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Projeto_de_M_sica_Pedro_e_o_Lobo

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
MOGI DAS CRUZES
ESCOLA MUNICIPAL
DOM PAULO ROLIM LOUREIRO
PINDORAMA
PROJETO DE MÚSICA
“DE PEDRO E O LOBO PARA OUTRAS CULTURAS”
Judite Maria Grilli Lovro
2004
PROJETO DE MÚSICA 
“DE PEDRO E O LOBO PARA OUTRAS CULTURAS”
COMO TUDO COMEÇOU
	
	No início do ano de 2003 ao traçarmos os objetivos e conteúdos da Educação Musical, baseados no Referencial Curricular para a Educação Infantil, sentimos a necessidade de um trabalho mais efetivo, que não se limitasse à reprodução de canções alusivas às datas comemorativas, ou trouxesse a formação de hábitos e atitudes por meio de “musiquinhas de comando”, como escreve Rosa Fuks. Procuramos então ter uma aproximação maior com a música, escutar estilos diferentes, explorar sons e pesquisar muito.
“(...) a mudança em educação depende daquilo que os professores pensarem dela e dela fizerem e da maneira como eles a conseguirem construir activamente. A mudança dependerá, por conseguinte, das estratégias adaptadas pelos diversos actores. Essas estratégias devem, por um lado, favorecer a mudança das atitudes e das práticas dos professores e, por outro, melhorar o funcionamento dos lugares de trabalho - os estabelecimentos escolares -, nos quais eles trabalham e interagem”.(Perrenoud & Thurler, 1994, p. 33 - 34)
Grupo de professoras preparando material
Como não tínhamos um professor especialista em nosso grupo, contamos com apoio técnico-pedagógico da assessoria em música providenciada pela Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes, que muito colaborou na concretização e sucesso de nosso projeto, na mudança de atitudes e prática dos professores, pois:
 “O compromisso com um projeto educativo que vise reformulações qualitativas na escola precisa do desenvolvimento, em profundidade, de saberes necessários para um competente trabalho pedagógico. (...) Em síntese, ele precisa saber arte e saber ser professor de arte” (Fusari & Ferraz, 1992, p.49) 
OBJETIVOS 
Traçamos como objetivos deste Projeto:
- Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar o conhecimento do mundo.
- Perceber e expressar sensações, sentimentos e idéias por meio da produção, apreciação e contextualização, conforme a Proposta Triangular do Ensino de Arte.
Quanto a estes objetivos pensamos:
- na importância da música na formação da pessoa, em lugar de deter-se apenas nas questões de formação especificamente musicais. Repetindo as palavras do músico e professor Koellreutter:
 “É necessário que a música, ensinada na escola, se converta em um instrumento, em um fator funcional de estética e de humanização do processo civilizador em todos os seus aspectos.Somente o ensino da música como instrumento contribuirá para a conscientização do homem e para o desenvolvimento sócio-cultural da população brasileira”. (1994, p.13) 
- na Proposta Triangular do Ensino de Arte formulada por Ana Mae Barbosa:
 “Na verdade, há uma dupla triangulação nesta abordagem epistemológica: primeiro, quanto à concepção dos componentes do ensino / aprendizagem, constituídos por criação (fazer artístico), leitura da obra de arte e contextualização histórica e, depois, na gênese de sua sistematização, originada em uma tríplice influência, na deglutição de três outras abordagens epistemológicas: as Escuelas al Aire Libre mexicanas, o Critical Studies inglês e o DBAE (Discipline Based Art Education) americano” (BARBOSA, 1995, p.62)
NOSSA REALIDADE
RETRATO DO MUNICÍPIO
	Mogi das Cruzes está situado a leste da região metropolitana da Grande São Paulo, no compartimento hidrográfico do Alto Tietê - Cabeceiras e possui 727 km2 de extensão territorial, sendo o segundo maior município em área territorial da região metropolitana de São Paulo, a 72 km da Capital.
	O principal aspecto que tem marcado a evolução econômica de Mogi das Cruzes tem sido a substituição progressiva da preponderância do setor primário e, mais tarde, do setor secundário, na economia do Município, por divisão mais ampla com o setor terciário das participações na geração de renda e emprego. A área de serviço é o setor da economia que mais emprega mão de obra, respondendo por cerca de 35% dos postos de trabalho existentes no município.
Mogi das Cruzes conta com um parque empresarial instalado com 350 Indústrias, 5500 Comércios, 7000 Serviços em geral e 2000 estabelecimentos de Agronegócios. 
	Quanto a Educação, Mogi das Cruzes está em uma situação privilegiada, uma vez que possui aproximadamente 100.000 estudantes, distribuídos por uma rede de escolas públicas municipais, estaduais, de escolas particulares de educação infantil, ensino fundamental e médio, escolas técnicas, duas universidades e duas faculdades isoladas.
CARACTERIZAÇÃO DE NOSSA ESCOLA
	
A Escola está localizada no bairro de Pindorama, zona rural de Mogi das Cruzes, numa distância de aproximadamente 25 km da cidade, e possui duas salas vinculadas no bairro Barroso, também zona rural de Mogi das Cruzes, a 8 Km da escola sede.
	A agricultura é a atividade econômica básica. Encontramos o cultivo de verduras e legumes. Essa cultura é feita para o comércio, através das cooperativas. Quase toda a produção é transportada para os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. Há também outras culturas como fruticultura, floricultura e avicultura.
	Nossa escola atende crianças na faixa etária de dois anos e meio a seis anos, sendo que a maioria é filhos de agricultores. Muitos desses acompanham os pais na lavoura, e um número significativo de alunos são de descendência japonesa, uma vez que nosso município teve grande contingente migratório do Japão, bem como dos estados da região nordeste, o que é, também, uma característica de nosso estado. 
	São crianças que têm pouco ou nenhum acesso ao teatro, ao cinema e a apreciação das “chamadas músicas clássicas”. 
A partir dessa realidade procuramos, desenvolvendo um trabalho com a linguagem musical, “ampliar o universo” de nossos alunos.
 Escola Municipal Dom Paulo Rolim Loureiro ( Zona rural)
	
 DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES
 DURAÇÃO DO PROJETO “PEDRO E O LOBO”
	- Cinco meses (segundo semestre de 2003).
PRINCIPAIS CONTEÚDOS
- Percepção auditiva: timbre dos instrumentos musicais e diferentes ritmos.
- Memória musical.
- Tema Musical: discriminação dos temas de cada personagem.
- Propriedades do som: altura, duração, intensidade e timbre.
- Pulsação, frases e períodos musicais.
- Apreciação da obra de Prokofiev “Pedro e o Lobo” em diferentes mídias, bem como a contextualização histórica e geográfica. 
- Vivência de apreciação musical ao vivo de obras instrumentais interpretadas pela Banda Sinfônica Adventista e pela Banda da Polícia Militar.
- Gosto pela apreciação e produção de músicas de diferentes estilos musicais ( A Barca, Strauss, japonesa, chinesa, italiana, polonesa, etc).
- Conhecimento da obra de Prokofiev “Pedro e o Lobo”.
- Aspectos culturais dos países de origens das famílias das crianças. Interpretação e arranjo musical cantando, tocando e dançando músicas de vários países.
CONHECENDO UM POUCO DA HISTÓRIA DE “PEDRO E O LOBO”...
	
Quando Serguei Prokofiev compôs a música para a história de Pedro e o Lobo, ele representou cada personagem desse antigo conto russo com instrumentos da orquestra. Assim Pedro, um garoto determinado a caçar o lobo com uma espingarda de rolha, foi representado pelo quarteto de cordas, e seus amigos que o acompanham nessa aventura: Sacha, o passarinho, pela flauta, num registro bem agudo; a pata Sonia, pelo oboé; o gato Ivan, pelo clarinete, num registro bem baixo; o avô de Pedro, pelo fagote; o lobo, por três trompas; e os tiros dos caçadores, por instrumentos de percussão, os tímpanos. A história termina com uma grande festa! Pedro e os caçadores levam o lobo parao Zoológico e o tema musical desse momento é tocado por todos os instrumentos da orquestra.
PROCEDIMENTOS E ATIVIDADES
	Por meio de jogos cantados, brincadeiras, jogos de mão, jogos de percepção auditiva, pudemos trabalhar as características dos sons e silêncio de maneira prazerosa, partindo do conhecimento dos sons da natureza, do ritmo do seu próprio corpo, do ambiente onde vivem... A metodologia, o procedimento, trouxe a seqüência ação, reflexão e ação, no desenvolvimento das várias atividades.
Atividade “Passa-passa gavião”
Atividade “Borboletinha” - jogos de mão
Realizamos várias atividades tais como:
Produção de sons corporais: Propusemos às crianças que explorassem no próprio corpo várias possibilidades de sons, como estalar os dedos, bater palmas, bater com as mãos no tórax, etc. Houve interesse, mas algumas crianças não criaram, apenas reproduziram o que os amigos fizeram. Em atividades posteriores procuramos motivá-las a criar.
Diferenciação de timbres: relembramos que o som está em todo lugar e que podemos produzir sons com diferentes objetos. Exploraram livremente materiais de sucata, tais como: garrafa pet, latas diversas, potes de plástico, papel, etc. Em seguida, cada aluno, de olhos vendados, identificou o som emitido. Foi muito bom ver a sensação de prazer que as crianças demonstraram ao descobrir que com esses objetos é possível produzir os sons. Não tiveram dificuldade em identificar os timbres. Posteriormente realizamos essa atividade com instrumentos de percussão e de sopro (flauta, apito e corneta). 
Discriminação auditiva: com a utilização de CDs e fitas cassete com sons da natureza e do entorno (animais, pássaros, água, trem, carroça, etc), as crianças, ao ouvirem as músicas, deveriam identificar os sons: de onde vinham ou quem produzia. Ficaram muito atentas; foi impressionante o silêncio que fizeram. Foram capazes de distinguir os diferentes sons.
“Escuta Ativa” – apreciação musical por meio do movimento, da dança e do tocar instrumentos musicais: com a música Feuerfest de J.Strauss, utilizando bexigas e o movimento para vivência da pulsação básica e de períodos musicais, além do contato com a chamada “música clássica”, e com a música do folclore infantil da Polônia: Schott. A partir da fantasia de um conto, as crianças foram divididas em dois grupos: o grupo da “vila de cá” e o grupo da “vila de lá”. Cada grupo com seus instrumentos musicais diferentes e interpretando ritmos diferentes onde, no desenvolvimento da “música/ dança/ brincadeira/ imaginação” as crianças passam a vivenciar: pulsação básica, frases musicais, períodos e forma musical, ao mesmo tempo em que dançam e tocam seus instrumentos.
Percepção rítmica: com o objetivo das crianças expressarem-se por meio da voz, do corpo e de materiais sonoros, propusemos uma atividade utilizando clavas / paus de rumba e cocos. Primeiramente, marcaram o ritmo explorando as partes do corpo que produzam sons como: palmas, bater os pés, batendo a palma da mão no peito, nas pernas, etc, ao som da música “A Barca” (música do folclore brasileiro). Depois acompanharam o ritmo com os instrumentos. Muitos alunos tiveram dificuldades em acompanhar o ritmo tanto com o corpo, como com os instrumentos de percussão. Posteriormente propusemos várias brincadeiras resgatadas da cultura popular de tradição/ folclore como: jogos de mão e brincadeiras de roda, que ajudaram no desenvolvimento rítmico e melódico, principalmente dos alunos do Maternal e Jardim.
Brincadeira de mão “Pirulito”
Conhecendo a história de “Pedro e o Lobo”: com o objetivo de conhecer o som produzido pelos instrumentos musicais da história, as crianças assistiram ao vídeo de Walt Disney “Pedro e o Lobo”, que foi o nosso principal material de apoio. Observaram que cada personagem da história foi representado por um instrumento da orquestra. Nomearam os instrumentos, observando os respectivos cartazes que foram elaborados pela equipe da escola. Reproduziram vocalmente o som dos instrumentos. Posteriormente assistiram fitas e acompanharam leituras de livros com outras versões, o que ajudou na fixação dos temas musicais e identificação dos instrumentos. 
Identificação dos temas musicais e relação de cada personagem com o respectivo instrumento musical: colocamos na lousa os cartazes dos instrumentos que produzem os sons dos temas dos personagens. De forma alternada, a professora colocou o tema de cada personagem para as crianças ouvirem e identificarem o som do personagem e seu respectivo instrumento (através de um CD produzido didaticamente, onde cada tema musical tocado com o respectivo instrumento, encontra-se em uma faixa). A princípio confundiram alguns dos instrumentos, como por exemplo: a clarineta com o oboé. Posteriormente realizamos outros jogos de percepção auditiva e jogos como dominó e memória, que facilitaram a identificação, nomeação e discriminação desses instrumentos.
Crianças jogando jogo da memória
Jogando dominó
	O desenvolvimento de jogos simbólicos e de jogos de regras foi uma constante em todo projeto. Em alguns momentos as crianças criaram brincadeiras, espontaneamente, utilizando adereços e mascaras, fazendo no faz de conta as vezes do Lobo, de Pedro e dos demais personagens. Em outros momentos a brincadeira consistia em ouvir cada faixa do CD, contendo um tema musical, e a equipe solicitada deveria correr até o cartaz do respectivo instrumento. Esses cartazes foram fixados em pontos estratégicos da sala. A atividade foi dinâmica, os alunos ouviram com atenção cada tema e conseguiram discriminar todos os instrumentos por meio dos respectivos timbres e temas musicais.
 
Identificando temas musicais
INTERDISCIPLINARIDADE
	O projeto como um todo considerou o aspecto da integração do trabalho da linguagem musical com as outras áreas do conhecimento, bem como os objetivos e conteúdos específicos da Educação Infantil e a realidade da criança:
	- Natureza e sociedade: localização geográfica, clima, aspectos da cultura, tais como dança e vestuários, a classificação dos animais, a consciência ecológica e o resgate de valores e atitudes.
- Linguagem: seqüência lógica no relato da história, nomeação e escrita dos nomes dos instrumentos, ampliação do vocabulário.
Seqüência da história
	- Artes visuais e cênicas: desenho e pintura, dobradura, dramatização utilizando fantoches.
Alunos assistindo o teatro de fantoches
	- Matemática e percepção visual: conjuntos envolvendo a classificação dos instrumentos de percussão, sopro e cordas, jogos da memória, dominós e quebra-cabeças.
	- Movimento: percepção sonora aliada ao movimento por meio de jogos de regras onde se faziam presentes músicas tais como: de Prokofiev, Strauss, folclore polonês, folclore brasileiro, musica as típicas da China, Japão, Itália, Estados Unidos, etc.
	
RELAÇÃO ESCOLA - COMUNIDADE 
	Não limitamos nosso trabalho à sala de aula apenas, também realizamos eventos com a participação dos pais e da comunidade, tais como:
● Apresentação da Banda da Polícia Militar, na 2ª Expopin (Exposição de Pindorama - Prestação de serviços à comunidade, exposição de produtos agrícolas e artesanatos da região, realizada em nossa escola).
Banda da Polícia Militar
● Apresentação da Banda Sinfônica da “Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma”, de São Paulo, que se ofereceu para se apresentar, especialmente por causa do projeto de música, na E.E. “Luiz de Oliveira Machado” no bairro do Barroso, onde temos duas salas vinculadas. 
Banda Sinfônica da “Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma”
E.E. “Luiz de Oliveira Machado” no bairro do Barroso
Os alunos vibraram ao identificar na apresentação musical os instrumentos da história “Pedro e o Lobo”, e entusiasmados exclamaram:
- “Olha aquele é o instrumento do Pedro”... 
- “Estão tocando o clarinete do gato Ivan”. 
Foi fantástico! 
● Os alunostambém tocaram com a banda “Havia um pastorzinho”, utilizando metalofones, xilofones, teclado e instrumentos de percussão .
Música “Havia um pastorzinho”
	
● Pais e alunos puderam também assistir e tocar instrumentos musicais: 
- o pai da aluna Síbila, no dia da apresentação do teatro de fantoches, participou interagindo com as crianças ao tocar seu violão.
Pai de aluno tocando violão para as crianças
DE “PEDRO E O LOBO” PARA OUTRAS CULTURAS...
	
Assim como a história “Pedro e o Lobo” ampliou o conhecimento de mundo trazendo às crianças uma nova cultura, a cultura russa, ainda em 2003 elas também puderam vivenciar uma música do folclore infantil da Polônia, o SCHOTT, que representa a história de duas vilas; e uma música clássica da Áustria FEÜRFEST, de Joseph Strauss. Com essas duas músicas o foco do trabalho foi com pulsação básica, frases musicais, períodos musicais e forma musical.
�
Apresentação do “SCHOTT” - Profª Jaqueline
Apresentação de “FEÜRFEST”
Apresentação de “FEURFEST”
	
Dando continuidade ao projeto de música, para este ano procuramos desenvolver a linguagem musical de forma globalizada com outros dois projetos de nossa instituição: “Comunidade na Escola” e “Ampliando Horizontes Geográficos e Culturais”. Uma das atividades que atende e prioriza esses projetos é a Festa dos Aniversariantes, que ocorre a cada dois meses, sendo que se apresenta, em cada festa, um país. Os pais dos aniversariantes, com o apoio dos professores e funcionários, pesquisam sobre o país escolhido, de acordo com os quesitos: bandeira do país, localização geográfica (painel com o mapa Mundi ; roupa e comida típica; dança e música; vídeos e/ou imagens de pontos turísticos do país, e idioma – quando ensinamos às crianças palavras que desenvolvem valores e atitudes, tais como: bom dia, obrigado, por favor, etc. 
Professora localizando a Itália no mapa
	
Assim, como o projeto “Pedro e o Lobo”, procuramos integrar todas as áreas do conhecimento ao enfocarmos determinado país, especialmente na área de música, com a utilização de instrumentos tais como: metalofones, xilofones, instrumentos de percussão, etc; instrumentos esses recebidos nesse ano da Secretaria Municipal de Educação, que apoiou e incentivou a continuidade de nosso projeto. Criamos pequenos arranjos com as crianças, que estão acrescentando ao seu repertório músicas de diferentes estilos, típicas do nosso país e de países como o Japão, China, Itália, Angola, etc. A escolha dos países relaciona-se à origem das famílias das crianças da escola.
Alunos tocando metalofones
 China
Dança da música “Chinesa”
Música da “Polenta”
	Na Festa do Japão tivemos a participação da tia dos alunos Tiffany e Nicolas, que é natural do referido país, onde atuava como professora. Ela ensinou a música “Ookina Kuri No” (Debaixo da castanheira), tocando teclado, e também os passos da dança. As crianças se apresentaram vestidas com quimonos.
	
	Tia da aluna tocando teclado (música japonesa)
	
Ao enfocarmos o Brasil pudemos resgatar as brincadeiras cantadas, tais como: “Passa, passa gavião”, “O trem de ferro”, “Onde está a Margarida”, “A carrocinha”, etc; que muito acrescentou no desenvolvimento rítmico e melódico. Músicas do nosso folclore como “Caranguejo”, “O cravo e a rosa”, “Alecrim”, “Cai, cai balão”, “Pula fogueira” foram algumas que as crianças cantaram acompanhadas pela professora Simone tocando violão, no dia da Festa “Música na roça”.
Profª Simone tocando violão e cantando com os alunos
AVALIAÇÃO	
Importante destacar que a avaliação diagnóstica norteia nosso trabalho, sendo que levamos em conta o desenvolvimento individual do aluno. 
	
Assim como coloca Luckesi:
“... na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida.” pois, “Avaliar um educando implica, antes de mais nada, acolhê-lo no seu ser e no seu modo de ser, como está, para, a partir daí, decidir o que fazer”(2000, p. 7) 
	Através do fascinante conto russo “Pedro e o Lobo” pudemos explorar os elementos musicais, a percepção auditiva, os temas musicais, bem como ampliar a visão de mundo dos nossos alunos, que tiveram oportunidade: de conhecer uma cultura bem diferente da nossa, conhecer os instrumentos de uma orquestra que até mesmo de nós, professoras, muitos eram desconhecidos; de despertar o interesse por novas histórias, por diferentes estilos de música, etc.
	Houve uma melhora expressiva quanto a atenção e concentração, notória em todas as áreas. A sensibilidade e percepções foram aguçadas bem como o gosto pela música. Com os jogos de mãos, brincadeiras de roda e jogos cantados, houve acentuado desenvolvimento motor e rítmico, pois hoje, ao tocarem os instrumentos, as crianças o fazem respeitando o ritmo, a pausa (ausência do som), a pulsação. Vimos isso refletido também nas danças ensaiadas e apresentadas nas “festas dos países”, onde tudo acontece naturalmente e os alunos participam com espontaneidade e prazer, até mesmo os mais tímidos.
Atividade na sala de aula com xilofones prancha, wood-block, metalofone e pandeiros
	 Com a música, brincadeiras e danças, a escola ficou mais alegre.
Vale a pena destacar que tudo isso foi alcançado num curto período e há muito o que aprender, há muito o que crescer, que houve momentos de dúvidas, muitas dúvidas! Receios, acertos e erros e que as possibilidades são ilimitadas, se houver vontade, pesquisa, uma boa assessoria e envolvimento de todos.
	
	Permita-me encerrar com o depoimento de uma mãe, que entusiasmada com o trabalho desenvolvido disse:
 - “Essa escola é especial, é diferente de outras que conheço, pois o que se ensina aqui, a criança leva consigo para o resto da vida, pois são ensinamentos significativos, não se perdem com o tempo!”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
Esse Projeto foi desenvolvido por toda equipe da escola, envolvendo a Direção, professores, funcionários, pais e comunidade.
	Para o desenvolvimento do projeto, pudemos contar com o precioso apoio da Supervisora Luiza Conceição e da Assessora Professora Iveta Maria Borges Ávila Fernandes, que é especialista na área de música, por meio de visitas em nossa escola e Cursos de Formação Continuada, no espaço físico da Universidade Braz Cubas; promovidos pela Secretaria Municipal de Educação; e de Encontros de Relatos de Experiência e de Prática Musical, em escolas da rede municipal de ensino de Mogi das Cruzes.
Equipe da Escola:
Diretora: Rosilda de Jesus Rissoni.
Professoras: Elis Maria de Araújo, Jaqueline Palanca Correa, Judite Maria Grilli Lovro, Maria Benedita de Campos Reis e Márcia Silva Maciel e Simone Teodoro Silva
Funcionários: Carlos Antonio Filho, Flávia Brandão Donofreo Silva e Neide Aparecida Gonçalves de Oliveira.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação Pós-Colonialista no Brasil: Aprendizagem Triangular. Revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/USP & Ed. Moderna, Ano I, n.2, p.59-64, jan/abr, 1995.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume 3. Brasília. MEC / SEF, 1998.
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2003.
CRISPUN, Denise. Pedro e o Lobo (Adaptação). Rio de Janeiro: Agir, 1998.
FERNANDES, Iveta Maria Borges Ávila & TOJAL, Amanda Pinto da Fonseca. “Relato de experiência: Ensino de Arte: A Escola e o museu integrando as linguagens plástica e musical, gerando um trabalho interdisciplinar.” In: Educação para crescer - Projeto Melhoria da qualidade de ensino / Educação Artística - 1º e 2º graus. p. 29 - 31. Porto Alegre: SEE / RGS, 1993.
FERRAZ, Maria Heloisa C. Toledo e FUSARI, Maria F. de Resende. Metodologia do Ensino da Arte. Coleção magistério 2º grau. São Paulo:Cortez, 1993.
FUKS, Rosa. O discurso do silêncio. Rio de Janeiro: Enelivros, 1991.
FURTH, Hans G. Piaget na sala de aula. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
HAYDES & THOMPSON. Conheça a orquestra. São Paulo: Editora Ática, 1995. 
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. São Paulo: Scipione, 1997.
KOELLREUTTER, H. J. O humano: objetivo de estudos musicais na escola moderna. In: 3º Simpósio Paranaense de Educação Musical. ANAIS. Londrina, 1994, p.10-17.
LUCKESI, Cipriano. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? In: Revista Pátio, Porto Alegre: Artmed, ANO 3, N. 12, FEV / ABR 2000.
MIRANDA, Nair. Álbum de figurinhas com Instrumentos Musicais. Rio de Janeiro: Brasil - América Limitada, 1971.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos.São Paulo: Cortez, 2002.
PROKOFIEV, Sergei. Pedro e o Lobo. Lisboa: Verbo, 1999 (Coleção Leio Sozinho). 
 
__________________. Pedro e o Lobo. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 
__________________. Pedro e o Lobo. São Paulo: FTD, 2002.(Coleção Contos de Ouro).
STURROCK, Susan. Dicionário Visual de Música. São Paulo: Global, 2001.
THURLER, Mônica G, PERRENOUD, Philippe. A escola e a mudança. Contributos Sociológicos. Lisboa: Editora Escolar, 1994.
MULTIMIDIA
 
LP
PROKOFIEV – Roberto Carlos narra PEDRO E O LOBO, OP.67. New York Philarmonic / Leonard, Regente. CBS. 1970. 
 
VHS
O PEDRO E O LOBO / Prokofiev. Versão Walt Disney
PEDRO E O LOBO / Prokofiev, interpretado pelas crianças do Royal Ballet de Londres
PEDRO E O LOBO / Prokofiev, Sergei. Peter and the wolf – A Musical Tale for Children. Royal Concergebouw Orquestra. Haitink, Bernard. Versão Origami e Direction by Ayüre – Scheele. Narrado e dublado por Miguel Falabella.

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