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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ALICE MARIA SCALABRIM LIZA DE MORAES NATALIA MARCARINI SIMIONATO PERCIVAL PSCHEIDT DO REGO RAFAEL CRIADO RIBEIRO WALESKA MORAES REIS DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA E GRÁFICO DE MOODY EM TUBULAÇÕES COM MEDIDORES DE VAZÃO DO TIPO DE VENTURI E PLACA DE ORIFÍCIO RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA MECÂNICA DOS FLUIDOS 2 PATO BRANCO – PR NOVEMBRO 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 12 5. CONCLUSÕES ................................................................................................... 18 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 3 1. INTRODUÇÃO O transporte de fluidos entre os equipamentos de uma indústria é realizado em tubos ou canais, e em meio a tal operação ocorrem perdas de carga. Tal fator é a dissipação de energia que ocorre pela diminuição da pressão de um fluido ao longo de seu escoamento. Esse fenômeno ocorre, pois, o escoamento interno em tubulações sofre influência das paredes, causando uma perda de energia através do atrito. Desse modo, as partículas ao entrarem em contato com as faces da parede têm sua velocidade diminuída, influenciando as partículas vizinhas através da viscosidade e da turbulência. Àquela que ocorre pela perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo, denomina-se perda de carga distribuída. Já a localizada é causada por acessórios de canalização, que provocam uma mudança na velocidade do fluido e é pontual. No experimento realizado foi observada somente a perda de carga distribuída já que não havia nenhum tipo de peça ou acessório nos tubos estudados. Um medidor de vazão permite obter o volume de fluido que atravessa uma seção de escoamento por unidade de tempo. Os tubos estudados possuíam dois tipos de medidores, a placa de orifício e o tubo de Venturi. A primeira contém um disco com um orifício central com saída em ângulo que deve ser montado concêntrico ao eixo do conduto cilíndrico, provido de duas tomadas de pressão, uma a jusante e outra a montante do disco. Enquanto que o tubo de Venturi é um equipamento que indica a variação da pressão de um fluido em escoamento em regiões com áreas transversais diferentes. Desse modo, onde a área é menor, haverá maior velocidade e consequentemente a pressão será menor. Nesse trabalho foram realizadas leituras manométricas em um manômetro em U, devido à mudança da frequência que conduzia ar ao longo de três tubulações com características distintas. Através desses dados foi possível o cálculo do número de Reynolds para cada caso, a classificação do escoamento, a obtenção da perda de carga, assim como o coeficiente de atrito e a rugosidade relativa de cada tubo. Com isso plotou-se o gráfico de Moody que relaciona tais parâmetros. 4 2. OBJETIVOS Este relatório buscou fazer a determinação da perda de carga em três tubulações com características distintas de rugosidade, comprimento e diâmetro, através do escoamento do fluido ar, controlado por um inversor de frequência. Assim, para cada tipo de medidor de vazão (tubo de Venturi e placa de orifício), encontrou- se o coeficiente de atrito e a rugosidade relativa de cada tubulação. Para melhor visualização dos resultados obtidos, foi plotado o gráfico de Moody que relaciona tais parâmetros com o número de Reynolds. 5 3. MATERIAIS E MÉTODOS No ensaio realizado foram utilizadas três tubulações de PVC, sendo elas de diâmetros distintos. Infere-se que duas delas possuíam aspecto interno liso e a outra aspecto interno rugoso, conforme demonstra a Figura 1 abaixo. O fluido conduzido no interior dos tubos era o ar. A tubulação sem rugosidades e de diâmetro menor possui um medidor de vazão denominado de tubo de Venturi, sendo este um equipamento que indica a variação da pressão de um fluido em escoamento em regiões com áreas transversais diferentes. Assim, onde a área é menor, haverá maior velocidade e consequentemente a pressão será menor. A recíproca é verdadeira. Desse modo, o tubo liso de diâmetro maior e o rugoso possuem um dispositivo chamado de tubo de orifício, que consiste num disco com um orifício central com saída em ângulo que interrompe a canalização ou canal fechado. Através do uso dos instrumentos de medição, trena e paquímetro, foram verificados os comprimentos dos tubos (Figura 2) e seus respectivos diâmetros internos (Figura 3). Figura 1 - Aspecto interno rugoso do tubo. Fonte: Autoria própria, 2018. 6 Dispondo de um termômetro digital, representado na Figura 4 a seguir, foram verificadas as temperaturas do ar e da água ambientes. Figura 2 - Determinação do comprimento dos tubos. Fonte: Autoria própria, 2018. Figura 3 - Determinação do diâmetro dos tubos. Fonte: Autoria própria, 2018. Figura 4 - Verificação da temperatura do ar. Fonte: Autoria própria, 2018. 7 Ao comparar tais valores medidos com tabelas encontradas na literatura, percebeu-se que estes dados não estavam tabelados. Assim, realizou-se uma interpolação dos valores de viscosidade cinemática e peso específico da água e do ar para a temperatura ambiente medida, através das tabelas representadas nas Figuras 5, 6 e 7 abaixo. Figura 5 – Tabela da densidade da água em relação à sua temperatura. Fonte: Handbook of Chemistry and Physics, CRC press, Ed 64. Figura 6 – Tabela da viscosidade cinemática da água em relação à sua temperatura. Fonte: Vaxa, s.d. 8 A seguir, realizou-se a variação da frequência no inversor, conforme a Figura 8 demonstra, diminuindo aproximadamente 5 Hz de cada vez, começando com a frequência de 52,0 Hz. Assim, fazia- se a leitura dos valores de altura no manômetro em U (Figura 9) correspondentes a cada mudança, em todas as 8 variações de frequências realizadas. Vale lembrar que o fluido que percorria o manômetro era água, enquanto o que percorria o tubo era ar. Figura 8 - Variação da frequência. Fonte: Autoria própria, 2018. Figura 7 - Tabela das viscosidades e densidade do ar em relação à sua temperatura. Fonte: NETO, 2011. 9 Devido a um erro no equipamento, quando a frequência estava em 31,1 Hz, teve-se que desligar a aparelhagem e reiniciar o procedimento na sequência crescente de frequência. Desse modo, iniciou-se com o valor de 14,6 Hz e seguiu até a frequência de 24,8 Hz. A variação de altura medida experimentalmente forneceu a variaçãode pressão, que corresponde à pressão dinâmica do fluido, encontrada pela equação abaixo, onde 𝑔 é a aceleração da gravidade e 𝜌 é a densidade da água. ∆𝑃 = 𝑔. ∆𝐻. 𝜌á𝑔𝑢𝑎 De posse de tais valores, foi possível determinar pela fórmula a seguir, a vazão mássica. Infere-se que 𝐶𝑞 é o coeficiente de vazão para cada tipo de medidor de vazão mencionado e ρ é a densidade do ar. 𝑄𝑚 = 𝐶𝑞 . 𝐴𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜. √ 2∆𝑃 𝜌𝑎𝑟 Ainda analisando a equação anterior, percebe-se que o termo 𝐴𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 diz respeito a área da seção do orifício do medidor, onde esta foi calculada pela igualdade abaixo, sendo que 𝛽 é a relação entre áreas, dado este fornecido e igual para todas as tubulações estudadas, 𝑑 é o diâmetro do orifício de cada medidor e 𝐷 é o diâmetro dos tubos medidos experimentalmente. Figura 9 - Observação das alturas manométricas. Fonte: Autoria própria, 2018. 10 𝛽 = ( 𝑑 𝐷 ) 2 Em seguida, foi possível o cálculo da vazão volumétrica através da equação abaixo, onde ρ é a densidade do ar que percorria o tubo. 𝑄 = 𝑄𝑚 𝜌𝑎𝑟 Assim, pela equação da continuidade expressa a seguir, calculou-se as velocidades do escoamento, tanto no medidor como no tubo. Vale lembrar que a área necessária para a conta é a da seção da tubulação correspondente. 𝑄 = 𝑉𝐴 Com isso foi possível o cálculo do número de Reynolds pela fórmula seguinte, e posterior classificação do escoamento em laminar, de transição ou turbulento, conforme Tabela 1. 𝑅𝑒 = 𝜌𝑎𝑟𝑉𝐷 𝜇𝑎𝑟 Tabela 1 – Classificação do escoamento a partir do número de Reynolds. Fonte: Rodrigo de Melo Porto, 2006. Realizada a classificação do escoamento, pode-se encontrar a perda de carga ao longo da tubulação. A perda de carga total é considerada como a soma das perdas maiores, causadas por efeitos de atrito no escoamento completamente desenvolvido em tubos de seção constante. Assim, para tubos horizontais, como no caso da presente prática, utilizou-se a fórmula a seguir para o cálculo da perda de carga, onde 𝛾𝑎𝑟 é o peso específico do ar. ℎ = ∆𝑃 𝛾𝑎𝑟 Escoamento Re Laminar <2300 Transição Entre 2300 e 4000 Turbulento >4000 11 Através da equação de Darcy-Weisbach foi possível encontrar o coeficiente de atrito para cada situação, onde 𝐿 é o comprimento da tubulação, 𝑉 é a velocidade calculada anteriormente e 𝐷 é o diâmetro da seção do tubo em questão. ℎ = 𝐿 𝐷 𝑓 𝑉2 2𝑔 A fórmula de Colebrook-White, descrita abaixo, foi utilizada por Moddy para plotar seu gráfico, assim, através dela realizou-se o cálculo da rugosidade relativa ( 𝜀 𝐷 ) de cada tubo. Infere-se que 𝑅𝑒 é o número de Reynolds encontrado anteriormente. 1 √𝑓 = −2 log ( 𝜀 3,71𝐷 + 2,51 𝑅𝑒√𝑓 ) Por fim, com todas essas informações criou-se o gráfico do Diagrama de Moody, que relaciona o número de Reynolds, o coeficiente de atrito e a rugosidade relativa de tubulações de seções circulares, ou seja, nada mais é do que a representação gráfica da equação de Colebrook-White. 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Através dos métodos e com os materiais descritos no tópico anterior, obteve- se as seguintes informações de diâmetro e comprimento de cada tubulação, descritas na Tabela 2 abaixo. Tabela 2 – Medidas das tubulações. TIPO COMPRIMENTO (m) DIÂMETRO INTERNO (mm) Tubo liso diâmetro menor 5,036 38,60 Tubo liso diâmetro maior 5,041 78,05 Tubo rugoso 5,035 37,40 Fonte: Autoria Própria, 2018. A relação entre áreas fornecida foi de 0,45, assim, foi possível o cálculo dos diâmetros dos orifícios, para cada tipo de medidor de vazão. Os resultados encontrados estão apresentados na Tabela 3. Tabela 3 – Orifício dos medidores. Tubo liso diâmetro menor (Venturi) Tubo liso diâmetro maior (orifício) Tubo rugoso (orifício) 𝜷 0,45 0,45 0,45 Diâmetro medidor (mm) 25,894 52,358 25,089 Fonte: Autoria Própria, 2018. Por meio da leitura do manômetro em U, anotou-se os valores das alturas do fluido em centímetros na Tabela 4 abaixo. Tabela 4 – Leituras das alturas manométricas. Fonte: Autoria Própria, 2018. FREQUÊNCIA (Hz) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO H1 (cm) H2 (cm) H1 (cm) H2 (cm) H1 (cm) H2 (cm) H1 (cm) H2 (cm) H1 (cm) H2 (cm) H1 (cm) H2 (cm) 52 10,5 25,1 18,2 10,9 9,1 27,6 16,9 15,2 15,5 20,4 20,1 13,1 47,2 11,9 23,8 17,6 11,4 10,7 26 16,8 15,4 15,9 19,9 19,5 13,7 41,5 13,2 22,5 17,9 12,3 12,5 24,2 16,8 15,5 16,2 19,5 18,9 14,3 36,7 14,2 21,4 16,4 12,6 13,7 23,9 16,6 15,6 16,6 19,2 18,4 14,8 31,1 15,3 20,4 15,8 13,1 15 21,5 16,4 15,7 16,9 18,8 17,9 15,3 24,8 16,3 19,4 15,4 13,6 16,3 20,3 16,3 15,9 17,3 18,5 17,4 15,9 19,6 16,9 18,8 15 14 17 19,6 16,2 16 17,4 18,3 17,2 16,2 14,6 17,3 18,4 14,7 14,2 17,5 19 16,2 16,1 17,6 18,2 16,9 16,4 13 Com tais dados de altura, calculou-se a variação destas em todas as frequências e situações analisadas. Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 5 a seguir. Tabela 5 – Variação das alturas manométricas. FREQUÊNCIA (Hz) TUBO DIÂMETRO MENOR LISO TUBO DIÂMETRO MAIOR LISO TUBO RUGOSO ∆𝑯 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒛ã𝒐 (𝒎) ∆𝑯 𝒕𝒖𝒃𝒐 (𝒎) ∆𝑯 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒛ã𝒐 (𝒎) ∆𝑯 𝒕𝒖𝒃𝒐 (𝒎) ∆𝑯 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒛ã𝒐 (𝒎) ∆𝑯 𝒕𝒖𝒃𝒐 (𝒎) 52,00 0,146 0,073 0,185 0,017 0,049 0,070 47,20 0,119 0,062 0,153 0,014 0,040 0,058 41,50 0,093 0,056 0,117 0,013 0,033 0,046 36,70 0,072 0,038 0,102 0,010 0,026 0,036 31,10 0,051 0,027 0,065 0,007 0,019 0,026 24,80 0,031 0,018 0,040 0,004 0,012 0,015 19,60 0,019 0,010 0,026 0,002 0,009 0,010 14,60 0,011 0,005 0,015 0,001 0,006 0,005 Fonte: Autoria Própria, 2018. Interpolando os valores de densidade e viscosidade cinemática do ar e da água, obteve-se os valores encontrados na Tabela 6. Tabela 6 – Densidades e viscosidades cinemáticas. ÁGUA AR TEMPERATURA (°C) 22,4 22,4 𝝆 (𝒌𝒈/𝒎𝟑) 997,68 1,1912 𝝁 (𝒌𝒈/𝒎𝒔) 0,0009462 0,00001812 Fonte: Autoria Própria, 2018. A partir desses dados, calculou-se então a variação de pressão (Tabela 7) para cada caso com a equação descrita anteriormente. Tabela 7 – Variações de pressão. Fonte: Autoria Própria, 2018. FREQUÊNCIA (Hz) VARIAÇÃO DE PRESSÃO ∆𝑷 (𝑷𝒂) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO 52 1428,937 714,469 1810,640 166,383 479,575 685,107 47,2 1164,682 606,809 1497,448 137,021 391,490 567,660 41,5 910,213 548,085 1145,107 127,234 322,979 450,213 36,7 704,681 371,915 998,299 97,872 254,468 352,341 31,1 499,149 264,256 636,171 68,511 185,958 254,468 24,8 303,404 176,170 391,490 39,149 117,447 146,809 19,6 185,958 97,872 254,468 19,574 88,085 97,872 14,6 107,660 48,936 146,809 9,787 58,723 48,936 14 Em seguida, calculou-se o valor da vazão mássica (Tabela 8) para cada situação. Foi necessário para este cálculo o coeficiente de vazão, dado este fornecido de 0,676 para o medidor de orifício e 1,067 para o tubo de Venturi. O outro parâmetro que esta equação leva em contaé a área do orifício desses medidores, calculada com base nos diâmetros encontrados na Tabela 3. Tabela 8 –Vazões mássicas. Fonte: Autoria Própria, 2018. Com isso encontrou-se a vazão volumétrica e a posterior velocidade do escoamento em cada caso. Os resultados obtidos apresentam-se na Tabela 9 e 10 abaixo. Tabela 9 –Vazões volumétricas. FREQUÊNCIA (Hz) VAZÃO VOLUMÉTRICA 𝑸 (𝒎𝟑/𝒔) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO 52 0,023 0,016 0,067 0,020 0,008 0,010 47,2 0,021 0,015 0,061 0,019 0,007 0,009 41,5 0,018 0,014 0,054 0,018 0,007 0,008 36,7 0,016 0,012 0,050 0,016 0,006 0,007 31,1 0,014 0,010 0,040 0,013 0,005 0,006 24,8 0,011 0,008 0,031 0,010 0,004 0,004 19,6 0,008 0,006 0,025 0,007 0,003 0,004 14,6 0,006 0,004 0,019 0,005 0,003 0,003 Fonte: Autoria Própria, 2018. FREQUÊNCIA (Hz) VAZÃO MÁSSICA 𝑸𝒎 (𝒎 𝟑/𝒔) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO 52 0,028 0,019 0,080 0,024 0,009 0,011 47,2 0,025 0,018 0,073 0,022 0,009 0,010 41,5 0,022 0,017 0,064 0,021 0,008 0,009 36,7 0,019 0,014 0,060 0,019 0,007 0,008 31,1 0,016 0,012 0,048 0,016 0,006 0,007 24,8 0,013 0,010 0,037 0,012 0,005 0,005 19,6 0,010 0,007 0,030 0,008 0,004 0,004 14,6 0,008 0,005 0,023 0,006 0,003 0,003 15 Tabela 10 –Velocidades do escoamento. FREQUÊNCIA (Hz) VELOCIDADE 𝑽 (𝒎/𝒔) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO 52 19,743 13,961 14,080 4,268 7,246 8,661 47,2 17,825 12,866 12,805 3,873 6,547 7,884 41,5 15,757 12,228 11,197 3,732 5,947 7,021 36,7 13,865 10,072 10,455 3,274 5,279 6,211 31,1 11,669 8,490 8,346 2,739 4,512 5,279 24,8 9,098 6,932 6,547 2,070 3,586 4,009 19,6 7,122 5,167 5,279 1,464 3,106 3,274 14,6 5,419 3,654 4,009 1,035 2,536 2,315 Fonte: Autoria Própria, 2018. Através de tais dados foi possível o cálculo do número de Reynolds (Tabela 11) e a consequente classificação do escoamento em laminar, turbulento ou de transição. Desse modo, analisando os dados abaixo percebe-se que se trata de um escoamento turbulento, segundo a Tabela 1 descrita anteriormente, uma vez que os valores para este parâmetro deram superiores a 4000. Tabela 11 – Número de Reynolds. FREQUÊNCIA (Hz) NÚMERO DE REYNOLDS 𝑹𝒆 (𝒂𝒅) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO MEDIDOR DE VAZÃO TUBO 52 50100 35426 72246 21900 17817 21295 47,2 45231 32648 65701 19874 16097 19384 41,5 39985 31028 57454 19151 14621 17263 36,7 35182 25559 53645 16797 12978 15271 31,1 29610 21545 42824 14053 11094 12978 24,8 23086 17591 33594 10623 8817 9858 19,6 18073 13112 27084 7512 7636 8049 14,6 13752 9271 20572 5312 6234 5691 Fonte: Autoria Própria, 2018. Analisando a equação de Bernoulli e considerando que a altura geométrica entre o início e final da tubulação estão na mesma cota, assim como a velocidade inicial e final são iguais pelo fato de que o tubo possui diâmetro constante, a perda de carga pode ser encontrada e seus valores estão distribuídos na Tabela 12 abaixo. 16 Tabela 12 – Perda de carga. Fonte: Autoria Própria, 2018. Com a perda de carga foi calculado o coeficiente de atrito através da equação de Darcy-Weisbach, e logo após, calculou-se a rugosidade relativa pela fórmula de Colebrook-White, utilizando a ferramenta Solver do Excel. Os valores encontrados estão apresentados na Tabela 13. Tabela 13 – Coeficiente de atrito e rugosidade relativa. FREQUÊNCIA (Hz) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO 𝒇 (𝒂𝒅) 𝜺/𝑫 (𝒂𝒅) 𝒇 (𝒂𝒅) 𝜺/𝑫 (𝒂𝒅) 𝒇 (𝒂𝒅) 𝜺/𝑫 (𝒂𝒅) 52 0,047176 0,01732 0,237414 0,34884 0,113900 0,12126 47,2 0,047176 0,01722 0,237414 0,34875 0,113900 0,12114 41,5 0,047176 0,01715 0,237414 0,34871 0,113900 0,12096 36,7 0,047176 0,01685 0,237414 0,34857 0,113900 0,12075 31,1 0,047176 0,01654 0,237414 0,34835 0,113900 0,12043 24,8 0,047176 0,01609 0,237414 0,34791 0,113900 0,11976 19,6 0,047176 0,01526 0,237414 0,34717 0,113900 0,11913 14,6 0,047176 0,01390 0,237414 0,34611 0,113900 0,11771 Fonte: Autoria Própria, 2018. Finalmente, com tais valores de rugosidade relativa, coeficiente de atrito e número de Reynolds plotou-se os gráficos a seguir, que dizem respeito ao Diagrama de Moody. Tal diagrama relaciona esses parâmetros para tubulações circulares, onde cada intervalo pode ser analisado sob a perspectiva da classificação do escoamento. Como pode-se perceber em ambos os gráficos, estes se apresentam como retas. Assim, tem-se que o fator de atrito independe do número de Reynolds. Frente a esse fato, conclui-se que o escoamento estudado em todas as situações se trata de um escoamento completamente turbulento, onde apenas a rugosidade relativa do material FREQUÊNCIA (Hz) PERDA DE CARGA 𝒉 (𝒎) TUBO LISO DIÂMETRO MENOR TUBO LISO DIÂMETRO MAIOR TUBO RUGOSO TUBO TUBO TUBO 52 61,141 14,238 58,628 47,2 51,928 11,726 48,577 41,5 46,902 10,888 38,527 36,7 31,827 8,375 30,152 31,1 22,614 5,863 21,776 24,8 15,076 3,350 12,563 19,6 8,375 1,675 8,375 14,6 4,188 0,838 4,188 17 tem influência sobre a velocidade do escoamento, e consequentemente sobre o número de Reynolds. Ou seja, pode-se dizer que a subcamada laminar limite, que é onde ocorrem os efeitos viscosos segundo a lei de Newton, é menor do que a rugosidade do material dos tubos. Fonte: Autoria Própria, 2018. Fonte: Autoria Própria, 2018. 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 C o ef ic ie n te d e at ri to Número de Reynolds Diagrama de Moody Tubo liso diâmetro menor Tubo liso diâmetro maior Tubo rugoso 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 R u go si d ad e R el at iv a Numero de Reynolds Diagrama de Moody Tubo liso diâmetro menor Tubo liso diâmetro maior Tubo rugoso 18 5. CONCLUSÕES A partir dos resultados obtidos, foi possível classificar o escoamento do ar como completamente turbulento. No diagrama de Moody de cada tubulação, foram obtidas retas, significando que o número de Reynolds depende apenas da rugosidade relativa do tubo, não tendo relação com o coeficiente de atrito. Para a obtenção de um melhor rendimento do escoamento na tubulação, a mesma deve ser dimensionada de modo a prever a menor perda de carga possível para que os aspectos técnicos e econômicos sejam atendidos da forma mais adequada, e isso pode ser realizado com a utilização de peças especiais, somente quando for realmente necessário. Apesar de existirem alguns erros de medição e sistemáticos, como má calibraçãodo equipamento, a experiência foi verificada, confirmando satisfatoriamente os assuntos vistos em sala de aula. Assim, fazer um estudo correto e dimensionar adequadamente a tubulação, levando em consideração a perda de carga, se faz de suma importância para reduzir os custos, tanto de operação como o de instalação, assim como garantir que o projeto tenha a maior durabilidade possível dentro dos parâmetros estabelecidos. 19 REFERÊNCIAS ANTUNES, M. L. Tubo de Venturi. Disponível em: <http://www.sorocaba.unesp.br/Home/Extensao/Engenhocas/relatorio-fisikana.pdf>. 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