Grátis
206 pág.
![LIVRO DE ECONOMIA RURAL Utilizado na UFRAACS - Livro gtz[1]](https://files.passeidireto.com/Thumbnail/d485f6f6-0545-4c39-8efd-3ebb9fa0b94a/210/1.jpg)
LIVRO DE ECONOMIA RURAL Utilizado na UFRAACS - Livro gtz[1]
UFRA
Denunciar
5 de 5 estrelas









13 avaliações
Enviado por
Gabriela da Silva Melo Carvalho
5 de 5 estrelas









13 avaliações
Enviado por
Gabriela da Silva Melo Carvalho
Pré-visualização | Página 38 de 50
para fora (levar os produtos e matérias-primas da fábrica ao consumidor) como também o problema da distribuição para dentro (levar produtos e matérias-primas dos fornecedores até a fábrica). Envolvem o gerenciamento de redes de fornecimento e fluxos acrescidos de valor dos fornecedores aos clientes finais. Essas atividades de distribuição incluem previsão, sistema de informação, compras, planejamento de produção, processamento de pedidos, estoque, armazenamento e planejamento de transporte. O ponto fundamental do planejamento de logística de transporte é estudar os serviços de distribuição que os consumidores esperam dos fornecedores, que inclui: • Processamento rápido dos pedidos; • Entrega pontual e flexível; • Seleção e identificação da mercadoria; • Informação sobre o andamento dos pedidos; • Aceitação de devoluções ou substituição de produtos defeituosos. Assim, um serviço de alta qualidade exige o atendimento aos seguintes requisitos: entrega rápida, grandes estoques, sortimentos flexíveis e política liberal de devolução. Isto conflita com a busca de obter custo mínimo que requer entrega lenta, estoque pequeno e expedição de maior volume de mercadorias por vez. Portanto, a solução recai num problema de otimização condicionada. 5.5.1.1 Transporte Deve-se dar muita atenção às decisões da empresa quanto a transporte. A escolha do meio de transporte afeta o apreçamento do produto, a eficiência da entrega e a condição dos produtos ao chegarem ao seu destino, sendo que tudo isto afeta a satisfação do cliente. Ao expedir os produtos para os armazéns, revendedores ou consumidores, a empresa pode escolher entre cinco meios de transporte: ferroviário, marítimo ou fluvial, rodoviário, aéreo ou por dutos. O Quadro 5.1 resume as principais características e adequação desses meios de transporte. O transporte ferroviário é um dos mais eficientes para a expedição de produtos a granel por grandes distâncias (Quadro 5.1). Atualmente ganhou nova dinâmica com a adaptação de vagões planos para receber carretas com caminhões e prestar serviços em trânsito para clientes. A grande desvantagem ainda é a baixa flexibilidade de transporte. O transporte rodoviário é o mais importante no mercado de transporte de cargas brasileiro. Este meio de transporte responde pela expedição de cargas entre e dentro das cidades. A grande vantagem é a flexibilidade em termos de rotas, programação de tempo e transporte de porta a porta. São muito eficientes para transportar cargas pequenas com mercadorias de alto valor e responde pela quase totalidade do transporte de safras agrícolas internas no Brasil. 98 Quadro 5.1 – Características e adequação dos principais meios de transporte de cargas de produtos da cadeia de suprimento. Meio de transporte Produtos tipicamente transportados Ferroviário Produtos agrícolas, madeira, minérios, produtos químicos, automóveis. Rodoviário Roupas, alimentos, livros, computadores, produtos de papel, produtos agrícolas. Marítimo ou fluvial Petróleo, grãos, madeira, areia, cascalho, minério de ferro, carvão. Por dutos Petróleo, gás, carvão, produtos químicos e minérios. Aéreo Instrumentos técnicos, produtos perecíveis, documentos. O transporte fluvial ou marítimo transporta grande quantidade de produtos na Amazônia, por meio de barcaças pelos rios da Amazônia (rio Tapajós, rio Madeira, rio Tocantins, rio Amazonas) e navios na costa brasileira. A quase totalidade das exportações brasileiras é transportada por navios. O transporte por dutos no Brasil se restringe, basicamente, ao transporte de gás, produtos derivados do petróleo e minérios. O transporte aéreo, em função do custo do frete elevado, é empregado para expedir pequenas cargas de alto valor agregado. Na Amazônia, os principais mercados ainda são abastecidos de hotifrutigranjeiros, em função de serem produtos perecíveis e não produzidos em quantidade e em qualidade no mercado local, são transportados de avião. A combinação de alguns modais de transporte é importante para diminuir o custo do produto para o consumidor. Na Amazônia, dada a dotação natural de rios navegáveis, a combinação do modal rodoviário ou ferroviário com o modal fluvial para transportar minérios, grãos e produtos agrícolas processados constitui a principal oportunidade para o agronegócio regional se interligar aos mercados regional, nacional e internacional. Atualmente, a logística de transporte de grãos que é adotada por grandes empresas exportadoras de grãos como Cargil e Maggi, envolve o transporte do produto por meio rodoviário (caminhões) de áreas do Mato Grosso (cerca de 20% da produção) e Rondônia até Porto Velho (distância entre 500 e 600 km), daí o produto passa para grandes barcaças que navegam o rio Madeira e o rio Amazonas até Itacoatiara no Estado do Amazonas (grupo Maggi) ou navegam o rio Madeira e o rio Tapajós até Santarém, no Estado do Pará. Nestes pontos o produto é beneficiado e armazenado. Depois carrega os navios que levam a produção para os mercados nacional e internacional. Portanto, a logística de transporte combina os modais rodoviário, fluvial e marítimo para escoar a produção regional. Este, talvez, seja o principal gargalo das cadeias de suprimento da região amazônica. 5.5.2 Fluxos da cadeia de suprimento Quantos e quais são os fluxos da cadeia de suprimento? As cadeias de suprimentos são movidas por meio dos três fluxos descritos abaixo: a) Fluxo de produto, movido pela logística de transporte b) Fluxo monetário, contrapartida em dinheiro do fluxo de produto. c) Fluxo de informação. Estes fluxos respondem pela dinâmica estabelecida entre os diferentes estágios que integram cada cadeia de suprimento. a) Fluxo de produto O fluxo de produto envolve o planejamento e gestão das atividades de fornecimento dos insumos, bens de capital e matérias-primas para as unidades processadoras e produtos 99 intermediários e finais ao longo da cadeia de suprimento. A sua configuração e operacionalidade estão vinculadas ao desenho do canal de distribuição e atuação da logística de transporte, já descritos anteriormente. Este fluxo, para funcionar adequadamente, precisa operar em grande sintonia com o fluxo de informação. Inicialmente é necessário determinar a quantidade demandada por insumos, matérias- primas e produtos finais exigido por cada estágio da cadeia de suprimento. Com base na demanda real de um produto em cada estágio da cadeia de suprimento, planeja-se a oferta, elege-se o canal de distribuição e o meio de transporte mais eficiente, no sentido de otimizar as necessidades dos clientes ao menor custo para o fornecedor. Assim, se a demanda final de um produto é de 100 unidades por mês, o varejo deve cuidar para que este produto esteja sempre disponível nesta quantidade. Para que isto se concretize, o atacado deve ter em estoque quantidade suficiente para atender aos pedidos do varejo. Por sua vez, as agroindústrias para fabricar essa quantidade de produto necessitam de que os fornecedores entreguem a quantidade exata de matéria-prima com a qualidade exigida e no tempo estipulado. Se houver qualquer erro no dimensionamento da demanda final, para mais ou para menos, pode haver excesso (escassez) de produto em algum ponto da cadeia, causando oscilação de preços, dos custos, riscos e incertezas, que culmina em prejuízo para os membros da cadeia. Em função disso, a disponibilidade e qualidade da informação gerada para guiar o fluxo de produto é de grande importância para o desempenho de todas as atividades da cadeia. b) Fluxo de informação O fluxo físico de informação está se tornando uma ferramenta cada vez mais importante para a gestão das cadeias de suprimento. A complexidade dos sistemas de gestão do fluxo monetário e de produto da cadeia de suprimento coloca