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Apontamentos sobre JÚRI

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TRIBUNAL DO JÚRI – ART. 406 A 497 DO CPP
					Na visão moderna, o júri surgiu na Magna Charta da Inglaterra em 1215. O mundo já conhecia antes disto, como na Grécia e em Roma. Entretanto, propagou-se o Tribunal Popular a partir de 1215 com a seguinte redação: “Ninguém poderá ser detido, preso ou despojado de seus bens, costumes e liberdades, senão em virtude de julgamento de seus pares, segundo as leis do país”.
					Após a Revolução Francesa de 1789, tendo por finalidade o combate às idéias e métodos dos magistrados do regime monárquico, estabeleceu-se o júri na França, daí espalhando-se como ideal de liberdade e democracia para os demais países da Europa.
					O júri no Brasil foi instituído pela Lei de 18.7.1822 aos crimes de imprensa, composto por 24 juízes de fato “bons, honrados, inteligentes e patriotas”, julgando delitos de abuso da liberdade de imprensa, cabendo apelação para o Príncipe. A Constituição de 1824 (art. 151) estabeleceu que haveria juízes e jurados, e relacionava-se às causas cíveis e criminais. A Lei de 20.9.1830 instituiu o Júri de Acusação e o Júri de Julgação, e o Código do Processo Criminal do Império de 29.9.1832 outorgou-lhe atribuições, sendo o Júri de Acusação composto por 23 membros e o Júri de Sentença por 12. O Júri de Acusação foi extinto pela Lei 261 de 03.12.1841 incumbindo a formação da Culpa e pronúncia, passando pela proclamação da República e a CF/1891 que manteve a instituição do júri federal criado em 1890, mantendo-se pela CF/34/46/67, EC 1/69, CF/88, sempre com caráter público, contraditório e oral; divisão do procedimento em 2 fases e ainda composto por juíz togado e de fato com a incumbência de proferir o veredicto.
TRIBUNAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA COMPETENTE PARA JULGAR OS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA, TENTADOS OU CONSUMADOS (ARTS. 121-127 DO CP) , EM CONEXÃO ENTRE OS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA E DELITOS DE OUTRA ESPÉCIE, PREVALECE A COMPETÊNCIA DO JÚRI – ART. 78,I DO CPP. TRATA-SE DE UM ÓRGÃO COLEGIADO, CONSTITUÍDO DE UM JUIZ TOGADO (CUJA ATRIBUIÇÃO É PRESIDIR A SESSÃO E REDIGIR A SENTENÇA COM BASE NA DECISÃO DOS JURADOS) E DE 25 JURADOS SORTEADOS ENTRE OS ALISTADOS; DENTRE OS QUAIS SORTEIAM-SE 07 PARA A FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA. 
* Previsão Legal do Júri Popular: artigo 5o, inciso XXXVIII da Constituição Federal e artigo 406 a 497 do Código de Processo Penal
* princípios do Júri Popular:
 
1) plenitude de defesa – que é a ampla defesa de forma potencializada. Ao acusado em geral assegura-se a ampla defesa (art. 5, LV da CF). Amplo que dizer vasto, largo, rico, abundante. Pleno significa repleto, completo, absoluto, cabal, perfeito. A intenção do constituinte foi aplicar um método que privilegie a defesa, em caso de confronto incontornável com a acusação, homenageando sua plenitude.
2) sigilo das votações – evitando perseguições em razão do voto; Hermínio Alberto Marques Porto (faleceu em 2009) sustenta que “tais cautelas da lei visam a assegurar aos jurados a livre formação de sua convicção e a livre manifestação de suas conclusões, afastando-se quaisquer circunstâncias que possam ser entendidas, pelos julgadores leigos, como fontes de constrangimento. Relevante é o interesse em resguardar a formação e a exteriorização da decisão (Júri, p. 315). RUI BARBOSA (O júri sob todos os aspectos, p. 103) considerou o sigilo da votação algo essencial à instituição do júri.
3) soberania dos veredictos – o mérito é de competência dos jurados
4) competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida – esta é a competência mínima (Andrey Borges de Mendonça).
* Quais são os crimes dolosos contra a vida:
1) homicídio – artigo 121 do CP;
2) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio – artigo 122 do CP;
3) infanticídio – artigo 123 do CP;
4) aborto – artigo 124 à 127 do Código Penal
* 5) genocídio – que equivalem a delitos dolosos contra a vida (art. 1º, a, c e d, Lei 2889/56), isto é o que diz Nucci (leis penais e processuais penais comentadas) O STF foi contra, determinando competência da justiça federal (109 CF).
					Conexão (76 CPP) e Continência (77 CPP)
					Conexão (se refere tanto a circunstâncias subjetivas, objetivas ou instrumentais - este pq influi nas provas, ex; furto e receptação) é sinônimo de coerência, relação, nexo. É a relação recíproca que o fatos guardam entre si, e, em face do vínculo existente entre eles, devem ser apreciados num só processo . Ex: Mévio pratica um assalto e mata a testemunha que o viu cometê-lo, há um indisfarçável nexo entre eles. É o exemplo do concurso de agentes, que devem ser julgados no mesmo processo para que não haja disparidade ou diferenças no julgamento. Ou até mesmo o homicida que oculta o cadáver.
					Continência (se refere mais a circunstâncias subjetivas), como o próprio nome indica, uma causa está contida na outra, não sendo possível a cisão. Seria um tipo de economia processual como no caso da co-autoria, para que não haja pluralidade de processos. É o caso também do concurso formal, pois não teria sentido por exemplo se um motorista por imprudência causasse ferimentos em 40 passageiros e tivesse que haver 40 processos, além de não poder aplicar a regra do concurso formal (70 CPP). 	 
					Exceção ao Tribunal do Júri
							84CPP
					Trata-se de foro pela prerrogativa de função, que consiste no poder que se concede a certos órgãos superiores do Poder Judiciário de processarem e julgarem determinadas pessoas, em decorrência da função que exercem. Se for praticada após a cessação definitiva do cargo ou função, desaparece o foro privativo (451 STF), e se for praticada no exercício desta, mesmo com a cessação esta persistia (394 STF), só que cancelada pelo próprio STF. Porém, a classe política introduziu o § 1º no artigo 84 do CPP (10.628/02. Porém, o STF declarou inconstitucional este § 1º do 84 do CPP (STF nº 2797-2 e 2860-0 em 15/09/05), remetendo para primeira instância se caso encerrar o exercício funcional.
STF - autoridades elencadas no artigo 102,I,b e c da CF/88 ( Presidente, vice, membros do congresso nacional, ministros e procurador geral da república); 86CPP
 					- STJ - autoridades elencadas no art. 105,I,a (governadores, desembargadores, membros dos Trib. Contas e MP que oficiem em TJ);
 					 - Justiça Militar - com exceção dos crimes dolosos contra a vida praticado contra civil (9299/96 que modificou artigo 9, § único do CPM e 82,§ 2º do CPPM);
- TJ - secretários de estado (Const. SP, deputados (Cons. SP), juízes e MP (art. 96,III CF/88), prefeito (art. 29-X CF/88). 87CPP
SÚMULA 704 STF “não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados” 
SÚMULA 721 STF “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”
- Uma vez que o artigo 394 do CPP menciona como sendo procedimento comum o ordinário, sumário e sumaríssimo, o júri é tratado como procedimento especial inserido no CPP.
O PROCEDIMENTO DO JÚRI DIVIDE-SE EM 03(três) FASES:
1ª FASE, CHAMADA SUMÁRIO DA CULPA (JUDICIUM ACCUSATIONIS) VAI DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA ATÉ UMA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (SENTENÇA DE PRONÚNCIA, IMPRONÚNCIA, ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA E DESCLASSIFICAÇÃO).
2ª FASE, INICIA-SE COM O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA E VAI ATÉ A MOMENTO DE INSTALAÇÃO DA SESSÃO EM PLENÁRIO DO TRIBUNAL DO JÚRI
3ª FASE (JUDICIUM CAUSAE), QUE DESENVOLVE-SE EM PLENÁRIO, CULMINANDO COM A SENTENÇA FINAL (CONDENATÓRIA, ABSOLUTÓRIA OU DESCLASSIFICATÓRIA), OCASIÃO EM QUE SE APRECIARÁ O MÉRITO). 
JUÍZO DE FORMAÇÃO DA CULPA - judicium accusationis
Esta primeira fase é onde se apura a admissibilidade da acusação e se fixa a área ou limite com que vai ser apresentada em plenário. Encerra-secom o trânsito em julgado da sentença de pronúncia , ou com o arquivamento no caso de impronúncia, ou pela absolvição sumária, igualmente ao transitar em julgado a decisão.
1ª FASE
- Oferecimento de denúncia ou queixa, com até oito testemunhas (406, § 2º CPP)
A denúncia deve observar as exigências do art. 41 do CPP sob pena de nulidade (564,IV CPP) ou prescrição, morte do agente (107 CP), expondo o fato criminoso e suas circunstâncias, tipificando a conduta e individualizando seu proceder, sob pena de ser inepta. Para a denúncia basta indícios de autoria (239 CPP) e a prova da materialidade. Observe-se que o réu se defende dos fatos a ele atribuídos e não da capitulação legal, sendo, na verdade, inócua a tipificação da denúncia, podendo ser modificada pelo juiz (383 e 384 CPP). Da mesma forma com referência ao co-autor (art.25 CPP) sob pena de inépcia.
A "qualquer momento" será admitido a intervenção do ofendido no processo (268 CPP).
ART. 406 – RECEBIMENTO DA INICIAL ACUSATÓRIA, ORDENANDO-SE CITAÇÃO DO RÉU PARA RESPONDER À ACUSAÇÃO, POR ESCRITO, NO PRAZO DE 10 DIAS;
ART. 406, § 3º - DEFESA PRÉVIA/Resposta Escrita/Resposta a acusação – ARGÜIÇÃO DE PRELIMINARES E TODA MATÉRIA À DEFESA, DOCUMENTOS E JUSTIFICAÇÕES; ESPECIFICAÇÕES DE PROVAS; TESTEMUNHAS ATÉ 08;
- Não havendo resposta por parte do defensor, será nomeado outro que terá o mesmo prazo de 10 dias – (408 CPP)
- conforme o próprio artigo 406, o prazo começa a contar do cumprimento do mandado ou quando apareceu em juízo.
- Diferentemente do procedimento comum, no júri não haverá o julgamento antecipado da lide, ou seja, o juiz não poderá absolver sumariamente o acusado (397 CPP) logo após o oferecimento da resposta escrita.
Em respeito ao princípio da soberania dos veredictos, o juiz deverá aguardar o final da primeira fase do procedimento para poder, se for o caso, proferir tal decisão.
De qualquer forma, as teses a serem defendidas nesta peça devem resguardar consonância com as possíveis decisões que o juiz poderá tomar ao final da 1ª fase do procedimento: pronúncia, impronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
ART. 409 – OITIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU QUERELANTE, EM 05 DIAS, SOBRE EVENTUAIS PRELIMINARES INVOCADAS PELA DEFESA;
Despacho de designação de audiência e das diligências em 10 dias - (410 CPP)
ART. 411 – AUDIÊNCIA ÚNICA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, NO QUAL OUVE-SE:
OFENDIDO (201 CPP – diz inclusive que será avisado da entrada/saída o réu na prisão......)
TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO E DEFESA
PERITOS (sintonia com 159, § 5º, I e II CPP)
ACAREAÇÕES (229/230 CPP) E RECONHECIMENTOS (226/227 CPP)
INTERROGATÓRIO (185 e s.s CPP)
DEBATES ORAIS POR 20 MINUTOS PRORROGÁVEIS POR MAIS 10 MINUTOS – 411, § 4º
SE HOUVER ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO, FALARÁ EM 10 MINUTOS, ONDE A DEFESA TERÁ MAIS 10 MINUTOS ACRESCIDOS EM SEU TEMPO
SENTENÇA NO TERMO OU NO PRAZO DE 10 DIAS – 411, § 9º.
- poderá ocorrer mutatio libelli – 384 CPP
- note-se que não há previsão de memoriais, sendo utilizado o artigo 403 do CPP.
 
ART. 412 – TODA A PRIMEIRA FASE DEVE ESTAR CONCLUÍDA EM 90 (NOVENTA) DIAS
Não sendo o caso de diligências, poderá o juiz tomar as seguintes decisões:
PRONÚNCIA – 413
É a decisão interlocutória mista não terminativa que fixa uma classificação penal para ser decidida pelos jurados. (Valter Kenji Ishida, ed. Atlas)
" A pronúncia é mero juízo de admissibilidade da ação" RT 686/321.
					"A pronúncia é sentença processual de conteúdo declaratório, em que o juiz proclama admissível a acusação, para que esta seja decidida no Plenário do Júri". (José Frederico Marques. Elementos de Direito Processual Penal, vol. III, n.723.)
					Deve a sentença ser fundamentada ao se convencer o juiz da prova de materialidade e indícios de autoria. Deve o juiz usar de prudência na fundamentação, evitando manifestação própria quanto ao mérito da acusação, cumprindo até de abster-se a refutar as teses defensivas, ainda que com os dados do processo, pois sua precípua função é verificar a existência de fumus boni juris que justifique o julgamento do réu pelo Júri.
					A pronúncia deverá conter o dispositivo legal em cuja sanção julgar incurso o réu , e ainda mandar prender o réu, salvo se for primário e de bons antecedentes, e ainda arbitrar fiança quando cabível, estando por último banida a decisão que lançaria o nome do acusado ao rol dos culpados.
					Somente poderá ser afastada a qualificadora pelo juiz se manifestamente descabida ou improcedente.
 					O juiz decidirá sobre a prisão ou não do réu – 413, § 3º CPP
					Intimação da pronúncia – 420 CPP – pessoalmente ao acusado, defensor nomeado e o MP (420, I do CPP). Sendo defensor constituído, querelante e assistente do MP será via imprensa oficial (370, § 1º CPP). Réu solto será via edital (420, § único CPP), seja afiançável ou não.
					Recurso> RESE> 581 IV CPP> PRAZO de 5 dias para interposição (586 CPP) e de 2 dias para razões (588CPP).
					A decisão de pronúncia e a confirmatória da pronúncia interrompem a prescrição – 117, II e III do CP.
IMPRONÚNCIA – 414
 					Trata-se de decisão interlocutória mista terminativa, fazendo coisa julgada formal
 					Quando não se convencer da existência de crime ou indícios suficientes de autoria, o acusado é impronunciado.
					Caso não haja recurso, ficará arquivado o processo, enquanto não extinto pela prescrição e surgindo novas provas, este poderá ser reinstaurado em qualquer tempo (414 CPP).
					CABE APELAÇÃO – 416 CPP
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – 415
É sentença de mérito. Cabível quando devidamente comprovado causa excludente de ilicitude e de culpabilidade, além das hipóteses de inexistência do fato, prova do réu não ser ou autor ou partícipe ou o fato não constituir infração penal. 
Trata-se de exceção ao princípio da soberania dos veredictos, suprimindo a decisão dos jurados.
CABE APELAÇÃO – 416 CPP
DESCLASSIFICAÇÃO - 419
 					Resulta da alteração da qualificação jurídica do fato, quando o juiz se convencer da discrepância do contido na denúncia ou queixa e o previsto no 74, § 1º do CPP (crimes da competência do Júri).
					Recurso> RESE, art. 581,II CPP.
					Se o réu for condenado ou absolvido no juízo singular, fará coisa julgada em seu favor.
2ª FASE ( iudicium causae)
PREPARO PARA O PLENÁRIO
TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA
ART. 422 – INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU QUERELANTE E DA DEFESA PARA ARROLAR ATÉ 05 (CINCO) TESTEMUNHAS, JUNTAR DOCUMENTOS E REQUERER DILIGÊNCIAS
- LIBELO – não há mais este ato processual de postulação da acusação, com exposição articulada do fato criminoso e de suas circunstâncias. Sua vinculação com a decisão de pronúncia o deixava inútil. Anteprojeto Frederico Marques de 1970 previsão sua extinção, ocorrendo com a lei 11.689/08.
- Aconselha-se que as partes arrolem as testemunhas em caráter de imprescindibilidade, assim podendo exigir a presença das mesmas (STF, HC 81.962/PE); artigo 461 do CPP .
- Não há mais necessidade de recebimento e determinação de entrega de cópia ao acusado.
- Não havendo também a contrariedade ao libelo, há apenas o prazo de 05 (cinco) dias para a defesa arrolar suas testemunhas.
ART. 423 – DELIBERAÇÃO JUDICIAL SOBRE OS REQUERIMENTOS
- O magistrado decide sobre as provas requeridas em plenário e pode determinar diligências com o objetivo de sanar nulidades. Normalmente defere testemunhas.
- Ao final elaborará relatório sucinto (inciso II), que anteriormente, era realizado apenas em plenário. 
- No dia do plenário do júri, é entregue aos jurados uma cópia da decisão de pronúncia e deste último relatório.
424 CPP
- Quando o juiz na possuir atribuições para julgamento, encaminha ao competente até 5 (cinco) dias antes do julgamento.
425 CPP
- Lista de jurados. Depende da população da Comarca.O juiz requisita às associações, entidades, universidades, sindicatos (§ 2º).
426 CPP
- A lista provisória é publicada a cada 1º de outubro de cada ano e permite impugnação por qualquer do povo. No dia 10 de novembro é publicada a lista definitiva.
- O jurado que tiver funcionado no conselho de sentença nos 12 meses anteriores à publicação deverá ser excluído em razão de se evitar a figura do “jurado profissional” (§ 4º)
427 CPP
DESAFORAMENTO 
- Conceito: ato da instância superior, com a derrogação da regra da competência territorial, ou seja, existe alteração na referida competência territorial.
- O júri é realizado em outra comarca. 
- Cabimento: após a preclusão da decisão de pronúncia.
- Motivos: interesse de ordem pública, dúvida sobre a imparcialidade do júri, dúvida sobre a segurança do réu e julgamento não realizado 6 (seis) meses após a preclusão da decisão de pronúncia e houver comprova excesso de serviço (428 CPP), que pela sistemática anterior era de um ano.
- procedimento: requerimento pelas partes, incluindo assistente e querelante, ou pelo juiz, sendo que com relação ao assistente de acusação, a jurisprudência vinha negando legitimidade (STF, HC 70.767/BA, 6/5/94). Parecer do Procurador e decisão do Tribunal, mas agora a autorização é expressa
- reaforamento não é admitido, porém, a lei não proíbe.
- tem efeito suspensivo conforme § 2º.
- quanto ao prazo de 6 (seis) meses, não se computa no prazo adiamentos, diligências ou incidentes de interesse da defesa (428, § 1º).
429 do CPP 
- Organização da pauta. Preparado o processo para julgamento, deverá o juiz designar data para julgamento.
- a preferência é para réu preso e, dentre eles, aquele com maior tempo na prisão. Se houve igualdade, os precedentemente pronunciados.
430 do CPP
- admissão do assistente de acusação. Somente se tiver requerido habilitação 5 (cinco) dias antes da data da sessão.
431 do CPP
- intimação da data do julgamento
432/433 do CPP
- entre 10 e 15 dias úteis antes da instalação da reunião, são retirados 25 (vinte e cinco) nomes dos jurados daquela lista geral. O sorteio é acompanhado pelo MP, OAB, DP.
- não é mais feito por menor de 18 anos, mas pelo próprio magistrado. Antes era de 21 (vinte e um), agora 25 (vinte e cinco) os jurados.
434 do CPP
- convoca-se o jurado por qualquer meio hábil. Deve-se (§ único) transcrever os artigos 436/446 CPP (função do jurado)
- 436/446 do CPP – função do jurado
- jurados maiores de 18 anos - 436
- hipóteses de exclusão – 437 – inciso X, por justo impedimento
- escusa de consciência – motivo religioso 438
- função relevante e prisão especial – 439 e 295, X do CPP.
- jurado é responsável como um juiz togado – 445 – conta a Adm Pub.
3ª FASE
JUÍZO DA CAUSA
ART. 447 – INSTALAÇÃO DA SESSÃO DE JULGAMENTO COMPOSTO POR 01 JUIZ TOGADO, QUE É O PRESIDENTE E 25 (VINTE E CINCO) JURADOS, COM PRESENÇA MÍNIMA DE 15 (QUINZE) JURADOS
- composição do júri - o júri é composto por 26 (vinte e seis) pessoas. O juiz togado e os 25 jurados leigos. Não existe hierarquia entre os mesmos. Dos 25, somente 7 serão sorteados para o Conselho de Sentença.
448 do CPP – impedimentos para servir no mesmo conselho
- obs que o § 1º impede até mesmo pessoas em união estável
449 do CPP – suspeição de jurado
- não pode participar aquele jurado que já tenha funcionado em julgamento anterior ou que tenha julgado algum envolvido ou que apresente prévia disposição para condenar ou absolver, pois nesse caso não possui imparcialidade.
- Súmula 206 do STF “É nulo o julgamento ulterior pelo Júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo”
452 do CPP
- Julgamento pelos jurados de 2 (dois) processos no mesmo dia, desde que as partes aceitem. Seria para esvaziar pauta de júris.
DISTINÇÃO ENTRE REUNIÃO E SESSÃO
- reunião é o ajuntamento nas épocas legais das pessoas na composição do tribunal. Sessão é o funcionamento diário no Tribunal.
JULGAMENTO PELO TRIBUNAL DO JÚRI
- refere-se ao estudo do dia designado para o plenário
ART. 455 A 457 – VERIFICAÇÃO DE COMPARECIMENTO DAS PARTES
- ausência do réu – estando solto e devidamente intimado, permite-se o julgamento à revelia, sendo ou não afiançável – 457 caput. Estando preso, será adiado (§ 2º).
- presente o réu, não se permite uso de algemas (474, § 3º). Obs súmula vinculante nº 11 do STF.
- ausência do defensor: se for justificada será adiado para o primeiro dia desimpedido. Se injustificada, nomeia-se dativo e designa-se nova data (457, § 1º e 2º)
- ausência do MP: é obrigatória a presença do MP; se ausente, oficia-se o Procurador-Geral de Justiça. Se for injustificada, adia-se para o primeiro dia útil desimpedido. Não se permite promotor ad hoc.
- ausência do assistente do MP e do querelante: o julgamento não será adiado pois ele é acusador auxiliar. Quanto ao particular, se for ação privada subsidiária, a titularidade voltará ao MP, se for privada a principal, ocorrerá perempção - 457 caput. Se o motivo for justificado, o juiz adiará a sessão. 
ATRIBUIÇÕES DO JUIZ-PRESIDENTE: exerce poder de polícia (497, I do CPP). Há nulidade por ausência prolongada do juiz, em razão do descumprimento de função. O juiz também pode determinar a oitiva de testemunhas em juízo.
ART. 459 – NÃO SE DESCONTA O DIA DO SALÁRIO DOS JURADOS
ART. 460 – TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO E DEFESA NÃO EXIGE EM SALAS SEPARADAS, INCOMUNICÁVEIS, MAS OBS PARA ARTIGO 210, § ÚNICO MENCIONA SEPARADAS.
ART. 461 – OBS para o § 1º que diz que a testemunha, intimada, faltar, o julgamento será adiado, além de ter arrolado em caráter de imprescindibilidade.
ART. 462/463 – Dos 25 jurados, comparecendo pelo menos 15, determinar-se-á o anúncio do julgamento. OBS QUE ESTE É O MOMENTO DE ARGUIR NULIDADES POSTERIORES A PRONUNCIA (571,V) SOB PENA DE PRECLUSÃO
ART. 466 – ADVERTÊNCIAS AOS JURADOS DOS IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO, ALÉM DO DEVER DE INCOMUNICABILIDADE APÓS OS SORTEIO.
ART. 467 – FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA, POR SORTEIO, COMPOSTO DE 07 (SETE) JURADOS.
ART. 468 – AS PARTES PODEM IMOTIVADAMENTE RECUSAR ATÉ 03 (TRÊS) JURADOS CADA UMA.
ART. 469 – RECUSAS PODEM, SE FOREM 2 OU MAIS ACUSADOS, FEITAS POR UM SÓ DEFENSOR. SEPARAÇÃO OU CISÃO DO JULGAMENTO SÓ SE NÃO CONSIGA OBTER O NÚMERO MÍNIMO DE 7 JURADOS
ART. 471 – ESTOURO DE URNA – quando não se consegue o número de 7 (sete) jurados em razão dos impedimentos, suspeição etc.
ART. 472 – EXORTAÇÃO (ADMOESTAÇÃO OU ADVERTÊNCIA) - TODOS EM PÉ PARA JURAMENTO SOLENE. EM SEGUIDA RECEBEM CÓPIA DA PRONÚNCIA E UM RELATÓRIO DO PROCESSO.
ART. 473 E 474:
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO
TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO E DEFESA
ACAREAÇÕES, RECONHECIMENTOS, ESCLARECIMENTOS DOS PERITOS
AS PARTES E JURADOS PODERÃO REQUER LEITURA DE PEÇAS: SOMENTE PRECATÓRIAS E CAUTELARES ANTECIPADAS OU NÃO REPETÍVEIS (PERÍCIAS OU DOCUMENTOS PRODUZIDOS EM IP)
INTERROGATÓRIO 
- perguntas diretas – 473 (sistema inglês). Não há nulidade se o juiz fizer as perguntas e as partes concordarem expressamente.
- Jurados perguntas através do Juiz – 473, § 2º.
- falso testemunho – a parte prejudicada deverá requerer a formulação de quesito próprio. Admite-se retratação até a decisão de mérito da causa.
- obs que com relação ao peritos, ouvidos em plenário, deve-se encaminhar até 10 (dez) dias antes as questões que serão esclarecidas – 473, § 3º.
- interrogatório no plenário: 
- 474 traz a ordem das perguntas
- uso de algemas é vedado, mas traz exceções - § 3º; súmula 11 do STF
ART. 475 – os depoimentos e interrogatório srão feitos por gravação magnética, eletrônica, estenotipia ou técnica similar, destinada a obter fidelidade na colheita de prova.
ART. 477 – PALAVRA À ACUSAÇÃO E DEFESA PARA DEBATES
01HORA E MEIA – 01 RÉU
02 HORAS E MEIA – 02 OU MAIS RÉUS
RÉPLICA E TRÉPLICA – 01 HORA PARA 01 RÉU E 02 HORAS PARA 02 OU MAIS RÉUS
ART. 478 – NOS DEBATES ESTÃO PROIBIDAS REFERÊNCIAS:
- à decisão de pronúncia ou posteriores que julgaram admissível a acusação
- determinação do uso de algemas a favor ou contra o acusado
APARTES – são interferências de uma parte na fala de outra. Dão o tempero dos debates – 497, XII – 03 (três) minutos, que serão acrescidos ao tempo daquele que sofreu o aparte. O juiz que regulamenta.
ART. 479 – produção, exibição e leitura de documento – juntada 03 (três) dias úteis antes do julgamento.
ART. 480 – CONCLUSÃO DOS DEBATES: 
- a qualquer momento o orador deverá, se requerido, indicar a peça por ele lida ou citada.
INDAGA SE OS JURADOS ESTÃO HABILITADOS A JULGAREM
PRESTADOS EVENTUAIS ESCLARECIMENTOS, PASSA-SE À LEITURA DOS QUESITOS EM PLENÁRIO, EXPLICANDO-OS E INDAGANDO-SE AS PARTES SOBRE ALGUM REQUERIMENTO OU RECLAMAÇÃO A FAZER (480, § 2º C/C 484)
ART. 485 – SALA ESPECIAL
ART. 486 – VOTAÇÃO E DECISÃO POR MAIORIA DE VOTOS, SEM DIGULVAR A APURAÇÃO COMPLETA. CESSA A VOTAÇÃO COM O QUARTO VOTO FAVORÁVEL À TESE EM JULGAMENTO
ART. 492 – SENTENÇA LIDA E PUBLICADA EM PLENÁRIO
ASSUNTOS IMPORTANTES:
AS PARTES PODEM FAZER SUAS PERGUNTAS DIRETAS AO ACUSADO, OFENDIDO E TESTEMUNHAS, ENQUANTO OS JURADOS SE DÁ ATRAVÉS DO JUIZ – 473/474
O RELATÓRIO DO PROCESSO SERÁ ENTREGUE AOS JURADOS JUNTO COM CÓPIA DA PRONÚNCIA - 472
JULGAMENTO SEM A PRESENÇA DO RÉU DESDE QUE, SOLTO, TENHA SIDO INTIMADO – 457. SE ESTIVER PRESO, PODE ASSINAR PEDIDO DE DISPENSA JUNTO COM SEU ADVOGADO.
NÃO SE PERMITE, COMO REGRA, O USO DE ALGEMAS NO RÉU EM PLENÁRIO – ART. 474 DO CPP E SÚMULA 11 DO STF.
É VEDADA A REFERÊNCIA À DECISÃO DE PRONÚNCIA OU POSTERIORES E AO USO DE ALGEMAS COMO ARGUMENTO DE AUTORIDADE, BENEFICIANDO OU PREJUDICANDO O ACUSADO, NEM AO SILÊNCIO DO RÉU OU AUSÊNCIA DE INTERROGATÓRIO EM SEU PREJUÍZO – 478
PODER DE POLÍCIA DO JUIZ E REGULAMENTAÇÃO DOS APARTES – 497
REGRA PARA ELABORAÇÃO DOS QUESITOS – 483
PROCURAÇÃO APUD ACTA, INDEPENDENTE DE INSTRUMENTO – 266 CPP
DEFENSOR AD HOC – 265, PAR. 2º CPP
QUEM NÃO PRESTA COMPROMISSO NÃO É TESTEMUNHA – 401, PAR. 1º; DO CPP
CONTRADITA – 214 CPP
RETIRADA DO RÉU DA SALA – 217 CPP – NO CASO DE NÃO SER POSSÍVEL POR VIDEOCONFERÊNCIA
CONDUÇÃO COERCITIVA 218 E 535 DO CPP;
DESISTÊNCIA – 401, PAR. 2º CPP;
ENFERMA – 220 CPP;
FUNCIONÁRIO PÚBLICO ATRAVÉS DO CHEFE – 221, PAR. 3º CPP;
AUTORIDADES – 221, PAR. 1º DO CPP;
ANTECIPAÇÃO – 225 DO CPP;
ACAREAÇÃO – 229 CPP;
DATIVO INTIMAÇÃO PESSOAL DE PRECATÓRIA – 370, PAR. 4º CPP
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