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BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE PEQUENOS ANIMAIS

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UNIVERSIDADE PAULISTA
BIANCA DE SOUZA LIMA RIMEIRO D15IEB-9
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JORDAN MENDES GUIMARÃES DE ALMEIDA D429418
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Biossegurança em clínicas de pequenos animais
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2017
BIANCA DE SOUZA LIMA RIMEIRO D15IEB-9
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JORDAN MENDES GUIMARÃES DE ALMEIDA D429418
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Biossegurança em clínicas de pequenos animais
Trabalho apresentado para 
 Atividades Práticas Supervisionadas (APS), à Universidade Paulista – UNIP
Orientadora: Prof. Dra. Soraya Habr
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2017
BIANCA DE SOUZA LIMA RIMEIRO D15IEB-9
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JORDAN MENDES GUIMARÃES DE ALMEIDA D429418
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Biossegurança em clínicas de pequenos animais
 
 Trabalho apresentado para 
 Atividades Práticas Supervisionadas (APS), à Universidade Paulista – UNIP
Aprovado em:
__________________________/__/__
Prof. Dra. Soraya Habr
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO
O material tratado nas próximas páginas tem como finalidade apresentar a adoção da seguridade necessária a fatores de riscos inerentes, interposto nos procedimentos de caráter preventivo da biossegurança, para o desempenho de um papel de grande importância na sociedade, da qual dependerão da plenitude e engajamento das clínicas de animais de pequeno porte, bem como a de seus especialistas envolvidos, a fim de garantir a confiança dos usuários. A elaboração do trabalho se deu a partir da feitura de um resumo baseado em livros, documentos e sites virtuais, buscando valorizar e respeitar as produções. Diante do exposto, foi possível enfatizar e perscrutar as vias que definem a biossegurança, de forma a envolver questões legislativas e obrigatoriedade de exames médicos, além de procedimentos profiláticos tanto dos setores e suas ramificações, quanto do cotidiano no ambiente veterinário, ressaltando a necessidade de uma conexão plena entre trabalhador e ambiente de trabalho com a intenção de proporcionar maior segurança a aqueles que o executam e os que procuram atendimento.
Palavras-chave: Biossegurança. Animais de pequeno porte. Confiança dos usuários. Conexão plena entre trabalhador e ambiente de trabalho.
ABSTRACT
The material discussed in the following pages is intended to present the adoption of the necessary safety to inherent risk factors, presented in the preventive biosecurity procedures, for the performance of a role of great importance in society, which will depend on the fullness and Engagement of small animal clinics, as well as that of its involved specialists, in order to ensure user confidence. The elaboration of the work was based on the making of a summary based on books, documents and virtual sites, seeking to value and respect the productions. In view of the above, it was possible to emphasize and examine the pathways that define biosafety, in order to involve legislative issues and mandatory medical examinations, as well as prophylactic procedures of both sectors and their ramifications, as well as daily life in the veterinary environment, emphasizing the need for A full connection between worker and work environment with the intention of providing greater security to those who execute it and those who seek care.
Key-words: Biosafety. Small animals. User confidence. Full connection between worker and work environment.
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………
	08
	2 PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DE PEQUENOS ANIMAIS........................................................................................................
	
09
	2.1 Situação trabalhista......................................................................................
	09
	2.2 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO)................
	10
	2.3 Exame médico admissional...........................................................................
	10
	2.4 Exame periódico de saúde.............................................................................
	10
	3 RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO..........................................................
	11
	3.1 Riscos biológicos...........................................................................................
	11
	3.1.1 Grupo de risco 1.............................................................................................
	12
	3.1.2 Grupo de risco 2.............................................................................................
	12
	3.1.3 Grupo de risco 3.............................................................................................
	12
	3.1.4 Grupo de risco 4.............................................................................................
	12
	3.2 Riscos químicos..............................................................................................
	12
	3.2.1 Agentes antineoplásicos................................................................................
	13
	3.2.2 Gases anestésicos.........................................................................................
	13
	3.2.3 Pesticidas.......................................................................................................
	13
	3.2.4 Desinfetantes e antissépticos........................................................................
	13
	3.2.5 Alcoóis............................................................................................................
	13
	3.2.6 Formaldeído...................................................................................................
	13
	3.2.7 Glutaraldeído..................................................................................................
	14
	3.2.8 Compostos liberadores de cloro ativo............................................................
	14
	3.2.9 Fenóis sintéticos............................................................................................
	14
	3.2.10 Quaternários de amônio...............................................................................
	14
	3.2.11 Iodósforos....................................................................................................
	14
	3.2.12 Drogas antimicrobianas...............................................................................
	14
	3.3 Riscos físicos..................................................................................................
	15
	3.3.1 Cuidados para com a radiação......................................................................
	15
	3.3.2 Danos causados pela radiação......................................................................
	163.3.3 Danos causados por ruído.............................................................................
	16
	4 PERIPÉCIA..........................................................................................................
	16
	4.1 Exemplos.........................................................................................................
	17
	5 PRÁTICAS DE PREVENÇÃO NO COTIDIANO DO VETERINÁRIO..................
	19
	6 IMUNIZAÇÃO......................................................................................................
	20
	6.1 Tétano..............................................................................................................
	20
	6.2 Raiva.................................................................................................................
	21
	7 SIMBOLOGIA......................................................................................................
	21
	7.1 Sinalização.......................................................................................................
	22
	8 MEDIDAS PROFILÁTICAS EM AMBIENTES VETERINÁRIOS.........................
	23
	9 SETORES E SUAS RAMIFICAÇÕES.................................................................
	24
	10 RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE CADA LOCAL DO HOSPITAL VETERINÁRIO........................................................................................................
	
24
	10.1 Setor de atendimento...................................................................................
	24
	10.2 Setor cirúrgico...............................................................................................
	25
	10.3 Setor de auxílio de diagnóstico...................................................................
	27
	10.4 Laboratório....................................................................................................
	27
	10.5 Setor de internação.......................................................................................
	28
	10.6 Setor de sustentação....................................................................................
	28
	11 CONCLUSÃO....................................................................................................
	29
	REFERÊNCIAS......................................................................................................
	30
INTRODUÇÃO
A biossegurança é o conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhadores desenvolvidos (TEIXEIRA & VALLE, 1996). 
As regras gerais objetivam a preservação da saúde dos profissionais, da coletividade e do ambiente, além da integridade do objeto de estudo, no caso da clínica de pequenos animais, o paciente. Em tempos de globalização, qualquer descuido ocorrido localmente pode se tornar ameaça generalizada, podendo chegar, inclusive, a países distantes (N. LABARTHE; M. E. C. PEREIRA, 2008).
Nesse contexto, devem-se considerar todas as atividades da clínica ou consultório e lembrar que as recomendações gerais nada mais são que a compilação de conhecimentos científicos à luz do bom senso (N. LABARTHE; M. E. C. PEREIRA, 2008).
PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DE PEQUENOS ANIMAIS
Os médicos veterinários de pequenos animais possuem um grande compromisso com a população, de modo a salvaguardar a saúde dos animais sob os cuidados dos tutores. Esse compromisso está relacionado com a segurança que o ambiente de trabalho dispõe ao paciente, assim como, a saúde pessoal dos profissionais.
Os clínicos de pequenos animais costumam, em sua maioria, descumprir regras básicas de segurança pessoal e coletiva. Não o fazem por indisciplina ou negligência, e sim por desconhecimento. Pois a biossegurança é um tema relativamente recente entre instituições modernas.
 Situação trabalhista
O trabalho em hospitais veterinários apresenta riscos, principalmente, por agentes biológicos, químicos e físicos. E são esses agentes que de forma insalubre atuarão em longo prazo, comprometendo gradativamente a saúde do trabalhador. São diversas as zoonoses atendidas e em grande parte das vezes.
Um considerável número de veterinários, assim como tosadores, exerce suas funções na condição de autônomos. Dessa forma, são isentos de receber o adicional de insalubridade. O autônomo é aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e assumindo seus próprios riscos. Por não ser empregado, inexistindo subordinação jurídica, as disposições da legislação trabalhista não são aplicáveis a esse trabalhador. Em relação à Previdência Social o autônomo se inscreve como Contribuinte Individual e tem direito a benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade, aposentadoria e pensão.
Uma alternativa é ao invés de autônomo, se cadastrar como profissional liberal, que consiste naquele que desenvolve atividade específica de serviços, com independência técnica, e com qualificação e habilitação determinadas pela lei. Estes possuem regimento próprio, de direitos e garantias, tais como, piso salarial, jornada de trabalho, adicionais, exames médicos.
O cadastro como profissional liberal garante os direitos constitucionais e os da CLT que não estavam dispostos na modalidade autônoma, especificamente, seguro contra acidentes de trabalho, adicional de insalubridade e de periculosidade.
 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO)
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO é regido pela norma regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus funcionários. É parte integrante a realização de exames médicos admissionais, periódicos, retorno ao trabalho, mudança de função e demissional.
 Exame médico admissional
A Norma Regulamentadora (NR) nº 07 dispõe que os empregadores estão obrigados a realizar o exame médico admissional de seus empregados, devendo a avaliação clínica ser realizada por médico do trabalho antes que o trabalhador assuma suas atividades, a fim de comprovar o estado de saúde e garantir de que o trabalho será realizado de forma eficiente.
O exame inicia com uma anamnese clínica e ocupacional do paciente, ou seja, uma entrevista, sobre o histórico de saúde do trabalhador, bem como os riscos relacionados ao trabalho aos quais já foi exposto em trabalhos anteriores. O médico questiona se o trabalhador sofre alguma doença ou mal estar, realiza exame médico físico e mental e exames complementares necessários. 
Dependendo da função que o trabalhador irá desempenhar na empresa (e os riscos ocupacionais aos quais estará exposto), podem-se exigir exames complementares, tais como, audiometria, acuidade visual, espirometria, psicotécnico, raio x, entre outros, juntamente com o exame clínico admissional. É importante ressaltar que no exame admissional não são permitidos testes de gravidez, de esterilização e exame de HIV (AIDS), por serem consideradas práticas discriminatórias.
Se o candidato encontrar-se inapto para determinada função, o empregador não poderá dar seguimento à contratação.
 Exame periódico de saúde
	
O exame periódico é realizado em prazos pré-determinados pelo Médico Coordenador do PCMSO, em todos os funcionários da empresa empregadora, de acordo com os riscos ocupacionais aos quais eles estão expostos. A frequência do exame médico periódico será exigida de acordo com os intervalos mínimos de tempo, da seguinte forma descrita abaixo: 
Trabalhadores expostos a riscos ou a situaçõesde trabalho que resultem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos anualmente ou em intervalos menores. Os demais trabalhadores menores de 18 e maiores de 45 anos de idade realizam anualmente e trabalhadores entre 18 a 45 anos, a cada dois anos.
O exame periódico é composto por uma anamnese patológica completa (clínica e ocupacional) do funcionário, bem como pelo exame clínico completo. No exame são examinados os aspectos gerais de saúde do paciente; assim o Médico do Trabalho poderá constatar se o funcionário está apresentando algum problema físico/mental relacionado às suas atividades laborais. Vale ressaltar que quando um funcionário está no seu período de férias, ele não poderá realizar o Exame Periódico, devendo fazê-lo quando estiver em seu período de trabalho efetivo.
RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO
A Portaria de nº 3.214, de 1978, do Ministério do Trabalho, consolida uma série de normas regulamentadoras relativas à medicina e o ambiente de trabalho, com o intuito de preservar tanto os trabalhadores quanto seus respectivos empregadores. De acordo com ela, os riscos de acidentes no ambiente de trabalho podem ser classificados em quatro tipos diferentes.
Riscos biológicos
Risco biológico é o risco que se corre em contato com microrganismos patogênicos, que ao homem ou animal pode causar doenças.
As vias de contaminação desses riscos são as vias aérea, cutânea, ocular e oral. Para a proteção dessas vias é indicado o uso de equipamentos como máscaras, luvas e óculos de proteção e etc.
Os riscos biológicos em clínica veterinária são divididos em 4 grupos:
Grupo de risco 1
Ausente ou risco muito baixo, composta por microrganismos que provavelmente não provocam doenças no homem ou no animal. É indicado para esses casos o uso de luvas cirúrgicas.
Grupo de risco 2
Risco individual moderado e baixo para a comunidade. Onde os agentes patogênicos atingem o homem e o animal, mas não há grande risco para os funcionários, comunidade, animais e ambiente. Exposição ocupacional a esses patógenos pode causar infecções graves, mas que são de fácil tratamento e prevenção. Nesses casos é indicado o uso de luvas cirúrgicas e proteção respiratória.
Grupo de risco 3
Risco individual alto e baixo para a comunidade. Os agentes patogênicos provocam doenças graves no homem e no animal, mas não se propagam de um indivíduo para outro. Tem medidas de prevenção e tratamento eficaz. Nesses casos é recomendada a utilização de medidas prevenção primarias.
Grupo de risco 4
Grande risco individual e para a comunidade. Provocam doenças graves no homem e no animal e tem fácil transmissão de forma direta e indireta. Geralmente sem medidas eficazes de prevenção e tratamento. Nesses casos recomendam-se meios de contenção máximos.
Riscos químicos
É numerosa a variedade de agentes químicos presentes na rotina do médico veterinário. Em destaque, os principais compostos com altos fatores de risco são as drogas antineoplásicas e os gases anestésicos. Observa-se, que é maior o uso de compostos químicos em hospitais veterinários, do que em hospitais humanos.
Agentes antineoplásicos
São drogas que impedem o crescimento e proliferação de células cancerígenas e tumores. Usados raramente em ambientes hospitalares veterinários.
Gases anestésicos
Essas substâncias estão relacionadas à anestesia geral e alteração nos transmissores de impulsos neurológicos. No ambiente hospitalar veterinário seu uso não é comum, pois foram relatados casos numerosos de sequelas cardíacas, reprodutivas e neurológicas, atualmente são preferencialmente usadas drogas injetáveis.
Pesticidas
Utilizados no controle de parasitas no ambiente hospitalar veterinário ou no animal em tratamento. A exposição dos indivíduos a essas substâncias pode causar alterações dermatológicas, oftalmológicas e neurológicas, também se associa a efeitos respiratórios incluindo envenenamento, devido ao alto teor de toxicidade.
Desinfetantes e antissépticos
Alcoóis
Possuem ação completa antibactérias, vírus e micróbios. A concentração recomendada é de 70%. São irritantes para os olhos e seu uso constante pode ressecar e irritar a pele.
Formaldeído
Substância esterilizante e desinfetante, utilizado na veterinária para a conservação de peças anatômicas e desinfecção de laboratórios, centros cirúrgicos, etc. Causam demasiados efeitos à saúde como: mutações, carcinomas e más formações no feto.
Glutaraldeído
Utilizado como desinfetante e esterilizante de equipamentos médicos-cirúrgicos como: endoscópios. Provoca uma sensibilização na pele, porém menor que o formaldeído.
Compostos liberadores de cloro ativo
Utilizados em variados estabelecimentos de saúde devido à alta eficácia e baixo custo. Agem rapidamente em materiais orgânicos como: fezes, tecidos, sangue etc. A inalação pode provocar tosse e irritações no trato respiratório.
Fenóis sintéticos
Utilizados na desinfecção de superfícies e outras finalidades. Devem ser diluídos somente na hora do uso de acordo com as informações do fabricante da substância.
Quaternários de amônio
Ideal para limpeza e desinfecção de vasos, mictórios e limpeza em geral, possui baixa toxidade, porém pode causar sensibilidade e irritações na pele.
Iodósforos
Utilizados principalmente na desinfecção de equipamentos, não indicados Ara plásticos ou metais, possui baixa toxidade, porém irritável a pele e aos olhos.
Drogas antimicrobianas
Antibióticos a uso temporal e de forma errada, induz o indivíduo a hipersensibilidade e resistência das bactérias. A quantidade de drogas dessa classe, usadas no ambiente veterinário é grande e diversificada.
Riscos físicos
São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade. Precisando de total prevenção e uso de equipamentos de proteção individual, temos como principais riscos físicos a radiação ionizante e o ruído.
As radiações ionizantes são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com alta velocidade e portando energia, ou seja, qualquer iluminação pode causar uma radiação. O ser humano esta maior parte do seu tempo sobre a radiação do sol, portanto deve tomar certos cuidados com sua pele para não causar danos graves. O uso de radiação ionizante é comum em hospitais veterinários e em outros hospitais medicinais, como por exemplo, o raio x, um exame muito usado na medicina para realizar disgnósticos sem precisar de cortes no tecido.
O ruído é considerado o principal risco fisíco e de ampla distribuição, em que os trabalhadores mais ficam exposto. As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Cuidados para com a radiação
Primeiramente, a principal forma de proteção contra a radiação ionizante é ter o mínimo de contato possível com esse tipo de risco fisíco, permanecer menor tempo perto de uma fonte de radiação, ficar a maior distância, ultilizar equipamentos de proteção, limitar a probabilidade de efeitos estocásticos e outros efeitos somáticos severos, proteger os indivíduos e seus descendentes.
Danos causados pela radiação
A radiação pode danificar células e afetar o material genético (DNA), causando doenças graves e que podem levar a morte. Ela afeta as células, podendo causar mutações genéticas em óvulos e espermatozóides, gestações e também no aparelho reprodutor masculino e feminino. Contudo, não basta apenas uso de EPI’s, também é preciso a sensibilização do trabalhador, enão ter contato com esse tipo de radiação.
Danos causados por ruído	
Existem diversos problemas de saúde que são causados pelo ruído, porém, o que mais preocupa é a perda auditiva. A exposição a ruídos faz com que nosso organismo, que é precavido de proteção, mantenha-se alterado durante e após a estimulação auditiva excessiva. É um mito achar que as pessoas se habituam ao ruído. Pode até ocorrer uma adaptação auditiva, no entanto os danos só aumentam. Também pode causar ansiedade, insônia, etc.
PERIPÉCIA
Peripécia é um acontecimento imprevisto que altera o estado de uma situação e torna necessária uma nova ação ou conduta.
No ambiente de trabalho é comum que o profissional com o tempo fique mais confiante naquilo que faz, e isso não é diferente para os médicos veterinários. O problema é que a confiança em excesso acaba deixando-os mais vulnerável a possíveis acidentes, desta forma é ideal sempre se manter focado e com atenção para qualquer procedimento a ser tomado.
Com o passar do tempo o homem foi desenvolvendo novos equipamentos e maneiras de prevenir imprevistos indesejáveis, que são classificados de duas formas: EPI (Equipamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento de Proteção Coletiva).
Em geral pra quem atua na área da saúde tem que ter os mesmos cuidados, como, sempre usar luva quando for atender um paciente, descartar corretamente tudo aquilo que é descartável e que foi utilizado no mesmo, entre outras coisas.
Os animais não conseguem dizer o que sentem e por conta disso quando estão com alguma dor é natural que fiquem mais agressivos. Dessa forma, é de extrema importância avaliar qual tipo de paciente que irá examinar e qual procedimento tomar em relação a sua segurança. A não utilização dos EPI’s e EPC’s lhe torna mais propício à obtenção de doenças e ferimentos.
Trabalha-se visando à segurança e preservando a dos demais pacientes, proprietários e funcionários, mas nem todos os lugares são assim.
Exemplos
De acordo com a reportagem do G1 do dia 23 de dezembro de 2016 com o título: “Cães mortos são achados dentro de clínica veterinária no interior de SP”, diz o seguinte:
A Polícia Militar encontrou ao menos cinco cães mortos e medicamentos vencidos dentro de uma clínica veterinária de Limeira, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (23). Os policiais chegaram ao estabelecimento após a denúncia de uma mulher que levou a cachorra para ter filhotes no local. Ela disse à PM que ficou desconfiada após ver as condições do lugar.
Dentro da clínica, a polícia encontrou frascos de diversos medicamentos com prazos de validade vencidos cinco pinos usados para armazenamento de cocaína, além dos cadáveres dos cachorros.
Fotos divulgadas pela PM mostram as condições sanitárias do local. Havia móveis e equipamentos espalhados pelo chão, que também estava sujo de sangue.
O responsável pelo estabelecimento veterinário chegou a ser levado para a delegacia para dar esclarecimentos e foi liberado. Na delegacia, ele afirmou à Polícia Civil que os animais encontrados mortos na clínica já tinham sido paridos sem vida. O homem afirmou ainda que o estabelecimento tem condições de funcionamento e admitiu ser usuário de drogas, de acordo com a polícia. (G1, 2016).
Imagem 1 - Clínica de Limeira tinha chão sujo de sangue quando PM chegou
Fonte: G1, 2016.
Imagem 2 - Medicamentos vencidos também foram achados na clínica veterinária em Limeira
Fonte: G1, 2016.
A outra reportagem de mesma fonte que a anterior foi postada dia 23 de outubro de 2015 com o titulo: “Clínica veterinária ilegal é fechada com animais em meio à sujeira”, diz o seguinte:
Uma clínica veterinária ilegal foi fechada com 12 animais, entre cães e gatos, em meio à sujeira no Centro de Itapetininga (SP), nesta sexta-feira (23). O responsável pelo local, que dizia ser veterinário, foi detido e levado à delegacia. O homem vai responder em liberado pelo crime de abuso de animais e pela contravenção penal de exercício ilegal da profissão, diz a Polícia Civil.
Segundo investigadores da Polícia Civil, os animais estavam na casa do suspeito com sinais de maus-tratos, debilitados e ao lado de restos de comida, lata de cerveja e sujeira. O homem afirmou à polícia que os animais que estavam na casa eram de clientes, da sogra e dele.
Os cachorros e gatos, incluindo filhotes, foram levados por voluntários e levados para a sede da Organização Não Governamental (ONG) União Internacional de Proteção aos Animais (Uipa).
Segundo os voluntários, os animais serão alimentados e devem receber banhos e atendimento para verificar estado de saúde. O suspeito foi levado ao 2º Distrito Policial da cidade, onde prestou depoimento na tarde desta sexta. (G1, 2015).
Imagem 3 - Doze animais foram encontrados com sinais de maus tratos
Fonte: G1, 2015.
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO NO COTIDIANO DO VETERINÁRIO
As medidas de proteção pessoal envolvem a utilização de gorro, máscara, óculos de proteção, luvas descartáveis (cirúrgicas ou de procedimento), sapatos fechados e avental, além do uniforme totalmente branco, para o atendimento e/ou orientação de procedimentos clínicos. É inadmissível o uso de máscara, luvas e avental fora das clínicas e laboratórios.
A rotina para procedimentos clínicos no início do atendimento consiste na lavagem das mãos, colocação do gorro, máscara, óculos de proteção, avental e luvas de procedimento ou cirúrgicas conforme o tipo de procedimento, envolver as superfícies de toque frequente com coberturas descartáveis (usar luvas de procedimento), remover as luvas de procedimento, instrumentos esterilizados devem ser mantidos na embalagem ou em caixas fechadas até o momento do uso, colocar instrumentos estéreis na bandeja esterilizada (sem entrar em contato manual) e em suma atender o paciente.
Para um adequado procedimento entre pacientes deve-se retirar e descartar as luvas, lavar as mãos, colocar luva de procedimentos ou cirúrgica conforme o tipo de trabalho, remover os instrumentos cortantes e colocar no recipiente de paredes resistentes, desinfetar as superfícies, colocar o instrumental contaminado em recipientes contendo solução descontaminante por 10 minutos, na área de expurgo lavar, secar e embalar os instrumentos usando luva grossa de borracha e por fim atender o novo paciente.
Os procedimentos no final do dia equivalem a retirar as luvas, repetir os procedimentos da etapa “entre pacientes”, retirar o avental e colocá-lo em um saco plástico impermeável para transportá-lo, lavar as mãos. 
Quando o atendimento é de animais de companhia (caninos e felinos domésticos), assim como o de animais silvestres (nativos ou exóticos) e de animais de produção é obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual e de contenção especiais, tais como: cachimbo - permite a contenção de algumas espécies de animais pelo lábio superior ou pelo maxilar; gancho para serpente - utilizado na manipulação das diversas espécies de cobra; puçá - tipo de peneira usado na contenção de algumas espécies de animais silvestres; focinheira - aplicado na contenção de cães e gatos; corda - normalmente aplicado na contenção de animais de produção e de grande porte; luvas de raspa de couro cano longo - utilizado na manipulação de animais que ofereçam riscos de perfuração por garras, unhas ou bico.
IMUNIZAÇÃO
Se tratando de imunização, a melhor forma de se prevenir encontra-se na vacina. As doenças mais conhecidas em clínicas de animais de pequeno porte são aquelas que fazem parte das zoonoses, como, a doença da raiva e aquelas que fazem parte de uma contaminação de solo, superfície de objetos contendo as bactérias, como o tétano.
Tétano
É uma doença imunoprevenível, grave e potencialmente fatal, causada por uma toxina produzida pelo Clostridium tetani, podendo contaminar ferimentos, quaisquer que seja. Sendo encontrada no ambiente, como no solo, superfície de objetos, esterco com forma de esporos. Em contato com a pele, pelo ferimento, pode-se tornar capaz de produzir toxina tetânica, que atua em terminaisnervosos causando contrações musculares intensas. As primeiras manifestações do tétano incluem geralmente a dificuldade de abrir a boca e engolir, quando o caso já ocorreu uma progressão é possível que ocorra contraturas musculares generalizadas, podendo causar risco de vida no indivíduo.
A vacinação deve ocorrer em todos os indivíduos, pelo fato da bactéria estar presente em qualquer ambiente, tendo exposição e facilidade para se contaminar da mesma. As vacinas mais utilizadas são:
 
Em crianças:
DTP e DTPa (proteção contra difteria, tétano e coqueluche);
DT (proteção contra difteria e tétano).
Em adultos:
DT (proteção contra difteria e tétano);
ATT (proteção contra o tétano).
A vacina antitetânica é composta a partir de toxina tetânica inativa atuando como antígeno visando estimular a produção de anticorpos. Contendo duas opções de vacinas, a DT e ATT, a melhor para utilizar é a DT, uma vez que contém proteção contra difteria, uma doença também grave podendo causar em qualquer idade, e o tétano.
 
Raiva
É uma doença viral, resultando em infecção aguda no sistema nervoso central, o vírus está presente em salivas de animais infectados. A transmissão desse vírus é realizada por mordidas, lambidas, e às vezes, por via respiratória. 
A vacinação é recomendada para pessoas próximas de ter o contato com o vírus, como veterinários, tratadores de canis e afins. Também é recomendado para os indivíduos que contém animais. A vacina é constituída por forma líquida, devendo ser conservada em uma temperatura entre 2° e 8° positivos. Deve-se ser aplicada e administrada por via intramuscular profunda ou por via subcutânea na região deltoide. A vacina é administrada por doses diárias de 1 ml.
	O vírus contém quatro ciclos para a sua transmissão, a urbana causada por animais domésticos, a silvestre causada por animais silvestres, à aérea causada pelos morcegos e a rural por ruminantes. Contendo duas variações de formas, como a paralítica e a nervosa. A paralítica é mais complicada pelo fato de não apresentar sintomas visíveis e por ser confundida com outras doenças, ocorre mais no ciclo urbano. A forma nervosa apresenta sinais visíveis, o comportamento do animal fica agressivo, inquieto, etc.
SIMBOLOGIA
Na medicina veterinária, assim como, em todas as outras profissões, o profissional está sujeito a perigos e acidentes. Com isso a biossegurança é o conjunto de medidas e ações voltadas à prevenção, controle e minimização dos riscos que podem prejudicar a saúde do homem, animal, meio ambiente e garantir a qualidade do trabalho desenvolvido. 
Na biossegurança há a simbologia, que é uma comunicação não verbal, que exprime todos os alertas necessários para um bom e seguro desenvolvimento do trabalho em alertas simples e de fácil e rápido entendimento. Formas e cores dos símbolos são definidas em função dos seus objetivos específicos.
Quadro 1 – Cores, aplicações e observações dos símbolos
	Cor
	Aplicação
	Observações
	Vermelha
	Aparelhos de proteção e combate a incêndio.
	Não deve ser utilizado para indicar perigo (baixa visibilidade).
	Amarela
	Tubulações e gases liquefeitos;
Indicação de cuidado.
	Parte baixa de escadas, corrimões, espelho de degraus, vigas colocadas à baixa altura, para melhorar a visibilidade podem ser alternadas listrar pretas.
	Branca
	Zonas de segurança.
	Passarelas e corredores de circulação, localização de bebedouros e coletores de resíduos, área em torno de equipamentos de socorros ou outros equipamentos de emergência.
	Preta
	Inflamáveis, combustíveis de alta viscosidade.
	Óleo combustível, alcatrão, etc. Pode ser usado em substituição da branca ou combinado com essa quando condições especiais exigem.
	Azul
	Ar comprimido;
Cuidado, uso de equipamentos fora de serviço.
	Prevenção de movimento acidental para peças em manutenção.
	Verde
	Caracteriza a segurança;
Canalizações de água;
Mangueira de Oxigênio.
	Equipamentos de segurança e sua localização: caixa de primeiros socorros, EPI, chuveiros, lava-olhos, macas, etc.
	Laranja
	Tubulações com ácido, partes móveis de máquinas.
	Faces externas de polias. Bordas de serras, prensas, etc.
	Púrpura
	Radiações ionizantes.
	Sinalização, acessos, recipientes e locais contaminados com material radioativo.
	Lilás
	Tubulações com álcalis.
	Pode ser usado óleo lubrificante em refinarias.
	Cinza
	Claro para vácuo. Escuro para eletrodos.
	
	Alumínio
	Tubulações com gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade.
	Óleo diesel, gasolina, querosene, etc.
	Marrom
	Qualquer outro fluido não identificável pelas demais cores.
	
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Sinalização
Quadro 2 – Características e exemplos da sinalização
	Sinalização
	Características
	Exemplos
	Imagem 4 - Perigo
Fonte: Google imagens, 2017.
	Triangular;
Pictograma negro sobre fundo amarelo;
Margem negra;
A cor amarela deve pelo menos cobri 50% a superfície da placa.
	Perigo de eletrocussão, substância tóxica, substância inflamável, risco biológico, substância radioativa.
	Imagem 5 - Emergência
Fonte: Google imagens, 2017.
	Retangular ou quadrada;
Pictograma branco sobre fundo verde;
A cor verde deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa.
	Direções a seguir, posto de primeiros socorros, saída de emergência, lava-olhos, duchas, macas.
	Imagem 6 - Incêndio
Fonte: Google imagens, 2017.
	Retangular ou quadrada;
Pictograma branco sobre fundo vermelho;
A cor vermelha deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa.
	Extintor, agulheta de combate a incêndio, telefone, direção a seguir (em conjunto com as placas de emergência).
	Imagem 7 - Proibição
Fonte: Google imagens, 2017.
	Circular;
Pictograma negro sobre fundo branco;
Margem e faixas vermelhas;
Faixa diagonal para a direita, a 45° em relação a horizontal;
Cor vermelha com pelo menos 35% da placa.
	Não tocar, proibido fumar, água não potável.
	Imagem 8 - Obrigação
Fonte: Google imagens, 2017.
	Circular;
Pictograma branco sobre fundo azul;
A cor azul deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa.
	Proteção obrigatória para os olhos, máscara integral obrigatória, proteção obrigatória nas mãos, proteção obrigatória nos pés.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
MEDIDAS PROFILÁTICAS EM AMBIENTES VETERINÁRIOS
O ambiente veterinário pode trazer muitos riscos a um profissional ou a um paciente, por exemplo, riscos físicos, químicos, biológicos e outros, sendo esses três os mais prováveis, por ser uma área de atendimento a pacientes que podem ou não trazer algum microrganismo patológico ou doença infecciosa. 
Em um hospital veterinário, o local e os trabalhadores devem seguir normas e regras para que esses riscos sejam controlados, minimizados ou até eliminados; no hospital, é viável que cada área tenha um profissional destinado a cada lugar e procedimento.
As salas de um hospital são chamadas de setores, e dentro de cada uma existem ramificações nas quais são encontradas diferentes medidas de prevenção dos riscos, assim como, profissionais destinados especificamente a elas.
SETORES E SUAS RAMIFICAÇÕES
Quadro 3 – Setores e ramificações vinculadas ao ambiente veterinário
	Setores
	Ramificações
	Setor de atendimento
	Sala de recepção;
Consultório;
Sala de ambulatório;
Arquivo médico.
	Setor cirúrgico
	Sala de preparo dos pacientes;
Sala de antissepsia;
Sala de esterilização dos materiais;
UTI;
Sala de cirurgia.
	Setor de internamento
	Mesa e pia de higienização;
Baias, boxes, ou acomodações individuais específicas para cada animal;
Sala de isolamento para doenças infectocontagiosas.
	Setor de sustentação
	Lavanderia;
Cozinha;
Almoxarifado;
Sala de repouso dos plantonistas;
Sanitário e sala de vestuário;
Sala de estocagem de medicamentos.
	Setor de diagnóstico
	Serviço de diagnóstico por imagem e análises clínicas.
	Setor de equipamentos indispensáveis
	Manutenção exclusiva de vacinas e antígenos;
Secageme esterilização de materiais;
Respiração artificial;
Conservação de animais mortos.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE CADA LOCAL DO HOSPITAL VETERINÁRIO
Setor de atendimento
Quadro 4 – Possíveis riscos presentes nas ramificações do setor de atendimento e como preveni-los.
	Ramificação
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Sala de recepção e arquivo médico
	Agentes físicos: ruído oriundo do latido de animais; choque elétrico nas tomadas dos equipamentos.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações da recepção.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva da secretária na mesa/ computados.
Agentes acidentais: lesão por mordidas e/ou arranhadura; espaço inadequado.
	Não deixar gavetas abertas, não deixar fios, correntes ou guias estendidos no chão; não fumar, não carregar grandes volumes de papéis, não correr, manter o piso sempre seco, o local deve ser amplo e com boa ventilação, sinalizado caso o piso esteja escorregadio, sem empilhamento de papéis e caixas, e mobilhados com móveis de fácil higienização.
	Consultório e ambulatório
	Agentes físicos: ruído oriundo do latido de animais; choque elétrico nas tomadas dos equipamentos.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais superfícies; manipulação de agentes antineoplásicos, antibióticos, pesticidas e outros medicamentos.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva do veterinário na mesa; levantamento e deslocamento de peso pelo veterinário e auxiliar ao colocar animais na mesa; instalações inadequadas, com mesa sem regulagem de altura.
Agentes acidentais: lesão por mordidas e/ou arranhadura; espaço inadequado; quebra de vidrarias e/ou frascos de medicamentos por movimento de animais; ferimentos por objetos perfuro cortantes.
	Utilizar EPI's, manipular os medicamentos com cuidado, assim como os frascos que ficam abaixo da linha da cintura; a mesa de exames deve ser organizada, sem acúmulo de materiais; local de fácil esterilização; os pacientes devem ser identificados de acordo com o estado físico e sintomático, e os pacientes com alguma ferida ou secreção devem ser atendidos por uma equipe específica.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Setor cirúrgico
Quadro 5 - Possíveis riscos presentes nas ramificações do setor cirúrgico e como preveni-los.
	Ramificação
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Sala de cirurgia
	Agentes físicos: ruído em função do uso de muitos equipamentos; choque; calor; radiação não ionizante.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; manipulação de medicamentos; gases voláteis quando se usa anestesia volátil em sistemas abertos.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...); contato com fluídos orgânicos dos animais.
Agentes ergonômicos: postura repetitiva do veterinário na mesa; levantamento e deslocamento de peso pelo veterinário e auxiliar ao colocar animais na mesa; instalações inadequadas, com mesa sem regulagem de altura.
Agentes acidentais: lesões por mordidas e/ou arranhadura no retorno da anestesia; espaço inadequado; quebra de vidrarias e/ou frascos de medicamentos por movimentos dos animais; ferimentos por objetos perfuro cortantes.
	As transferências de animais pesados devem ser feitas com um maior número de ajudantes e de forma correta, deve-se manter uma boa postura, os equipamentos devem ser esterilizados e sofrer manutenção preventiva, a equipe que realizara o procedimento deve estar preparada e a sala deve conter recipientes próprios para o descarte de resíduos, além de ter um sistema de segregação de todos os tipos de resíduos, por exemplo, tecidos mortos.
	Sala de preparo
	Agentes físicos: ruído em função do latido dos animais; choque nas máquinas de tosa; calor.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; manipulação de medicamentos para assepsia da pele do animal.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; levantamento e deslocamento de peso pelo veterinário e auxiliar ao colocar animais na mesa; instalações inadequadas, com mesa sem regulagem de altura.
Agentes acidentais: lesões por mordida e/ou arranhadura; ferimentos por objetos perfuro cortantes durante a tricotomia ou acesso venoso.
	Deve-se realizar a contenção física dos animais e logo a contenção química (manipulação da anestesia), observar o estado dos equipamentos e materiais utilizados para o procedimento, tomar cuidado com piso (deve estar seco), prestar atenção ao manipular os produtos de antissepsia e tomar cuidado com os aparelhos que possam dar choque.
	Sala de antissepsia
	Agentes físicos: calor.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; manipulação de medicamentos para assepsia da pele.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; altura da pia.
Agentes acidentais: espaço inadequado; arranjo físico deficiente.
	Devem-se seguir as resoluções do CONAMA para o descarte de resíduos.
	Sala de esterilização dos materiais
	Agentes físicos: choque; calor.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...); contato com restos de tecidos e fluídos orgânicos dos animais.
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; instalações inadequadas.
Agentes acidentais: espaço inadequado; ferimentos por objetos perfuro cortantes.
	Cuidado no manuseio dos equipamentos e dos materiais utilizados para a realização da esterilização, desinfecção e antissepsia.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Setor de auxílio de diagnóstico
Quadro 6 - Possíveis riscos presentes nas ramificações do setor de auxílio de diagnóstico e como preveni-los.
	Ramificação
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Sala de raios X
	Agentes físicos: radiação ionizante; choque; calor. 
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; manipulação de medicamentos.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; instalações inadequadas; levantamento e deslocamento de peso pelo veterinário e auxiliar ao colocar animais na mesa.
Agentes acidentais: ferimentos por objetos perfuro cortantes ao se canular a veia do animal; disparo acidental do raio X.
	Uso de EPI's e a não permissão de mulheres grávidas ou animais com filhote sem proteção correta dentro da sala.
	Sala de revelação
	Agentes físicos: radiação ionizante por deficiência de blindagem; choque; calor.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; contato com soluções usadas para revelação e fixação das chapas; vapores emanados das soluções de revelação e fixação.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...).
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; instalações inadequadas.
Agentes acidentais: espaço inadequado; arranjo físico deficiente.
	Ventilação e exaustão adequadas.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Laboratório
Quadro 7 - Possíveis riscos presentes no laboratório e como preveni-los.
	Setor
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Laboratório
	Agentes físicos: choque; calor; ruído e vibrações.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos;manipulação e preparo de substâncias e reagentes.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...); contato com fluídos.
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; instalações inadequadas.
Agentes acidentais: espaço inadequado; ferimentos por objetos perfuro cortantes.
	Utilização de EPI's, e cuidado ao manusear produtos químicos, antígenos e amostras de tecidos.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Setor de internação
Quadro 8 - Possíveis riscos presentes no setor de internação e como preveni-los.
	Setor
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Internação
	Agentes físicos: choque; calor; ruído.
Agentes químicos: contato com produtos usados para limpeza e desinfecção do piso e demais instalações e equipamentos; manipulação e preparo de substâncias e reagentes; manipulação de medicamentos e pesticidas.
Agentes biológicos: contato com secreções de animais e insetos (pulgas, carrapatos...); contato com fluídos.
Agentes ergonômicos: postura repetitiva; bancadas sem regulagem de altura; gaiolas de internação muito altas ou baixas.
Agentes acidentais: ferimentos por objetos perfuro cortantes; acidentes por mordedura e/ou arranhadura.
	Fazer o descarte correto dos resíduos, não fazer aplicação de medicamentos de uso tópico sem luvas, utilizar EPI's, evitar grande fluxo de pessoas no local, sinalizar o local de risco e evitar a entrada de proprietários no recinto.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
Setor de sustentação
Quadro 9 - Possíveis riscos presentes nas ramificações do setor de sustentação e como preveni-los.
	Ramificações
	Possíveis Riscos
	Prevenção
	Lavandeira, depósito e sala de estocagem de medicamentos
	Agentes físicos: ruídos; calor, calor.
Agentes químicos: falta de ventilação.
Agentes biológicos: contato com tecidos, secreções e insetos.
Agentes ergonômicos: instalações inadequadas.
Agentes acidentais: quebra de vidrarias.
	Separação de setores de substâncias incompatíveis, não guardar materiais de uso constante, não deixar o piso escorregadio, sinalizar o local com placas de risco químico e biológico, identificação e rotulagem dos frascos e caixas, deve ter boa iluminação, boa ventilação, devem ser locais amplos, não carregar grandes pilhas de caixas e roupas, não fumar e não comer no local.
Fonte: Raissa Jarochinski, 2017.
CONCLUSÃO
A biossegurança em clínicas de pequenos animais abrange dois âmbitos importantes para qualquer instituição que tenha um papel a zelar pela saúde. Essa competência é a preservação tanto da estrutura que compõe o ambiente de trabalho quanto da saúde de quem desempenha suas funções nesse lugar. O conjunto íntegro das valências proporciona a segurança e o bem estar dos indivíduos.
Os trabalhadores em ambientes hospitalares veterinários devem buscar esclarecimento quanto à legislação na qual se enquadrar, visando direitos constitucionais que o protejam em função do grande número de fatores de risco a que estão expostos. A condição de autônomo não possui vínculo empregatício, sendo assim, não há a obrigatoriedade de realizar exames médicos. Estes são de grande importância em preservar a saúde dos trabalhadores, confirmando a aptidão necessária para realizar a função e de que forma esta compromete sua saúde no decorrer do tempo. Vale ressaltar, a aquisição de proteção imunológica contra uma doença infecciosa, tais como, as vacinas antirrábicas e antitetânicas. Além de realizar um diagnóstico dos possíveis riscos encontrados nos diferentes ambientes é importante um prévio conhecimento sobre e formas de evitá-los, removê-los ou minimizá-los.
Por conseguinte, o cumprimento das normas já existentes, a combinação de procedimentos padrão, mudanças na prática de trabalho, uso dos diversos recursos tecnológicos, educação continuada e a sensatez, são medidas importantes para melhorar as condições de trabalho e biossegurança nesses ambientes.
REFERÊNCIAS
Biossegurança na experimentação e na clínica veterinária de pequenos animais. Disponível em: <http://www.rcvt.org.br/suplemento11/153-157.pdf>. Acesso em 08 de Março, 2017.
Cães mortos são achados dentro de clínica veterinária no interior de SP. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2016/12/caes-mortos-sao-achados-dentro-de-clinica-veterinaria-no-interior-de-sp.html>. Acesso em 23 de Março, 2017.
Clínica veterinária ilegal é fechada com animais em meio à sujeira. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2015/10/clinica-veterinaria-ilegal-e-fechada-com-animais-em-meio-sujeira.html>. Acesso em 23 de Março, 2017.
“Entenda o que é uma profissão regulamentada?”. Disponível em: <http://www.trabalhismoemdebate.com.br/2009/03/entenda-o-que-e-uma-profissao-regulamentada/>. Acesso em 16 de Março, 2017.
Exame admissional. Disponível em: <http://www.occupmedica.com.br/exames-clinicos/exame-admissional.html>. Acesso em 14 de Março, 2017.
Manual de biossegurança. Disponível em: <https://cesmac.edu.br/admin/wp-content/uploads/2015/09/Manual-de-Biosseguran%C3%A7a-de-Medicina-Veterin%C3%A1ria-2015.pdf>. Acesso em 18 de Março, 2017.
Manual de biossegurança e boas práticas laboratoriais. Disponível em: <https://genetica.incor.usp.br/wp-content/uploads/2014/12/Manual-de-biosseguran%C3%A7a-e-Boas-Pr%C3%A1ticas-Laboratoriais1.pdf>. Acesso em 03 de Março, 2017.
“O que é PCMSO?”. Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/o-que-e-pcmso/>. Acesso em 16 de Março, 2017.
Profissional liberal - direito trabalhista enquanto empregado e obrigações enquanto empregador - aspectos gerais. Disponível em: <http://www.sitesa.com.br/contabil/conteudo_trabalhista/procedimentos/profissao_regulamentada/20.html>. Acesso em 08 de Março, 2017.
RODRIGUES, R., Marcello; BELARMINO, G.F., José; ANTONIO, F.C., Marco. Biossegurança em ambientes hospitalares veterinários. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.
Saiba o que são os exames médicos admissional e demissional. Disponível em: <http://meusalario.uol.com.br/main/trabalho-decente/saiba-o-que-sao-os-exames-medicos-admissional-e-demissional>. Acesso em 22 de Março, 2017.

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