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Aula_04

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1 
 
 
 
 2 
AULA 4: PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 3 
PRINCÍPIO DA CORREÇÃO FUNCIONAL 8 
PRINCÍPIO DA EFICÁCIA INTEGRADORA 8 
ATIVIDADE PROPOSTA 11 
REFERÊNCIAS 12 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 14 
CHAVES DE RESPOSTA 19 
ATIVIDADE PROPOSTA 19 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Atualmente, diante do neoconstitucionalismo, caracterizado pela valorização 
dos princípios, a doutrina consagra uma extensa categoria de princípios 
constitucionais hermenêuticos. Nesse contexto, dada a especificidade das 
normas constitucionais, torna-se importante conhecer os princípios da 
interpretação constitucional. 
 
A presente aula tem como propósito examinar os mais relevantes princípios 
constitucionais que visam auxiliar o intérprete na sua tarefa hermenêutica. 
 
Objetivos: 
1. Analisar os princípios que auxiliam a intepretação constitucional. 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
Luís Roberto Barroso, em sua obra Interpretação e Aplicação da Constituição, 
classifica os princípios constitucionais de acordo com o seu grau de destaque 
no sistema jurídico. Para ele existem princípios fundamentais, princípios 
gerais e princípios setoriais ou especiais. Conheceremos cada um deles: 
 
 4 
 
1) Princípios Fundamentais 
Compreendem o conjunto de princípios que revelam as decisões políticas 
estruturantes do Estado. Por isso, qualquer modificação nesse sistema 
fundamental exige atuação de um novo poder constituinte originário. São 
princípios fundamentais do Estado brasileiro: 
 
 Princípio republicano (art. 1º, caput); 
 Princípio federativo (art. 1º, caput); 
 Princípio do Estado Democrático de Direito (art. 1º, caput); 
 Princípio da separação dos Poderes (art. 2º); 
 Princípio presidencialista (art. 76). 
 
2) Princípios Gerais 
Decorrem dos princípios fundamentais do Estado, os gerais, que se irradiam 
por todo o sistema jurídico. Nesse sentido, os princípios gerais não possuem 
caráter de organização do Estado. Como exemplo, temos: 
 
 Princípio da legalidade (art. 5º, II); 
 Princípio da liberdade (art. 5º, II e diversos incisos como IV, VI, IX, 
XIII, XIV, XV, XVI, XVII e outros); 
 Princípio da isonomia (art. 5º, caput, e inciso I); 
 Princípio da autonomia estadual e municipal (art. 18); 
 Princípio do acesso ao Judiciário (art. 5º, XXXV); 
 Princípio da segurança jurídica (art. 5º, XXXVI); 
 Princípio do juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII); 
 Princípio do devido processo legal (art. 5º, LIV). 
 
3) Princípios setoriais ou especiais 
Poderiam ser identificados como aqueles que são destinados a um 
determinado assunto, capítulo ou título da Constituição. Assim, podem ser 
destacados como exemplos: 
 
 5 
 
 Princípio da legalidade administrativa (art. 37, caput); 
 Princípio da impessoalidade (art. 37, caput); 
 Princípio majoritário (arts. 46 e 77, § 2º); 
 Princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º). 
 
Entretanto, diante da singularidade das normas constitucionais, dada a sua 
superioridade hierárquica, a natureza de sua linguagem e o caráter político 
assumido por elas, que apresentam, consequentemente, maior abertura e 
abstração, os princípios de interpretação constitucional assumem papel 
relevantíssimo na busca da solução de controvérsias em relação ao sentido e 
o alcance da norma jurídica. 
 
O desempenho correto da atividade interpretativa depende do manuseio 
dessas ferramentas postas à disposição do intérprete. Seu ponto de partida 
será a análise dos princípios constitucionais. A atividade interpretativa partirá 
da identificação do princípio maior que impera no caso ao mais específico. 
 
Por isso, sem pretensão de esgotar o elenco dos princípios de interpretação 
constitucional, vamos agora conhecer aqueles que mais se sobressaem na 
doutrina constitucional moderna. São eles: 
 
 Princípio da supremacia da Constituição 
Este princípio significa que todo ato jurídico deve estar em harmonia com os 
preceitos e normas constitucionais. Pelo princípio da supremacia da 
Constituição, fica evidenciado que a norma constitucional está posicionada 
num patamar hierárquico superior às demais normas do ordenamento 
jurídico. Dele decorre a necessidade de um sistema capaz de exercer o 
controle de constitucionalidade das normas. 
 
A partir de uma visão de supremacia da Constituição, o intérprete deve ter 
em mente que nenhuma norma poderá ser válida se for incompatível com a 
 
 6 
Constituição e toda interpretação constitucional deve ser alicerçada na 
premissa da superioridade jurídica da Constituição. 
 
 Princípio da unidade da Constituição 
Este princípio é uma especificação da interpretação sistêmica das normas 
constitucionais, pois caberá ao intérprete constitucional harmonizar as regras 
e princípios constitucionais. Desta forma, as normas constitucionais não 
poderão ser interpretadas isoladamente, mas deve ser considerado todo o 
sistema. 
 
Resulta desse entendimento que da Constituição irá irradiar sobre as normas 
infraconstitucionais e fixa a necessidade de o exegeta interpretar o texto 
constitucional como um todo, um bloco monolítico sistêmico, capaz de 
harmonizar aquelas normas constitucionais que se encontram em 
conflito aparente como, por exemplo, o direito à propriedade versus sua 
função social, ou, a livre iniciativa versus o valor social do trabalho, ou, 
ainda, a liberdade de imprensa versus direto à imagem e à honra. 
 
 Princípio da presunção de constitucionalidade das leis e dos 
atos do Poder Público 
O princípio da presunção de constitucionalidade dos atos do Poder Público é 
oriundo da ideia da separação dos poderes. Para que um poder não interfira 
na esfera reservada a outro, a inconstitucionalidade jamais deve ser 
presumida. Por isso, não sendo evidente a inconstitucionalidade ou havendo 
dúvidas, o órgão público deve recusar-se a declarar a inconstitucionalidade do 
ato ou da norma. 
 
Luís Roberto Barroso aponta que o princípio da presunção de 
constitucionalidade assume uma tarefa indispensável à manutenção da 
imperatividade das normas jurídicas e, consequentemente, na própria 
harmonia do ordenamento jurídico. Para ele: 
 
 
 7 
O descumprimento ou não aplicação da lei, sob o fundamento de 
inconstitucionalidade, antes que o vício haja sido proclamado pelo 
órgão competente, sujeita a vontade insubmissa às sanções 
prescritas pelo ordenamento. Antes da decisão judicial, quem 
subtrair-se à lei o fará por sua conta e risco.1 
 
A presunção de constitucionalidade da lei é iuris tantum, podendo ser 
eliminada pela análise do órgão judicial em sentido contrário. Assim, toda lei 
deve ser considerada e interpretada como compatível com a Constituição. 
 
 Princípio da força normativa da Constituição 
Por esse princípio, o intérprete é chamado a conferir maior imperatividade às 
normas constitucionais. A Constituição não pode ser entendida como um 
mero pedaço de papel (Stück Papier), como quis Lassalle, mas ela possui uma 
força própria, motivadora e ordenadora da vida do Estado. 
 
A Constituição, segundo Konrad Hesse, na obra A Força Normativa da 
Constituição, adquire força normativa conforme realiza sua pretensão de 
eficácia. Entretanto, a efetividade dessa força normativa depende da 
abrangência da convicção em relação à inviolabilidade da Constituição. 
 
Hesse, contrapondo-se a ideia de Ferdinand Lassalle, afirmou que o Direito 
Constitucional seria parte da ciência do direito, pois do contrário inexistiriam 
distinções entre a ciência jurídica e as ciências sociais. Princípio da máxima efetividade 
Vinculado ao Princípio da força normativa da Constituição, o Princípio da 
efetividade é essencial na esfera da interpretação constitucional, já que as 
normas constitucionais devem ganhar eficácia ante a especificidade do caso 
concreto decidendo. 
 
 
1 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição. Rio de Janeiro: 
Saraiva, 2008. p. 178. 
 
 8 
A efetividade talvez seja a característica mais marcante da nova 
interpretação constitucional, na medida em que simboliza a obrigação 
dos Poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) de garantir 
efetivamente ao conteúdo dos direitos fundamentais, pois é o fio 
condutor do novo direito constitucional. É nesse sentido que ganha 
relevo o princípio da força normativa da Constituição. 
 
Princípio da correção funcional 
O princípio da correção funcional, também conhecido como princípio da 
conformidade funcional ou da justeza, por ser derivado do cânone da Unidade 
da Constituição, está ligado à ideia de que o intérprete deve estar orientado a 
seguir o sistema de repartição de competências. Ele aponta para o respeito 
da divisão das atribuições dos entes federativos, por isso é considerado mais 
como um princípio autônomo de competência do que um princípio inerente à 
interpretação constitucional. 
 
Desta forma, o intérprete não pode chegar a resultados que perturbem as 
funções e tarefas inerentes ao quadro de repartição de competências. A 
correção funcional assume especial importância no controle de 
constitucionalidade das leis. 
 
Princípio da eficácia integradora 
O princípio da eficácia integradora (Hesse) ou do efeito integrador 
(Canotilho), muitas vezes, é associado ao princípio da unidade, pois o exegeta 
deve levar em consideração os fatores que importam na integração política e 
social. Tem como pressuposto a ideia de que a Constituição tem como 
intenção manter a unidade política. 
 
Dessa forma, o aplicador da Constituição deve se orientar no sentido de dar 
preferência aos aspectos que favoreçam a integração social e a unidade 
política. 
 
 9 
 
 Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade 
Segundo Luís Roberto Barroso, o princípio da razoabilidade é “um parâmetro 
de valoração dos atos do Poder Público para aferir se eles estão informados 
pelo valor superior inerente a todo o ordenamento jurídico: a justiça”. 
Razoável é o que seja de acordo com a razão que passa a traduzir equilíbrio, 
moderação e harmonia. Ato razoável é aquele que não é arbitrário e 
encontra-se em sintonia com os valores vigentes de determinada 
comunidade. Em linhas gerais, o ato razoável é aquele que está fundado em 
valores de justiça. A razoabilidade deve ser aferida em estrita conexão entre 
os motivos, os meios e os fins. É possível a verificação da existência da 
razoabilidade interna e da razoabilidade externa. Aquela é aferida dentro da 
lei; esta é a adequação da lei aos preceitos constitucionais. Vejamos os 
exemplos nas lições de Luís Roberto Barroso: 
 
a) Razoabilidade interna: “se, diante de um surto inflacionário 
(motivo), o Poder Público congela o preço dos medicamentos vitais 
para certos doentes crônicos (meio) para assegurar que pessoas de 
baixa renda tenham acesso a eles (fim), há uma relação racional e 
razoável entre os elementos em questão, e a norma, em princípio, 
afigura-se válida. Ao revés, se, diante do crescimento estatístico da 
AIDS (motivo), o Poder Público proíbe o consumo de bebidas alcoólicas 
durante o carnaval (meio), para impedir a contaminação de cidadãos 
nacionais (fim), a medida será irrazoável. Isso porque estará rompida a 
conexão entre os motivos, os meios e os fins, já que inexiste qualquer 
relação direta entre o consumo de álcool e a contaminação.” 
 
b) Razoabilidade externa: “Suponha-se, por exemplo, que, diante da 
impossibilidade de conter a degradação acelerada da qualidade da vida 
urbana (motivo), a autoridade municipal impedisse o ingresso nos 
limites da cidade de qualquer não residente que não fosse capaz de 
provar estar apenas em trânsito (meio), com o que reduziria 
 
 10 
significativamente a demanda por habitações e equipamentos urbanos 
(fim). Norma desse teor poderia até ser internamente razoável, mas 
não passaria no teste de razoabilidade diante da Constituição, por 
contrariar princípios como o federativo, o da igualdade entre 
brasileiros, etc”. 
 
Dessa maneira, reforça-se que o princípio da razoabilidade é a conformação 
ou adequação dos meios aos fins. 
 
Vale lembrar que, no Brasil, doutrinadores e operadores do direito costumam 
tratar o princípio da razoabilidade em estreita ligação com o princípio da 
proporcionalidade. 
 
O princípio da proporcionalidade apresenta os seguintes elementos: 
 
a) adequação, ou seja, os atos praticados pelo Poder Público devem ser 
aptos ao atingimento dos objetivos pretendidos; 
 
b) necessidade ou exigibilidade é a verificação da inexistência de meio 
menos gravoso para consecução dos fins almejados; 
 
c) proporcionalidade em sentido estrito é a ponderação entre o ônus e o 
benefício trazido aos cidadãos. 
 
Por fim, vale informar que o princípio da razoabilidade integra o Direito 
Constitucional pátrio da seguinte forma: 
 
a) de forma implícita, como parte integrante do Estado de Direito 
(doutrina alemã) e; 
 
b) de forma explícita, através da cláusula do devido processo legal 
(influência norte-americana), “sustentando que a razoabilidade das leis 
 
 11 
se torna exigível por força do caráter substantivo que se deve dar à 
cláusula”. 
 
 Princípio da interpretação conforme a Constituição 
 O princípio da interpretação conforme a Constituição ou princípio da vontade 
conjectural do legislador decorre dos postulados da supremacia constitucional 
e da presunção de constitucionalidade das leis, pois se presume que na 
dúvida deve ser mantida a lei. Tal princípio está relacionado à jurisprudência 
do Tribunal Constitucional Federal alemão. Pode ser decomposto 
didaticamente em quatro elementos, consoante às lições de Barroso: 
 
1) Trata-se da escolha de uma interpretação da norma legal que a 
mantenha em harmonia com a Constituição, em meio a outra ou 
outras possibilidades interpretativas que o preceito admita. 
 
2) Tal interpretação busca encontrar um sentido possível para a norma, 
que não é o que mais evidentemente resulta da leitura de seu texto. 
 
3) Além da eleição de uma linha de interpretação, procede-se à exclusão 
expressa de outra ou outras interpretações possíveis, que conduziriam 
a resultado contrastante com a Constituição. 
 
Por ser a anulação de uma lei ou de um ato do poder público considerado 
fato grave, impõe-se pelo cânone da interpretação conforme uma 
preservação do sistema jurídico. 
 
Atividade proposta 
Antônio, servidor público federal há 26 anos, foi acometido na vigência da EC 
41/2003, de doença grave de natureza incurável, no ano de 2010 e, por isso, 
foi aposentado por invalidez permanente com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição. Em 2011, os servidores da ativa da mesma categoria 
 
 12 
foram beneficiados com a vantagem de aumento 7,87% sobre sua 
remuneração. Contudo, Antônio permaneceu com o mesmo valor de 
proventos de aposentadoria adquiridos em 2010. 
 
Em março 2012, foi publicada a EC 70/2012, que deu nova redação ao art. 6º 
da EC 41/2003, estabelecendo novos critérios e a correção dos proventos de 
aposentadoria por invalidez permanente concedidos ou conceder. 
 
Em processo administrativo, Antônio requereua revisão de seu benefício, o 
que sumariamente foi negado. Em ação proposta para obter a equiparação e 
a integralidade dos proventos de aposentadoria em primeira instância, o 
magistrado também negou a equiparação o que foi seguido em sede de 
recurso, que manteve a decisão a quo. 
À luz da hermenêutica constitucional contemporânea e dos princípios a ela 
afetas, as decisões estão corretas? 
 
 
 
Material complementar 
 
Para aprofundar seu conhecimento, consulte estas indicações 
bibliográficas: 
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise. Porto 
Alegre: Livraria do Advogado, 2011. p. 303-340. 
BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da 
Constituição. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. p. 151-275. 
 
Referências 
BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição. Rio 
de Janeiro: Saraiva, 2008. 
 
 
 13 
BERTI, Enrico. As razões de Aristóteles. São Paulo: Loyola, 1998. 
 
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: 
Malheiros, 1999. 
 
CAMARGO, Margarida Maria Lacombe. Hermenêutica e argumentação: 
uma contribuição ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. 
 
FERRAZ Jr., Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 1994. 
 
FREITAS, Juarez. A interpretação sistemática do direito. 4. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2004. 
 
GRAU, Eros Roberto. Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação 
do direito. São Paulo: Malheiros, 2002. 
 
GRODIN, Jean. Introdução à hermenêutica filosófica. São Leopoldo: 
Editora, 2003. 
 
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Parte I. Petrópolis: Vozes, 2002. 
 
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. 
Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 2004. 
 
MELLO, Cleyson de Moraes. Hermenêutica e direito. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos, 2006. 
__________. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos, 2006. 
 
OLIVEIRA JÚNIOR, José Alcebíades de. Teoria jurídica e novos direitos. 
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000. 
 
 14 
 
PALMER, Richard. Hermenêutica. Lisboa: Edições 70, 1999. 
 
PEREZ LUÑO, Antonio-Enrique. Los derechos fundamentales. 8. ed. 
Madrid: Tecnos, 2004. 
 
ROTHENBURG, Walter Claudius. Princípios constitucionais. Porto Alegre: 
Sergio Antonio Frabris Editor, 1999. 
 
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 3. ed. 
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. 
 
SILVA, Kelly Susane Alflen da. Hermenêutica jurídica e concretização 
judicial. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2000. 
 
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São 
Paulo: Malheiros, 2008. 
 
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise. Porto Alegre: 
Livraria do Advogado, 2011. 
 
 
 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
No tocante ao princípio da supremacia da Constituição, no ordenamento 
jurídico brasileiro, podemos afirmar: 
 
 
 15 
a) Todas as normas jurídicas abaixo da Constituição não são 
presumivelmente constitucionais. 
b) As normas jurídicas infraconstitucionais podem ser consideradas formal 
e materialmente inconstitucionais, caso sejam incompatíveis com a 
Constituição. 
c) As normas constitucionais, por estarem no ápice do ordenamento 
jurídico, não admitem alteração. 
d) Todo ato jurídico deve estar em harmonia com os preceitos e normas 
constitucionais. 
 
Questão 2 
Sobre o princípio da presunção da constitucionalidade, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
 
a) Baseia-se na eficácia do controle preventivo de constitucionalidade. 
b) Pugna pelo entendimento de que as normas que emergem no 
ordenamento são presumidamente constitucionais. 
c) É uma das modernas formas de hermenêutica, que visa impedir a 
retirada precoce do ordenamento jurídico de normas 
infraconstitucionais que se revelam, num primeiro momento, 
incompatíveis com o Texto Maior. 
d) É oriundo da ideia de separação dos poderes, por ser o princípio que 
impõe ao Poder Judiciário que respeite ao máximo os outros poderes. 
 
 
 
 
Questão 3 
Considerando o princípio da interpretação conforme a Constituição, é correto 
afirmar que: 
 
 
 16 
I. Trata-se de um princípio que acaba por cooperar na manutenção da 
harmonia e unidade do sistema jurídico como um todo; 
II. Trata-se de um mecanismo que permite o controle de 
constitucionalidade pelo qual pode se declarar ilegítima uma 
determinada leitura da norma constitucional; 
III. Trata-se de um princípio que afirma que os dispositivos normativos 
constitucionais devem estar um em acordo com os outros; 
IV. Trata-se, na verdade, de uma forma de evitar que normas 
constitucionais sejam declaradas inconstitucionais. 
 
São corretas: 
a) ( ) I e II. 
b) ( ) II e III. 
c) ( ) III e IV. 
d) ( ) II e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
Sobre os princípios constitucionais elementares, assinale a afirmativa 
INCORRETA: 
 
 
 17 
a) O princípio da supremacia constitucional garante que as normas 
constitucionais possuem hierarquia superior às normas 
subconstitucionais. 
b) A presunção de constitucionalidade é uma decorrência natural da 
divisão de poderes, e que, até que se prove o contrário, o legislador 
produziu as normas legais em consonância com a Constituição. 
c) A unidade constitucional garante a harmonia e coerência do sistema 
constitucional. 
d) A violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não 
implicam em transgressão à ordem constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 5 
Analise as assertivas abaixo acerca do princípio da interpretação conforme a 
Constituição, considerado princípio elementar da nossa Constituição: 
 
 
 18 
1) Não é princípio que tenha importância para a interpretação 
constitucional. 
2) Procura coadunar, no processo de interpretação, normas 
constitucionais e normas infraconstitucionais. 
3) Deve permitir que a Constituição se coadune com normas 
internacionais. 
 
Está (ao) correta(s): 
a) ( ) Somente a afirmativa 1. 
b) ( ) Somente a afirmativa 2. 
c) ( ) Somente a afirmativa 3. 
d) ( ) As afirmativas 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Atividade proposta 
A questão deve ser analisada a partir da nova hermenêutica constitucional, 
que deve levar em conta aspectos que afastam a aplicação tecnoformal do 
direito, que desconsidera princípios éticos e de justiça aplicados ao caso 
concreto. 
 
Deve ser observado, sobretudo, o princípio da razoabilidade, pois, no caso em 
exame, o que o Judiciário deve fazer é aplicar o princípio da isonomia. Como 
se percebe, a razoabilidade é meio eficaz de aferir o cumprimento ou não de 
outras normas. Com base nele, o STF tem feito o controle de legitimidade 
das desequiparações entre as vantagens recebidas pelos servidores públicos 
(STF, ADI 1158-8 AM, RDA 200/242). 
 
Por fim, a EC 70/12, restabeleceu o status quo da redação originária do texto 
constitucional. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: O princípio da supremacia da Constituição significa que todo ato 
jurídico deve estar em harmonia com os preceitos e normas constitucionais. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: Diversamente do afirmado, toda lei deve ser considerada e 
interpretada como compatível com a Constituição. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: De fato, o princípio coopera para a manutenção da harmonia e 
unidade do sistema jurídico, bem como permite o exercício do controlede 
constitucionalidade procedendo-se à exclusão expressa de outra ou outras 
 
 20 
interpretações possíveis, que conduziriam a resultado contrastante com a 
Constituição. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: Ao contrário do afirmado, a violação aos princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade implica transgressão à ordem 
constitucional. 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: O princípio da interpretação procura coadunar as normas 
constitucionais e as normas infraconstitucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 09 jun. 2014

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