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PAPER DO SEMINÁRIO VII

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ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES, 
MAXIMIZANDO O COMPROMISSO 
AMBIENTALMENTE CORRETO 
 
Chaiane Frizzo 
Ezequiel Ruppenthal 
Karoline Maria Zaleski 
Viviane Andressa Chagas 
 
Tutora Externa: Gicele Carvalho da Silva Marcon 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Licenciatura em Ciências Biológicas (BID 0397) – Seminário da Prática VII 
13/11/2018 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar a estação de tratamento de esgoto também 
chamada de efluente. Suas distinções, particularidades e processos são oriundos do tipo de efluente 
que está sendo tratado, que pode ser de ordem industrial, pluvial ou doméstica. Cabe ainda 
destacar que em se tratando de efluentes industriais cabe a indústria a responsabilidade mediante 
ao tratamento e devolução do mesmo ao meio ambiente em condições que não o prejudiquem. 
A grande densidade populacional mundial, a superlotação das cidades, a falta de saneamento 
básico, a situação precária de alguns aglomerados humanos, conhecidos como favelas e também à 
questão das residências e atividades ligadas ao meio rural, são o ponto “X” da falta de 
planejamento relacionado à construção, desenvolvimento e manutenção, especialmente das 
cidades, tendo em vista que muitas das doenças que acometem os seres humanos seriam evitadas se 
o saneamento básico fosse majoritário. Além desta questão existe a questão atrelada ao meio 
ambiente, já que este também sofre com a falta de tratamento de efluentes. Essas duas questões, 
somadas, permitem perceber o quão importante é o entendimento sobre a questão central desse 
artigo, já que o conhecimento permite que a cobrança seja feita perante nossos representantes 
diretos, vereadores e prefeitos. 
 
Palavras-chave: Efluente. Responsabilidade. Tratamento. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Uma estação de tratamento de efluentes é uma estrutura construída e destinada ao 
tratamento correto do resíduo líquido (efluente) oriundo de alguma atividade humana, essa origem 
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pode ser conforme já mencionado, industrial, pluvial ou doméstica. O esgoto ou efluente industrial 
geralmente é tratado na própria indústria onde é produzido, e é responsabilidade da indústria que 
esse esgoto seja devolvido ao ambiente em condições ideais para que não cause dano ao meio 
ambiente. O esgoto pluvial, em geral, não é tratado, pois o mesmo é somente a água da chuva que é 
escoada diretamente até os rios através das sarjetas. 
 
 O esgoto doméstico é o esgoto que vem das residências, escoados das atividades realizadas 
em residências, comércios, entre outros, são oriundos de atividades como lavagem de roupas, água 
do banho, descarga do vaso sanitário, entre outros, esse tratamento é uma medida de saneamento 
básico, ou seja, é um dever do Estado, conforme aprovado pela Presidência da República, está 
previsto na Lei de Saneamento Básico - Lei 11445/07 | Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 
presente do Artigo 8. 
I - universalização do acesso; 
I - saneamento básico - conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 844, de 2018) 
a) abastecimento de água potável, constituído pelas atividades, pela disponibilização, pela 
manutenção, pela infraestrutura e pelas instalações necessárias ao abastecimento público de 
água potável, desde a captação até as ligações prediais e os seus instrumentos de medição; 
(Incluído pela Medida Provisória nº 844, de 2018) 
b) esgotamento sanitário, constituído pelas atividades, pela disponibilização e pela 
manutenção de infraestrutura e das instalações operacionais de coleta, transporte, 
tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais 
até a sua destinação final para a produção de água de reuso ou o seu lançamento final no 
meio ambiente; (Incluído pela Medida Provisória nº 844, de 2018) 
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, constituídos pelas atividades, pela 
infraestrutura e pelas instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento 
e destino final dos resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbanas; e 
(Incluído pela Medida Provisória nº 844, de 2018) 
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, constituídos pelas atividades, pela 
infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de águas pluviais, de transporte, 
detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição 
final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a fiscalização preventiva das 
redes; (Incluído pela Medida Provisória nº 844, de 2018) (FONTE: Art.8 Lei de 
Saneamento Básico - Lei 11445/07 | Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007) 
 
 
 Hoje em dia, em diversas cidades, e principalmente na zona rural, os resíduos, 
principalmente de vasos sanitários são destinados a pequenos tratamentos que são responsabilidade 
do próprio proprietário da edificação, trata-se da fossa séptica, esse tratamento é realizado através 
de um tanque onde o resíduo é destinado, onde ocorre um processo de decantação, no qual a parte 
sólida se deposita no fundo para sofrer decomposição por bactérias anaeróbicas, nesse tanque há 
uma válvula de escape para que os gases produzidos pelas bactérias no processo 
de fermentação possam escapar, conforme esse tanque vai enchendo, o líquido passa através de um 
cano na parte superior da fossa para a parte inferior do segundo tanque, no qual enche obrigando o 
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líquido a passar por um filtro formado por rochas como cascalho e areia, após esse processo 
de filtração, o líquido é depositado em outro tanque denominado de sumidouro onde posteriormente 
é devolvido ao meio ambiente. 
 
 De acordo com o que cita Salgado e Araújo (2017) sobre os dados do IBGE – 2010, somente 
57% dos domicílios brasileiros estão cobertos por algum tipo de sistema de coleta de esgoto, e 
ainda, conforme o índice de esgoto tratado referente a água consumida (IN046) do Sistema 
Nacional de Informação de Saneamento (SNIS), com relação a 2009, a porcentagem de esgoto 
tratado é de 37,9%. 
 
 Esse descaso com o tratamento correto do esgoto doméstico causa diversos problemas 
ambientais, como a proliferação de doenças e a contaminação dos corpos de água, fatores que 
podem comprometer seriamente a saúde pública. Cada tipo de efluente deve ter sua destinação 
correta e um tratamento adequado para suas características, direcionaremos esse trabalho ao 
tratamento do esgoto doméstico, caracterizando a legislação ambiental, o esgoto doméstico, seu 
tratamento, a demanda bioquímica de oxigênio, tratamento do lodo e seu destino final. 
 
 O entendimento de todos esses itens é algo essencial para a compreensão real acerca do 
tema desse artigo: o tratamento de efluentes. 
 
2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
 No Brasil o órgão que dita às normas ambientais é o CONAMA – Conselho Nacional do 
Meio Ambiente, e conforme sua resolução n. 20 de 18 de junho de 1986, dá padrões de qualidade 
dos corpos de água, classifica-os, e também caracteriza os efluentes que podem ser lançados nesses 
corpos. Como as legislações sofrem alterações em decorrência da necessidade daquele momento, a 
resolução mais atual é de 2006. Conforme aprovado pelo Ministério do Meio ambiente, a Resolução 
Nº 375 de 29 de agosto de 2006, p. 1. 
 
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das 
competências que lhe são conferidas pelos arts. 6o, inciso II e 8o, inciso VII, da Lei no 
6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 
1990 e suas alterações, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e 
Considerandoque a produção de lodos de esgoto é uma característica intrínseca dos 
processos de tratamento de esgotos e tende a um crescimento no mínimo proporcional ao 
crescimento da população humana e a solução para sua disposição é medida que se impõe 
com urgência; Considerando que os lodos de esgoto correspondem a uma fonte potencial de 
riscos à saúde pública e ao ambiente e potencializam a proliferação de vetores de moléstias 
e organismos nocivos; Considerando que devido a fatores naturais e acidentais os lodos de 
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esgotos são resíduos que podem conter metais pesados, compostos orgânicos persistentes e 
patógenos em concentrações nocivas à saúde e ao meio ambiente; Considerando a 
necessidade de dispor os lodos de esgoto provenientes das estações de tratamento de esgoto 
sanitário de forma adequada à proteção do meio ambiente e da saúde da população; 
Considerando que o lodo de esgoto sanitário constitui fonte de matéria orgânica e de 
nutrientes para as plantas e que sua aplicação no solo pode trazer benefícios à agricultura; 
Considerando que o lodo de esgoto é um resíduo que pode conter elementos químicos e 
patógenos danosos à saúde e ao meio ambiente; Considerando que o uso agrícola do lodo 
de esgoto é uma alternativa que apresenta vantagens ambientais quando comparado a outras 
práticas de destinação final; e Considerando que a aplicação do lodo de esgoto na 
agricultura se enquadra nos princípios de reutilização de resíduos de forma ambientalmente 
adequada. (FONTE: Resolução Nº 375 de 29 de agosto de 2006, p.1) 
 
 A caracterização desses processos, são fundamentais pois norteiam a questão prática, desta 
forma as dúvidas são sanadas e um padrão é definido, o que é benéfico para a questão ambiental. 
 
2.1 ESGOTO DOMÉSTICO 
 
 Como já foi exposto, o esgoto doméstico é o residual líquido provindo dos processos 
realizados nas residências, citando artigo publicado em 29 de setembro de 2014 pela Equipe 
EcoCasa esse esgoto é formado por 99% de água e 1% de resíduos sólidos, porém esse esgoto 
carrega um número muito grande de organismos nocivos a saúde humana, e se esse resíduo não 
tiver um tratamento adequado irá contaminar rios e mares. 
 
FIGURA 01- Composição do esgoto doméstico 
 
 
Fonte: Departamento de Saúde Comunitária. Curso de Farmácia - UFPR . Profª. Eliane Carneiro Gomes 
 
 O tratamento do esgoto doméstico é importante para a preservação do meio ambiente, pois a 
contaminação pode causar desequilíbrio em ecossistemas, contaminar solos e mananciais e locais 
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que servem como fonte de água potável, além de ajudar na causa de enchentes (rios com processo 
de assoreamento - aumento de sedimentos (sólidos) em sua base), e pode causar extinção de 
espécies, principalmente de peixes. 
 
 Segundo Ribeiro e Rooke (2010) citando dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 
grande parte de todas as doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes 
da água de má qualidade. A água contaminada pode prejudicar a saúde das pessoas em diversas 
situações sendo que esse fator tem como agente principal a ingestão de água contaminada. 
 
FIGURA 02- Doenças relacionadas à água 
 
 Fonte: Ribeiro e Rooke (2010) apud Barros et al (1995) 
 
 
 Alguns órgãos governamentais fazem o tratamento desse esgoto e muitos contratam 
empresas especializadas para que façam esse tratamento. 
 
2.1.1 TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO 
 
6 
 
 
 
 
 O processo de tratamento para efluente doméstico mais utilizado, por ter maior efetividade é 
o tratamento biológico, nesse tratamento a matéria orgânica contida no efluente é degradada por 
microorganismos, na sequência serão descritas suas etapas. 
 
2.1.1.1 Pré-tratamento ou tratamento preliminar: 
 
 Essa primeira etapa tem o objetivo de remover os sólidos principalmente para que esses não 
prejudiquem as etapas futuras ou os equipamentos que realizam as mesmas. 
 
 Nessa etapa são separadas as partes sólidas das líquidas, ela acontece por meio de grades, 
para “barrar” as partes sólidas maiores (gradeamento) e depois através de sedimentação são 
removidos os flocos de areia (desarenação). Essa primeira etapa é realizada de diversas formas, hoje 
em dia há vários equipamentos que auxiliam nessa etapa, como grades mecanizadas para o 
gradeamento e caixas de areia com remoção mecanizada. 
 
Figura 3- Grades de limpeza manual e grades mecanizadas. 
 
 
Fonte: Tratamento Preliminar de Esgotos. 
 
2.1.1.2 Tratamento primário 
 
 Nessa fase são retirados os sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica. Esse processo 
é realizado através de decantação, onde os sólidos de maior densidade se depositam no fundo do 
decantador constituindo o lodo primário, esses tanques ou decantadores podem ser retangulares ou 
circulares, os sólidos depositados no fundo do tanque são continuamente “raspados” mecanicamente 
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e encaminhados para os adensadores de lodo. Óleos e graxas que estão presentes nesse efluente que 
se acumulam na superfície desse tanque também são coletados nessa etapa. Assim como menciona 
Metcalf e Eddy, (p. 369) “Quando eficientemente operados os tanques de sedimentação primária 
podem remover de 50 a 70% de sólidos suspensos e de 25 a 40% da DBO.” 
 
FIGURA 4- Decantador 
 
 
 Fonte: Depositphotos 
 
 O lodo retirado nessa fase que foi bombeado para os adensadores de lodo também passa por 
um processo, onde se retira parte da umidade, e depois ele é enviado aos digestores anaeróbios por 
conter alta carga de microrganismos. 
 
2.1.1.3 Tratamento secundário 
 
 É nessa etapa que os microrganismos agem, a maior gama de microrganismos atuantes nessa 
etapa são bactérias, porém também atuam protozoários, fungos, leveduras e micrometazoários, esse 
processo pode ser aeróbio ou anaeróbio. 
 
 Geralmente o efluente chega a essa etapa pela zona anaeróbia, nos reatores, ou nas lagoas 
anaeróbias, onde os microrganismos realizam a degradação da matéria orgânica através da 
fermentação, liberando CO2. 
 
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 Conforme Guimarães e Nour (2001) sistemas convencionais anaeróbios mais utilizados são 
os digestores de lodo, tanques sépticos e lagoas anaeróbias. Entre os sistemas de alta taxa, ou seja, 
aqueles que operam com alta carga orgânica, destacam-se os filtros anaeróbios, reatores de manta 
de lodo, reatores compartimentados e reatores de leito expandido ou fluidificado. A configuração 
mais comum para tratamento de esgoto doméstico, descrita na literatura especializada, é de um 
tanque séptico seguido de um filtro anaeróbio. 
 
 O tratamento aeróbio geralmente é realizado nos tanques de aeração e decantadores 
secundários, no tanque de aeração é feita a introdução contínua de oxigênio fornecido por 
equipamentos de aeração, ali então acontece à decomposição da matéria orgânica e posteriormente 
no decantador se da a decantação secundária, a concentração de biomassa no tanque de aeração é 
mantida devido a recirculação dos sólidos sedimentados no decantador secundário, e uma parcela 
desses sólidos são retirados do processo (lodo secundário). 
 
 Conforme coloca Guimarães e Nour (2001), no caso do tratamento aeróbio, há uma grande 
variedade de sistemas aeróbios de tratamento de águas residuais que podem ser utilizados, as mais 
empregadas são lagoas facultativas, lagoas aeradas, filtros biológicos aeróbios, valos de oxidação, 
disposição controlada no solo e sem dúvida uma das opções mais utilizadas é o lodo ativado. Este 
sistema compõe-se principalmente de um reator (ou tanque de aeração), de um decantador 
secundário (ou tanque de sedimentação)e de um sistema de recirculação do lodo. Parte do lodo 
gerado no decantador secundário, que é composto basicamente de microorganismos, é devolvido ao 
tanque de aeração, mantendo uma alta concentração de microorganismos no sistema e aumentando 
a velocidade e eficiência da degradação. 
 
Figura 5- Esquema simplificado lodo ativado 
 
 Fonte: Guimarães e Nour (2001) 
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 Após o tratamento secundário, o efluente deve estar 95% livre de poluentes, então é 
realizada uma decantação secundária, onde se clarifica a água e separa o lodo restante. 
 
 Outro processo que também pode ser utilizado nessa fase, são as lagoas facultativas, essas 
lagoas possuem três zonas, a aeróbia na superfície, a zona facultativa no meio e a zona anaeróbia no 
fundo. Nesse tipo de lagoa o processo ocorre naturalmente, os fatores que podem intervir são a 
temperatura (afeta taxa de metabolismo dos organismos), radiação solar (afeta a velocidade da 
fotossíntese), evaporação (altera concentração de sólidos na matéria orgânica), precipitação (pode 
provocar diluição desfavorável) e os ventos (pode contribuir para o processo de distribuição de 
oxigênio). 
 
2.2 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO – DBO 
 
 A demanda bioquímica de oxigênio, ou a DBO, é a quantidade de oxigênio consumido na 
degradação da matéria orgânica em meio aquoso por processos biológicos, ou seja, é uma análise 
bastante utilizada para avaliar o potencial de poluição dos esgotos, quanto menor o DBO menos 
poluente o efluente. 
 
 A DBO pode ser considerada um ensaio, via oxidação úmida, no qual organismos vivos 
oxidam a matéria orgânica até dióxido de carbono e água. (Guimarães e Nour 2001) 
 
2.3 DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO – DQO 
 
 Outro parâmetro muito utilizado na caracterização de efluentes é a DQO, ela analisa o 
consumo máximo de oxigênio para degradar a matéria orgânica, biodegradável ou não, de um 
efluente, em meio ácido, por um agente químico, para tal teste é empregado o dicromato de 
potássio, e o carbono orgânico é convertido em gás carbônico e água. 
 
 A relação entre os valores de DQO e DBO varia de acordo com as características do esgoto 
e à medida que passa pelas diversas etapas do tratamento. Para águas residuais de origem 
doméstica, as relações entre DQO/DBO variam de 1,7 a 2,4. Em um tratamento biológico a 
tendência é essa relação aumentar, devido à redução da fração biodegradável. (Albuquerque, ano) 
 
2.4 TRATAMENTO DO LODO 
 
10 
 
 
 
 
 O lodo é constituído de microrganismos, sólidos orgânicos e inorgânicos, ele pode ser 
tratado de diversas maneiras, como a digestão biológica de lodo, ou em biodigestores, mecanismos 
que usam o potencial energético da matéria orgânica descartada para gerar energia na forma de 
biogás ou o tratamento que é mais usado nas ETE’s, conforme descrito abaixo. 
 
 Primeiro é realizado o adensamento e o desaguamento, onde é diminuída a quantidade de 
água, e consequentemente, reduzido o volume do lodo, depois disso é realizada a estabilização do 
lodo, nessa etapa o objetivo é atenuar os odores e os potenciais patógenos inseridos nesse lodo, aqui 
o lodo é levado às lagoas de estabilização que geralmente ocorre de forma anaeróbia, depois disso o 
lodo vai para os leitos de secagem e então é feita a disposição final. 
 
 Segundo Godoy (2013) citando VON SPERLING (2001), o processamento e a disposição 
final do lodo podem representar até 60% do custo operacional de uma ETE, geralmente para essa 
destinação do lodo são utilizados aterros sanitários, no entanto, alguns estudos vislumbram sua 
aplicação como insumo agrícola, fertilizante ou mesmo na construção civil. 
 
2.4.1 DESTINAÇÃO FINAL DO LODO – AGRICULTURA 
 
 Segundo Camargo (2007): 
 
A disposição de esgotos na agricultura é uma prática antiga. As informações mais 
conhecidas são as originárias da China. No ocidente, sabe-se que na Prússia a irrigação com 
efluentes de esgotos era praticada desde 1560. Na Inglaterra, por volta da 1800, foram 
desenvolvidos muitos projetos para a utilização agrícola dos efluentes de esgoto, 
especialmente em razão do combate à epidemia do cólera. A adoção da prática de uso do 
solo como meio de disposição do esgoto ou do lodo tem sido frequente em muitos países. 
(CAMARGO, Otávio Antonio de, 2007) 
 
 
 No Brasil, o uso do lodo final na agricultura é regulamentada pela Resolução 375/2006 do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que estabelece critérios para que esse uso seja 
feito, esse assunto está sendo cada vez mais debatido pois o lodo é rico em nutrientes porém 
também pode conter alguns contaminantes, por isso a importância de se estabelecer critérios para o 
seu uso, sua incorporação nos solos deve ser controlada e monitorada. 
 
 Na opinião de Pegorini (1999), citado por Godoy (2013), o reaproveitamento agrícola 
demonstra ser a melhor opção de reuso do lodo, pois reduz a exploração de recursos naturais para 
fabricação de fertilizantes e proporciona os melhores resultados econômicos. No entanto, a 
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qualidade do lodo utilizado na agricultura deve ser assegurada, de modo que promova melhorias às 
qualidades físicas, químicas e biológicas do solo, sem risco de contaminações, observando-se as 
exigências da Resolução Conama 375/2006 (BRASIL, 2004). 
 
 Sobretudo, em muitos artigos pesquisados, a disposição do lodo em meio agrícola trás 
muitos benefícios a produção, segundo Camargo (2007) tem como principais benefícios à 
incorporação dos macronutrientes, nitrogênio e fósforo, e dos micronutrientes zinco, cobre, ferro, 
manganês e molibdênio, além de aumentar a retenção de umidade pelos solos arenosos e melhorar a 
permeabilidade e infiltração nos solos argilosos e, por determinado tempo, mantém uma boa 
estrutura e estabilidade dos agregados na superfície. Por outro lado, a capacidade de troca de cátions 
do solo, o teor em sais solúveis e de matéria orgânica podem ser aumentados, o que é extremamente 
benéfico para a maioria de nossos solos agrícolas que geralmente são pobres e têm baixa capacidade 
de troca de cátions. 
 
 Segundo um experimento realizado pela EMBRAPA no Rio Grande do Sul, e divulgada em 
2018, o uso de lodo de esgoto como componente de substrato para mudas apresentou resultados de 
produtividade de fitomassa (crescimento da parte do alimento que será consumido) entre 10% e 
20% superiores a alguns substratos comerciais utilizados como referência. 
 
 Além do tratamento feito no lodo retirado do efluente, o restante do efluente líquido pode 
passar por um último processo, chamado terciário, que pode ser realizado para remover substâncias 
específicas que não foram retiradas pelos processos anteriores, nessa etapa podem ser realizadas 
diversas técnicas, dependendo o tipo de substância a ser tratada, dentre essas técnicas podemos citar 
filtração, ozonização, cloração, osmose reversa, dentre muitas outras. 
 
 A água que retorna aos mananciais ainda não é potável, por isso antes desse efluente 
retornar ao rio deve-se verificar a capacidade desse corpo hídrico em receber esse efluente, baseado 
na sua vazão e classificação e eficiência do tratamento que foi realizado. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Para conduzirmos este artigo, torna-se necessário, aliar os conteúdos delineados teóricos na 
prática, afinal segundo pilar norteador “Não basta saber, é preciso saber fazer” contamos além de 
inúmeras pesquisas bibliográficas, com autores reconhecidos no campo de tratamento de efluentes e 
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esgotos, e com escritores de diversas áreas, fazendo uso de artigos, pesquisas, e trabalhos de 
conclusão de curso, além de mencionarartigos e leis vigentes, relacionados ao tema central do 
artigo proposto, e ainda perfez buscas, nos sites no que tange o nosso sistema de tratamento de 
efluentes local, a SIMAE, para reconhecer de que modo isso acontece, e quais os recursos 
empregados 
 
O grupo ainda realizou a confecção de uma maquete visando a demonstração/exposição de 
um sistema de tratamento de efluente residencial, neste caso a maquete mimetizará como funciona o 
sistema de lodo ativado para o tratamento de esgoto urbano, demonstrando como acontecem os 
processos que envolvem desde a captação do efluente das residências até a fase onde encontra-se 
apto a ser devolvido ao meio ambiente, aliando portanto a prática com a teoria embasada neste 
trabalho. 
 
 Desse modo foram necessários alguns materiais para confecção do modelo em maquete de 
uma estação de tratamento de efluentes, seguindo a ideia do lodo ativado, sendo estes: EVA, 
palitos de picolé, papel colorido, espuma, fios, cola quente, pedaços de papel Canson, papelão 
tinturas acrílicas, tecidos, e restos de materiais como caixas de leite, pó de madeira, fios de cobre, 
espumas inutilizadas de colchões e entre outros insumos, o material servirá como apoio, para a 
socialização que contará com o uso desta maquete para apresentação a comunidade local, e 
acadêmicos na Jornada de Integração Acadêmica JOIA, que acontecerá no polo de apoio presencial 
de Herval D’Oeste. 
 
 Se a prática fosse aplicada e realizada em sala levaria o tempo de 4 aulas no máximo, sendo 
que poderiam ser utilizadas técnicas que melhor aproveitaram o tempo, devido ao excessivo tempo 
em construir cada unidade, e ainda montar, sendo mais conveniente com que o professor a construa 
de maneira interdisciplinar, pois o assunto pode ser melhor aproveitado quando visto nas demais 
áreas do saber humano. 
 
 Esta prática demonstrará a importância de cada processo, além de proporcionar uma visão 
macro daquilo que ocorre durante o tratamento dos efluentes, que por diversas vezes foge do 
imaginário da população comum, em suma, leiga perante o assunto. Proporcionando transmissão de 
conhecimento e troca de experiências, de maneira a ligar os âmbitos ambientais, geográficos, 
econômicos, tecnológicos, biológicos, e ecológicos 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
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 O modelo escolhido, pelo grupo, para a confecção da maquete foi o sistema de lodo ativado, 
que segue um padrão de sequência, sendo que para a confecção desta, foi utilizada a sequência de 
representação: 1-Coleta 2- Gradeamento grosseiro e médio; 3- Caixa de areia 4- Decantador 
primário 5- Tanque de aeração 6- Decantador secundário e por último o Lançamento, como pode 
ser visto nas figuras 06 e 09 da sequência. 
 
Figura 6- Maquete completa 
 
 Fonte: Os autores 
 
Figura 7- Coleta 
 
 Fonte: Os autores 
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Figura 8- Gradeamento, Caixa de areia e Decantador primário- Fase de confecção. 
 
 Fonte: Os autores 
Figura 9- Maquete concluída- Vista aérea 
 
 Fonte: Os autores. 
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 De acordo com pesquisas realizadas no âmbito da construção de nosso artigo, evidenciou-se 
que o tratamento de esgoto utilizado em nossa localidade, iniciou por volta de 1980, e utiliza como 
processo principal as lagoas de estabilização (SIMAE, site), utilizando processos biológicos, e 
oxigenação, para purificação dos esgotos urbanos, segundo informações coletadas no site da 
unidade faz-se importante tratar o esgoto, pois: 
 
Ao fazermos todas as nossas atividades cotidianas, como tomar um banho ou lavar uma 
roupa, estamos sujando a água que estava limpa. Essa sujeira é constituída de uma mistura 
de detritos contendo restos de alimentos, detergentes, urina, fezes e outras excretas. É nesse 
processo que a água se transforma em esgoto. Cada pessoa, ao consumir em média 200 
litros de água por dia, converte cerca de 150 litros em esgoto. Os 50 litros restantes podem 
voltar à atmosfera através da evaporação ou se infiltrar no solo quando lavamos o quintal 
ou irrigamos jardins. (Disponível em: http://www.simae.sc.gov.br/esgoto-por-que-tratar. 
Acesso em 17/10/2018) 
 
4.1 USO DA MAQUETE DA E.T.E NA EDUCAÇÃO 
 
Por meio da confecção da maquete foi possível vislumbrar o quão importante se faz efetivar 
o tratamento dos resíduos de esgoto urbano de tal modo que alia-se a contingência de desenvolver 
as habilidades exigidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio no INEP como H2, H4, H29 e H30, 
sendo elas: 
 
H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o 
correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida 
humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da 
biodiversidade. 
H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando 
implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou 
produtos industriais. 
H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam 
à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. 
 
Para comprovar a intrínseca relação das Estações de Tratamento de Esgoto e Efluentes com 
as habilidades propostas é tangível evidenciar cada habilidade com sua área de abrangência: sobre a 
H2:- Com o desenvolvimento de técnicas de tratamento de efluentes domésticos, mais eficiente 
poderá ser otimizado o tratamento de corpos hídricos e menores problemas ao rio, o qual será 
lançado, bem como evitar determinadas patogenias, que utilizam águas não tratadas ou fezes para 
completarem seu ciclo de vida. H4- O uso de micro-organismos aeróbios podem aumentar a 
decomposição da matéria orgânica, ou seja, uma forma sustentável de renovação de um recurso 
abiótico para favorecer a biodiversidade em todo os ecossistemas. 
 
16 
 
 
 
 
H29- Conhecer a ETE e as suas etapas, favorece o aprendizado referente aos conceitos 
contidos em biologia, química, física, matemática e geografia, ou seja, pode ser abordado de forma 
interdisciplinar. Sendo eles: Biologia: Microbiologia- bactérias (nutrição e respiração) e 
cianobactérias. Ecologia- temperatura do efluente, compostos do efluente como nitrogênio, fósforo 
e potássio, biodiversidade do afluente, relações ecológicas, poluição da água, solo, bioacumulação, 
ciclos biogeoquímicos, a exemplo do ciclo do Nitrogênio e a eutrofização das águas. Química- 
reações inorgânicas e orgânicas. Física- etapas de separação: gradeamento, decantação. Aeração e 
densidade. Matemática: volume, geometria (formato dos tanques), tubulação. Geografia impactos 
econômicos da instalação da ETE, relevo, composição do solo. 
 
Com a H30, pode-se apresentar ao aluno várias formas de tratamento de esgoto, como lodo 
ativado, lagoas de estabilização, sistema australiano, lagoas aeróbias, anaeróbias e facultativas. Com 
tudo, proporcionar ao aluno capacidade de comparação e julgamento quanto aos critérios: 
eficiência, custo, operação de cada sistema. Além disso, cabe ao educador expor qual sistema no 
município dos alunos foi instalado e relacionar essa escolha aos critérios populacionais, 
geográficos, com as interações menos impactantes ao meio ambiente. 
 
Sendo assim, a maquete não precisa ser produzida “em série”. Pois deve-se evitar a 
produção de tantas maquetes,cada turma poderá confeccionar um tipo de sistema diferente, 
considerando que muitas maquetes serão construídas, de forma desnecessária, e não passadas uma 
semana, vão para a lixeira, descumprindo o papel que o professor de biologia e ciências deseja 
alcançar que é o de depositar a sementinha da consciência crítica e ecológica em seus estudantes 
seguindo as seguintes sugestões: 
 
-Em grupos, montar um sistema diferente, lodo ativado, lagoas de estabilização, sistema australiano, 
lagoas aeróbias, anaeróbias e facultativas. 
-Sugestão para a prática de ETE: A turma pode montar uma única Estação de Tratamento de 
Esgoto, com o sistema escolhido pelos alunos, baseando-se nos critérios: eficiência, custo, operação 
de cada sistema. Com a confecção de maquete sendo apenas uma por turma, reduz custo, estimula a 
cooperação e o trabalho em equipe. 
 
Além disso, o professor poderá observar em tempo real o desempenho de todos, o que 
facilita e torna mais justa a avaliação. Essa metodologia, favorece o trabalho do professor, já que 
17 
 
 
 
 
muitas escolas não permitem que os alunos se encontrem para fazer trabalhos em grupo, ou muitos 
alunos moram longe uns dos outros. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Ao final deste trabalho é possível associar várias temáticas intrínsecas a Educação 
Ambiental, e a questão Ecológica, já que temas como tecnologia, educação e o funcionamento das 
ETE’s se alinham de tal forma que uma complementa a outra. É algo importante que está no dia a 
dia dos alunos, sendo portanto algo palpável o que torna o conhecimento aplicável, a exemplo de 
questionamentos simples como: qual a importância do tratamento de esgoto; se todas as residências 
dos alunos possuem saneamento básico, etc. 
 
 Foi possível analisar todas as etapas que influem o tratamento de efluentes, especialmente o 
que se refere ao efluente residencial. 
 
 É possível notar que o processo não é simples como é idealizado pela maioria da população. 
É algo notório, complexo e que possui variáveis que em alguns casos ainda são compreendidos, 
pela população de modo geral. O exposto traz elementos que fogem ao imaginário coletivo que se 
baseia no senso comum, expondo e explicando quais são essas etapas, suas propriedades e 
importâncias. O conhecimento transmitido pelo professor é que torna, quando em sala de aula é 
exposto, o futuro cidadão ativo mais crítico e consciente no que se referem aos processos, 
benefícios e direitos enquanto cidadão atrelados a questão do saneamento básico. 
 
 As informações inerentes a Legislação, trazem esclarecimento acerca daquilo que nos é 
garantido por lei, proporcionando assim clareza perante o entendimento de nossos direitos, fazendo 
com que o exposto possa ser utilizado para reivindicá-los. 
 
 Ao que se refere o Esgoto doméstico, é possível perceber a complexidade do tratamento, e a 
proporção negativa que o não tratamento pode trazer, prejudicando a saúde pública, por conta de 
doenças inerentes a esta condição e também prejudicando o Meio Ambiente como um todo, 
trazendo para o centro a questão da consciência Ambiental. 
 
18 
 
 
 
 
 A DBO e DQO, são expostas como conhecimento agregado de conceitos que fogem o dia a 
dia das pessoas, para que o entendimento acerca das possibilidades do tratamentos sejam difundidas 
de forma mais abrangente que a superficial. 
 
 O Tratamento do lodo associa a questão ao que tange as propriedades rurais, que podem ser 
beneficiadas por esse tipo de tratamento, trazendo retornos financeiros e ambientais. 
 
 Assim sendo o entendimento sobre o processo se reafirma como de suma importância, não 
só para a comunidade científica, mas também para aqueles que buscam conhecimento e informação, 
sobre um sistema que muitas vezes está bem debaixo de nossos pés. É algo inerente ao ser humano, 
das duas uma, ou ele tem medo daquilo que não conhece, ou ele desconhece mecanismos que 
promoveriam a qualidade de vida, não só individual, mas de seus pares, e mediante a esse fato a 
cobrança torna-se inexistente e o ciclo de insatisfação nunca termina. A solução pode estar na 
transmissão de certas premissas básicas de direitos e deveres, e ainda do que nos garante a 
Constituição desde os anos iniciais, sendo aprofundadas conforme o amadurecimento das crianças e 
adolescentes. O conhecimento é o meio para “fins” mais justos e a educação é um dos pilares. 
 
REFERÊNCIAS// 
ALBUQUERQUE, Cleber Gomes de. “Relação entre os valores de DQO e DBO da estação de 
tratamento de esgoto de peixinhos em Olinda – PE”. Disponível em: 
<http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/r0549-3.pdf>. Acesso em 13/10/2018 
CAMARGO, Otávio Antonio de. “Não Custa ser prudente ao dispor lodo de esgoto em solo 
agrícola!”. Disponível em: < http://www.infobibos.com/Artigos/2007_4/LodoEsgoto/index.htm> . 
Acesso em 13/10/2018. 
 
CONAMA, “Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986”. Disponível em: 
<http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html>. Acesso em: 13/10/2018 
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photo-sedimentation-stage.html>. Acesso em 13/10/2018 
ECOCASA, Equipe. “Esgoto doméstico: como converter um problema ambiental em solução 
inteligente”. Disponível em: <https://www.ecocasa.com.br/esgoto-domestico-como-converter-um-
problema-ambiental-em-solucao-inteligente>. Acesso em 13/10/2018 
EMBRAPA. “Pesquisa da Embrapa mostra uso sustentável de lodo de esgoto para aumentar 
produtividade no campo”. Disponível em: <http://www.sna.agr.br/pesquisa-da-embrapa-mostra-
uso-sustentavel-de-lodo-de-esgoto-para-aumentar-produtividade-no-campo/>. Acesso em 
13/10/2018 
 
19 
 
 
 
 
GODOY, Lucia Camilo de. “A logística na destinação do lodo de esgoto”. Disponível em: 
<http://www.fatecguaratingueta.edu.br/revista/index.php/RCO-TGH/article/view/43/27>. Acesso 
em 13/10/2018 
GOMES, Eliane Carneiro. Departamento de Saúde Comunitária. Curso de Farmácia – UFPR. 
“Esgotos sanitários”. Disponível em: <https://docplayer.com.br/21359531-Esgotos-sanitarios-
profa-eliane-carneiro-gomes-departamento-de-saude-comunitaria-curso-de-farmacia-ufpr-
ufpr.html>. Acesso em: 13/10/2018 
GUIMARÃES, José Roberto; NOUR, Edson Aparecido Abdul. “Tratando nossos esgotos: 
processos que imitam a natureza”. Disponível em: 
<http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/esgotos.pdf>. Acesso em 13/10/2018 
METCALF, Leonard; EDDY, Harisson P. “Tratamento de Efluentes e Recuperação de 
Recursos”. Disponível em: 
<https://books.google.com.br/books?id=lg7sCgAAQBAJ&pg=PA369&dq=Quando+eficientemente
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e+50+a+70%25+de+s%C3%B3lidos+suspensos+e+de+25+a+40%25+da+DBO&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwiAxMnr7oPeAhWto1kKHWJ-
A28Q6AEIKDAA#v=onepage&q=Quando%20eficientemente%20operados%20os%20tanques%20
de%20sedimenta%C3%A7%C3%A3o%20prim%C3%A1ria%20podem%20remover%20de%2050
%20a%2070%25%20de%20s%C3%B3lidos%20suspensos%20e%20de%2025%20a%2040%25%2
0da%20DBO&f=false>. Acesso em 13/10/2018 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, “Conselho nacional do meio ambiente RESOLUÇÃO 
Noº 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006”. Disponível em: 
<http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res06/res37506.pdf>. Acesso em 13/10/2018 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, Artigo 8. “Lei de saneamento básico- Lei 11445/07 | Lei nº 
11.445, de 5 de janeiro de 2007”. Disponível em: 
<https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/95020/lei-de-saneamento-basico-lei-11445-07>. 
Acesso em 13/10/2018 
 
RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. “Saneamento básico e sua relação 
com o meio ambiente e a saúde pública”. Disponível em: 
<http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/2009/11/TCC-SaneamentoeSa%C3%BAde.pdf>.Acesso 
em 13/10/2018, 
 
SALGADO, Sérgio Ricardo Toledo; ARAÚJO, André Luis Calado. “Levantamento da tipologia 
das estações de tratamento de esgoto oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento e a 
previsão do impacto no índice de tratamento de esgoto no estado do Espírito Santo”. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/esa/2016nahead/1809-4457-esa-
S1413_4152201694005.pdf>. Acesso em 13/10/2018 
 
TRATAMENTO PRELIMINAR DE ESGOTOS, slides UFC. Disponível em: 
<http://www.deha.ufc.br/login/usuarios/td945a/Tratamento_de_esgotos_graduacao_Tratamento_pre
liminar.pdf>. Acesso em 13/10/2018 
 
SIMAE. Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto. Esgoto - Por que tratar o Esgoto? Disponível 
em: <http://www.simae.sc.gov.br/esgoto-por-que-tratar>. Acesso em 17/10/20 
 
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ANEXO 
 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA 
 
 
 
Chaiane Frizzo 
Ezequiel Ruppenthal 
Karoline Maria Zaleski 
Viviane Andressa Chagas 
Professora Orientadora: Gicele Marcon 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Ciências Biológicas (BID0397) – Seminário da Prática VII 
13/09/2018 
 
1 TEMA/ASSUNTO 
 
 O tema a ser desenvolvido refere-se a Estação de tratamento de Efluentes (ETE) 
 
2 OBJETIVOS 
 
1- Demonstrar o funcionamento da ETE. 
 
2- Correlacionar as etapas de tratamento com a preservação ambiental. 
 
3- Comparar estações de tratamento que possuem sistemas semelhantes porém 
que utilizam no processo tecnologias diferentes 
 
 
3 APLICAÇÃO DA PRÁTICA 
 
 A socialização ocorrerá em forma de exposição e explicação de maquete 
representativa de um sistema de tratamento de efluente residencial. 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Será feita a exposição em forma de maquete de um sistema representativo de um 
sistema de tratamento de efluente residencial das etapas que envolvem desde a liberação 
do efluente das residências até estar apto a ser devolvido ao rio, o que torna o processo 
lúdico e interativo. 
 
 Serão necessários alguns materiais para confecção do modelo em maquete de 
uma estação de tratamento de efluentes, seguindo a ideia do lodo ativado, sendo estes: 
EVA, palitos de picolé, papel colorido, espuma, fios, cola quente, pedaços de papel 
Canson, papelão tinturas acrílicas, tecidos, e restos de materiais como caixas de leite, pó 
de madeira, fios de cobre, espumas inutilizadas de colchões e entre outros insumos, o 
material servirá como apoio, para a socialização que contará com o uso desta maquete 
para apresentação a comunidade local, e acadêmicos na Jornada de Integração 
Acadêmica JOIA, que acontecerá no polo de apoio presencial de Herval D’Oeste. 
21 
 
 
 
 
5 CRONOGRAMA DA PRÁTICA 
 
 
ETAPA DATA/PERÍODO AÇÃO RESULTADO 
ORIENTAÇÃO 16/08/2018 
 Orientações gerais sobre a Prática. 
 Definição das equipes. 
 Definição do tema a partir dos 
Termos de Referência. 
 Definição da tipologia da Prática. 
 Grupo formado. 
 Tema definido. 
ESTUDOS 
PRELIMINARES 
17/08/2018 
 
 Estudos relacionados ao tema 
(indicações e delimitações de 
leituras de livros, textos, artigos, 
sites oficiais, legislação, entre 
outros). 
 Anotações para 
uso posterior. 
PLANEJAMENTO 18/08/2018 a 30/09 
 Título da atividade 
 Organização do conteúdo a ser 
tratado na socialização e na 
elaboração central do paper 
 Preparação do material a ser 
usado na aula: definição de como 
será construída a maquete 
 
 Separação das 
pesquisas 
 Separação dos 
materiais 
EXECUÇÃO 
01/1/2018 a 
31/10/2018 
 Elaboração do paper 
 Confecção da prévia da maquete 
 Anotações e 
documentação 
(fotos) para uso 
posterior. 
ANÁLISE 01/11 a 12/11 
 Primeira versão enviada a 
Orientadora 
 
 Paper. 
SOCIALIZAÇÃO 
13/11/2018 
 JOIA 
 Organização do conteúdo a ser 
apresentado 
 Entrega da versão final do paper 
 Preparação do material a ser 
usado na demonstração (maquete) 
 Fazer a apresentação. 
 Socialização. 
 
	RESUMO
	1. INTRODUÇÃO
	O esgoto doméstico é o esgoto que vem das residências, escoados das atividades realizadas em residências, comércios, entre outros, são oriundos de atividades como lavagem de roupas, água do banho, descarga do vaso sanitário, entre outros, esse tratam...
	3. MATERIAIS E MÉTODOS
	ECOCASA, Equipe. “Esgoto doméstico: como converter um problema ambiental em solução inteligente”. Disponível em: <https://www.ecocasa.com.br/esgoto-domestico-como-converter-um-problema-ambiental-em-solucao-inteligente>. Acesso em 13/10/2018
	EMBRAPA. “Pesquisa da Embrapa mostra uso sustentável de lodo de esgoto para aumentar produtividade no campo”. Disponível em: <http://www.sna.agr.br/pesquisa-da-embrapa-mostra-uso-sustentavel-de-lodo-de-esgoto-para-aumentar-produtividade-no-campo/>. Ac...
	METCALF, Leonard; EDDY, Harisson P. “Tratamento de Efluentes e Recuperação de Recursos”. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=lg7sCgAAQBAJ&pg=PA369&dq=Quando+eficientemente+operados+os+tanques+de+sedimenta%C3%A7%C3%A3o+prim%C3%A1ria+po...
	PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, Artigo 8. “Lei de saneamento básico- Lei 11445/07 | Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007”. Disponível em: <https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/95020/lei-de-saneamento-basico-lei-11445-07>. Acesso em 13/10/2018
	Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
	1 TEMA/ASSUNTO
	2 OBJETIVOS
	3 APLICAÇÃO DA PRÁTICA
	A socialização ocorrerá em forma de exposição e explicação de maquete representativa de um sistema de tratamento de efluente residencial.
	4 MATERIAIS E MÉTODOS
	Será feita a exposição em forma de maquete de um sistema representativo de um sistema de tratamento de efluente residencial das etapas que envolvem desde a liberação do efluente das residências até estar apto a ser devolvido ao rio, o que torna o pro...
	5 CRONOGRAMA DA PRÁTICA

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