram utilizadas como forma de registrar e transmitir informação desde os primórdios da civilização. Qualquer que seja o meio de comunicação, há sempre uma interface na interação mediada ou quase mediada: o layout de um livro, o aparelho de telefone, o controle e a tela da televisão, o teclado e o monitor do computador, para citar alguns. Cada tipo busca, com seu design próprio, tornar-se de fácil uso e o mais atraente possível para o usuário.” Inicialmente era considerada o hardware e o software com o qual o homem e o computador podiam se comunicar; Evolução do conceito levou à inclusão dos aspectos cognitivos e emocionais do usuário durante a comunicação; É comum a idéia de pensar na interface como a tela e o que nela é mostrado – a interface é muito mais do que isso! •Aquisição de um conhecimento. •P. ext. Conhecimento, percepção. •Psicol. O conjunto dos processos mentais us. no pensamento, na percepção, na classificação, reconhecimento, etc. [Cf. cognação.] •Fonte: Dicionário Aurélio Cognição [Do lat. cognitione.] Como nos diz Johnson (2001) com referência à Internet – mas que vale para todos os demais recursos técnicos e tecnologias – não basta estar na frente das telas, olhando as interfaces, é preciso participar dos movimentos coletivos, exigindo interação crítica e ética do participante. “Mas afinal o que é interface? Em seu sentido mais simples, a palavra se refere a softwares que dão forma à interação entre o usuário e computador. A interface atua como uma espécie de tradutor, mediando entre as duas partes, tornando uma sensível para a outra. Em outras palavras, a relação governada pela interface é uma relação ‘semântica’, caracterizado por significado e expressão, não por força física.” Inicialmente vista como um lugar onde o contato entre duas entidades ocorre: ◦ A tela de um computador, a maçaneta de uma porta, uma torneira, a direção de um carro etc. A forma das interfaces reflete as qualidades físicas das partes na interação: ◦ A maçaneta de uma porta é projetada para se adequar à natureza da mão que irá usá-la. ◦ Já o pedal de um freio de carro é adequado para os pés. A forma da interface também reflete o que poder ser feito com ela: ◦ De acordo com o formato da maçaneta sabemos como deve ser aberta: girando no sentido horário, empurrando a porta, puxando a porta etc. ◦ O mesmo acontece com as torneiras: girar, empurrar ou levantar uma alavanca etc. Nos exemplos da porta e da torneira vimos que ambas foram projetadas para serem abertas por um humano: ◦ O humano é o agente ativo e a porta (ou torneira) é o agente passivo da interação. Temos também a possibilidade de torneiras e portas abrirem automaticamente através de sensores ou câmeras, ativados na presença de algo: secadores automáticos de ar quente para mãos, torneiras que abrem e fecham automaticamente. Nestes casos, não é mais o humano que controla a interação. Concluindo, podemos dizer que “uma interface é uma superfície de contato que reflete as propriedades físicas das partes que interagem, as funções a serem executadas e o balanço entre poder e controle.” (Laurel, 1993) • Interface tornou-se uma tendência como um importante conceito a ser explorado nos últimos anos, devido especialmente à introdução dos computadores Macintosh da Apple; • Quando se pensa hoje em interfaces humano-computador imediatamente se visualiza ícones, menus, barras de rolagem ou até mesmo linhas de comando e cursores piscando; • Podemos fazer um histórico analisando a geração de interfaces, da mesma forma com que analisamos gerações de computadores, ou seja, fazendo um paralelo com os componentes de hardware que suportam as interfaces. Geração Tecnologia de hardware Modo de operação Linguagens de Prog. Tecnologia Terminal Tipo de usuários Imagem comercial Paradigma de Interface de usuário 1945 Pré-histórica Mecânica e Eletromecânic a Usado somente para cálculos Movimento de cabos e chaves Leitura de luzes e cartões perfurados Os próprios inventores Nenhuma (computadore s não saíram dos laboratórios) nenhum 1945-1955 Pioneira Válvulas, máquinas enormes e com alta ocorrência de falha Um usuário a cada tempo usa a máquina (tempo limitado) Linguagem de máquina 00010011 TTY. Usados apenas nos centros de computação Especialistas e Pioneiros Computador como uma máquina para cálculos Programação, batch 1955-1965 HistóricaTransistores, computadores começam a ser usados fora de laboratórios Batch (computador central não acessado diretamente) Assembler ADD A,B Terminais de linha glass TTY Tecnocratas , profissionais de computação Computador como um processador de informação Linguagens de comando 1965-1980 Tradicional Cincuito integrado – ainda pequena a compra de computadores Time-Sharing Linguagens de alta nível (Fortran, Pascal, C) Terminal full screen, char alfa- numéricos. Acesso remoto Grupos especializados sem conhecimento computacional Mecanização de atividades repetitivas e não criativas Menus Hierárquicos e preenchimento de formulários 1980-1995 Moderna VLSI – pessoas podem comprar seu computador Computador pessoal para um único usuário Linguagens orientadas a problemas/ objetos Displays gráficos, estações de trabalho, portáveis Profissionais de todo tipo e curiosos Computador como uma ferramenta WIMP (Windows, Icons, Menus e Point Devices) 1995-hoje Futura Integração de alta escala – pessoas podem comprar diversos computadores Usuários conectados em rede e sistemas embutidos Não imperativas, provavelmente gráficas E/S multimídia, portabilidade simples, modem celular Todas as pessoas Computador como um aparelho eletrônico Interfaces não baseadas em comando 1973 XEROX Alto •Mouse com 3 botões. •Display em Bitmaps. •Uso de janelas gráficas. •Rede Ethernet. 1981 XEROX Star •Ícones com duplo-clique. •Janelas sobrepostas. •Caixas de diálogo. •1024x768. 1983 Apple Lisa •Barras de menu; •Menus com drop-down. 1984 Apple Macintosh •Finder: gerenciador de arquivos; •Menus com drop-down. 1985 GE OS para o Apple II •Sistema operacional completo; •Aplicativos para texto e gráficos. 1985 Commodore Amiga •Saída para TV; •Interface customizável. 1985 Windows 1.0 . 1990 Windows 3.0 1995 Windows 95 . 1995 Windows 95 1997 Apple Mac OS 1998 Windows 98 KDE 1.0 1998 Gnome 1.0 2000 Mac OS X 2001 Windows XP 2007 Windows Vista 2009 Windows 7 ◦ Metáfora é um “tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado; translação.” (Aurélio) ◦ Sua função é concretizar uma idéia. As metáforas funcionam como modelos naturais, nos permitindo usar conhecimento familiar de objetos concretos e experiências para dar estrutura a conceitos mais abstratos; As características de metáforas em nossa linguagem são as mesmas que governam o funcionamento de metáforas de interfaces; Da mesma forma que metáforas permeiam nossa linguagem cotidiana elas o fazem nas interfaces que usamos e projetamos; Quando um usuário arrasta um documento de um diretório para outro, ele acredita que está mudando o arquivo de lugar (o que na verdade acontece é que o endereço de visualização do arquivo muda, mas ele não é fisicamente mudado). • Como as metáforas são usadas como modelos, uma metáfora de interface que venha a sugerir um modelo incorreto pode causar dificuldades para o usuário. • Mesmo nem sempre funcionando, o uso crescente das metáforas, especialmente em interfaces gráficas, favoreceu a expansão do domínio da área de design de interfaces, com contribuições relevantes de outras especialidades como design gráfico e industrial, lingüística, Psicologia e Educação, entre outras. • Como vimos, não se consegue nem deve-se ter um conceito simplista de interface como os aspectos do sistema com os quais o usuário tem contato; • Não se pode pensar em interface sem considerar o ser humano que vai usá-la e portanto interface e interação são conceitos que não podem ser estabelecidos ou analisados independentemente. • A preocupação principal dos designers, além de pensar em criar tipos mais legíveis, melhorar as barras de rolagem, integrar cor, som e voz, deve ser melhorar o modo como as pessoas podem usar o computador para pensar e comunicar, observar e decidir, calcular e simular, discutir e projetar etc. A forma como se processa a interação homem-computador é um dos gargalos principais à utilização das ferramentas que o homem vem construindo na área da informática. O acesso simples e não mitificado ao manejo de tais ferramentas é condição básica para a disseminação do seu uso, donde pesquisas nesta área, revestem-se de uma grande importância social e econômica. O projeto de interfaces com o usuário ainda está muito longe de tornar simples a comunicação com estas máquinas. Um bom projeto de interfaces exige aportes e interação de múltiplas áreas de conhecimento: "não é mais província exclusiva dos analistas, artistas gráficos, pesquisadores em inteligência artificial, ou mesmo dos aficionados em multimídia" (Laurel, 1990). Aurélio: ◦ interação [De inter- + ação.] Ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas, ou duas ou mais pessoas; ação recíproca. ◦ Interatividade [De interativo + -(i)dade.] Caráter ou condição de interativo. Capacidade (de um equipamento, sistema de comunicação ou de computação, etc.) de interagir ou permitir interação. Dic. de Comunicação (Rabaça): ◦ Interatividade (Co) Qualidade do que é interativo. Não há processo de comunicação sem interatividade, na medida em que comunicação pressupões participação, interação e troca de mensagens. (inf) Característica (de um sistema, equipamento, programa, etc.) de funcionar em interação com o usuário, ou seja, com a participação deste a cada etapa, por meio de comandos diante do repertório de opções disponíveis. (inf) Característica do processo de comunicação em que o usuário recebe resposta imediata a um comando feito no computador. Dic. de Comunicação (Rabaça): ◦ Interativo (Co) Diz-se do processo de comunicação que possibilita feedback imediato do receptor da informação. Esta qualidade aplica-se a veículos de comunicação, programas de rádio ou tv, programas multimídia e outros recursos, em que o usuário (espectador, ouvinte, etc.) tem participação ativa. (inf) Diz-se de sistema, programa ou procedimento que estabelece comunicação ativa com o usuário. Este controla o desenvolvimento das atividades à medida que as tarefas são realizadas pelo computador, entrando com novas informações e/ou novos comandos para direcionar as tarefas seguintes. • Para que os sistemas computacionais tornem- se amplamente aceitos e efetivamente usados suas interfaces precisam ser bem projetadas; • Isso não quer dizer que o design das interfaces deve ser adequado a todas as pessoas: O design de interface deve ser projetado para as necessidades e capacidades de um grupo alvo, ou pelo menos para a maioria das pessoas deste grupo alvo; • O objetivo do mercado é produzir interfaces amigáveis ou sistemas amigáveis (User- friendly); • Interfaces amigáveis não devem tratar apenas de elementos da tela, fazendo-os esteticamente mais agradáveis ao usuários; • Objetivos de uma interface amigável: • Pensar em sistemas que realmente atendam as necessidades dos usuários; • Facilitar e enriquecer o trabalho e a vida das pessoas; • IHC (Interação Homem- computador) então deve ser considerada: • “uma disciplina preocupada com o design, avaliação e implementação de sistemas computacionais interativos para uso humano e com o estudo dos principais fenômenos ao redor deles (Rocha, Baranauskas,2003)” Como dar conta da evolução tecnológica? • Máquinas mais rápidas e com maior poder de processamento; • Dispositivos especiais (realidade virtual); • Crescimento na área de telecomunicações; • Rede internet; Como garantir que os designers ofereçam uma boa IHC ao mesmo tempo que exploram o potencial e funcionalidade da nova tecnologia? • Será que os usuários conseguem acompanhar o avanço das tecnologias em suas múltiplas possibilidades? • O aumenta das funcionalidades oferecidas aos usuários não deve ser desculpe para um design pobre. • Produzir sistemas usáveis, seguros e funcionais: • Melhorar a segurança, utilidade, efetividade e usabilidade de sistemas. • Promover a Aceitabilidade do Sistema: • Aceitabilidade social: devem ser aceitos pela sociedade. Ex: portas de banco. • Aceitabilidade prática: trata dos tradicionais parâmetros de custo, confiabilidade, compatibilidade com sistemas existentes. Ciência da Computação: ferramentas de software; Psicologia Cognitiva: entender o comportamento humano e os processos mentais; Psicologia Social: estudar a natureza e causas do comportamento humano no contexto social. Psicologia Organizacional: conhecimento sobre estruturas organizacionais e sociais e sobre como a introdução de computadores influencia práticas de trabalho. Ergonomia: conceber e fazer o design de diversas ferramentas e artefatos para diferentes ambientes de trabalho, domésticos e de diversão, adequados às capacidades e necessidades do usuário. Lingüística: estudo científico da linguagem; Inteligência Artificial: ramo da ciência da computação cujo objetivo é desenvolver sistemas computacionais que exibam características que nós associamos com inteligência no comportamento humano. Filosofia, Sociologia e Antropologia: estão envolvidas com os desenvolvimentos da tecnologia de informação e com a transferência de tecnologia. Fundamentos de�Interface Homem-máquina O que é interface? O que é interface? O que é interface? O que é interface? O que é interface? O que é interface? O que é interface? O que é interface? Interface Interface: um entre-lugar Interface: um entre-lugar Evolução da Interface Evolução das interfaces - Histórico Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Metáfora? Figura de linguagem? Metáfora nas interfaces Metáfora nas interfaces Conclusões sobre Interface Interação Interação Interação Interação e Interatividade Interação e Interatividade Interação e Interatividade Interação Humano-Computador Interação Humano-Computador Desafios da IHC Objetivos da IHC A Multi-Inter-Trans-Disciplinaridade A Multi-Inter-Trans-Disciplinaridade
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