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CME - aula

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Centro Cirúrgico e CME
Enf: Polyanna Rodrigues 
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Manuseio de Instrumentais
Manuseio de materiais:
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Instrumental Cirúrgico
Instrumental é todo material utilizado na realização de intervenções cirúrgicas, retirada de pontos, exames, tratamentos, e curativos.
Classificam-se em especiais e comuns:
Os especiais são os instrumentos utilizados apenas em determinadas cirurgias e em tempos específicos;
Os comuns são os instrumentais básicos utilizados em qualquer tipo de intervenção cirúrgica nos tempos fundamentais como diérese (corte), hemostasia (pinçamento dos vasos sangrantes) e síntese (sutura).
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Instrumental Cirúrgico
Antissepsia: utilizadas para realização da antissepsia do local a ser operado.
Pinça Pean
Pinça Foester
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Instrumental Cirúrgico
Diérese: fase de abertura – serve para cortar e dissecar os tecidos.
Bisturi - Instrumento cirúrgico em forma de pequena faca, reta ou curva, para praticar incisões.
Tesoura de Metzembaum – usada para corte de tecidos.
Tesoura de Mayo – usada para cortar fios de sutura, gaze ou outros materiais.
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Instrumental Cirúrgico
Hemostasia: conter sangramento – serve para pinçamento de vasos sangrantes.
Pinças Kelly 
Pinças Kocher
Pinças Halstead mosquito
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Instrumental Cirúrgico
Preensão: servem para segurar e suspender vísceras e órgãos.
Allis 
Collin
Duval (triangular)
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Instrumental Cirúrgico
Síntese: união dos tecidos – serve para suturar.
Porta-agulhas
Agulhas
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Instrumental cirúrgico
Pinças de campo: serve para fixação de campos que delimitam a área operatória.
Backaus;
Pinças que servem como auxiliares:
Pinça dissecção (anatômica)
Pinça dissecção com dente (dente de rato)
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Instrumental cirúrgico
Afastadores: servem para afastar os tecidos abertos. Podem ser ortostáticos:
Gosset
Balfour
Finochietto
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Instrumental Cirúrgico
Manuais
Farabeuf
Doyen
Deaver
Suprapúbica
Obs.: Válvula de Doyen e Suprapúbica
 constituem parte do afastador autoestático de Balfour, porém são utilizados separadamente.
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Instrumentais cirúrgicos
Instrumentos especiais: exerese (retirada) – utilizados somente no tempo principal da cirurgia, diferenciando-se para cada especialidade cirúrgica.
Sacafibroma
Fórceps
Pinça de Goiva
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Instrumentais cirúrgicos
Acessórios: usados também na mesa cirúrgica:
Cuba rim
Cuba redonda
Caneta de bisturi - aparelho cirúrgico para secção ou coagulação dos tecidos, pela utilização de correntes de alta freqüência, aplicadas por eletrodos de formas diversas.
Gazes;
Compressas;
Fios de sutura;
Seringa.
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Cirurgia Cardíaca
A equipe da cirurgia cardíaca possui mais um componente importante:
O Perfusionista
Geralmente um técnico (pode ser um médico ou outro profissional de nível superior). Responsável pela realização da circulação extra-corpórea. 
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Cirurgia Cardíaca
As vias de acesso usadas convencionalmente para as cirurgias de coração são: 
 As Esternotomias;
 Toracotomias.
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Cirurgia Cardíaca
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Cirurgia Cardíaca
Cirurgia cardíaca minimamente invasiva: 
Toracoscópio com diâmetro de 5 ou 10 mm, conforme a necessidade de campo visual; 
Afastadores de átrio; 
Tesouras; 
Empurradores de nós;
Porta-agulha e contra porta-agulha;
Pinças, clamps, eletrocautério e grampeadores; 
Câmara de vídeo e fonte de luz. 
Kits de canulação femoral
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Minitoracotomia Lateral Direita
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Videocirurgia cardíaca 
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Montagem da Mesa Cirúrgica
O instrumentador e o auxiliar já paramentados iniciam esse ritual com a ajuda dos circulantes, selecionando um espaço da sala de menor circulação. 
Sobre a mesa, deverá ser colocado um campo impermeável (oleado), estéril, pois amortece o choque dos instrumentos e impermeabiliza a cobertura da mesa.
O instrumental deverá ser montada da seguinte forma: Próximo da mesa operatória deverão estar os instrumentos usados com mais freqüência na cirurgia;
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Montagem da Mesa
Dividi-se a mesa em 12 áreas:
Área 1: coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo e o corte para a esquerda;
Área 2: tesouras curvas, delicadas (Metzembaum) e forte (Mayo) com as pontas viradas para o instrumentador e a curvatura para baixo;
Área 3: pinças hemostáticas (Kelly curvas e retas).
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Montagem da Mesa
Área 4: Instrumentais versáteis do tipo Mixter e outros hemostáticos;
Área 5: Kocher reta;
Área 6: Pinças dissecção com e sem dente;
Área 7: Porta-agulhas com anéis voltados para baixo;
Área 8: Pinças de preensão Babcock, Allis e Duval e outros instrumentos complementares;
Área 9: Backaus;
Área 10: Pinças, tesouras e porta-agulhas longos;
Área 11: Compressa dobrada, fios pré-cortados, e fios de sutura;
Área 12: Uso versátil (cuba rim, cuba redonda, afastadores, seringa, gazes).
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Divisão da Mesa
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Colocação dos Campos
Após antissepsia iniciar a colocação dos campos operatórios: O instrumentador entrega ao cirurgião um dos campo maiores, este campo é desdobrado nas duas extremidades sendo uma segurada pelo cirurgião e outra pelo auxiliar, e é colocado sobre as pernas do paciente.
O segundo campo será colocado na parte superior do abdome da mesma forma do primeiro, sendo que suas extremidades deverão ser entregues ao anestesista ou ao circulante que constituirá uma forma de barraca isolando a equipe cirúrgica do anestesista. 
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Colocação dos Campos
A seguir serão colocados dois campos menores cobrindo as laterais do paciente.
Após a colocação dos campos estes serão fixados com as pinças Backaus.
O passo seguinte será fixar a caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador nos campos do paciente, feitas com pinças Backaus.
Para pequenas operações, usa-se campos menores de tamanhos variáveis com um orifício no centro através do qual se realiza o procedimento; são chamados campos fenestrados.
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Colocação dos Campos
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Colocação dos Campos
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Fios de sutura
Hoje existe uma grande variedade de fios, porém em urgência e emergência devemos conhecer os principais:
Os Absorvíveis são fios de sutura digeridos pelas enzimas do organismo durante o processo de cicatrização da ferida. Podem ser de origem animal: 
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Fios de Sutura
Os fios não absorvíveis (inabsorvíveis), são feitos de diversos materiais que não são afetados pelas enzimas. Podem ser de origem: animal, vegetal, sintética ou mineral; 
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Fios de sutura
É importante saber que os fios de sutura possuem tamanhos e curvaturas diferentes nos padrões de agulhas, estas podem ser: circulares, cortantes, retas ou curvas;
Os fios possuem numeração de identificação que vão desde o 0 ao 10-0, quanto maior o nº, menor a espessura, portanto mais fino.
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Fios de Sutura em cirurgia Cardíaca
Polipropileno: É um polímero do propileno, um derivado do gás propano. Disponível na cor azul e natural. 
Vantagens: Grande segurança nos nós;
Retém sua tensão de estiramento após a implantação nos tecidos; 
não é enfraquecido pelas enzimas teciduais e é por isso usado em sutura cardiovascular. 
Possui também grande resistência à infecção bacteriana. Desvantagens: o fio torna-se escorregadio. 
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O que a Equipe cirúrgica deve saber?
Não usar adornos como anéis, brincos e relógios.
Utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica durante todo o procedimento.
Não esquecer de perguntar quais os fios que serão usados no procedimento.
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O que a Equipe cirúrgica deve saber?
Não falar alto, dar gargalhadas ou fazer comentários desagradáveis diante do paciente;
Não encostar em qualquer local estéril depois de paramentado;
Não elevar as mãos próximo ao rosto ou abaixo da cintura;
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O que a Equipe cirúrgica deve fazer?
Não dar as costas para os campos do paciente ou para mesa e pacotes estéreis abertos.
Manter os instrumentais limpos, organizados nos seus devidos lugares.
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O que a Equipe cirúrgica deve fazer?
A pinça de antissepsia não deverá voltar para a mesa do instrumental.
Retirar sempre o material deixado em cima do paciente e separar todo material perfurocortante utilizado ao final da cirurgia.
Quando for utilizar álcool ou tintura de benjoim solicitar a circulante para desligar o bisturi elétrico.
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CME
Conjunto de áreas destinadas à recepção, expurgo, preparo de esterilização, guarda e distribuição dos materiais para as unidades de estabelecimento.
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Finalidades da CME
Concentrar os artigos e os instrumental esterilizados, ou não, tornando mais fácil seu controle, conservação e manutenção;
Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização assegurando economia do pessoal, material e tempo;
Distribuir artigos esterilizados para as diversas unidades de atendimento a paciente;
Treinar pessoal para as atividades especificas do setor, conferido-lhe maior produtividade.
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Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos artigos e das técnicas de esterilização aumentado a segurança do uso;
Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas;
Manter estoque de artigos, a fim de atender prontamente à necessidade de qualquer unidade do hospital.
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Localização
Segundo a Resolução SS-374 de 15 de dezembro de 1995 a CME deve estar localizada distante da circulação do público e ser de uso restrito aos funcionários que atuam na unidade.
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Estrutura física
Pisos e paredes de cor clara e fácil a limpeza;
Janelas amplas, altas e fechadas, quando a ventilação for com ar-condicionado;
Iluminação artificial ou natural, devendo facilitar o desenvolvimento das atividades dos funcionários, sendo artificial a lâmpada utilizada deve ser fluorescente;
Ventilação adequada;
Sistema de exaustação do calor regado pelas auto-claves, com a finalidade de manter a temperatura agradável.
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Estrutura física – Áreas CME
Recebimento do material:
Recebe-se apenas material completo e em perfeitas condições; 
Não estando completo o material é devolvido;
Se danificado, o material é separado e enviado para o conserto.
Expurgo:
Remoção da sujidade;
Remoção, redução e se possível a destruição de todos os microorganismo.
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 Esterilização
Autoclave de óxido de etileno
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Equipamentos básico de uma CME
Maquina lavadora instrumental;
Maquina seladora de embalagens;
Autoclaves;
Estufa elétrica (forno de Pasteur);
Carros para carregamento de autoclave;
Carro para transporte de materiais;
Suporte de cestos para guarda materiais;
Mesa e balcões de trabalho;
Cadeiras anatômicas;
Baldes;
Bacias e respectivos suportes;
Recipientes para lixo e suporte de sacos de lixo.
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Cuidados necessários
Planejamento da qualidade;
Observação da qualidade dos equipamentos;
Treinamento pessoal;
Previsão de materiais – consumo em 24 horas multiplicado por 4.
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Atribuições do Enfermeiro
Supervisionar e controlar as atividades desenvolvidas em cada umas das áreas da CME;
Prover a unidade de recursos humanos e materiais (quantidade e qualidade);
Planejar e executar programas de treinamento e educação continuada;
Fazer levantamento mensal dos materiais solicitados pelos diversos setores do hospital;
Manter-se atualizado em relação aos novos tipos de materiais e equipamentos disponíveis no mercado;
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Manter relacionamento com outros setores; lavadeira, almoxarifado, setor de compras e demais unidades;
O enfermeiro padrão elaborar um regimento interno chamado POP da unidade;
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Classificação de artigos
ARTIGOS CRÍTICOS: Penetram tecidos estéreis ou sistema vascular e devem ser esterilizados para uso.
ARTIGO SEMI CRÍTICO: Destinado ao contato com a pele não intacta ou com mucosa integra – Ex: Equipamentos respiratório e de anestesia, endoscopia e etc. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS: Artigos destinados ao contato com a pele integra do paciente – Ex: comadres, cubas, aparelho de pressão e etc; requerem limpeza ou desinfecção de médio ou baixo nível.
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Limpeza
Processo pelo qual se faz a remoção física da sujidade, pois a presença de matéria orgânico dificulta a ação dos produtos químicos nos processos de desinfecção e esterilização.
 O método usual de limpeza de artigos é a lavagem com água e detergente comum, ou detergente o desincrustante ou detergente enzimático; o ideal é a limpeza por métodos mecânicos – maquina ultrassônica ou maquina lavadora desinfetadora.
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Desinfecção
 Processo pelo qual são destruídos os microorganismos em sua foram vegetal.
O produto químico age por contato, por isto que ele é colocado em uma cuba, onde o artigo é mergulhado e deve permanecer por um tempo nuca inferior a trinta minutos. Após a exposição retirar o artigo o enxaguar abundantemente para retirada completa dos resíduos do produto químico. 
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Lubrificação dos instrumentais
A lubrificação é necessária pois após a limpeza eles podem ficar rígidos em suas articulações e podem dificultar o manuseio .
Os indicados são lubrificantes solúveis em água que penetram nas articulações e se depositam em uma fina película que não interfere no processo de esterilização, existem no mercado lubrificantes que contêm um inibidor de ferrugem.
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Empacotamento
Deve garantir e manter o conteúdo do pacote estéril;
Utilizar técnicas adequadas que permita proteção, identificação, transporte e manuseio e manutenção da esterilização;
Identificar – nome do produto, data da esterilização, data da validade e nome do responsável;
Colocar indicadores químicos dentro de todos os pacotes;
Pacotes envoltados em tecido de algodao – usar fita indicadora;
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